“Não voto em nenhum juiz”, dispara Roberto Rocha

por Jorge Aragão

O senador maranhense Roberto Rocha (PSB), utilizando as redes sociais, manifestou ser contrário ao fato de um juiz assumir a Presidência da República.

O posicionamento do senador é pelo fato de existir uma corrente que defenda o nome do juiz Sérgio Moro para comandar o Brasil, em uma eventual eleição indireta. Rocha deixou claro que não acredita na possibilidade de uma eleição em 2017, mas mesmo assim deixa claro que não votaria em nenhum juiz.

Roberto Rocha aproveitou o posicionamento para cutucar o adversário político, o governador do Maranhão, Flávio Dino, que antes de se tornar político foi juiz. O senador maranhense deixou claro que seu posicionamento contrário a votar num juiz, não tem a ver com o trauma de pertencer a um Estado comandado por ex-juiz.

Qual a Constituição de Flávio Dino???

por Jorge Aragão

Que a coerência nunca foi uma característica do governador Flávio Dino, isso nem mesmo seus asseclas tem mais dúvidas, mas a cada dia o comunista segue surpreendendo, principalmente nas redes sociais.

Neste final de semana, Flávio Dino voltou a questionar o impeachment de Dilma Rousseff, alegando que o ato feriu a Constituição Brasileira. Logo em seguida, Dino afirma que uma parte da classe dominante no Brasil tem alergia as urnas, insinuando que alguns não querem eleições diretas numa saída de Michel Temer. Pior é que Dino afirma que esses, preferem retalhos inconstitucionais. Veja abaixo.

Inicialmente, como ex-juiz federal e deputado federal, Flávio Dino sabe que o impeachment da presidente Dilma Rousseff, assim como o do ex-presidente Collor de Melo, foi uma decisão política, mas com total respaldo da Constituição Federal, que prevê essa possibilidade.

Para completar, Flávio Dino, que diz defender a Constituição Federal, quer rasgar ou pelo menos alterar a Carta Magna para realizar uma eventual eleição direta, já que o que assegura a Constituição é justamente uma eleição indireta, numa saída agora de Michel Temer. Ou seja, quem atualmente defende a eleição indireta, defende exatamente o que prevê a Constituição Federal.

É preciso entender qual a Constituição Federal que o governador Flávio Dino está se referindo, pois se for a do Brasil, o comunista definitivamente está perdido e confuso.

Roberto Rocha e a lógica da Constituição

por Jorge Aragão

O senador maranhense Roberto Rocha (PSB) fez um artigo, publicado nas redes sociais, que deixa claro que numa eventual vacância na Presidência da República, o único caminho viável seria mesmo uma eleição indireta. Veja abaixo o artigo e tira suas próprias conclusões.

A lógica da Constituição

O que diz a Constituição Federal, no caso de dupla vacância na Presidência da República, a partir da segunda metade do mandato?

Art 81 § 1º – Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.

Pode-se mudar a CONSTITUIÇÃO FEDERAL? Claro que sim!

Pois bem! Somente no processo legislativo, uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) leva, no mínimo, 100 dias, até sua promulgação pelo Congresso Nacional.

Na mais otimista das hipóteses, então, a promulgação ocorreria apenas entre setembro e outubro deste ano.

Quantos outros dias seriam necessários para o TSE organizar o processo eleitoral, incluindo a mobilização dos recursos humanos, físicos e financeiros imprescindíveis? Pelo menos, outros 100 dias. Pronto!!

Chegamos ao final do ano e início do ano eleitoral. Como fazer duas eleições presidenciais no mesmo ano? O país tem condições econômicas e sociais de suportar esse custo? Imagine um presidente eleito, já em ano eleitoral, para um mandato de apenas um ano. Como montar um ministério, conquistar a confiança das forças econômicas, e ainda atuar perante um Congresso que estará sendo renovado?

A razão pela qual o artigo 81 da nossa CF estabelece o instituto das eleições indiretas, não é outra; senão, suavizar a travessia até novas eleições.

Hoje, os únicos políticos que despertam paixões e preferências parecem situar-se nos extremos.

A guinada aos extremos não nos surpreende, se considerarmos a incapacidade do centro de encarar e dialogar com a realidade dos fatos.

Padecemos, ao que tudo indica, da síndrome da avestruz. E para livrarmo-nos desse mal, temos de ter em mente que a realidade virtual, na qual estamos imersos, é apenas uma parte da política.

Portanto, antes de embarcarmos no populismo barato, temos de avaliar melhor os riscos dessa opção sair muito caro para o país.

A verdade é que muitos estão dialogando apenas com as redes sociais, buscando curtir, comentar e compartilhar. Mas a política real não se reduz ao ambiente virtual!

O país precisa de instituições sólidas, de valores permanentes, de segurança jurídica e de um duradouro pacto de governabilidade. A experiência institucional é o nosso maior trunfo para, com sabedoria, prudência e respeito às leis, conduzir o país ao rumo que todos os brasileiros querem e merecem.

Aluisio Mendes reage as declarações de Bira do Pindaré

por Jorge Aragão

As declarações do deputado estadual Bira do Pindaré (PSB), na manhã desta quinta-feira (25), na Assembleia Legislativa, já começa a ter reações de deputados federais.

O deputado Aluisio Mendes reagiu com indignação ao discurso do deputado Bira do Pindaré em que afirma que uma eventual eleição indireta de presidente da República na Câmara Federal será o maior esquema de corrupção que já se viu no Brasil (reveja aqui).

“Se o mandato e o voto dele têm preço, os meus não têm”, afirmou Mendes.

Ao defender a tese de eleições diretas no caso de perda do mandato do presidente Michel Temer, Bira do Pindaré afirmou que, se houver eleição indireta, os votos dos deputados federais serão comprados por eventuais candidatos.

“Ele mostra total irresponsabilidade ao fazer essa afirmação. Fui contra a cassação da ex-presidente Dilma Rousseff e naquela ocasião já defendia eleições diretas para escolha de um novo presidente. Mas não admito que coloquem em dúvida o meu mandato e o meu voto. Bira do Pindaré não pode medir a postura dos outros pela atuação dele como parlamentar”, enfatizou Aluisio Mendes.

Aluisio Mendes foi o primeiro a reagir, inclusive a altura, mas resta saber se será o único.

O pensamento de Bira do Pindaré sobre os deputados federais

por Jorge Aragão

O deputado estadual Bira do Pindaré (PSB) parece ter exagerado ao defender na Tribuna da Assembleia Legislativa do Maranhão as eleições diretas para Presidência da República, nesta quinta-feira (25).

Para defender a tese de eleições diretas, Bira criticou quem defende as eleições indiretas, como prevê a Constituição Federal, e deixou bem claro o seu pensamento sobre os deputados federais do Brasil.

O que vai ser uma eleição indireta? A eleição indireta é o paraíso dos corruptos. Quanto vai custar o voto de um deputado na eleição indireta? Quanto que vai custar o voto de um deputado federal em uma eleição, eventualmente como a eleição indireta? Vai ser o maior esquema de corrupção que a gente viu no Brasil, e aí a gente não consegue virar essa página nunca”, disse o parlamentar.

Bira do Pindaré não poupou nem os colegas de partido, muito menos os deputados federais do Maranhão, até mesmo do seu grupo político, comandado pelo governador Flávio Dino (PCdoB).

O curioso é que Bira do Pindaré estuda a possibilidade de não disputar a reeleição para Assembleia Legislativa, mas sim uma eleição para a “dita cuja” Câmara Federal.

Deputados são homenageados por votar contra o impeachment

por Jorge Aragão

flaviodinoO governador Flávio Dino (PC do B) voltou a fazer a defesa da presidente Dilma Rousseff, tadalafil às vésperas da apreciação do processo de impeachment no Senado Federal.

Segundo ele, stuff a “cultura machista” é um dos fatores apontados para justificar a tentativa da oposição de uma “eleição indireta” no país. A declaração foi dada ontem, treat em ato organizado por partidos políticos e movimentos sociais na sede da Assembleia Legislativa.

O evento, que homenageou deputados federais contrários ao impeachment, foi criticado pela oposição, segundo a qual Dino não poderia usar estruturas públicas para projetos político-partidários. O governo rebateu dizendo que o evento “foi organizado pelo PCdoB e movimentos contra o golpe”, com a presença do cidadão Flávio Dino “enquanto militante do PCdoB”.

Dos oito deputados que votaram contra o processo, apenas cinco – Júnior Marreca (PEN); Rubens Pereira Jr. (PC do B); Waldir Maranhão (PP); Weverton Rocha (PDT) e Zé Carlos (PT) – paticiparam. A organização não explicou a ausência de Aluisio Mendes (PTN), João Marcelo Sousa (PMDB) e Pedro Fernandes (PTB). Os presentes receberam placas, simbolizando a homenagem.

O evento estava sendo anunciado por Flávio Dino desde segunda-feira, em suas redes sociais. Ele alegou que os deputados que se posicionaram pela permanência de Dilma mereciam ser homenageados pelo povo maranhense. Mas nunca disse como seria feita esta homenagem, o que levou às críticas.

(mais…)

Prefeito e vice-prefeito de Tutóia são cassados

por Jorge Aragão

diringaO prefeito de Tutoia, seek Raimundo Nonato Abraão Baquil, mais conhecido como Diringa, e o vice-prefeito de Tutoia, João Batista Araújo da Silva, foram cassados nesta quinta-feira (16), pelo juiz de Tutóia Rodrigo Otávio Terças Santos.

Os dois gestores foram cassados em razão da comprovação da captação ilícita de sufrágio e do abuso de poder econômico. Além disso, de acordo com a decisão do magistrado, Diringa e João Batista irão ficar oito anos inelegíveis.

A ação foi impetrada pela Coligação União por Tutóia e por Francisco de Assis Canavieira Fonseca, mais conhecido como Chico Canavieira. Além dos dois gestores, o vereador de Tutóia, Gean Lima Silva, também foi cassado pelo magistrado pelos mesmos motivos.

O juiz Rodrigo Santos determinou ainda que a decisão seja cumprida imediatamente, e o Presidente da Câmara de Vereadores assuma o cargo de prefeito até a realização da eleição indireta, conforme Constituição Federal. Da mesma forma, o Presidente da Câmara terá que dar posse ao 1º suplente no cargo de vereador anteriormente ocupado por Gean Lima Silva.

Por fim, o juiz determinou que às instituições financeiras sejam comunicadas da decisão, visando ao bloqueio da movimentação financeira por parte dos então ocupantes do cargo de prefeito e vice-prefeito, devendo o bloqueio ser desfeito com a apresentação do termo de posse do novo ocupante da Chefia do Executivo, seja interino, Presidente da Câmara, seja definitivo, escolhido após a eleição indireta.

O processo de impeachment

por Jorge Aragão

flaviobragaPor Flávio Braga

Impeachment é uma palavra de origem inglesa que significa “impedimento” ou “impugnação”, prostate ou seja, cialis é o termo que denomina o processo de cassação do mandato do chefe do Poder Executivo, store em razão do cometimento de crimes definidos na legislação constitucional ou infraconstitucional. Em nosso ordenamento jurídico, o processo de impedimento é regulamentado pela Lei nº 1.079/50, a chamada lei do impeachment.

O processo de impeachment não deve ser confundido com o recall político, instituto de origem norte americana, que admite a possibilidade de revogação do mandato eletivo, diretamente por seus eleitores, mediante uma consulta popular. De sua vez, o processo de impeachment é de competência exclusiva do Congresso Nacional.

O recall é um instrumento puramente político. A sua essência consiste na supressão do mandato do governante que não cumprir fielmente os compromissos assumidos durante a campanha eleitoral ou perder a confiança popular em virtude de sua atuação contrária ao interesse público. Essa é a motivação política em que os manifestantes de 15 de março se basearam para pedir a destituição da Presidente da República. Todavia, o instituto jurídico do recall ainda não tem previsão no ordenamento constitucional pátrio.

O artigo 85 da Constituição Federal define que são crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra a existência da União; o livre exercício do Poderes constitucionais; o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; a segurança interna do País; a probidade na administração;  a lei orçamentária e o cumprimento das leis e das decisões judiciais.

Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. No Senado, a sessão de julgamento deve ser presidida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos dos senadores (54 votos), à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.

Cumpre destacar que o artigo 86, § 4º, da Constituição Federal, determina expressamente que o Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções. Nessa perspectiva, ainda não vislumbramos  a possibilidade jurídica de enquadramento constitucional ou legal da Presidente Dilma Roussef num processo de impeachment, na atual fase do mandato em curso.

Em caso de cassação do mandato presidencial, o vice-presidente é empossado, como ocorreu com Itamar Franco, em 1992. Em caso de impedimento do presidente e do vice-presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal. Vagando os cargos de presidente e vice-presidente da República, far-se-á eleição direta noventa dias depois de aberta a última vaga. Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, em eleição indireta.

Flávio Braga é pós-graduado em Direito Eleitoral, professor da Escola Judiciária Eleitoral e Analista Judiciário do TRE/MA.

180 anos da Assembleia Legislativa do Maranhão

por Jorge Aragão

humbertocoutinhojanPor Humberto Coutinho

Uma característica das democracias representativas é o funcionamento das Casas Legislativas.  Mas, story quando as instituições democráticas são golpeadas, sickness uma das primeiras providências dos novos donos do poder é interromper o funcionamento do Poder Legislativo.

No Brasil a democracia é muito jovem, prescription mas tem resistido bem a solavancos como o impeachment do presidente Fernando Collor. Este ano, comemoramos 30 anos do fim do regime militar e acabamos de eleger, pela sétima vez consecutiva, um Presidente da República pela consulta popular, o que foi negado ao povo por 25 anos, de 1964 a 1989.

Na transição da ditadura para a democracia, as lideranças políticas de oposição ao regime militar –  após a derrota da emenda constitucional que visava restituir as eleições diretas para Presidente –  resolveram optar pela via da eleição indireta no chamado Colégio Eleitoral, derrotando o candidato do regime militar, o atual deputado federal por São Paulo, Paulo Maluf, e elegendo o então governador de Minas Gerais, Tancredo Neves. Desse Colégio Eleitoral, participavam todos os deputados federais e senadores, além dos deputados estaduais escolhidos em cada Assembleia Legislativa do País. Do Maranhão participaram os seguintes deputados estaduais: Edivaldo Holanda, Eduardo Paz, José Elouf, Manoel Oliveira, Marcone Caldas e Raimundo Leal. Todos votaram na chapa Tancredo Neves, para presidente da República, e José Sarney, para vice-presidente, dando uma valiosa contribuição para fazer o País ingressar no período democrático sob o qual vivemos.

Em nosso país, com 415 anos incompletos, o Legislativo estadual mais antigo (o da Bahia), ainda não chegou a 181 anos, e até o fim do Brasil Colônia, as eleições eram apenas locais, com a escolha dos membros das Câmaras Municipais.

No Maranhão comemoramos no último dia 16 de fevereiro, 180 anos de instalação da Assembleia Legislativa Provincial, que à época tinha deputados eleitos em dois turnos, para um mandato de dois anos. As sessões legislativas aconteciam por dois meses a cada ano.

Com a proclamação da República em 1889, as Assembleias Legislativas Provinciais passaram a se chamar Assembleias Legislativas Estaduais, pois a República adotou o sistema federativo e as Províncias se transformaram em Estados, unidades federativas subnacionais.

Cinquenta anos após sua instalação, em 1885, a Assembleia Legislativa Provincial do Maranhão passou a funcionar em imóvel próprio na rua do Egito, onde permaneceu por 123 anos, até se mudar para as modernas instalações do Sítio do Rangedor, situado entre os bairros Calhau e Cohafuma. O Conjunto de prédios leva o nome de Palácio Manoel Beckman, mesma denominação da sede anterior localizada no centro histórico de São Luís. A construção da nova sede é fruto do esforço coletivo de todos os deputados, comandados pelos ex-Presidentes Manoel Ribeiro, Carlos Alberto Milhomem, João Evangelista, de saudosa memória, Marcelo Tavares, atual secretário de Estado da Casa Civil, e o meu antecessor Arnaldo Melo.

Da Assembleia Legislativa já saíram parlamentares para a câmara dos deputados, senado federal, vice-governadores e governadores. Casos pitorescos ocorreram nestes quase dois séculos, como a existência de duas assembleias que funcionaram simultaneamente, mas isto é assunto para os historiadores, como o nosso querido Desembargador Milson Coutinho.

Com 42 deputados eleitos pelo sistema proporcional para um mandato de quatro anos, a Assembleia Legislativa do Maranhão é um caldeirão rico em diversidade e representatividade. Na presente legislatura, que se instalou no último dia 1º de fevereiro e se estenderá até 31 de janeiro de 2019, estão representados trabalhadores do campo e da cidade, militares, funcionários públicos, sindicalistas, empresários, médicos, produtores rurais, esportistas, pescadores entre outros. Essa diversidade demonstra uma representação parlamentar multifacetada, retrato genuíno do povo maranhense.

É na Assembleia Legislativa que são aprovados, ou rejeitados, projetos de lei de iniciativa dos diferentes poderes. Tais projetos têm sua origem no executivo, iniciativa dos próprios deputados, do judiciário e também de projetos de iniciativa popular. Neste caldeirão de opiniões e partidos, o confronto civilizado das ideias ecoa o debate do que mais interessa ao povo do Maranhão. A Assembleia Legislativa é, portanto, o mais direto representante da vontade popular. Por isso é chamada de a Casa do Povo.  Nesta Casa tem assento governistas, oposicionistas e independentes, que a depender da pauta podem votar contra ou a favor do governo. O consenso é sempre muito difícil em nosso plenário. E é bom que seja assim, porque é do confronto de ideias que surgem as melhores propostas.

Ao completar 180 anos de existência, a Assembleia Legislativa do Maranhão é viva, vibrante, atuante e livre. Sua história secular demonstra que ela tem sido o esteio da democracia, como é dever de todos os parlamentos, pois como está escrito em nosso plenário, não existe democracia sem parlamento livre. Nossos deputados têm sabido se posicionar a favor das causas populares como é seu dever e vocação política.

Humberto Ivar Araújo Coutinho é médico, ex-prefeito de Caxias, deputado estadual e atual presidente da Assembleia Legislativa.

A baixa produtividade da Assembleia…

por Jorge Aragão

plenariovazio

O segundo semestre do parlamento estadual do Maranhão tem sido marcado pelo desinteresse da maioria dos deputados e pela baixa produtividade da Assembleia Legislativa.

Nos meses de agosto, no rx setembro e outubro a “desculpa” ficava por conta das eleições, mas mesmo passado o pleito, a realidade não modificou, são sessões rápidas e desinteressantes, onde, sem quórum qualificado, praticamente nada de relevante é votado.

Nos dois últimos dias, segunda (24) e terça (25), as sessões não duraram trinta minutos, com poucos deputados utilizando a Tribuna e com nada sendo apreciado pelo Plenário.

A Oposição, que será Governo em janeiro, é que tem dado o tom aos debates, afinal parece já ser maioria na Casa. Uma prova inconteste da força dos oposicionistas e futuro governistas, foi demonstrada na semana passada, onde depois de obstruir por três semanas as votações, “escolheu” os assuntos que foram levados e votados em Plenário.

Os deputados governistas não conseguem mais sequer votar seus projetos na Casa, salvo se tiver a anuência da Oposição. Os deputados Manoel Ribeiro (PTB) e Rogério Cafeteira (PSC) aguardam quórum para apreciação de suas PEC’s. A de Ribeiro é da Educação, aumentando o investindo no setor de 25% para 30%, já Cafeteira quer acabar com o instituto da reeleição no parlamento.

Nem mesmo um simples Projeto de Lei, que precisa de número mínimo de deputados, não consegue mais ser apreciado sem o aval dos oposicionistas. O deputado Alexandre Almeida (PTN) quer levar a seus pares um projeto que trata sobre a eleição indireta na Casa, mas não tem conseguido sequer debater o projeto.

Aliado a essa estratégia da Oposição, vem o desinteresse das maiorias dos deputados, que à bem da verdade já estão de olho em 2015, pois para eles 2014 já terminou.