“Canalha, mau-caráter e safado”, diz César Pires sobre Yglesio

por Jorge Aragão

O clima esquentou nesta quarta-feira (02), na Assembleia Legislativa. Os deputados César Pires (PV) e Yglesio Moyses (PDT) trocaram ofensas na tribuna do parlamento estadual.

Tudo começou quando o governista Yglesio, depois de 24 horas, resolveu rebater as duras críticas do oposicionista César Pires sobre o sucateamento da Saúde Pública no Maranhão, críticas destacadas pelo blog (reveja).

O problema foi que Yglesio não se conteve em defender o Governo Flávio Dino e, de maneira desnecessária, atacou o colega parlamentar, chamando-o de mentiroso e de disseminar propositadamente Fake News sobre o HTO.

“É inadmissível que a gente tenha parlamentares que subam à tribuna para espalhar mentiras. A gente tem que lembrar que o Congresso Nacional recentemente derrubou o veto do Presidente Jair Bolsonaro sobre a chamada Lei das fake news. Hoje você pode ser penalizado de dois a oito anos por disseminar mentiras”, afirmou.

Só que quem fala o que quer, ouve o que não quer, principalmente quando se tem “rabo de palha”, já que o deputado César Pires deixou claro que boa parte das informações que ele destacou na tribuna sobre o sucateamento da Saúde, foram passadas, pasmem, pelo próprio, agora, defensor do Governo Flávio Dino.

“Meu pai semianalfabeto me ensinou a dignidade, a correção de vida pública e que não jogasse contra nenhum colega e que nunca traísse as relações de amizade na minha vida. Peguei algumas informações com uma pessoa aqui [Yglesio] que já sabia que era de caráter baixo, abissal, mas não imaginei que fosse tanto. Deu-me informações, jogou contra o patrimônio do próprio governo, coisa que eu nunca fiz na minha vida. Canalha, mau-caráter, safado, vil, biltre, no meu dicionário às vezes me falta memória para poder qualificar rasteiras que a gente sofre na vida pública. Isso não se faz com um colega”, afirmou Pires.

O deputado ainda deixou bem claro que entenderia a defesa de qualquer colega, mas se tivesse sido feita sem levar para o lado pessoal e sem agressões, mas o que revoltou Pires foi justamente a postura de Yglesio, que teria sido uma das pessoas a passar informações sobre o sucateamento da Saúde.

“É triste. É triste! A gente vê na Assembleia ainda situações como essa. Joga contra o governo de noite, bate palma de manhã. Me perdoe. Eu não sei fazer isso. Se esse é o preço, é o preço da minha despedida do poder público, eu pagarei. O que eu vejo aqui foi um mau-caratismo, canalhice, safadeza, que não deve ser feito com colega”, finalizou.

A situação ficou delicada para o deputado Yglesio, até mesmo diante do próprio governo que defendeu, afinal foi acusado de X-9, ou seja, detonar e repassar informações privilegiadas do governo que defende publicamente.

E de X-9 ninguém, absolutamente ninguém, quer proximidade.

Troca-troca: Yglesio no Solidariedade e Fernando Pessoa no PDT

por Jorge Aragão

Deve ser efetivado nos próximos meses uma troca de legendas entre dois deputados estaduais – Yglesio Moyses (PDT) e Fernando Pessoa (Solidariedade) – com o aval do comando dos dois partidos no Maranhão.

Tudo começou quando Yglesio deixou claro a sua vontade de disputar a Prefeitura de São Luís, mas como o PDT já possui um pré-candidato, o presidente da Câmara de São Luís, Osmar Filho, o deputado estadual começou a buscar outra legenda para manter a intenção de disputar as eleições em 2020.

Yglesio buscou o PRB, mas o partido do vice-governador Carlos Brandão, está “apalavrado” com o deputado estadual Duarte Júnior (PCdoB), que também é pré-candidato, mas não tem o aval do seu partido e tentará mudar de legenda. Yglesio buscou o Solidariedade e conseguiu o aval do presidente do partido no Maranhão, o secretário de Infraestrutura Simplício Araújo.

Só que o PDT não estaria disposto a liberar nenhum deputado, por conta disso nasceu a possibilidade de um troca-troca de deputados. O deputado Fernando Pessoa, que deve disputar as eleições de 2020 em Tuntum, iria para o PDT e Yglesio para o Solidariedade.

O entendimento está bastante avançado e deve ser efetivado nos próximos meses.

É aguardar e conferir.

O estranho consórcio de Flávio Dino para 2020 em São Luís

por Jorge Aragão

O consórcio revelado e oficializado pelo senador maranhense do PDT, Weverton Rocha, para a disputa da Prefeitura de São Luís em 2020, é, no mínimo, estranho.

Weverton anunciou quatro pré-candidaturas: pelo PDT, o presidente da Câmara de São Luís, Osmar Filho, pelo PSB, o deputado federal Bira do Pindaré, pelo PCdoB, o secretário de Cidades e deputado federal, Rubens Júnior e pelo DEM, o deputado estadual Neto Evangelista.

No entanto, algumas situações causaram estranheza na composição do tal consórcio.

A primeira delas é a exclusão do nome do deputado estadual Duarte Júnior, atualmente no PCdoB. É justamente Duarte Júnior, o melhor colocado nas pesquisas eleitorais dentro do grupo político de Flávio Dino, único inclusive a alcançar dois dígitos. Mas mesmo com todo esse portfólio, Duarte é ignorado pelo tal consórcio.

Outra situação inusitada é que se o consórcio tem como objetivo evitar a vitória do deputado federal Eduardo Braide (PMN), líder absoluto nas pesquisas eleitorais com aproximadamente 50% das intenções de voto, por qual motivo não ampliar o tal consórcio???

Além de Duarte Júnior, o deputado estadual Yglesio Moyses (PDT), também quer ser candidato, mas nenhum dos dois não conseguem espaços nas suas respectivas legendas e, o pior, estão tendo dificuldades para trocar de partidos.

Tanto o presidente do PDT no Maranhão, Weverton Rocha, quanto o presidente do PCdoB no Estado, deputado federal Márcio Jerry, já garantiram que, respectivamente, Yglesio e Duarte, não saem dos atuais partidos.

Sendo assim, analisando pelo cenário atual, sem querer incluir no tal consórcio o melhor colocado nas pesquisas e sem querer possibilitar a oportunidade de aumentar o tal consórcio, a tendência é que a iniciativa seja frustrante.

Eduardo Braide, obviamente, agradece.

Crise? Yglesio reafirma pré-candidatura e indica saída do PDT

por Jorge Aragão

Pelo visto as declarações dadas pelo senador maranhense do PDT, Weverton Rocha, sobre as eleições municipais em São Luís para 2020, devem ter mesmo desdobramentos.

Weverton reafirmou nesta segunda-feira (09), que o PDT vai mesmo apostar na pré-candidatura do presidente da Câmara de São Luís, Osmar Filho. Além disso, Weverton quer a unidade do partido e disse que o PDT não pretende liberar o deputado estadual Yglesio Moyes, que sonha em também disputar a Prefeitura de São Luís, para outra legenda.

No entanto, Yglesio reagiu as declarações do presidente do PDT no Maranhão. O deputado estadual ratificou sua pré-candidatura e sinalizou sua saída do partido.

“Tenho apreço ao PDT e à sua história, porém considero legítimo também colocar meu nome à disposição de São Luís e é com esse mesmo apreço, misto de admiração e respeito, como alguém que quer sempre somar e jamais atrapalhar, que considero a possibilidade de encontrar outra casa partidária. Reafirmo minha pré-candidatura, pois estamos em um momento pré-eleitoral, onde a população deve ter a oportunidade de avaliar os melhores projetos, mandatos, biografias e na eleição escolher o que melhor convier para o futuro da cidade”, destacou Yglesio em uma Nota distribuída a imprensa.

Resta saber como Weverton Rocha vai reagir a insistência de Yglesio.

É aguardar e conferir.

Weverton ignora Duarte e termina com esperanças de Yglesio no PDT

por Jorge Aragão

O senador maranhense do PDT, Weverton Rocha, que também vislumbra a disputa pelo Governo do Maranhão em 2022, concedeu entrevista coletiva nesta segunda-feira (09).

Durante a coletiva, o ponto que mais chamou a atenção foi quando Weverton falou sobre as eleições municipais em São Luís. De uma tacada só, Weverton ignorou a pré-candidatura do deputado estadual Duarte Júnior (PCdoB), mesmo sendo hoje o melhor colocado nas pesquisas eleitorais dentro do grupo político de Flávio Dino, e ainda terminou com qualquer esperança do também deputado estadual Yglesio Moyses de ser pré-candidato pelo PDT.

Sobre Yglesio, Weverton, que é presidente do PDT no Maranhão, avisou que já deixou claro ao deputado estadual que o pré-candidato do partido é o presidente da Câmara de Vereadores de São Luís, Osmar Filho.

“Já conversei francamente com o Yglesio e deixei claro que o pré-candidato do PDT é o Osmar Filho. Espero que eles assim como outros do partido possamos nos unir em torno do nome do Osmar”, declarou Weverton, que ainda disse que Yglesio não será liberado para sair do partido, ou seja, parece que terminou no nascedouro o sonho do deputado Yglesio de disputar a Prefeitura de São Luís em 2020.

No entanto, Weverton determinar os destinos do PDT, mesmo que pareça uma decisão ditatorial, é normal, mas é estranho que ele também defina os pré-candidatos dos outros partidos.

Ao falar sobre outros pré-candidatos, Weverton não escondeu a sua antipatia pelo deputado estadual Duarte Júnior, que mesmo sendo o melhor nome do grupo político do governador Flávio Dino nas pesquisas eleitorais, foi simplesmente ignorado pelo senador do PDT.

Ao comentar sobre o pré-candidato do PCdoB, Weverton disse que o nome do partido é o do deputado federal e atualmente secretário de Cidades do Maranhão, Rubens Júnior. Ou seja, a tal disputa interna entre Duarte e Rubens, pelo menos para Weverton, é apenas de fachada, já que o candidato já está escolhido.

“Temos outros nomes no nosso grupo político. No DEM, nós temos o jovem deputado estadual Neto Evangelista,  no PCdoB nós temos o jovem deputado federal Rubens Júnior e temos no PSB o deputado federal Bira do Pindaré”, destacou Weverton, afirmando ainda que a eleição será disputada em dois turnos e que todos estarão unidos no segundo turno.

Mais uma vez fica evidenciado que Duarte Júnior não é bem quisto pelos principais nomes dentro do grupo político do governador Flávio Dino (PCdoB). Resta saber até quando Duarte suportará o “fritamento” de sua pré-candidatura, curiosamente apenas pelo “fogo amigo”.

É aguardar e conferir.

CPI das Liminares deve morrer no nascedouro

por Jorge Aragão

Ao que tudo indica a CPI das Liminares na Assembleia Legislativa, proposta pelo deputado Yglesio Moyses (PDT), após denúncia do deputado César Pires (DEM), deve morrer no nascedouro.

César Pires, que já foi reitor da UEMA, após receber denúncia de alunos e professores do curso de Medicina da UEMA de Caxias, sobre o excessivo número de liminares autorizando transferência de alunos de outras instituições do país, e até do exterior, para a UEMA, publicizou o fato, criticando o absurdo que estaria prejudicando o desenvolvimento e a qualidade do curso.

O deputado Yglesio teve a iniciativa de criar uma CPI para apurar o fato e até já teria conseguido colher o número de assinaturas para a abertura da comissão, mas após uma declaração do presidente da Casa, Othelino Neto (PCdoB), a CPI deve morrer no nascedouro.

Othelino ponderou sobre a constitucionalidade e principalmente sobre a relação harmoniosa, apesar de independente, entre o Legislativo e o Judiciário.

“A verdade é que existe o entendimento de que esse é um assunto interno do Poder Judiciário que diz respeito a eles. O foro competente para se questionar decisões judiciais, ou a conduta de juízes e de membros do Judiciário é da Corregedoria do próprio TJ ou do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)”, ponderou Othelino.

Após as declarações de Othelino, o esvaziamento da ideia e até mesmo a retirada de assinaturas são iminentes e a CPI das Liminares vai morrer no nascedouro.

É simples assim.

Nota encaminhada pela assessoria do deputado Yglesio Moyses

Em virtude de especulações sobre possível inconstitucionalidade na instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a situação gerada pelas transferências externas para a faculdade de Medicina da Universidade Estadual do Maranhão – CAMPUS CAXIAS, informo que:

a) Em nenhum momento, como demonstra o requerimento de instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito proposta, requereu-se a investigação de condutas de membro do Poder Judiciário ou de qualquer integrante das Instituições do Sistema de Justiça. Sequer se poderia pleitear tamanho absurdo, uma vez que as CPIs não podem nem mesmo convocar magistrados para prestar depoimentos, como informam decisões do Supremo Tribunal Federal, considerando que a fiscalização da atuação jurisdicional é competência do próprio Poder Judiciário, que o faz por meio do Conselho Nacional de Justiça – CNJ, nos termos da Constituição Federal.

b) A Comissão Parlamentar de Inquérito proposta tem objetivo de “investigar o número exorbitante de transferências externas deferidas mediante decisões judiciais que obrigam a Faculdade de Medicina da Universidade Estadual do Maranhão no município de Caxias – MA a matricular estudantes oriundos de faculdades particulares de outras localidades”. Falou-se nas decisões judiciais única e exclusivamente para citar que foi por esse meio que os alunos ingressaram na instituição e não pelo tradicional processo seletivo. Os termos são claros e causa estranhamento que tenha havido uma interpretação completamente equivocada sobre os interesses específicos da CPI, afinal, o que se propõe é análise das circunstâncias fáticas que acarretaram a concessão das liminares, para atestar a veracidade do que foi alegado e, se encontrada alguma irregularidade por meio de perícias ou oitiva de depoimentos, como, por exemplo, falsificações e fraudes em laudos, o relatório escrito ao final dos trabalhos dessa comissão temporária será imediatamente enviado às autoridades competentes para que tomem as providências que estão além dos poderes instrutórios da CPI.

c) Nesses termos, solicita-se que não seja dada interpretação distinta da que está límpida tanto no requerimento quanto em sua justificativa a fim de manter o Poder Legislativo, cuja função constitucional é a de fiscalizar, omisso quanto a uma situação absurda e que tem prejudicado uma instituição de ensino superior pertencente ao Estado do Maranhão.

UEMA/Medicina: estudantes repudiam transferência por meio de liminares

por Jorge Aragão

Na manhã desta quinta-feira (29), alguns estudantes do curso de Medicina da Universidade Estadual do Maranhão decidiram realizar um protesto contra o excessivo número de liminares autorizando transferência de alunos de outras instituições do país, e até do exterior, para a UEMA.

O curso inclusive paralisou as atividades como reivindicação ao que considera como um ato arbitrário, uma vez que os requerentes não têm seguido o trâmite – nem atendem aos requisitos – da transferência regular. As transferências tem sido autorizadas através de liminares e assim prejudicando o funcionamento/qualidade do curso.

O assunto já havia sido abordado na Assembleia Legislativa pelo deputado estadual César Pires, que, até como ex-reitor da UEMA, lamentou o que estava acontecendo.

“É preciso garantir o devido processo de seleção dos alunos, assegurando acesso à universidade àqueles que comprovarem conhecimento para obter vaga em um curso que tem a enorme responsabilidade de formar profissionais que vão cuidar da saúde das pessoas”, destacou.

O deputado Yglesio Moyses ainda revelou que as decisões tem sido tomadas por um mesmo magistrado. Além disso, foi proposto a criação de uma CPI para apurar o assunto.

“Quando você tem 17 decisões no mesmo sentido, todas as medidas liminares concedidas pelo mesmo magistrado, nós começamos a ver problema em um curto horizonte e vamos criar uma CPI para averiguar isso”, disse.

É aguardar e conferir.

Emenda Impositiva volta a ser debatida nos bastidores da AL

por Jorge Aragão

Apesar do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), assegurar que sua gestão é democrática, o Estado é um dos poucos onde o instituto das Emendas Impositivas não funcionam

O deputado César Pires (PV) já tentou em duas oportunidades aprovar o instituto das Emendas Impositivas, tanto no Governo Roseana Sarney, quanto no Governo Flávio Dino. Pires chegou a ter as 14 assinaturas necessárias para a tramitação da PEC, mas a iniciativa ficou engavetada.

Desta vez, nos bastidores, quem tem tentado viabilizar as 14 assinaturas é um deputado da base do Governo Dino, o pedetista Yglesio Moyses.

A própria Oposição, que não foi informada antes da iniciativa de Yglesio, não assinou ainda a PEC, até mesmo para que a nova tentativa não seja levada para o debate raso da política.

Yglesio chegou a ter mais de 14 assinaturas para a PEC, mas, para variar, alguns deputados que já haviam assinado ou se comprometido a assinar, começaram a “roer a corda”. O recuo teria acontecido após algumas ligações, ou seja, pressões oriundas do Palácio dos Leões.

Importância – As Emendas Impositivas iriam assegurar a todos os deputados o direito as emendas, já que atualmente elas são liberadas de acordo com a vontade política do governador do Maranhão. Ou seja, aqueles deputados que forem oposicionistas não têm esse direito, apenas os governistas.

A aprovação da PEC das Emendas Impositivas tende a dar mais independência ao parlamento maranhense, uma vez que o governador, seja ele quem for, acaba perdendo o poder de barganha diante dos deputados estaduais e é justamente por esse motivo que Flávio Dino, apesar de jurar ser democrático, jamais autorizou a aprovação das Emendas Impositivas.

Vale destacar o posicionamento, somente em 2019, de dois políticos favoráveis as Emendas Impositivas – o senador maranhense do PDT, Weverton Rocha, e o presidente da UNALE, deputado Kennedy Nunes (PSD-SC).

Weverton Rocha, que é do mesmo partido de Yglesio, comemorou uma decisão importante para o Congresso Nacional e para o Brasil, a aprovação do Orçamento Impositivo (reveja aqui). As Emendas Impositivas já funcionam na Câmara e Senado Federal.

Já o presidente da UNALE, quando da passagem por São Luís, destacou a importância das Emendas Impositivas e disse que em Santa Catarina já existem, lá todos os deputados recebem algo em torno de R$ 7 milhões em emendas, sendo que 50% desse valor precisam ser destinados para a Saúde, 25% para Educação e o restante fica a critério de cada parlamentar (reveja).

Em São Luís, na gestão do prefeito Edivaldo Júnior, as Emendas Impositivas foram implementadas.

Pelo visto será somente no governo democrático de Flávio Dino que as Emendas Impositivas não serão implementadas, afinal o comunista quer manter as “rédeas” curtas da sua base na Assembleia Legislativa.

É aguardar e conferir, mas a tendência é que o final seja apenas uma triste repetição do que já presenciamos.

Osmar Filho segue sendo o principal nome do PDT para 2020

por Jorge Aragão

Mais uma vez fica claro que o PDT tem um pré-candidato definido a Prefeitura de São Luís em 2020 e esse nome é do atual presidente da Câmara de Vereadores, Osmar Filho.

O presidente do PDT no Maranhão, o senador Weverton Rocha, voltou a reafirmar que Osmar Filho é o nome do partido para que a legenda tente seguir comandando a Prefeitura de São Luís.

“O Osmar Filho já comunicou que é pré-candidato e se até o fim do ano ele conseguir se viabilizar, ele tem partido e será candidato”, deixou claro, mais uma vez, Weverton, agora em entrevista ao programa Bom Dia Maranhão, da TV Difusora.

Weverton também entende que não existirá prejuízo se vários partidos da base do governador Flávio Dino lançaram candidaturas, pois entende que todos poderão estar juntos no 2º Turno.

“Sou de grupo. Temos uma aliança de 16 partidos que merecem ser levados em consideração. O PSB tem o Bira do Pindaré, o DEM o Neto Evangelista. São Luís é diferente, tem dois turnos. Cada um pode fazer sua campanha no primeiro turno e no segundo podemos nos juntar”, afirmou.

Vale destacar que em junho, durante o São João, Weverton já havia afirmado que o nome do partido para a disputa seria mesmo de Osmar Filho (reveja).

A nova declaração do presidente do PDT pode fazer com que o deputado estadual Yglesio Moyses mude de partido. O pedetista já disse que pretende disputar a eleição para prefeito de São Luís, mas, até agora, não conseguiu uma sinalização da legenda e o caminho, caso decida mesmo pelo novo teste nas urnas, deverá ser a saída para um novo partido.

É aguardar e conferir.

Um dia para ser esquecido, meu caro Yglesio Moyses

por Jorge Aragão

O deputado estadual Yglesio Moyses (PDT), que está no seu primeiro mandato, teve na Sessão Ordinária desta terça-feira (18), na Assembleia Legislativa, um dia para ser esquecido e jamais repetido.

Yglesio já havia deixado um posicionamento meio dúbio quando abordou a situação do Transporte Público de São Luís, em especial a demissão de cobradores. O parlamentar, em alguns momentos, demonstrou mais preocupação com os empresários do que com os rodoviários demitidos e/ou usuários do transporte público.

No entanto, nada se compara aos erros cometidos nesta terça-feira, quando oposicionistas, através de um Requerimento do deputado Adriano Sarney (PV), tentaram convocar o presidente da CAEMA, Carlos Rogério, para explicar o desabastecimento de água durante cinco dias em mais de 80 bairros de São Luís.

Novamente a postura de Yglesio foi extremamente confusa. O pedetista iniciou atuando como Líder do Governo Flávio Dino, pedindo que os governistas rejeitassem o pedido e classificando como espetáculo da Oposição a tentativa de convocar o presidente da CAEMA.

A postura obviamente recriminada por quem passou efetivamente mais de cinco dias sem água e sem uma justificativa plausível. Pior para Yglesio foi que quem sofreu com mais esse desmando da CAEMA foi justamente a população de São Luís, cidade que o pedetista sonha em administrar e é pré-candidato para as eleições de 2020.

Yglesio ainda travou embates desnecessários, perfeitamente evitáveis com os deputados Adriano Sarney e César Pires. Com César Pires o embate foi inglório, já que Yglesio além de massacrado, pode ter perdido um “aliado” importante no parlamento.

Só que depois de tudo isso, pasmem, o próprio Yglesio Moyses surgiu com um pedido de convocação, através da Comissão de Saúde que ele preside, para obrigar o mesmo presidente da CAEMA a comparecer ao parlamento maranhense. Yglesio chegou a garantir que o presidente da CAEMA irá a Assembleia Legislativa, por bem ou por mal.

Ou seja, ficou parecendo apenas que Yglesio, num gesto pequeno e mesquinho, não queria dar os “louros” de uma convocação para a Oposição. O curioso é que agora, a eventual ida de Carlos Rogério à Assembleia Legislativa, não será mais um espetáculo.

A atitude confusa de Yglesio lhe deixou em situação delicada com todos os segmentos.

A população de São Luís, principalmente quem sofreu com o desabastecimento, não entendeu e nem vai entender o posicionamento dúbio de Yglesio.

A Oposição também não entendeu a postura de Yglesio, uma vez que, no fim, ambos pareciam ter o mesmo objetivo. Pior é que do embate, repito desnecessário, restarão rusgas. Quando o governista perdeu uma grande oportunidade de fazer um gesto com a Oposição, cobrando uma “fatura” lá na frente.

Por fim, o próprio Governo Flávio Dino não deve ter gostado da postura dúbia do parlamentar, que incialmente agiu como Líder do Governo e depois foi o autor de uma convocação que obrigará um membro da gestão do comunista a prestar esclarecimentos na Assembleia Legislativa, diante da mesma Oposição.

É inegável que Yglesio tem potencial e pode chegar mais longe na política, mas precisa ter mais equilíbrio, evitar embates desnecessários, não permitir que sua ânsia de mostrar serviço lhe tire a razão, fazer aliados e não adversários, dentro e fora do parlamento, e principalmente não ter um posicionamento dúbio, algo abominável na política, tanto de ontem, quanto de hoje e também de amanhã.

Inegavelmente um dia para ser esquecido por Yglesio Moyses.

Em contato com o Blog, o deputado Yglesio justificou seu posicionamento.

Prezado Jorge,

Em respeito à publicação em seu blog que me faz citação direta, devo corrigir algumas situações pontuadas:

1. Em referência a suposto posicionamento dúbio na situação dos cobradores, já lhe expliquei pessoalmente no plenário a necessidade de discutir o sistema de transporte de maneira integral e não apenas sob a ótica de interesses corporativos. Ontem, por sinal, reuni-me com o prefeito de São Luís, para discutir a questão, entregando-lhe inclusive laudo técnico para agilizar os procedimentos de reforma do Terminal da Praia Grande, que hoje está em risco. 

2. Em relação ao posicionamento na sessão de hoje, referente à situação da CAEMA, a decisão de convocar o presidente da companhia para a comissão de saúde foi tomada exclusivamente pelo mérito técnico.  A questão da falta de água na cidade, recorrente na Ilha de São Luís, deve ser analisada de maneira cuidadosa e com a presença dos técnicos. Julgo que a sala das comissões é um ambiente muito mais adequada pra uma efetiva inquirição do Presidente e assessores pela ALEMA. Os demais motivos e reflexões levantadas pelo prezado articulista em seu blog não guardam qualquer conexão com nossas reais intenções. 

3. Reafirmo meu compromisso com uma atividade legislativa responsável e comprometida com os interesses verdadeiros da população, diferente dos que querem transformar o plenário da assembleia legislativa em tablado para suas atuações, sem garantir resultados tangíveis para o real benefício pra o maior interessado, o povo maranhense. 

Fico à disposição para eventuais esclarecimentos adicionais. Um grande abraço!