Morre o ex-presidente da AL, Celso Coutinho

por Jorge Aragão

Morreu na manhã deste sábado (02), o ex-deputado e ex-presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, Celso Coutinho, aos 89 anos.

Celso Coutinho sofreu um infarto no mês de março, foi internado em um hospital particular em São Luís, mas a situação da saúde foi agravando, com problemas renais e de infecções, vindo a óbito por volta das 6h, deste sábado.

No fim do ano passado, Celso Coutinho foi homenageado pelo Parlamento Estadual com a Medalha do Mérito Legislativo Manuel Beckman. A honraria foi proposta pelo chefe do Legislativo maranhense, deputado Othelino Neto (PCdoB), e pelo deputado Edivaldo Holanda (PTC).

“Fui militante estudantil, presidente da União Maranhense de Estudantes, a UME; e presidente de diretório acadêmico, então, aprendi muito por onde passei e cheguei até aqui. Essa honraria que recebo é muito significativa para mim. Estou profundamente feliz, alegre e honrado com essa homenagem”, declarou à época Celso Coutinho, em um dos últimos eventos públicos que participou.

Histórico – Tabelião do cartório do 2º Ofício de Notas de São Luís, Celso Coutinho nasceu na cidade de Guimarães, no Litoral Norte do estado, em 8 de dezembro de 1930. É advogado, formado pela extinta Faculdade de Direito do Maranhão. Começou sua carreira através de movimentos estudantis, chegando a presidir a União Maranhense de Estudantes (UME).

Foi presidente da Assembleia Legislativa em 1984, quando o Maranhão atravessou grande turbulência política, por ocasião da escolha dos deputados que atuariam como delegados nas eleições indiretas, que elegeu Tancredo Neves para a Presidência da República, no Congresso Nacional.

Coutinho elegeu-se pela primeira vez prefeito de sua cidade em 1969. Liderou um movimento para a construção do Hospital Municipal que ficou conhecido como “Passeata das Pedras”, no qual os moradores doaram as pedras para a edificação daquela casa de saúde.

Durante sua carreira política, foi eleito quatro vezes deputado estadual e duas vezes prefeito do município de Guimarães.

AL – A Assembleia Legislativa do Maranhão decretou luto oficial de três dias, a partir de hoje (02), em razão do falecimento do ex-deputado Celso Coutinho. O presidente da Casa, deputado Othelino Neto (PCdoB), lamentou a morte deste grande líder político maranhense, que também foi presidente do Parlamento Estadual, em 1984.

“Celso Coutinho foi um exemplo de seriedade e dedicação à vida pública, deixando uma bela marca do seu trabalho por onde passou. Foi presidente da Assembleia Legislativa e prefeito do município de Guimarães, sua cidade natal. No ano passado, tivemos a honra de homenageá-lo, em reconhecimento à sua trajetória de serviços prestados ao Maranhão. É, certamente, uma grande perda para todos nós”, declarou o chefe do Legislativo Estadual.

A Assembleia Legislativa também emitiu uma Nota de Pesar pelo falecimento de Celso Coutinho.

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Novamente os leitos para Covid-19 da rede estadual

por Jorge Aragão

Durante a semana, principalmente depois que São Luís teria atingido 100% dos leitos de UTI destinados para pacientes com a Covid-19, na rede pública estadual, alguns segmentos da imprensa cobraram do governador Flávio Dino os leitos anunciados como implantados, mas que efetivamente não estavam sendo computados pela Secretaria de Saúde do Maranhão (SES).

Este Blog fez um levantamento de todos os leitos já anunciados pelo Governo do Maranhão e quantos efetivamente saíram do campo virtual. O resultado foi aquilo que já se imaginava, a mídia é bem maior do que efetivamente as ações. A matéria “Os leitos reais e os virtuais anunciados pelo governador Flávio Dino“, apontou uma diferença de 186 leitos, entre os anunciados e os confirmados pela SES. Reveja clicando aqui.

Curiosamente nos boletins dos dias 29 e 30 de abril, os números de leitos já vieram modificados, com um acréscimo considerado, tanto que a lotação máxima deixou de existir. Veja abaixo os números referentes aos leitos no boletim do dia 30 de maio, quinta-feira.

Percebam que neste boletim, repito dia 30 de abril, o número total de leitos para UIT é 161, enquanto que o número total de leitos clínicos é de 351.

No entanto, mesmo com os inúmeros aumentos de leitos anunciados pelo governador, estranhamente, como num passe de mágica, esses números despencaram, isso mesmo, infelizmente reduziram em 24 horas. Veja abaixo a situação descrita pela Secretaria de Saúde no boletim de sexta-feira, dia 01 de maio.

Percebam que o número total de leitos de UTI exclusivos para a Covid-19 diminuiu de 161 para 139, em apenas 24 horas. Ou seja, inexplicavelmente perdemos 22 leitos. E, nesta altura da pandemia, perder 22 leitos de UTI é algo preocupante.

Como o Ministério Público resolveu agir durante a pandemia, seria também interessante que acompanhasse de perto essa situação, pois a cada anúncio de novos leitos feitos pelo governador, a população fica sem entender se serão leitos reais ou virtuais.

É aguardar e conferir.

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Precisa ter fiscalização

por Jorge Aragão

O lockdown deve ser decretado pelo governo estadual segundo decisão do Poder Judiciário. O governador Flávio Dino se pronunciou pelas redes sociais, na sexta-feira, 1º, deixando claro que o que determinou o juiz Douglas Martins, da Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís, será cumprido.

Até aí, tudo bem. Não há dúvidas quanto à edição de decretos e isso o governador já confirmou que serão publicados já no domingo, 3, para valer dia 5, terça-feira. A questão central é:qual a capacidade de fiscalizar que o estado terá?

Barreiras nas principais avenidas evitarão aglomeração de fato? Pessoas em seus veículos proibidas de circular reduz a aglomeração? E quanto ao transporte público? E as barreiras nos bairros?

É sabido da população da Ilha de São Luís que a quebra do isolamento social tem sua contribuição pela falta de fiscalização. Por mais de uma vez, o governador Flávio Dino citou que a Polícia militar não deveria ser usada para garantir o cumprimento do que estava determinado.

Agora será essencial para isso, mas o governo vai dispor? Os atos podem ser truculentos e aí a imagem tão protegida do governador pode sofrer.

O fato é que o lockdown exige algo que a gestão estadual nunca fez efetivamente durante os decretos baixados: educar, fiscalizar e punir.

Talvez, somente a decisão judicial possa intimidar os mais destemidos dos cidadãos da São Luís que insistem em não cumprir nada do que vem sendo determinado desde a segunda quinzena de março.

Sem precisão – Em pronunciamento pelas redes sociais, o governador Flávio Dino falou sobre algumas das medidas que serão adotadas a partir da terça-feira, 5.

Barreiras nas principais avenidas, restrições de estacionamentos em locais públicos, agente para organizar filas de bancos. Estes são alguns exemplos.

Já quando o assunto é fiscalização, o governador Flávio Dino deixou claro que isso ainda está em discussão para que um planejamento seja feito até o domingo, 3.

Preocupação – Mas como se já fosse anunciando, Flávio Dino deixou claro que os descumprimentos das determinações previstas no lockdown serão comunicadas à Justiça.

Isso deixa claro que a preocupação do governador não é somente em salvar vidas. Mas também evitar que sua imagem política seja atrelada a atos de turbulência.

E Dino sabe que, se colocar seriamente a fiscalização para funcionar, os holofotes se virarão para a São Luís, que terá o primeiro decreto de lockdown do Brasil.

Estado Maior

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Mais 20 óbitos em 24 horas no Maranhão

por Jorge Aragão

O novo boletim da Secretaria de Saúde do Maranhão, na noite desta sexta-feira (01),  infelizmente segue confirmando um número alto de mortes no estado. Desta vez, novamente, foram 20 óbitos em 24 horas.

Além dos 20 óbitos, o boletim confirmou mais 299 casos da Covid-19 e a inclusão de mais nove municípios que passaram, oficialmente, a ter registros da doença.

Com isso, os números do Maranhão passam a ser os seguintes: 3.805 casos, com 224 óbitos, 856 pessoas recuperadas, 9.183 suspeitos e 94 municípios já confirmados com a doença.

Além disso, atualmente a ocupação de leitos de UTI na capital é de 89,93%, já de leitos clínicos é de 69,80%. No interior, a situação é mais cômoda, já que temos ocupação de leitos de UTI em 18,52% e leitos clínicos em 9,52%.

Os 20 óbitos desta sexta-feira foram registrados seis do interior e 14 na Região Metropolitana. No interior, as mortes foram: mulher de 69 anos, com problemas cardiológicos (Centro Novo); mulher de 80 anos, sem comorbidades e mulher de 78 anos, com problemas cardiológicos (ambos em Tutóia); homem de 44 anos, sem comorbidades (Rosário); 63 anos, com hipertensão arterial e 82 anos, com problemas respiratórios (ambos de Imperatriz);

Já os 14 óbitos na Região Metropolitana, foram 12 na capital e um em Paço do Lumiar e outro em São José de Ribamar. Em Paço, foi um homem de 47 anos, sem comorbidades. Em Ribamar, foi um homem de 44 anos, sem comorbidades;

As 12 mortes em São Luís, foram oito homens e quatro mulheres. As vítimas do sexo feminino eram: 81 anos, hipertensão e diabetes; 70 anos, hipertensão e diabetes; 58 anos, hipertensão e obesidade; 66 anos, com problemas neurológicos;

As oito vítimas do sexo masculino foram: 62 anos, sem comorbidades; 65 anos, com hipertensão; 70 anos, com hipertensão; 73 anos, com hipertensão; 51 anos, com diabetes; 59 anos, doença renal crônica, hipertensão, problemas cardiológicos e diabetes; 63 anos, com hipertensão, problemas cardiológicos e diabetes; 83 anos, sem comorbidades;

Brasil – De acordo com os números do Ministério da Saúde, atualmente temos 91.589 casos, com 6.329 mortes. Somente nas últimas 24 horas foram 428 óbitos.

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Deputado governista crava “CombinaDOWN”

por Jorge Aragão

Desde quando foi divulgada a decisão judicial determinando que o Governo Flávio Dino decretasse o lockdown, surgiram imediatamente as primeiras insinuações de que tudo não passaria de um acordo que livraria o governador do desgaste político.

O deputado estadual Yglesio Moyses, que é da base do Governo Flávio Dino, e é médico, tem se posicionado firmemente contra o lockdown e criticado a decisão judicial, achando até que existiu uma interferência do Judiciário no Executivo.

“Lockdown por decisão judicial de primeiro instância:princípio da separação dos poderes mandou lembranças. Decisão de Executivo Estadual e Municipal usurpadas. Constitucionalidade completamente questionável, Agora, vem o pânico nos supermercados, falta de alimentos nas rateleiras, etc. Sem falar no aumento da contaminação quando há uma notícia repentina. O grande problema no Maranhão não é a ação, é a metodologia. Poderia ter sido tomada uma decisão muito mais maturada, discutida com as Secretarias de Saúde, Polícias e Bombeiros, enfim”, escreveu.

Yglesio também questionou a cientificidade da maneira como o lockdown foi decidido pela Justiça.

“Não entendi a base científica para um lockdown marcado pra daqui a 5 dias, por 10 dias. Não existiu dessa forma em nenhum local do planeta Terra. Ou decreta lockdown de uma vez ou não, no mínimo por 15 dias”, afirmou.

No entanto, o que chamou muita atenção foi uma afirmação feita pelo parlamentar. Yglesio cravou “Combinadown”.

É bem verdade, que o deputado não deixou claro se a combinação citada por ele envolveu o governador Flávio Dino, ou se ficou restrita ao Ministério Público e ao Judiciário.

No entanto, o que todos se perguntam é: se Flávio Dino era contra o lockdown, por qual motivo não recorreu, como já fez com outras decisões judiciais ??? E se era a favor, por qual motivo não decretou logo, sem precisar de uma decisão judicial ???

Pelo visto, combinado ou não, Flávio Dino agora vai poder agir e sem ter o ônus de suas ações, transferindo esse desgaste para o Judiciário, afinal vai justificar que “apenas está cumprindo uma decisão”.

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Hildo Rocha sugere ao Governo Federal respiradores feitos no MA

por Jorge Aragão

O deputado federal Hildo Rocha participou de reunião virtual com integrantes do Ministério da Ciência e Tecnologia e um grupo de empreendedores e inventores da cidade de Imperatriz a fim de conseguir apoio do governo federal para a produção em escala industrial de respiradores mecânicos de baixo custo criado por esses maranhenses.

“Viabilizei essa reunião porque sei que nesse momento de crise, de pandemia, precisamos muito desses empreendedores para nos ajudar no combate ao covid-19”, destacou Hildo Rocha.

Baixo custo – O parlamentar explicou que uma das grandes carências no combate ao covid-19 é justamente a falta de respiradores. “Os respiradores que estão sendo importados tem um custo muito alto, não chegam ao Brasil por menos de R$ 70 mil reais. A boa notícia é que um grupo de inventores e empreendedores de imperatriz desenvolveu um produto que custa menos de R$ 5 mil reais. Então decidi mostrar ao Ministério da Ciência e Tecnologia essa proeza dos maranhenses da cidade de Imperatriz para receberem apoio do governo federal”, explicou o deputado.

Reunião produtiva – Hildo Rocha enfatizou que a reunião foi bastante produtiva. “A ideia foi bem recebida pelos técnicos e gestores do MCT. Foi feita a apresentação, tudo bem explicado e conseguimos despertar o interesse do Ministério das Ciências e Tecnologia acerca desse importante projeto genuinamente maranhense. Me sinto feliz por poder cumprir a missão de servir de elo entre os criadores desse equipamento e as autoridades em Brasília. Temos que agir com rapidez e criatividade a fim de encontrarmos soluções rápidas para essa pandemia que vem afligindo a vida de todos nós”, enfatizou.

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Santa Rita tem mais de 75% de recuperados da Covid-19

por Jorge Aragão

A Secretaria de Estado da Saúde divulgou que o município de Santa Rita registra 25 pessoas com a Covid‐19. Os detalhes epidemiológico mostram ainda que 19 destes estão recuperados da doença causada pelo novo coronavírus. São aqueles que testaram positivo para o vírus e não apresentaram mais sintomas após o período de isolamento que dura cerca de 14 dias.

O número representa uma taxa de 76% de recuperados, número bem superior a média brasileira e a média maranhense. Isso é um resultado de uma série de medidas adotadas pelo prefeito Hilton Gonçalo.

Com a pandemia do novo coronavírus, a Prefeitura de Santa Rita vem adotando medidas para prevenir e combater a doença no município.

Destaque para as ações de distribuição de máscaras para a população, distribuição de milhares cestas básicas para famílias de baixa renda, aquisição de testes rápidos para o Covid‐19, compra de EPI’s para funcionários da Saúde, desinfecção de locais públicos, aplicação domiciliar de vacina contra H1N1, assim como ajuda em dinheiro para trabalhadores informais impactados pela crise gerada pela pandemia.

Outra estratégia que pretende diminuir a propagação do Covid-19 via partes externas corporais é a aquisição com recursos próprios de um túnel inflável para descontaminação de pessoas, utilizando a tecnologia do gás Ozônio, que será instalado nos próximos dias na Praça Carlos Macieira.

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Flávio Dino antecipa decisões do novo decreto para o lockdown

por Jorge Aragão

Em entrevista coletiva, na manhã desta sexta-feira (01), o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), anunciou novos investimentos e novas medidas para tentar combater a pandemia do novo coronavírus no estado.

Dino anunciou que o HTO – Hospital de Traumatologia passou a ser uma unidade de saúde para atendimento exclusivo para pacientes da Covid-19. O mesmo processo também já foi iniciado também com o Hospital Carlos Macieira. Serão mais 130 leitos exclusivos para o coronavírus, somente em São Luís, a partir da próxima semana.

O governador anunciou que o trabalho para o hospital de campanha já foi iniciado no Multicenter Sebrae. O tempo da obra deve durar cerca de 20 dias. Também anunciou que já foram adquiridos mais 70 respiradores para o Maranhão.

Sobre a decisão judicial que determinou que o Governo do Maranhão decrete o lockdown na Região Metropolitana, a pedido do Ministério Público, Flávio Dino reafirmou que vai cumprir a decisão, já que zela pela harmonia entre os poderes. No entanto, quando a Justiça decidiu pelo reajuste de servidores em 21,7%, o Governo do Maranhão, por determinação do governador, recorreu.

O governador diz que o decreto sobre as novas diretrizes para acatar a decisão do lockdown, será oficialmente divulgado no domingo, dia 03. Mas na coletiva, Dino já antecipou que existirá uma interrupção de veículos quase total na entrada da Ilha de São Luís. Anunciou ainda que fará uma restrição das atividades essenciais, que atualmente funcionam no decreto estadual em vigência. Garantiu ainda que supermercados e farmácias ficarão funcionando normalmente.

Uma novidade será a criação de barreiras nas principais avenidas da Ilha de São Luís, para que só circulem pessoas que trabalhem em serviços essenciais ou que efetivamente precisem sair temporariamente por questões estritamente necessárias. Além disso, por conta da inoperância dos bancos, o estado vai contratar pessoas para organizar as filas na Caixa, onde centenas de pessoas se aglomeram diariamente para o recebimento do auxílio emergencial.

Por fim, o governador voltou atrás e recuou de sua decisão de transferir a responsabilidade a prefeitos, pais de alunos e donos de escolas para decidirem pela volta das aulas presenciais. Dino assegurou que as aulas presenciais só devem voltar em junho.

O novo decreto também apresentará sanções para quem não cumprir as decisões, inclusive com multas.

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Pandemia expõe covardia de Flávio Dino em tomar decisões cruciais

por Jorge Aragão

É bem verdade que no início do combate a pandemia da Covid-19, o governador do Maranhão, Flávio Dino, chamou para si algumas responsabilidades e tomou decisões importantes, mas no meio da crise se perdeu e demonstrou covardia ao precisar tomar decisões importantes.

A primeira grande covardia de Flávio Dino foi simplesmente não determinar a fiscalização de seus decretos. O comunista tomou decisões que não foram respeitadas e fizeram, com sua total conivência, que os números de casos da doença explodissem no Maranhão.

Como um ex-juiz federal, Flávio Dino sabe que lei, nesse caso decreto, sem fiscalização, não é lei, é recomendação e recomendação no Brasil, em especial no Maranhão, não funciona. Quando precisou agir, fiscalizando o cumprimento dos seus decretos, o comunista sucumbiu ao ônus do desgaste político e transferiu a responsabilidade para a conscientização da população.

A mesma situação aconteceu com as escolas. Desde o início da pandemia, Flávio Dino chamou para si a responsabilidade de tomar decisões e as tomou, mas da “noite para o dia” resolveu transferir a responsabilidade para prefeitos, pais de alunos e donos de escolas.

Na última coletiva, no início da semana, Dino assegurou apenas que as aulas presencias não seriam retomadas nas escolas públicas estaduais, mas “lavou as mãos” pata as escolas públicas municipais e escolas privadas. O comunista, num ato de covardia, deixou a cargo de prefeitos, pais de alunos e donos de escolas a decisão de retorno as aulas presenciais, justamente no momento em que se tinha uma crescente no número de mortes.

Por fim, por não ter fiscalizado o cumprimento dos seus decretos e por ver a doença explodir no Maranhão, em especial na Região Metropolitana, Flávio Dino precisava decretar o lockdown, mas precisava fazer de livre e espontânea vontade.

No entanto, novamente faltou coragem para tomar a decisão e novamente transferiu a responsabilidade, esperou e/ou combinou, como alguns estão especulando, que Ministério Público e Judiciário agissem, para que ele não ficasse com esse ônus, afinal vai argumentar que apenas cumpriu uma decisão judicial.

O que Flávio Dino parece não entender é que um grande político se constrói nas escolhas que faz, nas atitudes que toma, nos feitos que realiza, nas decisões que assume e nas responsabilidades que não transfere.

E esse pandemia, definitivamente, mostrou que Flávio Dino não é capaz de ser um grande líder político.

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Unindo o útil ao agradável

por Jorge Aragão

O Ministério Público Estadual (MP) entrou com Ação Civil Pública pedindo que a Justiça obrigue o governo do Maranhão a adotar o lockdown e suspender a circulação total de pessoas na Ilha de São Luís. O pedido foi deferido e liminar decretando o lockdown foi dada pelo juiz da Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís, Douglas Martins, no fim da tarde de ontem.

Com a decisão judicial, que deve ser colocada em prática já na próxima terça-feira, 5, o governador Flávio Dino (PCdoB) perde o receio que tinha de ser taxado de autoritário por ter de usar a polícia para impedir a circulação dos cidadãos.

O desgaste político, sem dúvida, foi o medo maior do governador e de seus aliados, por isso, mesmo quando houve 100% dos leitos de UTI ocupados em toda a rede (estadual, municipal, federal e privado), Dino se manteve no campo das possibilidades de talvez adotar o lockdown.

Mas, agora não há mais como não adotar. A Justiça determinou e, durante 10 dias, o governo do Maranhão terá de fiscalizar medidas que deverá adotar, conforme o que diz a decisão judicial.

De comércio, somente o de alimentos e as farmácias poderão funcionar. A entrada e saída de veículos de São Luís não será permitida, com exceção de caminhões de abastecimento de alimentos, ambulâncias e veículos que transportem pessoas para irem ao hospital.

Existem mais regras que devem compor o novo decreto – que seria anunciado na terça-feira – do governador Flávio Dino. Ao site Uol, ontem, o comunista chegou a falar em adotar medidas “próximas ao lockdown”. As medidas não foram especificadas pelo governador. Mas agora não mais interessa. O gestor precisa pôr em prática o que determinou a Justiça.

O fato é que se existia receio por parte de Flávio Dino, ele agora não tem mais motivo, afinal, o lockdown é determinação da Justiça.

E desta forma, vidas serão salvas e a imagem política do governador também. É unindo o útil ao agradável.

Estado Maior

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