Moro: entre a vingança e o medo

por Jorge Aragão

Por Abdon Marinho

AINDA não sabemos toda a extensão das conversas do ex-juiz Sérgio Moro com os procuradores da Operação Lava Jato e/ou os advogados das partes (por que não divulgam?) – e, já disse, não me comprometo com crimes de quem quer que seja –, mas pelo que se sabe é possível dizer, até agora, que crimes não foram encontrados.

Tenho assistido a um surto histérico de pessoas dizendo que juiz não deve conversar com as partes sobre processos. Se isso é o ideal está muito distante da realidade.
Qualquer um que tenha um processo em juízo – ainda que seja um litígio por um metro de terra, uma disputa de guarda ou a divisão de bens de um casal (e já vi brigarem por uma panela velha) –, o que querem é justamente o contrário: que todos os dias o seu advogado esteja com o juiz pedindo que ele dê prioridade ao seu processo, que o juiz o despache antes de qualquer outro. Ainda que existam milhares de processos à frente do seu.

Estes que estão indignados quando vão litigar em juízo procuram um advogado que tenha “trânsito” com juizes ou desembargadores e/ou laços de parentesco.
Tudo que a parte quer – qualquer parte –, é que o seu advogado tenha uma boa relação com o juiz ou desembargadores que vão julgar suas causas.

Entra-se com uma ação hoje é já no dia seguinte cobra do advogado que vá conversar com juiz. É assim pelo resto da demanda.  O grande desejo da parte é que todo dia o advogado “despache” com o juiz sobre o seu processo. Se o advogado pudesse “morar” no fórum seria o ideal. O mantra é que o advogado precisa de “trânsito”. Não vejo ninguém se escandalizar com isso.

Fortunas são geradas assim, alguém diz que aquele advogado é o que tem “trânsito” e para sua banca migram todos os clientes, pode ser que o causídico não saiba a diferença entre habeas corpus e Corpus Christi.

Conhecimento jurídico, ética ou seriedade é o que menos importa – sei disso porque já perdi diversos clientes por “excesso de honestidade”, já ouvi muito “doutor Abdon ‘briga’ com todo mundo”, “doutor Abdon é muito certinho”.

Um assunto na “ordem do dia” no Maranhão é a acusação de que os governantes estaduais criaram um “estado policial paralelo” cuja missão, supostamente, seria o monitoramento dos desembargadores e seus familiares, juízes, promotores, advogados, jornalistas ou de qualquer outro que pudesse ou possa representar embaraços ao poder estabelecido.

A denúncia deste fato é subscrita por dois delegados de polícia que privaram da confiança do secretário da segurança pública e, pelo menos um, foi condecorado pelo governador, por bons serviços prestados.

O assunto (a espionagem clandestina) é tão sério que o Tribunal de Justiça solicitou investigações da parte do Ministério Público, do Conselho Nacional de Justiça – CNJ e da Polícia Federal.

Trago esse assunto porque outro dia a imprensa noticiou que o secretário de segurança, que figura, em princípio, como investigado por determinação do TJMA, esteve em audiência com o presidente do tribunal que determinou a investigação e que, identificados crimes pelos quais venha a ser denunciado, o julgará.

Exceto por uma notinha ou notícia aqui ou ali, não vi ninguém “estranhando” que uma parte estivesse de conversa com o presidente do tribunal que poderá vir a julgá-lo.
O governador, chefe do secretário, que acha um “absurdo” que um juiz tenha trocado opiniões com o procurador federal, não deve ter achado nada demais que o seu secretário de segurança, que o tribunal mandou investigar por acusações gravíssimas, tenha ido se avistar com quem determinou a investigação.

O próprio governador que também foi juiz – e todo dia faz questão em nos informar disso –, será que se fosse possível “abrir” o sigilo de suas conversas encontraríamos o mesmo conteúdo daquelas do ex-juiz Moro com os procuradores?
Ele – ou qualquer outro –, pode se achar imune à interpretação de uma palavra mal colocada em uma conversa – que não deveria ser, mais é –, privada?
Uma das formas de coibir isso, ao meu sentir, seria proibir que os magistrados falassem com uma parte sem a presença da outra.

Como não existe essa vedação, logo as más interpretações ou ilações sempre ocorrerão ao sabor das conveniências políticas e econômicas do momento. O que existe de concreto, pelos elementos que dispomos até o momento, é a manifestação escancarada da hipocrisia. Pedem a cabeça de um ex-juiz por ter conversado com as partes de processos sem qualquer crime aparente, mas nada acham de estranho na normalidade com que isso ocorre diariamente.

A propósito deste tipo de escândalo, até recordei uma passagem de uma obra de Milan Kundera sobre espionagem nos tempos da ocupação da Thecoslováquia, país que existiu entre 1918 e 1992, pela antiga União Soviética: “O rádio transmitia um programa sobre a emigração tcheca.

Era uma montagem de conversas particulares gravadas clandestinamente por um espião theco que se infiltrara entre os emigrantes, para depois entrar novamente no país com grande estardalhaço. Eram conversas insignificantes, entrecortadas de vez em quando por palavras cruas sobre o regime de ocupação, mas também de frases nas quais os imigrantes se xingavam mutuamente de cretinos e impostores. O programa insistia principalmente no seguinte: era necessário provar que essas pessoas não apenas falam mal da União Soviética (o que não deixa ninguém indignado), mas também se caluniam mutuamente, dizendo palavrões sem a menor hesitação.

Coisa curiosa, dizemos palavrões de manhã à noite, mas se ouvimos no rádio uma pessoa conhecida e respeitada pontuar suas frases com “estou me cagando”, ficamos um pouco decepcionados.”

Por tudo já dito, atribuo esse “cerco” ao ex-juiz e atual ministro Sérgio Moro a duas circunstâncias: a vingança e o medo.

Todos sabemos que desde que o então juiz começou a condenar os donos do poder culminando com a condenação e encarceramento do ex-presidente Lula por corrupção e lavagem de dinheiro, atraiu o ódio e desejo de vingança dos seus devotos. O ex-presidente foi condenado em primeira, segunda e terceira instâncias, mas para os seus fanáticos a culpa é do Moro.

Para eles, ainda que o Lula fosse visto “tirando” literalmente o dinheiro do cofre da nação e levando para sua casa não seria roubo, estava levando por ser a sua casa por ser local mais seguro para guardar o dinheiro público. Mais, se o visse o retirando o dinheiro do cofre, para todos os efeitos não estaria tirando e sim colocando.

Ninguém fala ou revela os diálogos sobre as prisões ou processos dos outros malfeitores. Não foi só o ex-presidente Lula que foi alcançado pela Operação Lava Jato, dezenas de outros cidadãos foram presos, condenados e cumprem pena por seus delitos; bilhões de reais já foram recuperados para os cofres públicos do muito que roubaram da educação, da saúde, da assistência aos menos favorecidos.
Não vimos ainda o conteúdo do vazamento de outras conversas como, por exemplo, com algum advogado de parte. Se têm tudo porque não revelar tudo? O próprio ex-juiz já disse que podem revelar.

Na verdade, não fazem isso porque não interessa. O que de fato importa é o prolongamento da vingança, da suspeição, da dúvida. O que querem é destruir o ex-juiz.
Resta um conluio (este sim, a merecer o nome) entre os aliados do ex-presidente e dos demais criminosos que sonham em reverter suas condenações e, quem sabe, recuperar, pelo menos parte dos recursos públicos que roubaram de nossas crianças, dos nossos pobres, dos nossos enfermos.

A vingança vem também de parte da imprensa nacional e internacional, que foi beneficiada acintosamente pelos governos anteriores, e que agora sentiram que a fonte secou.

Com a obtenção e quebra criminosa do sigilo da comunicação do juiz e dos procuradores, vingam-se, também, do governo Bolsonaro.

Mas o grosso da vingança é mesmo contra o ex-juiz Sérgio Moro, pois junto com ela (vingança) existe também o medo. O medo que ele se torne imbatível numa eleição presidencial futura. A vingança e o medo movem os ataques oportunistas do governador do Maranhão, Flávio Dino e do ex-governador Ciro Gomes. Eles, assim como todos os outros, sabem que o ex-juiz, se não for “abatido” o quanto antes, é uma séria ameaça aos seus sonhos de poder.

Esse medo tem números bem reais: com menos seis meses no cargo de ministro da justiça, já vimos diversas operações de combate ao crime organizado, sequestro de bens, isolamento de criminosos, etc.

O resultado das ações efetivas das forças de segurança sob o comando do ex-juiz se reflete na redução de todos indicadores de violência, só em homicídios a queda foi de 23%(vinte e três por cento), segundo dados do Sinesp, na comparação com o mesmo período de 2018.

Ora, se em seis meses a política de segurança já mostra os resultados aferidos, quanto não se avançará com o passar do tempo, sobretudo, se o Congresso Nacional aprovar o “Pacote Anticrime”?

Os ataques são pinçados e dirigidos contra ex-juiz para desmoralizar sua reputação como vingança e por medo, porque ele representa um sério embaraço a todos que tem como projeto de poder a sucessão de Bolsonaro.

Por isso essa “afinação” entre tantas forças políticas contra ele. Não se iludam, nenhum dos que atacam o ex-juiz Sérgio Moro – os outros são vítimas indiretas –, fazem isso por amor a causa do direito ou da Justiça. Agem motivados pelos próprios – e escusos –, interesses.

Governo Flávio Dino segue preparando o arrocho no Executivo

por Jorge Aragão

O Governo Flávio Dino deu mais uma prova que segue em passos largos para a realização de um grande arrocho no Executivo. A mais nova medida foi autorizar a Secretaria de Planejamento e Orçamento a ter total e irrestrito acesso a todas as “contas bancárias dos órgãos, fundos e entidades da Administração Pública Direta e Indireta do Estado do Maranhão”.

A ideia é dar autonomia para a secretária Cynthia Mota Lima (foto), titular da pasta, analisar amplo acesso às contas bancárias de todas as pastas do Executivo, para mapear a real situação financeira dos setores.

Logo após a eleição, o próprio governador tem dito a aliados que a situação financeira do Maranhão é preocupante e precisa fazer cortes, principalmente no contingenciamento de despesas.

Vale lembrar que já na semana passada, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) editou uma polêmica portaria estabelecendo “a redução do teto das despesas” com a prestação de serviços médicos na capital e no interior.

Agora é aguardar e conferir o tamanho do arrocho que será feito pelo Governo Flávio Dino.

Debate: Flávio Dino bombardeado e Roberto Rocha se destaca

por Jorge Aragão

Nesta terça-feira (02), a TV Mirante realizou o único debate entre os candidatos ao Governo do Maranhão nas eleições 2018.

O debate mediado pelo jornalista Fábio William, da TV Globo, contou com a presença de cinco dos seis postulantes ao cargo de governador. Participaram os candidatos cujo partido e/ou coligação possuam representatividade no Congresso Nacional.

Desta forma, estiveram no debate: Flávio Dino (PCdoB), Maura Jorge (PSL), Odívio Neto (PSOL), Roberto Rocha (PSDB) e Roseana Sarney (MDB). Apenas Ramon Zapata do PSTU não participou do debate.

No primeiro bloco, com temas livres, o destaque ficou para o embate entre os candidatos Roseana Sarney (MDB) e Flávio Dino (PCdoB). Roseana pediu para Flávio Dino citar três obras que o comunista tivesse planejado, orçado e concluído. O comunista tergiversou e não conseguiu responder de maneira direta.

Ainda no primeiro bloco, Roberto Rocha também fez duras críticas à gestão comunista e assegurou que o governador se limitou a tapar buracos em ruas. Roberto também lembrou o sucateamento e o escândalo da Saúde no Governo Flávio Dino, onde em uma operação da Polícia Federal culminou com a prisão da secretária adjunta Rosângela Curado. O candidato do PSDB também citou que Flávio Dino foi apoiado por José Sarney quando disputou a Prefeitura de São Luís em 2008, mas ele esconde tal informação.

Depois de acuado, Flávio Dino partiu para o ataque, mas se confundiu todo, já que afirmou que Roseana se juntou com Dilma Rousseff e Eduardo Cunha para colocar Michel Temer no poder.

No segundo bloco, o clima seguiu quente e Roberto Rocha desmentiu Flávio Dino que afirmou ter despoluído a Lagoa da Jansem, que segue com uma fedentina terrível. Rocha reafirmou que Flávio Dino fez apenas obras de varejo. O Tucano também cutucou o comunista e perguntou: “Se ele parou de tomar e leiloar motos e carros dos maranhenses por conta da eleição ou por conta de remorso?”. Flávio Dino não respondeu.

Roseana lembrou que o Governo Flávio Dino levou mais de 300 mil famílias para a linha de pobreza. O comunista foi dizer que a culpa era de Michel Temer pelo aumento da pobreza e quis culpar Roseana indiretamente.

A ex-governadora respondeu à altura, afirmando para Dino que ela não é deputada federal e não votou pelo impeachment de Dilma. Roseana deixou o comunista mudo quando afirmou que a maioria dos deputados que votaram pelo impeachment da petista, inclusive a candidata dele ao Senado (Eliziane Gama), estão na sua coligação. Flávio Dino, mais uma vez, assim como no questionamento de Roberto Rocha, adotou um silêncio sepulcral.

No terceiro bloco, Roseana pediu para Flávio Dino não mentir muito e afirmou que o comunista teria licitado mais de R$ 46 milhões para alimentação. Flávio Dino disse que teria sido apenas uma ata, mas que necessariamente o valor não seria utilizado ou poderia ser utilizado em cinco anos. O curioso é que esse tal ato foi feito no último ano de governo, ou seja, com aproximadamente seis meses para o término do primeiro mandato.

Roberto Rocha chamou Dino de megalomaníaco e desafiou o comunista a tomar um banho na Lagoa da Jansem, que ele jurou ter despoluído. O tucano disse que o modelo adotado no Governo do Maranhão é igual ao da Venezuela.

O quarto bloco foi o mais tranquilo e com poucos embates. Entretanto, Flávio Dino também foi encurralado por Odívio Neto, quando o candidato do PSOL afirmou que por mais difícil que seja, Flávio Dino deveria ter mantido sua ideologia própria, mantido sua coerência e não ter feito coligações com partidos que não possuem compromissos com o povo e que votaram contra o trabalhador.

Resumo de cada um dos candidatos:

Roberto Rocha foi disparado o melhor no debate. Mostrou-se preparado e foi duro ao questionar Flávio Dino, deixando o comunista em silêncio por diversas vezes. Flávio Dino sentiu e diminuiu o tom contra o tucano, evitando novos embates.

Flávio Dino distorceu muitos dos questionamentos que lhe foram feitos e silenciou quando foi encurralado tanto por Roseana como principalmente por Roberto Rocha. O deboche utilizado pelo comunista também passou do tom, principalmente para o cargo que ocupa, atual governador.

Roseana Sarney iniciou o debate extremamente nervosa, mas nos blocos seguintes foi se soltando e fez questão de sempre procurar o embate com Flávio Dino. Roseana chegou a deixar o comunista sem palavras durante um desses embates.

Maura Jorge se preocupou muito em dizer que era a candidata de Jair Bolsonaro no Maranhão e também demonstrou nervosismo. Além disso, não participou dos grandes embates durante o embate.

Odívio Neto demonstrou ter conhecimento da gestão pública e fez questionamentos interessantes, mas visivelmente era evitado pelos demais candidatos.

Desta forma, se teve alguém que conseguiu crescer no debate, esse alguém foi o candidato do PSDB, Roberto Rocha. Da mesma forma, se alguém perdeu no debate, esse alguém foi Flávio Dino, que foi bombardeado pelos demais candidatos e muita das vezes silenciou.

Agora é aguardar e conferir.

Manifesto de Ricardo Murad ao povo maranhense

por Jorge Aragão

Por Ricardo Murad

Seja qual for o resultado das eleições de 2018 no Maranhão, seja quem ganhe as eleições para governador, irei apresentar à Justiça Eleitoral, ao TRE/MA e ao TSE se for o caso, uma ação (AIJE) para que sejam apurados todos os abusos, condutas vedadas e demais ilícitos eleitorais que macularam, e ainda estão a macular as eleições, praticados por Flávio Dino. Ele não se emenda. Já está condenado e inelegível por oito anos a contar de 2016, pelos abusos que comandou na eleição de Coroatá, lança mão, para sua reeleição, de dezenas de práticas abusivas e ilícitas.

Não tenho dúvidas: as eleições 2018 no Maranhão estão eivadas de graves ilicitudes que devem ser punidas porque os atos abusivos de gravidade absoluta maculam as eleições.

Abaixo apresentamos os tópicos que irão fazer parte da ação. Já há provas dos ilícitos, continuamos a colher mais provas e de outros ilícitos que estão sendo apurados, e, para quem interessar e quiser participar da ação como autor (candidatos, coligações e partidos) ou apenas apresentar provas desses abusos ou de outros, pedimos que entrem em contato.

Seguem os temas dos tópicos que irão compor a ação (AIJE):

01. Abuso de poder e conduta vedada – Uso do programa Mais Asfalto, por 4 anos, com finalidade eleitoral

02. Abuso de poder e conduta vedada – Utilização do Palácio dos Leões para fins de eleitorais – Reuniões político-eleitoral – Lançamento de candidatas – Cooptação de prefeitos com recursos do Estado

03. Abuso de poder e conduta vedada – Suspensão de apreensão de veículos, multa, etc, por meio de decreto a regulamentar lei federal – Oferecimento de benefício em ano eleitoral que não estava em execução no ano anterior

04. Abuso de poder (religioso) – Utilização das capelanias (Polícias Militar Civil e Bombeiros) para fins eleitoral

05. Abuso de poder e conduta vedada – espionagem política (Fichamento de adversários e autoridades para fins de controle)

06. Abuso de poder e conduta vedada – Utilização da propaganda institucional, por 4 anos, para fins eleitorais

07. Abuso de poder – Doação de um hospital público (anexo do HCM) com objetivos eleitorais – Beneficiamento de quase 80 mil pessoas

08. Abuso de poder – Utilização da PGE/MA como escritório eleitoral do governador, correligionários e partidos

09. Abuso de poder – Utilização e assédio a servidores para participar de reuniões e atos de campanha eleitoral

10. Abuso de poder – Abuso dos meios de comunicação – Utilização de rádio estatal e rádios comunitárias para fins eleitorais

11. Abuso de poder – Utilização de grêmios estudantis para fins eleitorais

12. Abuso de poder e econômico – Pagamento (verba de publicidade) e utilização de sites e blogs para fins eleitorais

13. Abuso de poder econômico – Financiamento de empresas de pesquisa eleitoral

14. Abuso dos meios de comunicação – Manutenção de meio de comunicação (TV Difusora), consorciado com partidos políticos, como meio de propaganda próprio e para censurar e manipular a propaganda eleitoral gratuita

15. Abuso de poder econômico, “caixa dois”, doação de origem vedada – Utilização de veículos e estruturas de empresas privadas na campanha eleitoral que direta ou indiretamente mantêm contrato com o poder público

17. Abuso de poder e conduta vedada – Utilização de programas sociais para fins eleitorais – distribuição de cheques

18. Abuso de poder e conduta vedada – Contratação e utilização de serviços de whatsapp (Whatsapp de Todos Nós) para fins eleitorais.

Flávio Dino mostra incoerência latente na TV Mirante

por Jorge Aragão

Na sequência das entrevistas com os candidatos ao Governo do Maranhão, na TV Mirante, dentro do JMTV 1ª edição, nesta terça-feira (11), o entrevistado foi o governador Flávio Dino (PCdoB).

Na entrevista, Flávio Dino mostrou mais uma vez toda sua incoerência e deixou claro que se existiram acertos e/ou evoluções no Maranhão, foi por conta da sua gestão, mas quando não houve evoluções e/ou piora de índices, a culpa foi do Governo Federal.

Para atribuir o fracasso da sua gestão, na maioria dos segmentos, como o aumento da pobreza extrema, Dino responsabilizou o Governo Federal e a quem deu o golpe político com a retirada de Dilma Rousseff (PT) da Presidência da República.

“Esse pessoal que deu o golpe político e que construiu essa alternativa equivocada para o Brasil é que tem que responder pelo crescimento da pobreza”, afirmou Dino.

Entretanto, é o próprio comunista que aparece pedindo para que os maranhenses votem na deputada Eliziane Gama (PPS) para o Senado. Lembrando que Eliziane que foi uma árdua defensora do que o governador classifica de golpe. Ou seja, mais uma incoerência total, afinal se Eliziane foi apontada, mesmo que indiretamente, como uma das responsáveis pelo aumento da pobreza extrema, como poderá ser uma boa senadora???

Durante a entrevista, Flávio Dino também fez questão de deixar claro que só possui uma adversária na disputa eleitoral, Roseana Sarney (MDB).

Por fim, não sei se por um ato falho ou por não acreditar na sua reeleição, Flávio Dino se despediu dos jornalistas Sidney Pereira e Ana Guimarães dizendo, “nos vemos daqui a quatro anos”. Só que a TV Mirante só faz entrevistas para a disputa pelo Governo do Maranhão e se Dino for reeleito não poderá disputar nova eleição. Ou seja, só voltará a ser entrevistado daqui a quatro anos se for derrotado.

É aguardar e conferir.

O recado de Neto Evangelista a Duarte Júnior

por Jorge Aragão

Pelo visto a tentativa tola e simplória do candidato a deputado estadual Duarte Júnior, a induzir o eleitor maranhense de que o governador Flávio Dino é seu eleitor, sem conseguir provar tal afirmação, também incomodou alguns colegas de grupo político.

Neste fim de semana, foi a vez do deputado estadual Neto Evangelista mandar, mesmo que indiretamente, um recado a Duarte Júnior. Utilizando as redes sociais, Evangelista agradeceu o apoio do governador, que posou para fotografia ao lado de seus correligionários políticos cheio de cartazes do candidato, mas o deputado, que busca reeleição, deixou claro que o voto é secreto. Veja ao lado.

Duarte Júnior foi na contramão dessa postura e tem tentado se aproveitar de algumas situações para levar o eleitor ao erro. O ex-diretor do PROCON, mesmo sem conseguir provar, afirmou que o secretário de Educação, Felipe Camarão, lhe declarou apoio, o que lhe rendeu uma reprimenda pública (reveja). Só que a audácia de Duarte Júnior não parou por aí, ele, numa atitude transloucada e irresponsável, simplesmente afirmou que o governador Flávio Dino era seu eleitor (reveja).

Esse Duarte Júnior…

“Não reeleja quem nos persegue”, diz Aníbal Lins

por Jorge Aragão

O candidato a deputado federal pelo PT, Aníbal Lins, manteve sua coerência e mesmo tendo sido obrigado a ficar na mesma chapa que o governador Flávio Dino (PCdoB), não deixou de se posicionar, mesmo que indiretamente, sobre a reeleição do comunista.

No horário eleitoral, Aníbal Lins, que comandou o SINDJUS e travou uma luta árdua contra o Governo Flávio Dino sobre o reajuste do 21,7% da categoria, pede que não se reeleja quem persegue o servidor.

“Sou Aníbal Lins, economista, oficial de justiça e autor da primeira ação do 21,7% direito confirmado pelo STF para todo o funcionalismo maranhense, agora é a nossa vez. Não reeleja quem nos persegue”, afirmou. Veja abaixo.

 

Mais claro? Impossível…

A gravíssima denúncia de Ricardo Murad

por Jorge Aragão

Aos Excelentíssimos Senhores

RICARDO TADEU BUGARIN DUAILIBE
Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão

TYRONE JOSÉ SILVA
Corregedor do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão

PEDRO HENRIQUE OLIVEIRA CASTELO BRANCO
Procurador Regional Eleitoral

LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO
Procurador-Geral de Justiça do Estado do Maranhão

Excelentíssimos Senhores,

As eleições vindouras encontram-se na iminência de sofrer intervenções criminosas com vistas à captação ilegal de votos e interferência na vontade popular, visto que agentes políticos estão utilizando-se da máquina administrativa – empregos temporários – como moeda de troca na busca pelo voto.

Objetivamente, a prática criminosa consiste em contratar temporariamente um funcionário e este dividir o seu salário com mais 4 ou 5 pessoas, vinculando e multiplicando, assim, o voto na eleição.

A conduta é cuidadosamente planejada pelo vereador do Município de Coroatá Cássio (Francisco Cássio dos Reis Conceição) e pelo pai do atual prefeito Luís da Amovelar, em reuniões onde acertam a compra de votos e os apoios com a distribuição do dinheiro público na forma descrita acima, onde 500 funcionários empregados se transformam em 2.500 votos, e indiretamente, suas famílias, chegando a beneficiar mais de 5 mil pessoas, se considerarmos os familiares maiores de 16 anos que já podem votar.

O áudio (clique na figura postada acima para ouvir) ora acostado comprova de forma cabal o crime eleitoral que vem sendo praticado por esses agentes públicos, onde o vereador Cassio conversa com o Sr. José Luis, marido de uma dessas funcionárias contratadas temporariamente (Senhora Maria das Dores Ferreira Costa – conhecida como Dora), e o cobra a divisão do salário recebido por sua esposa a outras pessoas que irão ser contratadas, tudo nos termos de uma reunião ocorrida para esse fim,

É uma horda de cabos eleitorais e votos certos porque essas pessoas são carentes e o valor da divisão equivale ao que o Bolsa Família paga por mês a quem está no programa.

Tudo é comandado pelo pai do prefeito, Luís da Amovelar, que admitiu em entrevista à revista Época, publicada na edição desta semana, está no blog Atual 7, que quem de fato comanda os cofres públicos do município é ele próprio, e não o prefeito eleito pela população, Luis Mendes Ferreira Filho, o Luis da Amovelar Filho (PT), de quem é pai. “Eu fico à frente (da prefeitura) porque ele é muito jovem e sem experiência”, declarou à jornalista Amanda Almeida, que assina a reportagem.

Por todo o exposto requeiro à Justiça Eleitoral e ao Ministério Público Estadual as providências no âmbito da competência de cada uma das instituições.

Para reforçar a necessidade de uma investigação rápida, ampla e rigorosa, relembro a todos os senhores que a juíza eleitoral do Município de Coroatá decretou no dia 6 de agosto, menos de um mês atrás, a inelegibilidade do governador Flávio Dino, do ex-secretário de Comunicação Márcio Jerry, do prefeito e vice-prefeito de Coroatá, Luís Filho e Domingos Alberto, além de ter cassado os respectivos diplomas tornando nula a eleição por prática de crimes eleitorais gravíssimos. Estamos na iminência de uma nova eleição que não poderá transcorrer dessa forma criminosa que viciaram o pleito de Coroatá.

Ricardo Murad
Candidato a deputado federal

Trabalho nos legislativos serão retomados hoje

por Jorge Aragão

Depois de um pouco mais de 15 dias de recesso, os trabalhos nos legislativos, em todo o Brasil, serão retomados nesta segunda-feira (06).

Nesse segundo semestre, o maior desafio das casas legislativas é conseguir aliar as votações e decisões dos parlamentos com a campanha eleitoral, já que a maioria dos parlamentares estarão envolvidos, direta ou indiretamente, com as eleições 2018.

Na Assembleia Legislativa, comandada por Othelino Neto, 35 dos 42 parlamentares são candidata à reeleição, e apenas sete deputados não vão tentar a renovação do mandato, mas sete estarão envolvidos com o pleito.

Três deputados – Edilázio Júnior, Eduardo Braide e Bira do Pindaré – irão buscar vagas na Câmara Federal, um deputado – Alexandre Almeida – é candidato ao Senado, outras duas – Nina Melo e Graça Paz – estarão apoiando parentes nesta eleição – Arnaldo Melo (pai) e Guilherme Paz (filho) – respectivamente. Apenas o deputado estadual Max Barros confirmou publicamente que não será candidato a reeleição.

Ou seja, com praticamente todos os deputados envolvidos no pleito eleitoral, o desafio ser fazer a Assembleia Legislativa funcionar, pois muitos parlamentares devem visitar com mais frequência as suas bases eleitorais.

Na Câmara de Vereadores, comandada por Astro de Ogum, dez dos 31 vereadores serão candidatos nas eleições deste ano.

Dos dez candidatos, três vereadores – Pedro Lucas, Sá Marques e Pavão Filho – vão tentar vagas na Câmara Federal. Já sete vereadores – Estevão Aragão, Bárbara Soeiro, Honorato Fernandes, Marcial Lima, Ricardo Diniz, Silvino Abreu, Gutemberg Araújo e Gengival Alves – pleiteiam chegar a Assembleia Legislativa.

É aguardar e conferir o desempenho das casas legislativas em pleno ano eleitoral.

Cresce a pré-candidatura de Alexandre Almeida para o Senado

por Jorge Aragão

Diante das “crises” existentes nas chapas majoritárias para o Senado, um nome vai se beneficiando, mesmo que indiretamente, o do deputado estadual Alexandre Almeida.

Desde que recebeu o convite do PSDB para disputar a eleição para o Senado, Alexandre Almeida tem feito uma campanha sem muito alarde, mas muito sólida e por quase todo o Maranhão. Além disso, as disputas internas das chapas, acabam beneficiando o nome de Alexandre Almeida.

Na eventual chapa comunista, muitos que asseguram votar no pedetista Weverton Rocha, não engolem a imposição do governador Flávio Dino (PCdoB) em colocar Eliziane Gama (PPS) na disputa, e por esse motivo devem mudar o segundo voto para o Senado, como aconteceu em Barão de Grajaú (reveja).

Na crise provocada pelo fato do PRTB apoiar Maura Jorge para o Governo do Maranhão, os vários políticos que estão insatisfeitos com essa situação, asseguram que o troco será dado na pré-candidatura de Edison Lobão. Ou seja, prometem votar em Sarney Filho, mas garantem que o segundo voto não será em Lobão.

Na própria chapa Tucana, a disputa de Zé Reinaldo e Waldir Maranhão, que segue sendo alimentada equivocadamente por Roberto Rocha, também acaba beneficiando Alexandre Almeida, afinal é o único nome confirmado para a disputa do Senado.

E é desta forma que Alexandre Almeida tem viabilizado parcerias importantes, consolidando seu nome para o Senado e, principalmente, sendo uma excelente opção para o segundo voto.

É aguardar e conferir.