Senado: Weverton participa de grupo para debater Segurança Pública

por Jorge Aragão

Dar celeridade à tramitação de propostas para a área de segurança pública no Senado. Este é o objetivo do grupo de trabalho formado pelos senadores Weverton (PDT-MA), Major Olímpio (PSL-SP) e Eduardo Girão (Pode-CE). A ideia é discutir propostas de novas leis para a segurança, tema considerado prioritário pela população.

Os senadores devem se reunir nos próximos dias para definir o cronograma de atividades. A meta é elencar os projetos de lei que tenham condições de tramitar mais rapidamente no Senado e que alcancem um certo consenso entre governo e oposição.

“Existe uma angústia muito grande da sociedade com a violência que vem crescendo, mesmo nos menores municípios. E precisamos dar uma resposta urgente, com leis duras, mas que respeitem o processo legal e o ser humano”, explicou Weverton.

Mais de 30 propostas – Até o momento, senadores já apresentaram mais de 30 propostas sobre segurança. Entre elas está o PL 655/2019, do senador Weverton, que cria as figuras penais do “estupro compartilhado” e do “estupro compartilhado de vulnerável”, com penas de reclusão de 15 a 30 anos. O texto prevê também o aumento das penas para estupro, estupro com morte, estupro de vulnerável e estupro de vulnerável com morte.

“Precisamos ser cada vez mais duros contra qualquer tipo de violência contra a mulher e o estupro compartilhado é um crime perverso, que destrói a vida daquelas que sobrevivem a tamanha crueldade”, diz Weverton.

Também são de Weverton o PL 665/2019, que aumenta de 360 para 720 dia a permanência de preso em estabelecimento federal de segurança máxima, quando solicitada por autoridade policial; e o PL 676/2019, que assegura a transferência de recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública- FNSP para municípios que sejam sedes de penitenciárias, colônias agrícolas, industriais ou similares, casas do albergado, centros de observação e hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico. O objetivo deste último é garantir condições para que os municípios estruturem os serviços que passam a ser demandados no entorno dessas instituições.

Daniella Tema será vice-presidente da Secretaria da Juventude da UNALE

por Jorge Aragão

Nesta segunda-feira (11) a deputada estadual Daniella Tema (DEM) esteve em Brasília, onde participou de uma importante reunião sobre o planejamento de trabalho 2019, promovida pela União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais, a UNALE, uma entidade legítima que atua em defesa dos interesses estaduais coletivos e que busca divulgar, aperfeiçoar e qualificar as ações legislativas do Brasil.

No encontro, Daniella Tema e a deputada Celise Laviola (MDB), de Minas Gerais, foram indicadas vice-presidentes da Juventude/Unale, presidida pela deputada estadual do Amazonas, Alessandra Campelo (MDB). A Pasta trata de questões relacionadas á participação das mulheres na política brasileira, viabiliza discussões acerca da violência contra a mulher, do empoderamento feminino e oportuniza também o debate sobre a igualdade de gênero, entre outras demandas de igual relevância.

De acordo com a deputada, a reunião foi uma excelente oportunidade para agregar conhecimentos que influenciarão diretamente no exercício dos trabalhos legislativos do país.

“A Unale exerce um grande papel incentivando, valorizando e agregando com os legislativos estaduais e isso, com certeza, qualifica nosso trabalho de servir ao povo. Saímos daqui com um vasto conhecimento que implicará diretamente nos nossos trabalhos no Parlamento Estadual. Ainda tive a honra de, ao lado da deputada Celise, ser escolhida para ocupar a vice-presidência da Juventude, o que representa uma responsabilidade enorme, visto que trata de assuntos pertinentes e inevitáveis no debate para a estruturação de uma sociedade melhor. Temos o desafio de focar na desconstrução do preconceito contra mulheres, da desigualdade entre homens e mulheres, buscando o equilíbrio dos direitos, sem esquecer jamais do enfrentamento à violência contra a mulher que, infelizmente, tem feito muitas vítimas. Como mulher e deputada, sei o quanto devemos lutar para melhorar as políticas públicas que tratam das causas femininas”, concluiu Daniella.

A justa cobrança de Pedro Lucas, após acidente aéreo na Etiópia

por Jorge Aragão

Após o grave acidente aéreo no último fim de semana na Etiópia, onde 157 pessoas perderam a vida, o deputado federal e líder do PTB na Câmara, Pedro Lucas Fernandes, fez uma justa cobrança ao Governo Jair Bolsonaro.

Pedro Lucas está solicitando, através de requerimento já apresentado na Câmara Federal, informações ao Ministério da Infraestrutura sobre a possível suspensão de voos da GOL com o modelo 737 MAX 8 da Boeing.

O modelo está sendo utilizado apenas pela GOL no Brasil, e o parlamentar quer um posicionamento do Governo Federal, uma vez que outros países, como China, Indonésia e Etiópia, já suspenderam a utilização dessa aeronave.

“Após o acidente, a administração da Aviação Civil da China informou que suspendeu todos os voos locais com o modelo Boeing 737 MAX 8. A Ethiopian Airlines também comunicou que suspendeu o uso deste modelo em seus voos por precaução. É preciso uma atenção especial por parte da ANAC, uma vez que a GOL é a única companhia aérea brasileira que utiliza o Boeing 737 MAX 8 e opera com sete aviões deste modelo atuando em rotas para os Estados Unidos, América do Sul e Caribe”, diz Pedro Lucas no requerimento, informado em primeira mão pelo site O Antagonista.

Segundo a Boeing, atualmente 350 aeronaves desse modelo são operadas por cerca de 50 operadoras no mundo.

“Ainda que a operação da GOL seja distinta da Ethiopian Airlenes, é de suma importância que a ANAC faça um estudo minucioso sobre este modelo, uma vez que a segurança deve estar em primeiro lugar”, finalizou Pedro Lucas.

Inegavelmente uma justa reivindicação.

TJ julga constitucional novo Código Tributário Municipal de São Luís

por Jorge Aragão

O Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) julgou improcedente a ação direta de inconstitucionalidade (ADI) ajuizada pelo Conselho Regional de Medicina do Maranhão (CRM/MA) contra o Código Tributário do Município (CTM) de São Luís.

O CRM/MA solicitava a declaração de inconstitucionalidade do art. 414, parágrafo segundo do CTM, por entender que a norma não trataria de forma isonômica os profissionais que laboram autonomamente e os profissionais que atuam em sociedades profissionais organizadas.

Só que o Tribunal de Justiça, por meio do seu Plenário, declarou, por maioria de votos, que a norma é constitucional, ou seja, não há qualquer afronta ao princípio da isonomia, seguinte o voto de divergência vencedor do desembargador José Luiz Oliveira de Almeida.

A atuação da Procuradoria Geral do Município na defesa da norma municipal foi fundamental para essa importante vitória na mais alta corte de justiça do Estado do Maranhão.

Segundo o Procurador Geral do Município de São Luís, Marcos Braid, “a Procuradoria Geral do Município mais uma vez cumpriu fielmente seu papel institucional na defesa do nosso Município, proporcionando a aplicação desta norma na implementação de políticas públicas”.

TCE confirma quase 40 mil casos de acumulação indevida de cargos no MA

por Jorge Aragão

O Maranhão apresenta hoje cerca de 37 mil casos de acúmulo indevido de cargos em todo o estado, o que corresponde a 20% da folha. A grande maioria envolve a contratação de profissionais da Educação. A revelação é do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MA), que está investindo no aperfeiçoamento dos mecanismos de controle sobre a folha de pagamentos, despesa que envolve em média 60% do orçamento dos municípios em todo o país.

O marco foi a realização do Censo Eletrônico dos Servidores do Estado – Cesma, que permitiu um diagnóstico da situação no âmbito do estado, revelando um quadro de desorganização que chega ao desconhecimento de componentes indispensáveis da folha. Para os auditores do órgão, foi como a abertura da “Caixa de Pandora” nessa área da administração pública. Os resultados mostraram uma realidade que surpreendeu tanto órgão fiscalizador quanto seus fiscalizados.

O diagnóstico levou a corte de contas maranhense, que até pouco tempo limitava seu controle nessa área aos processos de aposentadoria, a reformular sua política, adotando o acountability horizontal. O conceito se refere à mútua fiscalização e controle existente entre os poderes ou entre os órgãos, por meio dos Tribunais de Contas ou Controladorias Gerais e agências fiscalizadoras, pressupondo uma ação entre iguais ou autônomos.

A ideia é melhorar a governança, entendida, no conceito formulado pelo TCU, como um conjunto de mecanismos de liderança, estratégia e controle postos em prática para avaliar, direcionar e monitorar a gestão, com vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços de interesse da sociedade.

“Trata-se do exercício de um controle permanente, onde se busca, no caso concreto, trazer o fiscalizado para dentro das ações, envolvendo os gestores de recursos públicos, e a ação em rede, por meio da participação do Ministério Público (MPE), do Ministério Público de Contas (MPC) e da Federação dos Municípios Maranhenses – Famem”, explica o auditor Fábio Alex Melo, gestor da Unidade Técnica do Tribunal responsável por esse campo de controle.

Durante a manhã desta segunda-feira (11), ele esteve reunido com responsáveis por áreas estratégicas do TCE maranhense, como membros do colegiado, procuradores, gestores de unidades e auditores para apresentar as ações de fiscalização da folha de pagamento e acúmulo de cargos previstas para o biênio 2019/2020. A meta é ter 50% por centos dos casos identificados tendo como referência a folha de dezembro de 2018. “Pode parecer pouco, mas é uma meta bastante ambiciosa diante do quadro que encontramos e das possibilidades do órgão”, esclarece Alex.

O trabalho tem início neste mês, com os 434 processos de fiscalização de folhas de pagamento abertos até o momento. Além disso, o TCE tomará parte nas oito audiências públicas que serão promovidas pela Famem entre os meses de maio e outubro deste ano. É esperada uma redução de 50% dos acúmulos ilegais até dezembro de 2020.

É aguardar e conferir.

Leia também:

TCE: Prefeituras estão exonerando servidores por acúmulos de cargos

FAMEM orienta gestores sobre acúmulo de funções públicas

Governadores do Nordeste se reúnem em São Luís nesta semana

por Jorge Aragão

Está confirmada para a próxima quinta-feira (14), em São Luís, mais uma reunião entre os governadores dos nove estados da Região Nordeste.

O Fórum de Governadores do Nordeste acontecerá no Palácio dos Leões e na oportunidade deverá ser iniciada a criação de um Consórcio de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste.

A ideia é alinhar as gestões estaduais, realizando parcerias e tentar amenizar a crise enfrentada por alguns estados da região.

Este será o segundo encontro em 2019 dos governadores da Região Nordeste, já que o primeiro foi em Brasília, ainda no fim do mês de janeiro. Naquela oportunidade, os governadores assinaram uma carta que foi encaminhada ao presidente da República, Jair Bolsonaro.

O encontro também será uma oportunidade para que o governador Flávio Dino, anfitrião do evento, possa, mesmo que aos poucos, arregimento apoio para a disputa presidencial em 2022.

É aguardar e conferir.

Brasil e EUA selam acordo sobre Base de Alcântara

por Jorge Aragão

O jornal Estadão, desta segunda-feira (11), apresenta uma reportagem que afirma a celebração de um acordo entre Brasil e Estados Unidos sobre a Base de Alcântara.

A reportagem afirma que o acordo foi concluído na semana passada e a partir de agora será permitido o uso comercial da base de Alcântara, no Maranhão. O tema tem sido debatido pelos dois países desde 2000, quando o Governo Fernando Henrique Cardoso assinou o acordo, rejeitado na sequência pelo Congresso Nacional. Em entrevista ao Estado, o embaixador do Brasil nos EUA, Sérgio Amaral, revelou parte das mudanças no novo texto. Para ele, as negociações reduziram a ingerência americana no Brasil e atenderam, dessa forma, críticas levantadas anteriormente pelo Congresso.

“Essa negociação encerra quase 20 anos em que estamos tentando lançar da base de Alcântara mísseis de maior capacidade, de maior porte e que podem ser utilizados no uso comercial sobretudo de lançamento de satélite”, afirma Amaral. Depois de 2002, quando o AST fracassou no Congresso, o Brasil ensaiou outras vezes uma nova negociação com os EUA, mas as rodadas de conversa sobre o tema deslancharam em maio do ano passado. Os parlamentares brasileiros alegaram nos anos 2000 que o AST fere a soberania nacional.

O acordo de salvaguardas tecnológicas prevê a proteção de conteúdo com tecnologia americana usado no lançamento de foguetes e mísseis a partir da base de Alcântara. Atualmente, 80% do mercado espacial usa tecnologia americana e, portanto, a ausência de um acordo de proteção limita o uso da base brasileira. O texto também é um acordo de não proliferação de tecnologias de uso dual – quando as tecnologias podem ser usadas tanto para fins civis como militares, caso do lançamento de mísseis.

Além dos recursos, o embaixador afirma que o acordo abre portas para uma série de parcerias empresariais no setor e coloca o país, com mais força, no debate sobre cooperação espacial.

“Não se trata de uma simples revisão de linguagem ou redação do acordo de 2000. É um novo acordo, que incorpora cláusulas de outros acordos como o da Índia e o da Nova Zelândia, e sobretudo teve por objetivo atender as críticas feitas no Congresso Nacional e que levaram à rejeição do acordo de 2000.”

O novo acordo não prevê, por exemplo, a segregação de uma área na base de Alcântara, e sim a restrição de acesso. “Não é apenas mudança de linguagem, tem um sentido claro. Segregação é um conceito espacial, como se existisse um pedaço do território cedido ao governo americano. Não é disso que se trata. Teremos em Alcântara um espaço para proteção de tecnologia americana, mas continua sendo espaço de jurisdição brasileira. Não é cessão de território para ninguém, é um espaço que foi transformado em área de acesso restrito”, afirma o embaixador. A entrada é restrita a pessoas credenciadas pelos dois governos ou consulta pelo governo americano ao brasileiro.

“São questões que reduzem substancialmente o caráter unilateral, o caráter intrusivo dos EUA”, diz. “Os americanos terão acesso ao espaço em que estará essa tecnologia mas isso não quer dizer que não teremos qualquer avaliação sobre as pessoas que entram, tudo será decidido de comum acordo.” Também houve redução da ingerência exclusiva americana desde transporte até a guarda e uso tecnologia. O escopo do acordo também ficou mais restrito. Antes, a previsão era de proteção de toda tecnologia usada. Agora, ela é limitada a mísseis, foguetes, artefatos e satélites só quando tiverem tecnologia ou equipamentos americanos.

Uma das questões controvertidas na discussão sobre o acordo é com relação ao uso de recursos obtidos da exploração comercial do lançamento de satélites. Os recursos poderão ser usados em qualquer etapa do Programa Espacial Brasileiro, mas não no desenvolvimento de veículo lançador.

Segundo Amaral, isso ocorre porque parte da política de não proliferação e da legislação americana proíbe os EUA de entrarem em acordos em que, de uma forma ou outra, promova transferência, desenvolvimento de tecnologia ou financiamento do desenvolvimento de foguetes lançadores. Para ele, contudo, a cláusula é inócua, porque nada impede que toda a receita obtida financie o Programa Espacial Brasileiro e o Tesouro Nacional arque só com o desenvolvimento de foguetes lançadores. O novo acordo inclui uma cláusula que estabelece que nada no AST pode prejudicar o desenvolvimento autônomo do programa espacial brasileiro.

“É uma parceria com os Estados Unidos na exploração comercial do centro espacial de Alcântara.” Em razão de sua localização geográfica, é possível economizar até 30% no combustível para lançamento de satélites a partir de Alcântara. O acordo dura um ano e pode ser revisado. As negociações estão concluídas, e o acordo passa por revisão de tradução dos dois lados e última análise jurídica. A ideia dos governos é encerrar os trâmites a tempo de os presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump assinarem o acordo no encontro que terão na Casa Branca, em Washington, no próximo dia 19.

Antecipação e recuo

por Jorge Aragão

O secretário-chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares, afirmou a um programa de televisão no fim de semana que o governador Flávio Dino (PCdoB) apenas brincou ao assegurar pré-candidatura à Presidência da República, quando fez referência ao tema no mês passado. A disputa do próximo pleito ocorrerá somente em 2022.

“O governador falou isso em tom de brincadeira. O foco é governar novamente o Maranhão, de uma forma ainda melhor do que foi feita no primeiro governo. Falar sobre isso [disputa presidencial de 2022] agora é uma precipitação sem tamanho”, enfatizou.

Dino havia lançado o seu nome à disputa, no dia 22 de fevereiro, durante uma plenária extraordinária do PCdoB.

“Estou me preparando para 2022. Vocês nem notaram, já estou até com cinco quilos a menos. Vamos enfrentar o laranjal e a turma do mal”, anunciou, sem reservas, o comunista.

Ele reforçou o objetivo em seguida: “Eu adoro uma eleição, estou doido para disputar mais uma, essa em especial. A gente quer plantar a coisa certa para colher a coisa certa”.

Além da declaração direta, o comunista tem feito das críticas no twitter ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) a sua rotina diária. São tentativas reiteradas de se inserir no cenário nacional.

O alerta de Tavares e o recuo, agora, diante da grave crise financeira, econômica e institucional do Governo do Maranhão, com queda brusca nos indicadores sociais e fiscais, desempenho pífio em áreas como a Saúde e a bagagem de ter ampliado a extrema pobreza no Maranhão, mostram que Dino, se quiser disputar mesmo a eleição presidencial, terá primeiro de arrumar a casa.

Há, aliás, muito trabalho a ser feito. Afinal, não vai dar para sustentar uma eventual campanha dessa magnitude com discurso vazio em rede social.

Estado Maior

O terrível dilema de Luis Fernando

por Jorge Aragão

 

Já não é segredo mais para absolutamente ninguém que o governador Flávio Dino convidou o atual prefeito de São José de Ribamar, Luis Fernando Silva, para integrar sua equipe de governo.

No entanto, a dúvida que paira é qual seria a estratégia de Flávio Dino e qual a finalidade de Luis Fernando na gestão do comunista. Muitas teorias já foram levantadas, mas o Blog do Jorge Aragão apurou e relata agora o que conseguiu descobrir.

A ideia de Flávio Dino é fortalecer o seu governo com a chegada de Luis Fernando, que sempre teve bom desempenho no Executivo. Além disso, Luis Fernando é muito próximo do vice-governador Carlos Brandão e do secretário da Casa Civil, Marcelo Tavares, peças fundamentais para o jogo eleitoral de 2022.

O problema é que além da pasta oferecida a Luis Fernando não ser uma das principais do Governo Flávio Dino, a Secretaria de Programas Estratégicos, o destino em 2022 é extremamente arriscado.

Flávio Dino garantiu a Luis Fernando que lhe apoiará em 2022 na disputa pela única vaga para o Senado Federal, já que terminará o mandato do senador Roberto Rocha, que deve brigar pela reeleição.

Só que o apoio de Flávio Dino, obviamente, está condicionado a sua candidatura à Presidência da República. O problema é que se a tal pré-candidatura de Dino ao Palácio do Planalto não decolar, o comunista, para não ficar sem mandato, pode “roer a corda” é disputar a vaga única para o Senado.

E é exatamente aí que está o dilema de Luis Fernando, afinal a aposta é alta e extremamente arriscada.

É aguardar e conferir.

Dom Felipe e o Carnaval

por Jorge Aragão

Por José Sarney

Dom Felipe — Dom Felipe Benito Conduru Pacheco, grande intelectual, glória de São Bento, de onde era filho — escreveu muitos livros, dentre eles Pai e Mestre, biografia de seu progenitor Benício Conduru, que abriu a vala e fez a comporta no Rio Aurá, para facilitar o acesso à cidade de São Bento, e uma história da Igreja — História Eclesiástica do Maranhão — fundamental para o estudo da evangelização no Estado. Foi bispo de Parnaíba, onde aposentou-se. Já velho, morava aqui no Palácio Episcopal, sendo arcebispo Dom João Motta. Governador, eu recebia sempre uns bilhetes de Dom Felipe, a quem dedicava uma deferência especial, pois fora ele quem me batizara em 1930.

Meu slogan de governo era “Maranhão Novo”, numa empolgação por realizar as grandes obras que mudaram o Maranhão, como o porto do Itaqui, a São Luís-Teresina, a universidade, as faculdades, e com o grande desenvolvimento que conseguíamos. Pois bem, passado o Carnaval de 1967, recebi uma carta de Dom Felipe, dizendo: “Governador Sarney: Enquanto não se acabar com a devassidão do Carnaval, não fale em Maranhão Novo.”

Ele não se conformava com os populares “bailes de máscara”, com as mulheres todas vestidas de “dominó” e mascaradas — e assim livres de ser identificadas e podendo se esbaldar. Nas portas havia sempre uma comissão de reconhecimento para evitar a entrada de prostitutas ou de homens vestidos de mulher.

Era uma atração especial e característica do carnaval de nosso Estado e se tivessem continuado acho que seria um atrativo especial para os turistas que marcaria o Maranhão.

O nosso saudoso Cafeteira, Prefeito de São Luís, como Dom Felipe, também não gostava dessa liberdade carnavalesca e proibiu os bailes de máscara. Fez-se até uma marchinha muito cantada, que dizia “Cafeteira não quer / Máscara neste Carnaval”, o que provocou uma grande discussão, uns apoiando e outros, inclusive eu, protestando, querendo que continuassem, pois faziam parte de nossa tradição.

Assim, esta discussão sobre a liberdade de costumes liderada pelo Rei Momo, não é nova, vem de longe e o povo gosta. Mas sempre houve exagero e hoje, com a destruição dos valores cristãos, a coisa fica de jacaré nadar de costa.

Acima dos excessos, que devemos condenar e policiar, não há coisa mais bonita e brasileira do que a alegria explosiva e contagiante do nosso povo, nas suas fantasias e ritmos.

Os mascarados não desapareceram somente do Maranhão, mas do Brasil inteiro, pois o que quase todos querem é mostrar a cara. Enquanto isso Dom Felipe está no céu, pedindo ao Criador que acabe a devassidão, e Cafeteira se conforta com a exibição dos biquínis nos belos corpos das mulheres que passam nos extraordinários carros dos desfiles das Escolas de Samba.