O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), mais uma vez, deixou claro os seus dois pesos e duas medidas sobre a CPI da Covid-19 no Senado Federal.

O comunista comemorou o bom desempenho da CPI sobre a apuração do que ele chamou de “Máfia da Cloroquina”.

“A CPI do Senado está avançando corretamente na investigação sobre a Máfia da Cloroquina. Contribuição importante para futuras responsabilizações”, destacou Dino.

Só que o mesmo Flávio Dino, que se diz árduo defensor da transparência e do zelo pelo erário, foi um dos governadores que assinou uma ação, protocolada no Supremo Tribunal Federal, para evitar que os gestores públicos estaduais pudessem ser convocados pela CPI da Covid-19.

A CPI chegou a convocar nove governadores, com o intuito de apurar o que esses gestores fizeram com os recursos enviados pelo Governo Federal, mas a tendência é que nenhum compareça.

O primeiro que já não compareceu foi o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC). O governador amazonense e a sua gestão já é alvo de investigação da Polícia Federal, tanto que o secretário de Saúde do Amazonas foi preso na última ação da PF, mas mesmo assim o STF garantiu o direito do governador de se recusar a comparecer a CPI, o que acabou acontecendo.

Sobre esse assunto, obviamente, Flávio Dino optou pelo silêncio sepulcral, utilizando o costumeiro dois pesos e duas medidas.

O PT é uma legenda que faz jus ao nome de partido, principalmente no Maranhão, com algumas divergências internas é sempre complicado uma unidade ainda se aproximando o período eleitoral.

No entanto, o PT tem ficado a cada dia mais próximo do governador Flávio Dino e consequentemente do vice-governador e pré-candidato ao Palácio dos Leões em 2022, Carlos Brandão.

É bem verdade que Carlos Brandão tem feito sua parte e construído pontes com o PT do Maranhão, mesmo estando atualmente no PSDB, tanto que não é descartado a possibilidade de que o vice de Brandão possa ser um petista, mas apesar do vice-governador fazer bem feito a sua parte, não se pode negar a força e a interferência de Flávio Dino nessa relação.

Sem falar na proximidade com o principal nome do partido, o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, Dino tem colocado petistas em pontos estratégicos, como foi o caso do presidente do PT no Maranhão, Augusto Lobato, que é assessor especial, e do deputado estadual Zé Inácio, que recentemente assumiu a função de vice-líder do Governo na Assembleia Legislativa.

Inclusive o próprio Zé Inácio, em prol de uma maior unidade possível, tem feito alguns gestos importantes, como, nesta semana, tirar uma licença na Assembleia Legislativa para permitir que o colega de partido, Luiz Henrique, que é membro da Direção Nacional, possa assumir temporariamente o mandato no parlamento estadual do Maranhão.

Zé Inácio tem trabalhado de comum acordo com Flávio Dino e tem prometido ampliar o espaço do PT do Maranhão tanto na Assembleia Legislativa, como na Câmara Federal. A ideia seria reforçar a legenda para que o partido possa eleger dois ou três nomes para deputado estadual e dois para deputado federal.

Para isso, o PT deve inclusive se reforçar com novos nomes, um desses nomes deverá ser o de Felipe Camarão, atual secretário de Educação do Maranhão e que esta semana entregou seu pedido de filiação. Outro nome cogitado no PT é o do deputado estadual Rafael Leitoa, atual Líder do Governo.

Uma maior unidade do PT e o seu fortalecimento é obviamente também um desejo de Flávio Dino, tanto que a eventual ida de Camarão para o partido teve não só seu aval, mas como sua articulação. Dino almeja que o partido não só lhe apoie em 2022, como também o seu candidato ao Palácio dos Leões.

É aguardar e conferir.

A Câmara Municipal de São Luís convocou nesta quinta-feira, 10, 31 candidatos aprovados no primeiro concurso realizado pela Casa Legislativa, para provimento de cargos administrativos.

Entre os cargos convocados nesta chamada estão: Historiador (1), Assistente Social (1), Administrador (1), Jornalista (1), Analista de Informática – Legislativo (2), Analista Legislativo (3), Técnico em Comunicação Social – Repórter Fotográfico (1), Técnico em Comunicação Social – Divulgação Institucional (1), Técnico em Informática (2), Técnico em Assessoramento Legislativo (7), Assistente Administrativo (10) e Procurador (1).

Os candidatos deverão comparecer primeiro à Perícia Médica do Município, entre os dias 29 de junho e 02 de julho, conforme especificado no edital, e, posteriormente, entre os dias 30 de junho e 05 de julho, ao o Setor de Recursos Humanos da Câmara, portando toda a documentação exigida pelo mesmo.

O certame foi realizado em 2019 e tem validade de dois anos, segundo o edital, podendo ser prorrogado por igual período. Esta é a quarta lista de convocação divulgada pela Casa.

Mais informações acerca do processo podem ser obtidas junto à Presidência da Comissão do Concurso, através do telefone (98) 98126 8276, no horário das 8h às 14h, de segunda a sexta-feira.

No primeiro Arraial da Vacinação na Ilha, que aconteceu no último fim de semana, promovido pelo Governo do Maranhão, o governador fez questão de prestar um desserviço ao confundir o público imunizado. Coube inclusive ao secretário de Saúde do Estado, Carlos Lula, destrinchar o imbroglio e deixar que claro que os imunizados seriam moradores de Paço do Lumiar e São José de Ribamar (reveja).

Agora, incomodado com o baixo público do primeiro Arraial da Vacinação, abaixo do esperado, o Governo do Maranhão promete, neste fim de semana, imunizar toda a população da Grande Ilha acima de 29 anos, incluindo os moradores de Raposa e São Luís.

Ao responder nas redes sociais as dúvidas dos internautas, em diversas vezes, o Governo do Maranhão confirma que serão todos os quatro municípios da Grande Ilha.

Em uma das respostas a uma internauta, a Secretaria de Saúde do Governo do Maranhão confirma que não serão beneficiados apenas os moradores de São José de Ribamar e Raposa, mas sim de toda a Ilha. Veja acima.

Em uma outra resposta, ainda mais específica sobre São Luís, a Secretaria de Saúde do Maranhão afirma categoricamente que os moradores da capital maranhense podem sim vacinar no Arraial de Vacinação na Ilha. Veja acima.

Ou seja, apesar de não ter sido afirmado diretamente pelo governador Flávio Dino e/ou pelo secretário Carlos Lula, o segundo Arraial de Vacinação na Ilha irá imunizar todos os moradores acima de 29 anos que morem em São Luís, São José de Ribamar, Raposa e Paço do Lumiar, inclusive quem já perdeu a sua data e espera uma segunda chamada.

No caso da imunização organizada pelo Governo do Maranhão, não é necessário fazer cadastro, apenas levar comprovante de residência, documento com foto, cartão de vacinação e cartão do SUS.

É aguardar e conferir.

É visível que o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), segue com o incômodo do protagonismo do prefeito de São Luís, Eduardo Braide (Podemos), na imunização contra a Covid-19.

O ritmo de São Luís é tão espetacular que, além de estar entre as capitais que mais vacinam proporcionalmente, ajudou o Maranhão a subir dez posições no ranking de imunização (reveja).

No entanto, o Blog, por dever de justiça, precisa reconhecer a postura decente e correta do atual secretário de Articulação Política do Governo do Maranhão, o deputado federal Rubens Júnior, quando se imunizou contra a Covid-19, num dos nove pontos da Prefeitura de São Luís.

Ao ser vacinado, Rubens Júnior fez questão de falar do filometro, programa da Prefeitura de São Luís para orientar as pessoas que irão se vacinar, e ainda pediu para que as pessoas, quando forem se vacinar, se puderem, levar uma cesta básica para colaborar com o projeto “Vacina Solidária”, da Prefeitura de São Luís.

“E, com 37 anos, hj serei vacinado. Já tô com minha identidade, cartão do Sus, comprovante de endereço e trouxe uma cesta básica. Já consultei o filometro. Sentimento de gratidão a Deus e torcida pra q este momento chegue rápido para todos. Qd for se vacinar, leve uma cesta básica”, escreveu Rubens Júnior, que ainda disse que não esperou muito para se imunizar.

Pena que a atitude decente de Rubens Júnior não foi seguida por outros secretários. Alguns, no sentido de bajular o patrão, no caso o governador Flávio Dino, preferiram inverter os valores e, mesmo tendo se vacinado em postos da Prefeitura de São Luís, atribuíram ao comunista a aceleração da imunização.

Uns com decência, outros com subserviência.

De qualquer forma, méritos a Rubens Júnior, que, se tivesse autorização do governador, já tinha conduzido uma articulação política e celebrado, enfim, uma parceria institucional entre o Governo do Maranhão e a Prefeitura de São Luís.

Estamos a cada dia presenciando um novo momento na história do Brasil, a Juristocracia. Pior que, infelizmente, o caminho que estamos seguindo é um caminho sem volta.

Nesta quinta-feira (10), pasmem, o Supremo Tribunal Federal (STF) vai praticamente parar para decidir se o Brasil pode ou não realizar a Copa América 2021, envolvendo dez seleções da América do Sul, durante cerca de 30 dias.

Inicialmente é preciso dizer que a competição seria perfeitamente adiável, sem prejuízo esportivo para absolutamente ninguém, mas o equivoco foi politicar partidariamente o assunto, pelo fato do presidente da República, Jair Bolsonaro, ter dado o aval para a Copa América no Brasil.

Os contrários justificam seu posicionamento radical pelo receio de um eventual aumento de casos da Covid-19, mas esses mesmos jamais questionaram outras competições internacionais que seguem acontecendo normalmente no Brasil, como: Eliminatórias da Copa do Mundo na América do Sul, Libertadores e Sul-Americana, com muitos mais jogos e, por não terem um país sede, com infinitamente mais deslocamentos dos participantes dos referidos torneios.

Pior é levar uma celeuma esportiva, transformada em política, para o Poder Judiciário, simplesmente para que o STF decida se teremos ou não um evento que tem data para iniciar no próximo domingo (13).

O que temos presenciado, dia após dia, é a expansão dos poderes do STF e o crescente protagonismo jurídico social e político de seus juízes, decorrente da ampliação da área de abrangência da jurisdição constitucional em detrimento do campo de atuação dos outros órgãos do Estado, implicando uma transferência decisória dos Poderes Executivo e Legislativo para o Judiciário.

Lembrando que na tal Juristocracia, geralmente nada democrática, boa parte das decisões políticas fica a cargo de juízes, não eleitos, não destituíveis e não responsabilizáveis como são os agentes políticos.

E assim caminhamos para um Poder Judiciário cada vez mais forte e poderoso, em detrimento de Executivos e Legislativos mais desmoralizados, por não conseguirem resolver internamente suas celeumas, e fracos, perante uma sociedade atônita e inerte.

Pelo visto, no Brasil a tal Juristocracia ou Supremotocracia é um caminho sem volta.