Polícia Política: as várias versões, todas desmentidas, do Governo Dino

por Jorge Aragão

A arte acima, retirada do jornal O Estado, retrata bem de como o Governo Flávio Dino já bateu cabeça para tentar explicar e eximir de culpa os seus principais nomes no escândalo da Polícia Política.

Desde o dia 19 de abril, quando veio a público a tentativa de politicar a Polícia Militar com o “fichamento” de adversários políticos do governador, o Governo Flávio Dino já criou quatro versões para o lamentável episódio, mas todas, uma a uma, foram sendo desmentidas.

Depois da revelação bombástica de que o Coronel Heron Santos era o oficial que estava cobrando celeridade no levantamento dos dados e exigindo informações mais completas dos policiais do interior, o governador optou por um silêncio sepulcral.

O silêncio foi provocado pelo efeito “batom na cueca”, afinal o Coronel Heron além ter sido promovido no Governo Flávio Dino, foi candidato a deputado estadual pelo PCdoB, partido do governador e do secretário de Segurança, Jefferson Portela.

É simples assim.

Precisa explicar

por Jorge Aragão

O episódio da espionagem de adversários políticos usando a Polícia Militar (PM) do Maranhão ainda está longe de terminar. Com as novas revelações de que o coordenador da eleição 2018 de dentro da corporação é o coronel Heron Santos, o governador Flávio Dino (PCdoB) tem muito o que explicar. E não basta dizer que ele não determinou. A sociedade precisa de explicações mais específicas.

Entre essas explicações, a primeira deveria ser a resposta a uma pergunta: para que a PM estava reunindo dados de adversários políticos do governo estadual? E mais: para qual missão as informações seriam necessárias? E por que elas deveriam ser colhidas com urgência?

Nas primeiras versões sobre o caso, o governador Flávio Dino e seu secretário da área, Jefferson Portela, não conseguiram explicar. Pelo contrário, preferiram tentar negar a existência do documento que determinava a espionagem no interior.

Na versão seguinte, admitiram a existência da circular, mas disseram ser ato isolado de subordinados. Depois, como o ato não foi isolado – chegou a comandos no interior –, os governistas decidiram dizer que foi uma armação para prejudicar o governo. A velha e boa “teoria da conspiração”. Com a participação de Heron Santos, os dedos apontados para a oposição não servem mais.

Como dito antes, o governador precisa dar explicações. Justificar a atitude de um membro da PM e seu correligionário. Se assim não fizer, deixará a insegurança fazer parte da República do Maranhão, fundada pelos comunistas em janeiro de 2015.

Catalogação – A oposição deverá agora buscar as informações sobre quais dados de adversários de Flávio Dino chegaram ao coronel Heron Santos, apontado como coordenador da eleição de 2018.

A informação é necessária, para que os políticos contrários a Dino saibam até que ponto avançou a política de espionagem do governo comunista.

E dependendo da catalogação dos adversários, a oposição deverá reforçar o pedido de intervenção na Segurança do Maranhão.

Estado Maior

Ricardo Murad defende afastamento do Coronel Heron da PM

por Jorge Aragão

Utilizando as redes sociais, o ex-secretário de Saúde do Maranhão e pré-candidato ao Governo do Estado, Ricardo Murad (PRP), defendeu publicamente o afastamento, até o término das investigações, do Coronel Heron Santos da Polícia Militar.

O Coronel Heron, que foi candidato a deputado estadual pelo PCdoB, mesmo partido do governador Flávio Dino e do secretário Jefferson Portela, tem sido citado em praticamente todos os depoimentos de oficiais da Polícia Militar, como sendo o oficial que exigia celeridade no “fichamento” dos adversários políticos do governador, para que ele pudesse entregar a cúpula da PM do Maranhão.

É aguardar e conferir.

“O Governo Flávio Dino não tolera democracia”, afirma SINPOL

por Jorge Aragão

Diretoria do SINPOL – Nos últimos dias, mais precisamente a partir de 19 de abril de 2018, uma ruidosa denúncia fez abalar os pilares políticos do Palácio dos Leões.

Embalado por um documento oficial, uma ordem percorreu os corredores militares erigidos por todo o Estado até escapar por entre as brechas e chegar aos holofotes da mídia nacional. O estrago estava feito, todos já sabiam: o Governo do Estado mandara investigar seus opositores.

Segundo o referido documento – um Memorando Circular de nº 08/2018 – a Polícia Militar deveria identificar e informar todos que fizessem oposição ao Governo e que pudessem “causar embaraços ao pleito eleitoral”.

Talvez, se tal expediente tivesse sido encaminhado no auge da ditadura militar, sua notícia seria apenas mais uma no meio a um emaranhado de imposições contrárias à democracia.

Entretanto, estamos em pleno século XXI, sob a égide de um governador que anunciara em seu discurso de posse o início de “uma era em que a política é uma competição livre e aberta, em que ninguém seria perseguido por divergência política”. Será?

No meio a inúmeras denúncias, que vêm causando perplexidade aos mais incrédulos, uma verdade salta aos olhos daqueles que bem conhecem a prática autoritária que sempre permeou essa administração comunista: O GOVERNO NÃO TOLERA A DEMOCRACIA.

Muito longe de ser uma afirmação politiqueira, o que revelamos aqui é uma percepção adquirida ao longo deste Governo por grande maioria dos Servidores Públicos do Estado do Maranhão. E se tivéssemos que eleger uma amostra neste fértil campo da insatisfação, poucas classes forneceriam tantas evidências como a Polícia Civil.

Membro inconteste do Sistema de Segurança Pública, a Polícia Civil presenciou, desde o primeiro dia de governo, aquilo que viria ser o prenúncio da maior exclusão já vivida pela polícia judiciária.

No meio a um discurso que destacava a importância da segurança pública, o recém-empossado chefe do executivo estadual anunciara uma série de medidas, e já naquele mesmo dia, uma constatação frustrou as expectativas dos policiais civis que ali estavam: naquele discurso inaugural só existia uma polícia, a Militar.

E como se não bastasse o prenúncio de uma política de Segurança Pública que engessaria a Polícia Civil num orçamento que representaria menos de 1 % da verba total destinada àquela área, logo ficaria claro que não estava nos planos do novo governo qualquer tipo de valorização e/ou reconhecimento para os policiais civis. Muito pelo contrário, o que procedeu o discurso inaugural, foi uma série de ações que desde cedo revelaria a linha despótica predominante no Palácio dos Leões.

Assim, se o memorando nº 08 causou espanto à sociedade pelo teor antidemocrático que ali se revelara, a mesma perplexidade não atingiu os policiais civis, pois estes não apenas presenciaram, como também foram vítimas de várias ações que se coadunam ao mesmo autoritarismo presente no famigerado documento.

Seja pelo fim do Plano de Remoção, com o único objetivo de poder usar o referido instituto como perseguição e mecanismo de ameaça, o que tem sido feita de forma indiscriminada; seja pela tentativa escusa de mudar o conceito de sede, visando transferir aos policiais civis o ônus de arcar com uma despesa que deve ser exclusiva do Estado; seja pelo uso inadequado da corregedoria de polícia que tem instaurado inúmeros inquéritos, inclusive por futilidades e/ou inverdades, e que, não raramente, geram punições sem qualquer conjunto probatório que justifique as referidas penas; seja pela tentativa covarde de tentar tirar do Conselho de Polícia Civil as únicas vozes que podem se opor aos desmandos do Governo do Estado, ainda que os mesmos representem apenas um terço do referido colegiado; seja pela realização de concurso e seletivos sem passar pelo Conselho de Polícia, unicamente para não ter que ouvir a opinião dos Representantes de Classe, numa grave violação à legislação vigente; seja pela contratação de policiais civis através de seletivos e ilegal dispensabilidade de concurso público; seja por estes ou por muitos outros exemplos que poderiam ser citados aqui, é que no âmbito da Polícia Civil, aquilo que causou complexidade à sociedade, soa para o policial civil como algo familiar e drasticamente corriqueiro.

Assim, muito além do próprio impacto político que o referido memorando tem causado à sociedade maranhense, muito mais grave que a ordem dada é o fato de que ali se revela uma prática que não se restringe ao campo da política, mas que permeia todas as relações trabalhistas, numa perseguição implacável a todos aqueles que ousarem se opor a tirania de um Governo que sem qualquer pudor, tem rejeitado a Democracia.

Flávio Dino silencia após revelação do seu Coordenador de Eleições

por Jorge Aragão

O governador Flávio Dino (PCdoB), mesmo sendo useiro e vezeiro em utilizar as redes sociais, simplesmente adotou um silêncio sepulcral no escândalo da Polícia Política, principalmente após a revelação bombástica feita pela TV Mirante, na noite de quinta-feira (26).

Na reportagem, o jornalista Alex Barbosa teve acesso a depoimentos de oficiais da Polícia Militar, chamados de 5º escalão por aliados do governador, e todos citam o Coronel Heron Santos como o oficial que cobrava celeridade no “fichamento” dos adversários políticos de Flávio Dino.

O “batom na cueca” é que o Coronel Heron Santos, promovido na gestão comunista, simplesmente é filiado ao PCdoB, mesmo partido de Flávio Dino e do secretário de Segurança, Jefferson Portela. Além disso, o Coronel Heron foi candidato a deputado estadual em 2014, quando Dino se elegeu governador (reveja).

Ou seja, depois de insistirem que o memorando que ordenou o “fichamento” de adversários políticos, tratava-se de um caso isolado, depois de sugerirem que poderia ter sido uma armação de oficiais ligados a Oposição, e sempre afirmarem que a cúpula do Governo e da Segurança não sabiam de nada, o jeito foi silenciar, afinal a revelação de um tal Coordenador de Eleições e o envolvimento do Coronel Heron Santos (PCdoB) no escândalo, foram mais do que suficiente para demonstrar quem estava mentindo e quem estava falando a verdade.

É simples assim.

Polícia Política: a verdade começa a aparecer e a máscara a cair…

por Jorge Aragão

Definitivamente a casa caiu para o Governo Flávio Dino e a verdade começa realmente a aparecer no escândalo nacional da Polícia Política, onde foi determinado o “fichamento” de adversários políticos do governador comunista.

Nesta quinta-feira (26), mesmo dia em que a base governista na Assembleia Legislativa negou, estranhamente, a convocação de oficiais para prestar esclarecimentos sobre o vergonhoso episódio, a TV Mirante, com exclusividade (veja aqui), apresentou uma reportagem que pode ser a prova que faltava para comprovar o envolvimento de figuras de proa do Governo Flávio Dino na trama ardilosa e antidemocrática.

A reportagem, exibida no JMTV 2º Edição, revelou trechos fundamentais dos depoimentos de alguns oficiais e surge o nome do Coronel Heron Santos, que deve ser o tal Coordenador das Eleições 2018, pois segundo os depoimentos, era justamente o Coronel Heron que cobrava a celeridade na coleta das informações.

Além de não ser um oficial de 5º escalão, como desdenhou o Governo Flávio Dino, o Coronel Heron Santos foi promovido no Governo Flávio Dino e as coincidências não param na promoção.

O Coronel Heron já foi candidato a deputado estadual nas eleições de 2014 e adivinhem por qual partido ??? Acertou que disse o PCdoB, partido do governador e do secretário de Segurança, Jefferson Portela.

E assim a verdade começar a aparecer e a máscara, de alguns, começa a cair…

Quem é o coordenador das eleições 2018, meu caro Flávio Dino ???

por Jorge Aragão

Enquanto o Governo Flávio Dino, através da base governista na Assembleia Legislativa, trabalhava para rejeitar o requerimento convocando oficiais da Polícia Militar para explicar o memorando que ordenava o “fichamento” de adversários políticos do governador, uma nova informação bombástica sobre o assunto era revelada.

A deputada estadual Andrea Murad (MDB) mostrou que no ofício 114/2018 de 20 de abril, assinado pelo coronel Zózimo, desfazendo a ordem de “fichamento” do memorando inicial, fica evidenciado que existe um Coordenador das Eleições de 2018.

No bojo do ofício, é afirmado que a tal coleta de dados foi uma solicitação dessa nova figura, o Coordenador das Eleições 2018.

Cada vez mais fica evidenciado que a iniciativa de “fichamento” dos adversários do governador não foi uma atitude isolada de um oficial do 5º escalão, como desdenharam alguns aliados e asseclas do comunista.

Se já não bastassem negar o requerimento, que poderia dirimir muitas dúvidas, ainda surge o tal Coordenador das Eleições de 2018, tudo num único dia.

Como perguntar não ofende: quem seria Coordenador das eleições 2018, meu caro Flávio Dino ???

O medo que tem da verdade o nada transparente Governo Flávio Dino

por Jorge Aragão

Em uma única Sessão Ordinária na Assembleia Legislativa do Maranhão, nesta quinta-feira (26), ficou comprovado o medo terrível que o governador Flávio Dino tem da verdade e quanto é “transparente” o seu governo.

O Plenário da Casa negou simplesmente, de maneira inexplicável, o requerimento da deputada estadual Andrea Murad (MDB) pedindo informações sobre a viagem do governador Flávio Dino (PCdoB) a cidade de Curitiba, onde tentou visitar o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva na Polícia Federal.

A parlamentar apenas pediu que o Governo Flávio Dino explicasse os gastos da viagem do governador a Curitiba, ou seja, para comprovar que as passagens foram compradas com dinheiro do seu próprio bolso, como ele afirmou, e não com o dinheiro do povo.

Mas a base governista preferiu negar o requerimento, querendo esquecer o assunto.

Polícia Política – A segunda demonstração, num único dia, que o Governo Flávio Dino teme a verdade e não tem nada de transparente, foi a negativa do requerimento do deputado estadual Eduardo Braide (PMN), subscrito por mais dez deputados.

Diante do escândalo da tentativa de politizar a Polícia Militar para realizar o “fichamento” de adversários políticos do governador, foi pedido, através do requerimento, para ouvir três oficiais da Polícia Militar do Maranhão – tenente-coronel Emerson Farias, coronel Antonio Markus Lima, de Barra do Corda e major Jadiel Rezendes, de Caxias.

O requerimento foi negado pelo Plenário da Assembleia Legislativa, com votos contrários apenas dos deputados da Oposição.

Além de ficar claro que o Governo Flávio Dino teme a verdade e não é nada transparente, a não aprovação de simples requerimentos que buscam a verdade dos fatos, soa como uma espécie de confissão de culpa e acaba ficando implícito de onde efetivamente veio a ordem e como foram custeadas as despesas da viagem do governador a Curitiba, afinal quem não deve, não teme.

Polícia Política: recordar é viver…

por Jorge Aragão

É bem verdade que o escândalo do memorando Polícia Política só veio à público neste mês, mas desde as eleições de 2016 que muitos adversários do governador Flávio Dino reclamam da politização da Policia Militar.

Um dos fatos mais emblemáticos e lamentáveis daquelas eleições aconteceu na cidade de Mirinzal. No dia da eleição, o então prefeito, Amaury Almeida, foi preso acusado de assassinar alguém que não morreu.

O episódio, no dia do pleito eleitoral e que foi tornado público rapidamente, foi crucial para a definição da eleição, que foi decidida por aproximadamente 200 votos em favor do candidato do governador Flávio Dino em Mirinzal, Jadilson Coelho.

Diante do escândalo nacional do memorando Polícia Política, o agora ex-prefeito de Mirinzal, Amaury Almeida, resolveu gravar um vídeo e relembrar o triste episódio, para demonstrar que a politização da Polícia Militar, infelizmente, não está acontecendo somente agora.


Afinal, recordar e viver…