As gratuidades no transporte coletivo

por Jorge Aragão

Por Felipe Camarão

Já estava de certo modo revoltado com a caótica situação da greve dos rodoviários em nossa capital quando fui surpreendido com uma das propostas para o fim da paralisação: o fim de algumas das “gratuidades” previstas para grupos de usuários/consumidores do transporte coletivo urbano de São Luís. Tal pretensão é absolutamente inconstitucional e não deveria sequer ser levada em consideração. Embora a greve já tenha acabado, store escrevo agora apenas para deixar o ponto de vista registrado e ressaltar que se no futuro algo parecido for proposto não deve ser nem discutido.

Começo a explicar meu ponto de vista afirmando a óbvia competência do Município para tratar da matéria – transporte coletivo urbano. Logo, não há dúvidas de que a Prefeitura e a Câmara Municipal demoraram, e muito, para cumprirem seu papel constitucional (o Legislativo Municipal possui como atribuições constitucionais primordiais a legislatura e a fiscalização do Executivo), ou seja, esperaram praticamente o caos se instaurar para participarem ativamente das negociações para o término do movimento grevista.

Considerando essa premissa inicial, gostaria de explicitar algo muito importante para os consumidores – cidadãos da nossa cidade: o transporte coletivo é um direito fundamental (direito fundamental a um prestação social estatal) e como tal goza de privilégios e características inerentes a esse grupo de direitos.

As “gratuidades” concedidas a determinado grupos de cidadãos constituem um rol ainda mais explícito e específico de direitos fundamentais. Com efeito, essas gratuidades foram concedidas a grupos de consumidores – cidadãos hipossuficientes, que merecem uma tutela mais rigorosa e específica por parte do Poder Público. Ora, as gratuidades foram concedidas a idosos, pessoas com deficiência, estudantes da rede pública de ensino etc. Pessoas que se incluem nesses grupos são nitidamente mais frágeis (do ponto de vista econômico, social, político e jurídico) e não há maneira melhor e mais eficaz de se proteger o cidadão mais frágil do que lhe conferindo e garantindo a eficácia de direitos fundamentais.

Atualmente os direitos humanos (nomenclatura adotada no plano internacional) ou fundamentais (nomenclatura adotada para direitos reconhecidos na ordem jurídica interna) não devem mais ser encarados apenas como teorias filosóficas ou como fundamento para meras articulações políticas. Eles devem ser compreendidos, estudados e aplicados sob o prisma pragmático. Devem ser cada vez mais dilatados, universalizados e especificados, buscando-se amparar não apenas a maioria, mas, com maior razão e rigor, as minorias.

No caso das gratuidades do transporte coletivo na nossa cidade o que aconteceu foi uma dilatação do direito fundamental social ao transporte coletivo. Isto é, o legislador e o executivo municipal, em determinado momento histórico, decidiram, politica e juridicamente, especificar que determinados segmentos da nossa sociedade passaram a ter o direito (fundamental, frise-se) a gratuidade – como já disse são exemplos de indivíduos que passaram a ter acesso gratuito ao transporte coletivo em São Luís, por certas peculiaridades e para preservar sua dignidade: os idosos, pessoas com deficiência, estudantes da  rede pública de ensino etc.

O cerne do raciocínio jurídico aqui defendido está justamente nessa condição de direito fundamental social que o Poder Público Municipal concedeu a essas gratuidades. É que uma vez reconhecido um direito fundamental não há como se voltar atrás. Em outras palavras, não existe constitucionalmente a possibilidade de retrocesso social em matéria de direitos fundamentais sociais (princípio da proibição ou vedação ao retrocesso social).

Assim, pode-se afirmar que a proteção à segurança jurídica, implícita ao Estado de Direito, exige uma proteção contra medidas retroativas, mas não apenas isso. Exige, ainda, uma proteção contra medidas retrocessivas, como seria o caso de se pretender eliminar leis regulamentadoras de direitos sociais, ainda que com pretensão simplesmente prospectiva (valendo só da revogação em diante).

O princípio da proibição do retrocesso em matéria de direitos fundamentais sociais longe de ser algo meramente teórico, já foi devidamente reconhecido e utilizado pelo Supremo Tribunal Federal em célebre julgado, o ARE 639337 AgR, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, julgado em 23/08/2011, DJe-177 DIVULG 14-09-2011 PUBLIC 15-09-2011 EMENT VOL-02587-01 PP-00125.

Dessa forma, sistematizando o que já foi dito, posso afirmar que o direito já reconhecido e assegurado a certos cidadãos ao transporte coletivo gratuito é um direito fundamental social.

Nesse contexto, a ideia/proposta de utilizar a “retirada ou revogação” de algumas “gratuidades” sob o argumento de reequilíbrio econômico-financeiro entre a Prefeitura e as empresas de ônibus é,  no mínimo, estapafúrdia. Esse pretenso reequilíbrio, que no entendimento dos donos de empresas de ônibus viabilizaria o aumento pretendido pelos rodoviários, é um direito de categoria inferior e, por isso, não se pode antepô-lo ao direito fundamental dos consumidores ao transporte coletivo gratuito.

O que aconteceu pelo que se percebe é que por boa intenção, ou mesmo por hipocrisia política (digo isso porque provavelmente, foram concedidas gratuidades sem planejamento e sem previsão de fontes de custeio), o Poder Público Municipal reconheceu o direito fundamental social a gratuidade no transporte coletivo para cerca de 30% ou 40% dos usuários–consumidores e alguém estava vendo isso como uma forma de causa de prejuízos ao sistema.

Bem, a proposta de revogação ou eliminação das gratuidades não vingou e, ao que parece, o Prefeito e a Câmara tendem a rejeitar qualquer proposta nesse sentido e é bom que realmente assim o façam. Do contrário, bastará que seja ajuizada uma ação judicial para que a inconstitucionalidade de eventual lei revogadora de qualquer gratuidade seja reconhecida. Com a declaração de inconstitucionalidade ocorrerá o fenômeno processual constitucional do “efeito repristinatório” e a lei revogada, que concedia a gratuidade, voltaria a ter plena vigência e eficácia.

No caso dos idosos o problema é menor, pois, ainda que quisessem, nem a Prefeitura, nem a Câmara, tampouco os empresários poderiam retirar o direito à gratuidade no transporte coletivo urbano. É que tal direito é reconhecido na Constituição Federal e no Estatuto do Idoso.

Diante de tudo que afirmei, deixo uma pergunta para aqueles que propuseram revogar as gratuidades, bem como para a Prefeitura, Câmara e empresários: para redução de despesas das empresas de ônibus e na tentativa de reequilibrar economicamente a relação precária entre os agentes envolvidos no transporte coletivo urbano não seria melhor, mais fácil e mais benéfico para todos reduzir tributos municipais (em específico o ISS)? Da mesma forma, não seria melhor fiscalizar com maior rigor quem se utiliza das gratuidades (implantação de sistema biométrico de identificação de usuários, por exemplo) de modo a evitar fraudes?

Se as sugestões acima não servirem ou se outras melhores não surgirem não há outra opção porque juridicamente é impossível a revogação das gratuidades já concedidas para determinados usuários do transporte coletivo urbano em razão do princípio da proibição do retrocesso social. Como diria o amigo e competente jornalista Marco D´Eça: “simples assim”.

PS: Felipe Camarão é Procurador Federal. Bacharel em Direito pela UFMA. Especialista em Direito Constitucional (UNICEUMA) e Direito do Consumidor (UNIDERP). Ex – Dirigente do PROCON/MA em duas oportunidades e professor de Direito (graduação e pós-graduação).

Faltou dizer de quem foi a ideia…

por Jorge Aragão

Kleber Moreira e Luiza Oliveira

Conforme o Blog antecipou com exclusividade no dia 08 de março (reveja), sick o PROCON assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Box Cinemas na qual a rede de cinemas disponibilizará para os alunos da rede pública estadual 150 ingressos gratuitos para serem distribuídos pela secretaria de Educação.

No entanto, see na divulgação feita pelo Governo do Estado faltou um pequeno detalhe, dizer de quem foi a ideia do TAC que proporciona a vários alunos assistirem a sessão de filmes.

Como o Blog já antecipou que a proposta foi de total iniciativa do ex-gerente do PROCON, Felipe Camarão. O TAC era para ter sido assinado ainda na gestão de Camarão, mas a secretária de Direitos Humanos, Luiza Oliveira, se recusou a assinar, pois queria evitar mais holofotes para o ex-gestor.

A gratuidade das sessões do Box Cinemas para os alunos da rede pública estadual de ensino foi decorrente de um acordo de Camarão que transformou a multa aplicada ao empreendimento em benefício da população maranhense.

Seria mais digno e correto dizer de quem foi a ideia, pelo menos assim, agem as pessoas de bem.

Box Cinemas – Falando em Box Cinemas, o Blog do jornalista Gilberto Léda trouxe uma foto que demonstra que a sujeira continua, agora com um rato morto (veja aqui).

Se o problema era Felipe Camarão, que agora está na UFMA, seria um bom momento para a secretária Luiza Oliveira mostrar enfim serviço e o novo gerente do PROCON, Kleber Moreira, começar a trabalhar.

Felipe Camarão vai para a UFMA

por Jorge Aragão

19h – Agora é definitivo, store o ex-gerente do PROCON, Felipe Camarão irá ocupar o cargo de Subprocurador Chefe da Universidade Federal do Maranhão à convite do reitor da UFMA, professor Natalino Salgado, do Procurador Geral Federal Marcelo de Siqueira Freitas e do Procurador Chefe da UFMA José Rinaldo Maya.

Camarão também foi convidado para a Diretoria Administrativa do Tribunal de Justiça pelo presidente do TJ, desembargador Guerreiro Júnior, mas a AGU (Advocacia Geral da União), órgão que Camarão é funcionário concursado, não liberou Camarão para o TJ, apenas para a UFMA, outro órgão federal.

“Fico lisonjeado e orgulhoso pelo convite, mas infelizmente não fui liberado pela AGU e não poderei assumir o cargo no Tribunal de Justiça. Fica aqui o agradecimento público pelo carinho e respeito daquele órgão e de seu presidente, o desembargador Guerreiro Júnior. A liberação aconteceu somente para a UFMA e irei desempenhar lá a função de Subprocurador Chefe, a convite do reitor, o professor doutor Natalino Salgado. Espero corresponder a confiança e a expectativa depositada em mim”, declarou Camarão ao Blog.

O ex-gerente do PROCON fez questão de dizer que não é filiado a nenhum partido político, como teria sido ventilado. Além disso, disse que o episódio de sua saída do órgão de defesa do consumidor já foi superado, mas mais uma vez agradeceu o apoio da imprensa, da população e da classe política.

“Este episódio faz parte do passado, infelizmente aconteceu, mas a vida continua. Queria só aproveitar a oportunidade para deixar claro que não sou filiado a nenhum partido político e conseqüentemente candidato nas eleições de 2012 como andaram especulando. Queria também mais uma vez agradecer o apoio incondicional que recebi da classe política, da imprensa e principalmente da população, obrigado à todos”, declarou.

Felipe Camarão teria recebido diversos telefonemas em solidariedade à sua saída precoce do PROCON.

Em Brasília, quando esteve na última sexta-feira (09), Camarão aproveitou para agradecer pessoalmente o apoio do deputado federal Chiquinho Escórcio (PMDB).

“Meu filho, eu já passei pelo que você está passando. A sua competência incomoda. Lembro-lhe de que um bom jogador não fica sem time para jogar. Que Deus lhe abençoe e que esta lição sirva para que lhe estimule a lutar por uma vida de sucesso e tenha certeza que a história do PROCON será dividia em antes e depois de você”, disse o parlamentar federal.

Camarão já esteve na UFMA nessa segunda-feira (12), e deve iniciar suas atividades na Universidade Federal do Maranhão o mais rápido possível. O Blog deseja apenas boa sorte, pois competência e disposição para trabalhar já demonstrou ter de sobra, pena que alguns não conseguiram enxergar.

A contradição do Governo do Estado

por Jorge Aragão

Fiquei sem entender as declarações dadas tanto pela governadora Roseana Sarney (PMDB), como pelo vice-governador Washington Oliveira (PT), no do 1º Congresso da Juventude do PMDB do Maranhão.

“Este é um momento especial, pois esta juventude tem uma responsabilidade grande com o futuro. Por isso, estamos com o programa Maranhão Profissional, que pretende qualificar 400 mil jovens. Confio na nossa juventude”, declarou a governadora.

“É muito importante estreitarmos a relação com os jovens, conversarmos com eles, que nos ajudam ao apresentar seus anseios, tudo para que a população seja mais beneficiada. Por isso, agradeço também o convite para este evento”, disse o vice-governador.

No entanto, o Governo do Estado recentemente não soube como conduzir o episódio PROCON e abriu mão de Felipe Camarão. Um jovem capacitado e realizando um bom trabalho, tanto que era um dos quadros melhor avaliado dentro do atual governo.

Camarão poderia ser um exemplo de renovação de um grupo envelhecido, mas isso não foi levado em conta e o que pesou no episódio não foi a juventude e nem a competência do ex-gerente do PROCON.

Pior, da maneira que deixou o órgão, humilhado desnecessariamente, Camarão dificilmente voltará a trabalhar com o grupo político da governadora Roseana Sarney.

Na teoria o discurso foi bom, mas quando era para se colocar em prática…

Se o Governo do Estado não quer, o TJ quer

por Jorge Aragão

Felipe Camarão e desembragador Guerreiro Júnior

O ex-gerente do PROCON, doctor Felipe Camarão, find foi convidado e deverá assumir na próxima semana a Diretoria Administrativa do Tribunal de Justiça do Maranhão.

O convite aconteceu nesta quinta-feira (08) e foi feito pelo próprio presidente do TJ, desembargador Guerreiro Júnior.

“A força, a atuação, a coragem e a sabedoria do Felipe Camarão serão muito bem-vindas no Tribunal. Contar com este apoio é essencial”, ressaltou o presidente do TJ.

Camarão agradeceu o convite e ficou feliz pelo reconhecimento do trabalho desenvolvido no PROCON.

“Só tenho a agradecer ao desembargador Guerreiro Júnior pelo convite, confiança e reconhecimento de um trabalho. Da mesma forma agradeço ao reitor da UFMA, professor, doutor Natalino Salgado, que também me convidou para integrar sua equipe. Aproveito para agradecer ainda o apoio incondicional que recebi de políticos, imprensa e principalmente da população, isso me faz entender que cumpri meu papel e que valeu a pena minha passagem pelo PROCON”, disse Camarão ao Blog.

Juntamente com Felipe Camarão irá seu ex-assessor do PROCON, Anderson Nogueira, mas o ex-gerente do PROCON só poderá assumir oficialmente seu cargo na semana que vem, é que Camarão precisa aguardar a liberação da Advocacia Geral da União, órgão que é funcionário concursado.

Se o governo não quis, preferiu fazer uma opção diferente da competência e do trabalho, paciência, ainda bem que teve quem quis.

PROCON tem novo gerente

por Jorge Aragão

Kleber Moreira: Novo gerente do PROCON

Em solenidade muito discreta e sem a presença da secretária de Direitos Humanos, sovaldi sale Luiza Oliveira, tomou posse no PROCON o professor universitário e advogado, Kleber José Trinta Moreira Lopes.

Klebinho como é conhecido, é presidente da Comissão de Jovens Advogados na OAB-MA e teria sido indicado ao posto pelo marido de Luiza Oliveira, o presidente da OAB-MA, Mário Macieira.

Por conta da crise no PROCON, provocada pelo ciúme de Luiza Oliveira, a apresentação de Klebinho foi extremamente discreta. Nem o site do Governo do Maranhão e tão pouco o da Secretaria de Direitos Humanos destacam a posse do novo gerente.

O Blog teve a informação, que ainda essa semana, deverá ser apresentada pela secretária Luiza Oliveira uma agenda positiva para tentar amenizar a crise no PROCON.

Dentro da agenda positiva estará a assinatura de um TAC (Termo de Ajustamento de Condutas) com o Box Cinemas e o anúncio de inauguração da nova sede do PROCON.

No entanto, dificilmente será dito por Luiza Oliveira que as duas ações foram de total iniciativa do ex-gerente Felipe Camarão.

O TAC do Box Cinemas era para ter sido assinado no início da semana, mas a secretária se recusou a assinar, pois queria evitar mais holofotes para Camarão.

No TAC, o Box Cinemas se compromete a reformar todas as salas de exibições no período de 60 dias e por sugestão do ex-gerente, a multa aplicada ao Box, foi transformada em benefício aos alunos da rede pública estadual de ensino. Os alunos terão gratuitamente a oportunidade de assistirem sessões de cinema no Box todos os sábados, às 11h.

A inauguração da nova sede do PROCON deverá ser confirmada para o dia 15 de março. A data foi sugerida por Camarão, pois é o Dia Internacional do Consumidor, mas isso não será dito por Luiza Oliveira.

De qualquer forma, boa sorte ao novo gerente do PROCON, Kleber Moreira, pois acredito que ele vai precisar.

Caldas sai em defesa de Camarão e “detona” Luiza Oliveira

por Jorge Aragão

Deputado estadual Marcos Caldas

O ex-gerente do PROCON, there Felipe Camarão pode até ter perdido a queda de braço para a secretária de Diretos Humanos, Luiza Oliveira, mas definitivamente a sua saída repercutiu negativamente entre a classe política, imprensa e a população maranhense.

Nesta quarta-feira (07), foi a vez do deputado estadual Marcos Caldas (PRB), subir a Tribuna da Assembleia e tecer duras críticas a secretária Luiza Oliveira e lamentar a saída de Camarão do PROCON.

“Eu fiz um requerimento parabenizando hoje o ex-gerente do PROCON, Dr. Felipe Camarão, que a secretária de direitos humanos dona Luiza Oliveira por ciúme, por ter sido ofuscada da sua função, por incompetência, por ser apadrinhada, resolveu demitir o cidadão que mais prestou serviço para esse Maranhão, em tão pouco tempo. O cidadão fez pelo Maranhão, o que o PROCON não fez em toda a sua existência no Maranhão”, declarou o parlamentar.

Caldas salientou que foi uma tremenda injustiça o acontecido com Camarão e que a decisão à pedido de Luiza Oliveira deixou a governadora em situação difícil e satirizou dizendo que a secretária poderia ir para o Canadá.

“O cidadão que deveria receber uma medalha, inclusive desta Casa senhor presidente, recebeu foi sua demissão. Eu gostaria muito hoje de vir aqui parabenizar as mulheres no seu dia de amanhã, mas fico inibido com atitude tão baixa de uma pessoa incompetente que nunca fez nada pelo Maranhão. Então eu queria dizer a vocês que ela pode ir para o Canadá, porque se ela for para o brejo eu aceito, mas para Brejo não, porque nós não podemos aceitar, a população esta revoltada e ela botou a governadora em situação muito difícil”, afirmou.

O deputado Marcos Caldas foi aparteado pelo deputado Eduardo Braide (PMN), que também lamentou a saída de Camarão do PROCON.

“Eu concordo com vossa excelência, pois o trabalho desempenhado pelo Dr. Felipe Camarão a frente do PROCON aqui no Maranhão foi bastante importante. As ações que foram desenvolvidas por ele foram ações que no final de tudo tiveram efeitos práticos”, aparteou Braide.

Marcos Caldas finalizou seu discurso destacando as qualidades do ex-gerente do PROCON.

“Felipe Camarão é especialista em defesa do consumidor, com mestrado, um cidadão que estudou e é concursado como procurador federal, ele não precisa de emprego, ele é concursado, mas resolveu contribuir ajudando o Maranhão, e aí vem uma senhora dessas e faz isso, lamentável”, finalizou.

Na sessão ordinária de terça-feira (06), o deputado estadual Zé Carlos (PT) já havia lamentado a então iminente saída de Felipe Camarão do PROCON. O líder do Governo na Assembleia, o deputado César Pires (DEM), na semana passada, já havia entrado em contato com o secretário da Casa Civil, Luis Fernando, demonstrando a preocupação com o desgaste que poderia ocasionar para o governo.

O deputado federal Chiquinho Escórcio (PMDB) também demonstrou na semana passada preocupação com a possível saída de Camarão.

Mas nada disso foi suficiente para a permanência de Camarão no PROCON e pelo visto nem no governo. Camarão deve conceder uma coletiva dentro dos próximos dias e explicar definitivamente os verdadeiros motivos de sua saída do PROCON e do governo Roseana Sarney.

Será que vem bomba?

Faltou mais uma vez habilidade política…

por Jorge Aragão

Infelizmente, for sale mais uma vez, ficou comprovado que falta habilidade política para o atual Governo do Estado. A crise instalada no PROCON e que se transformou em novela com desfecho nada agradável, foi pessimamente conduzida.

Provocada pela ciumeira da secretaria de Direitos Humanos, Luiza Oliveira, a crise já é de conhecimento público desde dezembro de 2011, mas equivocadamente o governo fez de conta que nada sabia e não tomou nenhuma atitude, deixando o problema aumentar e o tornando irreversível.

Na semana passada, Luiza Oliveira concedeu declarações mentirosas ao Blog do Zeca Soares, que foi o estopim para a crise. A secretaria afirmava que o então gerente do PROCON, Felipe Camarão, havia pedido para deixar o órgão, fato esse contestado por Camarão.

A versão de Camarão foi comprovada com a sua exoneração divulgada em primeira mão pelo Blog nesta terça-feira (06), quando o mesmo permanecia trabalhando normalmente e foi pego de surpresa.

Durante a crise e a repercussão negativa da saída de um dos membros do governo que colaborou positivamente, pois era um dos gestores melhores avaliados pela classe política, imprensa e principalmente população, a própria governadora Roseana Sarney (PMDB), comandou uma reunião na última quinta-feira (1º), tentando encontrar uma saída positiva para a celeuma.

No entanto, nem mesmo a governadora teve habilidade para conduzir o problema. A orientação foi para que Camarão permanecesse trabalhando normalmente e que ele permaneceria no governo com possibilidades de vôos mais altos.

Só que por enquanto, o que Camarão passou foi um constrangimento enorme e desnecessário para quem apenas ajudou a divulgar positivamente o governo, ao receber surpreendentemente a sua exoneração quando exercia sua função pública. Até o momento o governo não oficializou o destino do gestor, que também oficialmente não se posicionou, talvez ainda aguardando uma nova função.

Da maneira como as coisas estão equivocadamente sendo conduzidas, nem é difícil nomearem Camarão secretário de Estado (seu nome vai sendo especulado na Secretaria de Desenvolvimento Social) e esquecerem de avisar o atual secretário da pasta.

Uma coisa todos os envolvidos na celeuma admitem, que teria sido bem menos doloroso e principalmente desgastante, para o governo, Luiza Oliveira, Felipe Camarão e até mesmo para o novo gestor do PROCON (Kleber Moreira), se a crise tivesse sido bem conduzida politicamente.

E dessa vez, não se pode repassar a culpa para terceiros, pois foi à própria governadora Roseana Sarney que conduziu o processo.

O legado de Felipe Camarão

por Jorge Aragão

Felipe Camarão e Luiza Oliveira

O Blog teve a curiosidade e começou a pesquisar porque as pessoas que querem realmente o bem e o desenvolvimento do Maranhão estão lamentando a iminente saída do PROCON, generic do gerente Felipe Camarão.

Felipe Camarão conseguiu com o trabalho de sua equipe dar maior visibilidade ao PROCON e resolver o problema do consumidor maranhense na maioria dos casos. O Blog faz uma rápida retrospectiva apenas dos principais problemas solucionados nestes dois meses de 2012.

Caso Eletromil: O PROCON interditou as duas lojas que funcionam em São Luís (São Cristóvão e São Francisco). Foram cerca de 1.500 reclamações registradas e o órgão celebrou acordo com as duas empresas e já divulgou as listas dos meses de março, abril e maio. Inclusive os consumidores de março já foram ressarcidos.

Caso Box Cinemas: O PROCON interditou o estabelecimento por falta de condições de higiene sanitárias e pela falta de conforto aos consumidores. O Box deve assinar ainda essa semana um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) prevendo a adequação do cinema, além de compensação pelo dano coletivo.

Operação Paciência: O PROCON desenvolveu uma operação para verificar a fila dos bancos e fiscalizou 31 agências este ano, sendo que quatro foram autuadas pela não emissão de senhas de atendimento com data e hora e outras duas foram autuadas em razão dos consumidores passarem mais de 30 minutos na fila.

Ajuizamento de Ação Coletiva contra a Escola Normal Henrique de La Rocque, pois a escola oferecia cursos nos municípios de Penalva e Presidente Juscelino sem autorização do MEC ou do Conselho Estadual de Educação. Alunos que cursaram o curso Técnico de Enfermagem após a conclusão (com baile de formatura e tudo), não conseguiram registrar seus diplomas no COREN (Conselho Regional de Enfermagem). O caso foi denunciado e o PROCON tomou providência.

Caso TVN: A justiça manteve a multa que foi aplicada em 2011.

Durante esses dois primeiros meses foram aplicadas 72 multas, que totalizam aproximadamente R$ 150 mil. Foram inscritas 30 empresas na Dívida Ativa do Estado.

Ainda na gestão de Camarão aconteceu a conclusão da adaptação da nova sede do PROCON, que será na Rua do Egito, nº 207, em frente ao prédio antigo da Assembléia Legislativa.

Por conta dessas ações o PROCON do Maranhão, que estava em último lugar no ranking dos PROCONs, está em 11º lugar no Brasil e 3º no Nordeste de acordo com a última atualização do Ministério da Justiça.

Nesses dois primeiros meses já foram mais de seis mil atendimentos, com um índice de 75% de resolutividade.

E nem citei o Caso TIM e outros mais, pois esse levantamento feito pelo Blog é apenas referente aos dois primeiros meses de 2012, pelo visto o trabalho incomoda quem não tem competência. De qualquer forma, mesmo contra inveja de alguns e traíragem de outros, Felipe Camarão deixa seu legado no PROCON.

Ainda o PROCON…

por Jorge Aragão

Felipe Camarão e Luiza Oliveira

Blog do Marco D’Eça

Na reunião que teve quinta-feira passada com a secretária de Direitos Humanos, Luiza Oliveira, e o diretor do Procon, Felipe Camarão, a governadora Roseana Sarney (PMDB) mostrou mais irritação com o fato o excelente trabalho do órgão ser reduzido a uma briga de ciúmes e egos.

Subordinado a Luiza, Camarão realizou uma das mais importantes gestões em toda a história do Procon maranhense.

Trabalho reconhecido por todo o sistema de defesa do consumidor, pela imprensa e, sobretudo, pela sociedade.

Gestão que se destacava dentro do próprio governo, e que era um dos pontos mais positivos da administração Roseana.

Mas isso incomodou a secretária Luiza Oliveira, que parece querer os holofotes apenas para ela.

Por isso decidiu exonerar o subordinado.

Mas Luiza não queria o ônus desta decisão, e tentou forçar o próprio diretor do Procon a assinar sua exoneração.

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