O clima esquentou nesta quarta-feira (02), na Assembleia Legislativa. Os deputados César Pires (PV) e Yglesio Moyses (PDT) trocaram ofensas na tribuna do parlamento estadual.

Tudo começou quando o governista Yglesio, depois de 24 horas, resolveu rebater as duras críticas do oposicionista César Pires sobre o sucateamento da Saúde Pública no Maranhão, críticas destacadas pelo blog (reveja).

O problema foi que Yglesio não se conteve em defender o Governo Flávio Dino e, de maneira desnecessária, atacou o colega parlamentar, chamando-o de mentiroso e de disseminar propositadamente Fake News sobre o HTO.

“É inadmissível que a gente tenha parlamentares que subam à tribuna para espalhar mentiras. A gente tem que lembrar que o Congresso Nacional recentemente derrubou o veto do Presidente Jair Bolsonaro sobre a chamada Lei das fake news. Hoje você pode ser penalizado de dois a oito anos por disseminar mentiras”, afirmou.

Só que quem fala o que quer, ouve o que não quer, principalmente quando se tem “rabo de palha”, já que o deputado César Pires deixou claro que boa parte das informações que ele destacou na tribuna sobre o sucateamento da Saúde, foram passadas, pasmem, pelo próprio, agora, defensor do Governo Flávio Dino.

“Meu pai semianalfabeto me ensinou a dignidade, a correção de vida pública e que não jogasse contra nenhum colega e que nunca traísse as relações de amizade na minha vida. Peguei algumas informações com uma pessoa aqui [Yglesio] que já sabia que era de caráter baixo, abissal, mas não imaginei que fosse tanto. Deu-me informações, jogou contra o patrimônio do próprio governo, coisa que eu nunca fiz na minha vida. Canalha, mau-caráter, safado, vil, biltre, no meu dicionário às vezes me falta memória para poder qualificar rasteiras que a gente sofre na vida pública. Isso não se faz com um colega”, afirmou Pires.

O deputado ainda deixou bem claro que entenderia a defesa de qualquer colega, mas se tivesse sido feita sem levar para o lado pessoal e sem agressões, mas o que revoltou Pires foi justamente a postura de Yglesio, que teria sido uma das pessoas a passar informações sobre o sucateamento da Saúde.

“É triste. É triste! A gente vê na Assembleia ainda situações como essa. Joga contra o governo de noite, bate palma de manhã. Me perdoe. Eu não sei fazer isso. Se esse é o preço, é o preço da minha despedida do poder público, eu pagarei. O que eu vejo aqui foi um mau-caratismo, canalhice, safadeza, que não deve ser feito com colega”, finalizou.

A situação ficou delicada para o deputado Yglesio, até mesmo diante do próprio governo que defendeu, afinal foi acusado de X-9, ou seja, detonar e repassar informações privilegiadas do governo que defende publicamente.

E de X-9 ninguém, absolutamente ninguém, quer proximidade.