A sociedade do espetáculo e as suas sequelas

por Jorge Aragão

Por Anna Graziella e Mariana Heluy

Exatamente uma semana após a decisão do Supremo Tribunal Federal acerca da competência da Justiça Eleitoral para julgamento de crimes conexos, o time da Lava Jato arreganha os dentes mais uma vez.

A prisão preventiva do ex-presidente da República, Michel Temer, nesta quinta-feira, deixou parte do país perplexa. A espetacularização da medida – dezenas de homens fortemente armados, interceptação de veículo, em avenida movimentada de São Paulo – nos impõe a conjecturar sobre o que efetivamente pretendem alguns membros do Poder Judiciário. Será mesmo o desejo de fazer Justiça que move alguns julgadores?

Inacreditavelmente, essa não é uma demanda jurídica. Por quê? Porque se direito fosse, a solução seria simples. Acessar-seia o Código de Processo Penal no artigo 312 e… mágica! Concluir-se-á que para efetivar prisões preventivas há que se ter contemporaneidade, logo, o esdrúxulo fato sequer teria ocorrido.

Apesar da legislação brasileira ser escrita, têm-se vivenciado a era da aplicação das leis oriundas dos costumes da Lava Jato. Essa operação famosa que, muitas vezes, parece querer competir em audiência com as séries bombadas do momento.

A operação que criou “uma espécie de condução coercitiva; inovou no âmbito processual e trouxe para a ordem jurídica a “delação premiada à brasileira”, aquela que acontece por pressão, por exaurimento moral e enxovalhamento de imagem.

Aquela que corrói a dignidade da pessoa humana e é aplaudida por expectadores e propagada, nas redes sociais, por meio de um movimento conhecido como “milícias digitais”.

Desta forma, a Operação Lava Jato demonstra desprezo pelo devido processo legal e aversão aos princípios e garantias constitucionais. Em nome de um combate à corrupção, alicerçada na perversa lógica de que “os ns justicam os meios” parte do Ministério Público Federal e da Magistratura fazem “mau uso” da publicidade com o intuito de formatar um exército de apoiadores.

Nesse jogo perigoso, devasta-se a relação entre os poderes Legislativo, Judiciário e Executivo e perverte-se a consciência da sociedade transformando os graves problemas em um jogo mortal dos bons contra os maus. Para o populismo de todos os dias, joga-se o senso comum contra o Poder Judiciário, reduzindo-o a imagem de “inimigo público” ou, ainda, em “demônio popular”, como nominou o desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Ney Bello, em recente artigo, tãosomente por aplicar impecavelmente os preceitos da Constituição Federal e das demais normas do arcabouço jurídico brasileiro.

A sociedade contemporânea experimenta o tempo da fake news e da modernidade líquida de Zygmunt Bauman. Considerado um dos pensadores mais importantes e populares do m do século XX, o sociólogo polonês discorreu sobre a uidez e, na modernidade líquida, o Estado perde força. As sólidas estruturas dos princípios constitucionais são temerosamente corroídas.

A relativização do acatamento às leis não pode, jamais, atingir a estrutura constitucional, que é sustentada por princípios democráticos inarredáveis. Tais princípios são alicerces do Estado Democrático de Direito. Se a legislação brasileira não atende mais aos anseios sociais, que o povo brasileiro vote, com consciência política, para formação de um Congresso atuante e preparado para executar, com competência, as modicações legais necessárias e que parecem hoje se impor.

Peço licença a Nelson Rodrigues para nalizar o citando: “Quero crer que certas épocas são doentes mentais. Por exemplo: a nossa”.

Anna Graziella Santana Neiva Costa – Advogada, Pós-Graduada em Direito Constitucional e em Ciência Jurídico-Políticas; MBA em Direito Tributário. Mestranda em Ciências Jurídico-Políticas
Mariana Costa Heluy – Advogada, especialização em Gestão do Transporte Marítimo e Portos

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Conta cruel

por Jorge Aragão

Os quatro anos do primeiro mandato do governador Flávio Dino (PCdoB) – e, pelo visto, também assim será o seu segundo – ficaram marcados pelo sucessivo aumento de alíquotas de tributos, sobretudo o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Foram dois reajustes entre 2015 e 2017 e um terceiro em 2018, que passou a vigorar no início deste mês. No total, o maranhense paga hoje 31% a mais de ICMS que há quatro anos.

O resultado é matemática pura: com um Estado cada vez maior, mais voraz na busca por recursos – que não podem sair de outro lugar que não do bolso do contribuinte -, o povo fica cada vez mais pobre.

E isso também pode ser analisado com dados matemáticos.

Segundo o IBGE, desde que Flávio Dino assumiu o governo, a pobreza só cresceu e o PIB só caiu no Maranhão.

É o resultado da nefasta política de inchaço da máquina, sem a garantia de um ambiente econômico que pudesse permitir o crescimento por meio de mais investimentos, levando à criação de mais empregos e geração de renda.

Com um Estado tão pesado, sobra apenas a conta a ser paga.

Uma conta que tem sido cruel para os maranhenses.

Estado Maior

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A primeira semana do retorno de Gastão Viera à Câmara Federal

por Jorge Aragão

Na primeira semana de trabalho como deputado federal pelo PROS/MA, Gastão Vieira destacou a emoção de estar de volta ao parlamento para exercer o seu sexto mandato. “Eu gostaria de falar da minha emoção de estar novamente no plenário da Câmara dos Deputados, onde eu já vivi muitas histórias. Eu gosto do Legislativo, aqui eu me encontro e tenho a certeza que estou ajudando o meu país”, disse.

O deputado avaliou o momento atual na Câmara Federal, “Acho que a Câmara precisa neste momento de muita conciliação e de muito entendimento, para que a gente possa dar ao povo brasileiro aquilo que ele realmente deseja, que é um país melhor. Não será uma tarefa fácil, mas eu espero colaborar no que for preciso”, destacou.

Em sua primeira semana de trabalho, Gastão Vieira assumiu como membro titular da Comissão de Educação na Câmara. “Estarei mais uma vez na Comissão, onde já fui presidente, e sei das batalhas que teremos que travar para seguir com a nossa bandeira, que é conseguir fortalecer e melhorar a educação no nosso país”, afirmou.

Gastão Vieira também falou sobre a reforma da Previdência, “A proposta da Previdência como está é injusta, principalmente para a população de baixa renda. Falando da realidade do povo do Maranhão, eu acho que essa reforma é extremamente injusta. Eu sei como eles vivem e a realidade é de uma população que sobreviv e com menos de um salário mínimo”, completou.

O deputado afirmou ser favorável a uma reforma na Previdência do país, desde que alguns pontos sejam melhor discutidos com os parlamentares. “Não sou intransigente quanto uma Reforma da Previdência, ela é necessária do ponto de vista fiscal, mas é preciso debater algumas questões como a contribuição continuada e a aposentadoria rural, respeitando os mais pobres”.

Gastão Vieira defende alterações no texto quanto ao Benefício de Prestação Continuada e um debate em torno das mudanças sobre a aposentadoria para trabalhadores rurais. “Sabemos que a receita para pagar a Previdência é, na maioria das cidades maranhenses, superior ao que o município dispõe com o Fundo de Participação dos Municípios. Precisamos repensar isso, sem esquecer da dignidade das pessoas”, disse

Na opinião de Gastão Vieira, o governo debatendo alguns pontos sensíveis será possível conquistar o consenso da maioria. “São questões fundamentais e espero que o governo tenha lucidez para sentar à mesa e abrir mão de alguns desses pontos”, concluiu.

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Juscelino Filho comemora recursos para custeio da Educação

por Jorge Aragão

Com o objetivo de auxiliar os municípios brasileiros no funcionamento e na manutenção da rede de ensino pública, o Ministério da Educação baixou portaria, nessa semana, que regulamenta a emenda parlamentar de custeio para a educação. A emenda é de autoria do deputado federal Juscelino Filho (DEM-MA) e foi aprovada no ano passado pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e na Lei Orçamentária Anual (LOA) 2019.

Com a portaria, assinada pelo ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, o MEC irá incluir entre os elementos financiáveis com recursos do orçamento impositivo, as emendas para custeio da educação já a partir de 2020. O deputado Juscelino Filho comemorou mais esta importante conquista para a educação, uma vez que muitos municípios têm dificuldades em custear merenda, transporte escolar, entre outros insumos.

“A nossa emenda é muito valiosa para a educação do nosso país. Além de conseguirmos desafogar os gastos das prefeituras, vamos contribuir para o desenvolvimento da educação nos municípios. Lutamos muito para a inclusão dessa rubrica orçamentária na LDO e na LOA 2019 com a certeza de que esta emenda irá beneficiar todos os municípios brasileiros”, destacou Juscelino Filho, um dos principais defensores da área de educação na Câmara dos Deputados.

A destinação de recursos para o custeio da educação vão seguir os moldes das emendas, também de custeio, indicadas para a área da saúde nos últimos anos. O Fundo Nacional de Saúde, por exemplo, já fazia com as chamadas emendas de custeio para PAB (Atenção Básica) e MAC (Média e Alta Complexidade).

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Eliziane consegue que ministros sejam ouvidos sobre base de Alcântara

por Jorge Aragão

A Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal aprovou o requerimento de autoria da senadora Eliziane Gama (PPS-MA) e do senador Marcos do Val(PPS-ES) para ouvir o ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Os parlamentares querem saber os detalhes do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST), que permite o uso da Base de Alcântara pelos Estados Unidos.

“Se for um bom acordo para o Brasil, tenho certeza que o Maranhão poderá entrar numa rota e ser uma referência em tecnologia. Temos um grande potencial intelectual, temos uma boa posição geográfica, mas temos que usar isso para o bem do Maranhão e do Brasil. Nós vamos ouvir os ministros e entender esse acordo e aí sim tomar uma decisão favorável ou contra”, esclareceu.

Eliziane lembrou da necessidade retorno e compensação para as comunidades de Alcântara, principalmente os povos tradicionais da localidade. Segundo a parlamentar, é fundamental a participação do Governo do Maranhão no debate.

“Estamos aqui para defender o Brasil, o Maranhão e as pessoas, pois o ser humano é o nosso maior bem. Se for um projeto para o bem do Maranhão terão em mim a maior defensora, se não for bom buscarei impedir esse acordo”, enfatizou a senadora.

São Luís – A líder do PPS no Senado Federal, Eliziane Gama recebeu na quinta-feira (22), em Brasília, o secretário de Agricultura, Pesca e Abastecimento (SEMAPA), Nonato Chocolate; o Secretário de Cultura (SECULT), Marlon Botão e a Secretária de Articulação Institucional Ana Paula Rodrigues.

Durante o encontro, eles discutiram projetos e melhorias para a cidade de São Luís, especialmente na área de desenvolvimento e produtividade da Zona Rural e a melhoria da Feiras, Mercados e Feiras Livres.

Na oportunidade, a senadora Eliziane reafirmou compromisso com São Luís e a contribuição na busca por emendas parlamentares e projetos para a cidade.

“Recebi em Brasília esses três importantes secretários municipais de São Luís e pautamos o desenvolvimento e produtividade da Zona Rural da capital maranhense e também com a melhoria das feiras, mercados e feiras livres. Reafirmei meu compromisso com a cidade, principalmente na busca por mais recursos e projetos”, afirmou Eliziane Gama.

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Osmar Filho promulga lei que regulamenta Food Truck em São Luís

por Jorge Aragão

O presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Osmar Filho (PDT), promulgou, nesta sexta-feira (22), a lei nº 6.459/2019, que dispõe sobre a regulamentação da venda de alimentos realizada de forma itinerante em veículos como trailers e furgões — os chamados Food Truck.

A legislação que foi enviada para publicação no Diário Oficial do Município (DOM) conta com seis artigos e trás disposições gerais, regularização, fiscalização e orientação aos comerciantes.

O texto, de autoria do vereador Sá Marques (PHS) e que contou com a colaboração do Ministério Público Estadual, foi aprovado pela Casa Legislativa em novembro do ano passado.

Para Osmar Filho, a nova lei colabora com o impulsionamento da economia local, gerando emprego e renda com a comercialização de alimentos em diversos pontos da capital maranhense.

“É uma iniciativa louvável do vereador professor Sá Marques que a Casa aprovou por unanimidade e hoje estou tendo a oportunidade de promulgar uma lei que regulamenta um segmento que contribui com o impulsionamento da nossa economia, gerando emprego e renda com comercialização de alimentos em diversos pontos da cidade”, destacou o presidente.

Em suas disposições gerais, a lei que entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário, determina que o comércio de alimentos em vias e áreas públicas em caráter móvel será exercido mediante autorização expedida pela prefeitura.

“Para efeitos desta Lei, considera atividade de ‘veículo de alimento’, o comercio de alimentos em vias e áreas públicas que compreendam venda de comidas por caminhonetes, veículos automotores, rebocáveis, montados sobre veículos de caráter eventual, devendo ser recolhidos no final do expediente”, diz o artigo 2º.

Sá Marques (PHS) destacou a importância da promulgação da medida que, segundo ele, foi colocada em prática a partir de uma sugestão do promotor Cláudio Cabral Marques, titular da 1ª Promotoria de Justiça Especializada do Controle Externo da Atividade Policial de São Luís.

“Foi uma ideia do promotor Cláudio Cabral que virou lei. Com a promulgação da norma, agora é partir para padronização e da higiene para não gerar uma situação de insalubridade e não melindrar a saúde pública”, destacou Sá Marques.

Para o promotor Cláudio Cabral Marques, a lei vai possibilitar novas iniciativas na área de alimento e bebida num momento de grave crise econômica.

“Eu considero de grande importância a promulgação dessa lei que vai possibilitar novas iniciativas nessa área de alimento e bebida num momento de grave crise econômica que o país passa. Então, tanto a fiscalização, mas principalmente as opções para população e segurança para as pessoas que vão ingressar ou estão nessa atividade”, disse o promotor.

Também participaram da solenidade de promulgação os vereadores César Bombeiro (PSD), Pavão Filho (PDT), Genival Alves (PRTB), Marquinhos (DEM); o secretário municipal de Relações Parlamentares, Ivaldo Rodrigues; além de representantes da Blitz Urbana.

Principais normas da lei:
Localização – Não serão admitidos aos ‘veículos de alimentos’ estacionar em frente a estabelecimentos de ensino, hospitais, farmácias, portões de acesso a edifícios ou repartições públicas respeitando todas as disposições do artigo 181 do Código de Trânsito Brasileiro.

Distância – O ‘veículo de alimento’ conterá até 6,3 metros de comprimento e oferecer no mínimo um espaço de 3 metros de calçadas livre para pedestres.

Não serão emitidas licenças para:
1. A comercialização de produtos ou alimentos perecíveis só será permitida se estiver garantida as condições de conservação dos alimentos resfriados, congelados ou aquecidos.

2. A instalação de equipamentos em passeios públicos respeitará a legislação urbanística em vigor.

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FAMEM promove palestra sobre capacitação de recursos para gestores

por Jorge Aragão

A Federação dos Municípios do Estado do Maranhão, Famem, promove nesta segunda-feira (25) a partir das 8 horas, em sua sede no Calhau, em São Luís, palestra sobre as formas de captação de recursos junto aos órgãos federais. A palestra será ministrada pelos consultores da Confederação Nacional dos Municípios, Celso Vedana e Marli Burato.

O evento, que reúne prefeitos do estado do Maranhão e integrantes da CNM, faz parte da estratégia da gestão do prefeito Erlanio em concentrar investimentos na qualificações dos quadros técnicos das prefeituras maranhenses.

Segundo o presidente da Famem, Erlanio Xavier, a realização de palestra desta natureza tem como objetivo capacitar tanto gestores como servidores públicos, aperfeiçoando a utilização de novas plataformas de gestão. “Durante o evento serão abordados temas como o Portal de Convênios do Governo Federal (Siconv e Plataforma + Brasil, que estabelecem a relação município\ união nas contratações de convênios e projetos”, explica o presidente da federação.

Vedana é diretor executivo da Federação Catarinense dos Municípios e vem trabalhando há alguns anos com temas como municipalismo, descentralização, desenvolvimento regional, direito e competências tributárias e direito administrativo municipal. É autor da obra “Autonomia Tributária Formal dos Municípios” entre outras.

“Há dez anos atrás os Municípios acessavam recursos extras, que não fossem o FPM e ICMS, por meio de emendas parlamentares. O resultado era pequeno por que a liberação do recurso era muito difícil e limitada. Hoje os governos abrem oportunidades de acesso à recursos por meio de convênios, editais e programas, ao informar que há disponibilidade em seu orçamento para determinado investimento numa área especifica do Município, como educação e saúde”, explica Vedana. O acesso a esses recursos extras possuem regras de captação, execução e prestação de contas.

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Recarga de passagens: restabelecendo a verdade dos fatos

por Jorge Aragão

Infelizmente pela postura equivocada adotada pelo deputado estadual Duarte Júnior (PCdoB) no início do seu mandato, é preciso sempre ficar atento ao que é divulgado e o que efetivamente corresponde à verdade dos fatos.

Nesta semana, Duarte Júnior apresentou um Projeto de Lei sobre a recarga de passagens no transporte público. O problema é que o parlamentar, astutamente ou equivocadamente, não deixou claro se o projeto atenderá o usuário do transporte público municipal (São Luís) ou apenas os intermunicipais.

No entanto, logo no início do release distribuído pela sua assessoria e que consta na página do seu site, Duarte Júnior dá a entender que englobaria os usuários do transporte público da capital, afinal destaca: “Quem anda de ônibus em São Luís hoje só pode fazer a recarga de créditos do transporte público de segunda a sexta, das 7h às 19h, conforme o posto de atendimento”.

Nesse caso, o Projeto de Lei de Duarte Júnior terá dois problemas, um de legalidade e outro de moralidade e/ou ética.

No caso da legalidade, até onde o titular do Blog compreende, cabe apenas a Câmara de Vereadores de São Luís legislar sobre o transporte público municipal. Sendo assim, o tal Projeto de Lei deve ser considerado inconstitucional logo na CCJ da Assembleia Legislativa.

No caso da ética, mais uma vez, Duarte Júnior acaba atropelando um colega do legislativo. Dessa vez, o alvo é o vereador do PDT de São Luís, Raimundo Penha.

Um dos vereadores mais atuantes no parlamento municipal, Penha já apresentou um Projeto de Lei, já até destacado pelo Blog, sobre a ampliação e melhoria para o usuário do transporte público de São Luís na questão da recarga de passagens, inclusive estabelecendo um prazo de no máximo 15 minutos na fila, cinco minutos a menos do que o proposto agora por Duarte Júnior.

O Projeto de Lei de Raimundo Penha não foi sancionado pelo prefeito Edivaldo Júnior e voltou para a Câmara de São Luís, mas deverá ser promulgado ainda neste primeiro semestre pelo legislativo da capital, órgão constitucionalmente competente para legislar sobre o transporte público.

De qualquer forma, o importante para Duarte Júnior, ao que parece, é seguir fazendo propaganda, mesmo que não sejam efetivas, afinal o intuito é seguir na mídia de qualquer forma. Entretanto, como o Blog já destacou, essa postura tem gerado muitos problemas no relacionamento do imberbe parlamentar com outros colegas.

Desta forma, o Blog cumpre o seu papel de restabelecer a verdade dos fatos, sem enganar absolutamente ninguém e com total transparência, como deveria ser feito por todos, inclusive pelos políticos, principalmente aqueles que juram carregar a bandeira da nova política.

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Greve: professores de Paço do Lumiar decidem “cruzar os braços”

por Jorge Aragão

Apesar do prefeito de Paço do Lumiar, Domingos Dutra (PCdoB), insistir em afirmar que sua gestão é uma das melhores que o Município já teve, dia após dia, a realidade vai mostrando um cenário totalmente diferente disse.

Se já não bastasse as reclamações diárias nas emissoras de rádio pela péssima infraestrutura das ruas e avenidas de Paço do Lumiar e a gestão de Dutra e o próprio prefeito já terem sido alvos de ações do Ministério Público, agora foi a vez dos professores decidirem “cruzar os braços”.

Em assembleia realizada na noite de quinta-feira (21), os professores da rede pública municipal de Paço do Lumiar, que já haviam feito uma paralisação de advertência, decidiram agora por uma greve por tempo indeterminado.

A paralisação será iniciada na próxima quarta-feira (27), pois os professores estão seguindo os prazos legais exigidos pela legislação trabalhista para o movimento paredista.

Os professores reclamam da indecisão da gestão municipal em resolver os problemas relacionados à carga horária e relotação, esta última arbitrária, segundo a categoria. Desde então, mobilizações e reuniões têm sido realizadas entre o Sinproesemma e a gestão de Paço do Lumiar, sem avanço nas negociações.

Agora é aguardar e conferir.

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Weverton Rocha defende soberania nacional no uso da base de Alcântara

por Jorge Aragão

O senador Weverton (PDT-MA) apresentou duas emendas à MP 858/2018, que extingue a empresa binacional Alcântara Cyclone Space (ACS), resultado de uma parceria entre os governos brasileiro e da Ucrânia para explorar comercialmente o lançamento de satélites a partir da base de Alcântara, no estado do Maranhão. As emendas visam criar condições de proteção à base e aos quilombolas em acordos futuros.

Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro anunciou um acordo para que a base de Alcântara seja utilizada pelos Estados Unidos no lançamento de foguetes não bélicos.

Em uma das emendas, o senador defende a soberania nacional em acordos bilaterais. De acordo com Weverton, o país tem que ser preservado de cláusulas abusivas.

“Não vamos concordar com tratados restritivos e que não nos dê a possibilidade de desenvolvimento das nossas pesquisas espaciais ou cooperação tecnológica”, enfatizou.

Weverton também quer evitar que a expansão da base espacial retire direitos ou reduza o território quilombola de Alcântara. Atualmente, 300 famílias remanescentes das comunidades vivem na região.

A Agência Espacial Brasileira, que já ocupa mais de 8 mil hectares, reivindicou 12 mil hectares para uma expansão que, se concretizada, pode atingir o equivalente a 25% do território quilombola.

“É necessário conciliar os interesses do Estado com a garantia da sustentabilidade dessas comunidades”, afirmou Weverton.

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