Flamengo pelo Brasileiro em São Luís

por Jorge Aragão

Flamengo

Blog do Zeca Soares

O Castelão vai virar Maracanã…

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confirmou em seu site a realização da partida entre Flamengo e Criciúma, treatment pelo Campeonato Brasileiro Série A, rx no Estádio Castelão, pharm em São Luís, no dia 23 de novembro.

A partida é válida pela trigéssima sexta rodada e está marcada para 17h (horário local).

Os promotores do evento estudam a possibilidade de realizar uma promoção casada com o Sampaio que no dia 22 enfrenta o Atlético-GO, na sua última partida pelo Campeonato Brasileiro Série B, em São Luís pela penúltima rodada da competição.

TCE condena prefeita de Paraibano a devolver mais de R$ 1 milhão

por Jorge Aragão

PARAIBANOA prefeita do município de Paraibano, thumb Maria Aparecida Queiroz Furtado, foi condenada nesta quarta-feira (12), durante sessão plenária do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE/MA), a devolver aos cofres públicos mais de R$ 1,3 milhão, além do pagamento de multas que, juntas, somam o valor de R$ 123 mil.

A gestora teve julgadas irregulares suas prestações de contas do exercício financeiro de 2008 referentes à Administração Direta, Fundo Municipal de Saúde, Fundo Municipal de Assistência Social e Fundeb. Também teve desaprovadas as suas Contas Anuais.

Várias foram as irregularidades apontadas pelas Unidades Técnicas do Tribunal, dentre elas despesas sem comprovação e ausência de processos licitatórios. O julgamento pela irregularidade das contas, assim como aplicação de débito e multas, teve o aval do Ministério Público de Contas, cujo parecer foi seguido pelo relator dos processos, conselheiro substituto Osmário Freire Guimarães.

Na sessão desta quarta-feira, o plenário da Corte de Contas também julgou irregulares as prestações de contas dos ex-prefeitos José Costa Soares Filho (Igarapé do Meio) e Raimundo Teles Pontes (Governador Luiz Rocha).

O primeiro foi condenado a devolver ao erário mais de R$ 1,8 milhão e pagar multas que, juntas, somam a quantia de R$ 65 mil. José Costa teve julgadas irregulares suas prestações de contas do exercício financeiro de 2010 referentes ao Fundo Municipal de Assistência Social, Fundo Municipal de Saúde, Fundeb e Administração Direta. Também teve desaprovadas as suas Contas Anuais.

Raimundo Teles teve julgadas irregulares, com imputação de multa no valor de R$ 40 mil, as prestações de contas do Fundo Municipal de Saúde, Administração Direta, Fundeb e Fundo Municipal de Assistência Social, todas relativas ao exercício financeiro de 2009.

O ato de grandeza política de Flávio Dino

por Jorge Aragão

 
Apesar de ter sido eleito com a maioria esmagadora do apoio do eleitorado maranhense, quase 64% dos votos válidos, o futuro governador, até agora, não havia desnecessariamente descido do palanque e continuava pronto para um embate que sequer é cogitado.

No entanto, ao confirmar o nome da jornalista e professora da UFMA, Ester Marques, para a Secretaria de Cultura do Maranhão, Dino demonstrou que é perfeitamente capaz de realizar um ato de grandeza política em prol do sucesso de sua administração.

O nome de Ester Marques, assim como os da maioria já anunciados, não sofreu qualquer contestação, muito ao contrário, pois acabou sendo bem aceito pela sociedade e demonstrando que Dino está no caminho e com vontade de acertar.

Só que para alguns mais raivosos, a indicação de Ester Marques é um golpe em outros militantes que estavam nas ruas apoiando a candidatura de Flávio Dino. Tudo pelo fato da futura secretária ter gravado para o programa de encerramento do deputado estadual Roberto Costa (PMDB), e ter reconhecido o trabalho do parlamentar pela cultura do Maranhão (veja vídeo acima).

Com a indicação, Dino demonstrou que o espírito público precisa sempre ficar em primeiro lugar, afinal as qualidades e capacidades de um gestor público jamais podem ser avaliadas pelo seu voto ou posicionamento político.

Dino demonstrou que pode ter a capacidade de compreender que entre seus adversários existem políticos, gestores e profissionais de uma maneira geral que também possuem capacidade e qualidades que precisam ser destacadas.

Agindo assim, sem um maniqueísmo tolo e simplório, Flávio Dino demonstra amadurecimento e grandeza política.

Ao Blog só resta dizer: parabéns pelo ato de grandeza política, meu caro Flávio Dino.

Batista Matos confirmado na Comunicação de Edivaldo Júnior

por Jorge Aragão

batistaAtravés de um Comunicado o prefeito de São Luís, ed Edivaldo Júnior (PTC), unhealthy confirmou o nome do radialista Batista Matos para substituir Róbson Paz na Secretaria de Comunicação da Prefeitura de São Luís. Veja abaixo o comunicado.

O prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior, comunica mudança em sua equipe de governo. O radialista Batista Matos substitui o radialista e jornalista Robson Paz na Secretaria Municipal de Comunicação (Secom).

A mudança ocorre em face de convite do governador eleito Flávio Dino para que Robson Paz assuma a Secretaria de Estado de Comunicação Social.

João Batista Matos é radialista, formado pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Atuou nos jornais O Estado do Maranhão, O Imparcial e nas rádios Mirante AM e FM Esperança. Ainda na área de comunicação, também realizou trabalhos para a BBC (Londres), Rede Boas Novas, Jornal O Lance (RJ) e foi apresentador do Programa Marrapá (governo Zé Reinaldo), além de assessorias e consultorias no meio político e empresarial.

Batista Matos é militante nos movimentos comunitários e religiosos ligados a defesa da criança, tendo sido vice-presidente do Conselho Municipal da Criança e Adolescente (CMDCA). Também atua em ações de combate as drogas e a violência por meio do esporte e cultura. Filiado ao PPS, foi secretário adjunto de esporte na gestão municipal anterior e atualmente exerce o mandato de vereador na Câmara Municipal de São Luís.

Oposição se recusa a votar PEC da Educação de Manoel Ribeiro

por Jorge Aragão

manoelribeiroA atual Oposição, viagra mas que será Governo à partir de janeiro de 2015, medical tem visivelmente se recusado a votar a PEC da Educação do deputado estadual Manoel Ribeiro (PTB). A Proposta de Emenda a Constituição quer elevar o percentual gasto ou investido com Educação no Maranhão de 25% para 30%, cure como já acontece em boa parte dos demais Estados brasileiros.

A PEC tem inclusive atrapalhado as votações na Assembleia, pois na pauta da Ordem do Dia é a primeira a ser votada, mas a Oposição tem esvaziado o Plenário para não dar quórum e evitar a votação.

Na Sessão Ordinária de terça-feira (11), cinco deputados oposicionistas – Marcelo Tavares (PSB), Cleide Coutinho (PSB), Bira do Pindaré (PSB), Raimundo Cutrim (PCdoB) e Neto Evangelista (PSDB) – deixaram o Plenário para não votar a PEC.

O próprio Líder da Oposição e futuro Chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares, confirmou que a Oposição não quer votar a PEC da Educação do deputado Manoel Ribeiro.

“A nossa única restrição é uma emenda constitucional do deputado Manoel Ribeiro, que eu entendo que pela importância dele e pela magnitude das suas consequências, eu acho que nós deveríamos deixar para o próximo governo e a próxima Assembleia examinarem. Porque elevar o investimento em Educação de 25% para 30% pode inviabilizar um governo”, afirmou Tavares.

O curioso é que, segundo o deputado Manoel Ribeiro, a PEC que é de 2013 foi assinada e tinha o apoio de praticamente todos os oposicionistas.

No entanto, como os oposicionistas irão virar governistas em janeiro, o discurso precisa ser igual. Ou seja, como este Blog sempre afirmou, a mudança será apenas de nomes, mas jamais de postura, e esse é apenas um pequeno exemplo.

Concurso – A governadora Roseana Sarney (PMDB) anunciou ontem, em evento que marcou a assinatura da ordem de serviço para a construção da sede da Universidade Virtual do Maranhão (Univima), que o Governo do Estado encaminhou à Assembleia Legislativa projeto de lei autorizando a criação de 3 mil novas vagas de professor da rede estadual de ensino.

As vagas devem ser preenchidas por concurso público, a ser realizado em 2015, e as despesas decorrentes da criação dos cargos já estão previstas na LOA (Lei Orçamentária Anual).

Róbson Paz na Comunicação e Simplício Araújo de Indústria e Comércio

por Jorge Aragão

robsonO governador eleito Flávio Dino (PCdoB) anunciou na manhã desta quarta-feira (12), for sale mais dois nomes de sua equipe de governo no primeiro escalão.

Para a Comunicação o nome escolhido foi o do jornalista Róbson Paz, que comandava a Comunicação na Prefeitura de São Luís. Paz é o terceiro secretário da gestão Edivaldo Júnior que irá compor a equipe de Dino. Anteriormente já haviam sido “guindados” Rodrigo Maia (Meio Ambiente) e Chico Gonçalves (Cultura).

Robson Paz é graduado em Comunicação Social pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e Especialista em Assessoria de Comunicação e em Gestão Pública. Foi Diretor Adjunto de Comunicação Social da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão e secretário adjunto de Comunicação da Prefeitura de São Luís. Desde abril deste ano, é titular da Secretaria Municipal de Comunicação.

Indústria – Já para a Secretaria de Indústria e Comércio o nome escolhido foi o do deputado federal Simplício Araújo (Solidariedade). A escolha, nesse caso, visivelmente parece mais política do que técnica, afinal Simplício não conseguiu se reeleger e acaba sendo acomodado na pasta.

A indicação de Simplício acabou frustrando a expectativa do empresariado maranhense, que apostavam fichas na continuidade de Maurício Macedo ou ainda na chegada de Roberto Albuquerque ou Edilson Baldez.

Simplício Araújo é deputado federal, com atuação destacada na defesa do Maranhão e trabalho por mudanças em diversas áreas, como a saúde, a mobilidade e a moradia. É analista de sistemas, e tem formação e conhecimento nas áreas de Administração, Direito, Analista GiS, Marketing e Gestão. Simplício é militante na política do Maranhão há mais de 20 anos.

Mais documentos são entregues a Comissão de Transição

por Jorge Aragão

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A secretária chefe da Casa Civil do Governo do Maranhão, ask Anna Graziella Neiva, ed entregou mais um leque de informações solicitadas pela Comissão de Transição designada pelo próximo governo. O repasse dos dados foi feito ao deputado estadual Marcelo Tavares (PSB), look indicado para coordenar os trabalhos do período pelo governador eleito, durante reunião na terça-feira (11), no Palácio dos Leões.

Na ocasião, Anna Graziella Neiva também fez uma apresentação do Programa Viva Maranhão, desenvolvido pelo Governo do Estado e que contempla áreas como Infraestrutura, Saúde, Educação e Social, a partir do crédito obtido junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES). “Detalhei as ações que estão sendo realizadas pelo governo na atualidade, para que os gestores tenham conhecimento do andamento das ações e, assim, possam dar continuidade, para o bem dos maranhenses”, afirmou.

Em atendimento á solicitação da Comissão de Transição do próximo governo, a secretária entregou uma série de documentos. Entre eles, a relação de obras contratadas com recursos oriundos das operações de crédito do BNDES, indicando por secretaria, o estágio atual da obra, as empresas contratadas e o cronograma de realização.

Também foram encaminhados dados como a relação de equipamentos comprados, das obras já licitadas e a relação de licitações em curso, além da cópia dos contratos das operações de crédito com o BNDES.

Anna Graziella Neiva repassou também o resumo dos três principais programas de cada secretaria e órgão vinculado; além do detalhamento da destinação dos recursos recebidos em decorrência da compensação ambiental.

E assim segue de forma tranquila e republicana a transição do atual para o futuro Governo do Maranhão.

Enquanto uns ajudam, outros tentam tumultuar a gestão Edivaldo Júnior

por Jorge Aragão

pedrolucas1Os papéis parecem trocados na Câmara de Vereadores de São Luís. Enquanto uns vereadores ligados ao grupo da governadora Roseana Sarney (PMDB), view vão tentando ajudar a gestão do prefeito Edivaldo Júnior (PTC) na capital maranhense, diagnosis outros ligados ao próprio prefeito e ao governador eleito Flávio Dino (PCdoB), treat vão tentando tumultuar e desestabilizar a atual gestão.

O vereador Pedro Lucas Fernandes (PTB) além de ter demonstrado ser parceiro inconteste da gestão Edivaldo Júnior, dia após dia, vai colaborando com ideias e propostas interessantes para os moradores de São Luís.

Nesta terça-feira (11), Pedro Lucas solicitou através de requerimento que a Prefeitura de São Luís e a Caixa Econômica Federal viabilizem a instalação de postos de casas lotéricas nos terminais que compreendem o Sistema Integrado de Transporte Metropolitano de São Luís.

Segundo Pedro Lucas, a instalação das lotéricas trará benefícios aos usuários que diariamente transitam pelos terminais de integração, que passarão a ter acesso aos variados serviços, como pagamentos de contas, recebimento de benefícios sociais e acesso a serviços financeiros, dentre outros, com a comodidade de aproveitar o tempo em que aguardam sua condução para fazer uso de tais serviços.

“A proposta vem ao encontro das medidas anunciadas pela Prefeitura, quanto às realização de melhorias nos terminais de integração da nossa cidade, a exemplo da disponibilização de orientadores de plataforma e da implantação de vigilância 24h, visando, igualmente, tornar os terminais locais agradáveis aos usuários que precisam desembarcar e embarcar nos ônibus de São Luís”, destacou o vereador petebista.

robertojrContramão – Enquanto o vereador Pedro Lucas, de uma forma ou de outra, vai tentando colaborar com a gestão Edivaldo Júnior, alguns vereadores que se dizem aliados do gestor municipal vão dificultando a gestão com acusações infundadas contra secretários da Prefeitura Municipal de São Luís.

Também nesta terça-feira, os vereadores “aliados” do prefeito Edivaldo, Marquinhos (PRB) e Roberto Rocha Júnior (PSB) “detonaram” o atual secretário de Educação de São Luís, o professor e ex-vereador Geraldo Castro (PCdoB).

Pelo histórico construído, mesmo em pouco tempo, nada que venha do vereador Marquinhos causa mais surpresa. No entanto, a surpresa ficou por conta do destempero do vereador Roberto Rocha Júnior que fez inclusive insinuações descabidas e graves contra o secretário Geraldo Castro.

Vale lembrar que o vereador é filho do ainda vice-prefeito de São Luís e senador eleito, Roberto Rocha (PSB), que diga-se de passagem, teve o apoio do prefeito Edivaldo Júnior em sua campanha eleitoral.

Além disso, o atual secretário Geraldo Castro pertence ao partido e é homem de confiança de Flávio Dino (PCdoB), governador eleito e comandante do grupo político ao qual está inserido o vereador. Isso sem falar no papel determinante e preponderante de Flávio Dino para a eleição do pai do vereador “aliado” de Edivaldo Júnior.

O destempero do vereador foi tão grande que infelizmente parece ter contaminado sua assessoria, pois o título do texto encaminhado à imprensa foi: “Roberto Rocha Jr chama novamente Geraldo Castro para o ringue”.

Será que o nobre vereador e sua assessoria ainda imaginam que se resolvem as diferenças na política no “braço”?

Pelo visto alguns “aliados” de Edivaldo Júnior não são tão aliados assim e parecem que já estão pensando em 2016 e na deputada federal eleita Eliziane Gama (PPS).

Prefeitura de São José de Ribamar convoca novos concursados

por Jorge Aragão

ribamarA Prefeitura de São José de Ribamar está realizando nova convocação de aprovados no concurso público para provimento de cargos efetivos na estrutura administrativa do município.

Estão sendo convocados aprovados para os cargos de cirurgião dentista, search auxiliar de consultório dentário e professor da disciplina matemática (regiões administrativas I e II).

A lista com os nomes dos aprovados, assim como a relação dos documentos necessários para apresentação, estão disponíveis no seguinte link http://goo.gl/gGH3Q0

Os documentos exigidos no edital do certame devem ser encaminhados, até a próxima semana, à Secretaria Municipal de Planejamento, Administração e Finanças de São José de Ribamar (SEMPAF), localizada na área do santuário religioso da Sede da cidade.

Qualquer informação sobre a nova convocação também pode ser obtida através do 3224-1892.

O referido concurso ofereceu 400 vagas para cargos de níveis fundamental, médio e superior. Mais de 90% dos aprovados já foram chamados. É importante ressaltar, ainda, que o certame tem validade até novembro de 2015.

Dissecando um cadáver: Segurança Pública

por Jorge Aragão

hansninaPor Hans Nina

Amigos, pill em momentos de comoção, nada mais normal que surgirem dúvidas e questionamentos. Quando a vida de um ente querido, um amigo, um conhecido é ceifada de forma brutal, muita gente começa a questionar do porquê aconteceu, como a sociedade está insegura, quais as soluções.

Falar de segurança pública rende muito mais que um texto. É assunto para um livro. Ou melhor, uma série. Mas como tenho lido e ouvido muitas dúvidas a respeito, resolvi tentar contribuir.

De antemão, esclareço alguns pontos.

Primeiro, não irei abordar os fatores sociais, como baixos índices de educação, desemprego, moradia, saneamento básico etc. Esses tópicos seriam assunto para um dos livros da série. Os focos aqui serão os fatores ligados de forma direta a segurança pública e os pontos que vejo como chaves em cada um deles: legislação, polícias, justiça, sistema prisional.

Segundo, não esperem meias palavras. Se é para encarar de frente, vamos (e precisamos) sem fricotes e melindres. Como dizem na linguagem virtual: sem “mimimi”. Desculpem, previamente, os que não concordarem.

Terceiro, alguém pode questionar “de onde ele tirou tudo isso? Do senso comum?” Situo o leitor que não me nomeio expert em nada (arrogância não é o meu forte). Mas anos de atuação na área da segurança e mais alguns como professor, dá para ter um bom norte no assunto.

Então, vamos lá.

Legislação

Resumidamente, é péssima! O Código Penal Brasileiro é de 1940. Em 1984 passou por uma grande reforma e, de lá para cá, modificações pontuais. Fora isso, existe uma infinidade de outras leis que tratam de crimes, de forma esparsa e desconexa. Para ilustrar, imaginemos a cena de uma colcha de retalhos, feita com a sobra de tecidos. (quase toda dona de casa tem vergonha de mostrar para as visitas). Para os leigos nas ciências jurídicas, é quase impossível compreender porque um condenado não cumpre a pena que lhe foi imposta. As tais progressões de regime, as autorizações de saída, os indultos. Enfim, tudo muito lindo no papel, mas que na prática não se demonstram eficazes.

Se passarmos para a legislação processual, aquela que regulamenta o andamento dos processos, complica mais ainda. O Código de Processo Penal é um pouco mais novo que o anterior: é de 1941! Para dar uma idéia, quando fala do inquérito policial (daqui a pouco falo desse monstro), a lei menciona que o procedimento policial deve ser datilografado (“Ãaammm??”, perguntam os mais novos). Da década de 40 para cá, outra colcha de retalhos foi construída e alterações novamente esparsas e desconexas.

Nesse tópico, podemos eleger alguns culpados: deputados e senadores, responsáveis pelas alterações dessas leis, que não discutem, não debatem e não aprovam leis que funcionem. Além deles, operadores do direito, com atuação direta perante os parlamentares, são culpados por não proporem anteprojetos de lei com a vontade de melhorar. Em sua maioria, o interesse é meramente de classe.

Polícias

Alguém de fora do sistema consegue entender para que existe tanta polícia e a segurança está desse jeito? É Federal, é Civil, é Militar, Rodoviária, Ferroviária (existe!), Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros. Meus amigos, é polícia que não acaba! Você já precisou de alguma delas? Não precisa responder.

Quando se fala nesse assunto, vem logo as pseudo soluções: aumentar os efetivos e comprar viaturas. Medidas importantes? Sim. Suficientes? Nem de longe.

Começa que as polícias militares não tem mais razão de ser. Criação do Brasil Império, fortalecida na ditadura, militar não deve cuidar da segurança de civil. Podem vir os argumentos da hierarquia e disciplina. Tanto faz. Uma coisa ou outra independem de militarização. O que esperar de um soldado que passa por situações humilhantes e vexatórias, sob o pretexto da manutenção da ordem nos quartéis, quando ele for às ruas tratar com o trabalhador e com o bandido? Qual a lógica de um Código Penal Militar, inspirado para tempos de guerra, usado para punir servidor público?

Por outro lado, as polícias Federal e Civis (estas cada Estado tem uma), são responsáveis pelas investigações. Se você ler o artigo 10 do Código de Processo Penal, encontrará o prazo que deve durar uma investigação: 30 dias. Sabe o tempo que leva a maioria dos inquéritos policiais? 6 meses, 1 ano, 5 anos… 10 anos! Isso quando chegam a algum lugar. Tem crime que prescreve (ou seja, o Estado não pode mais punir o criminoso) e a investigação nem acabou. Um verdadeiro parque de diversões para os bandidos. E esse monstro chamado inquérito policial, nada mais é que um nanico metido a gigante. Um emaranhado de folhas, depoimentos, perguntas na maioria inúteis, ofícios, carimbos. E depois tudo precisa ser refeito na Justiça. Sabe como acontece muita investigação no Brasil? Com “cartinha para a namorada”. Ou seja, papel e mais papel, ofícios envelopados, enviados pelos correios, aguardando resposta que geralmente não dizem nada. Alguém ainda manda “cartinha para a namorada” hoje em dia: Quando ligamos a TV e ouvimos: “fulano de tal foi indiciado!”, somos tendentes a imaginar “agora vai”. Vai para onde? Isso não significa nada! Os promotores, que são os responsáveis por iniciar o processo, não tem a menor vinculação com esse indiciamento. Podem discordar, ignorar, fazer aviãozinho. O que vale é a opinião deles. E depois a do juiz, lógico.

Para piorar, estão tentando transformar a polícia em algo jurídico. Delegados de Polícia conseguiram dois grandes feitos esse ano no Congresso Nacional: o primeiro foi aprovar uma lei que lhes garante o tratamento de “Excelência”. O segundo, uma Medida Provisória editada pelo governo e em vias de ser aprovada, que diz que os delegados federais são juristas. Veja o quanto a vida do povo vai melhorar com isso. Você já pode até começar a deixar a porta de casa aberta, pois o paraíso se avizinha! (PS: não faça isso, foi uma ironia). Agora pergunte o porquê de tais leis? Vaidade, desejo de igualar-se a juízes e promotores (e sem concurso). Definindo em uma palavra: (PS: a prudência aconselhou não definir). Por outro lado, tente achar um só projeto de lei que dará celeridade e eficácia às investigações. Tenha tempo e paciência para a busca.

Fora os conflitos entre as categorias policiais. Agentes são acusados por delegados de quererem ser estes. Aqueles acusam os segundos de somente intermediarem as investigações. No palavreado popular, um verdadeiro saco de gato.

Justiça

Relativamente refém da legislação e das investigações mal feitas e demoradas.

Claro que tem sua parcela de culpa, pois ouvimos diversas notícias do tal TQQ nos interiores (para quem não sabe, Terça, Quarta e Quinta, que seriam os dias efetivos de trabalho), episódios de arrogância explícita, xiliques, descontroles, medidas desproporcionais. Não vale aqui argumentar “mas não são todos que são assim”. Claro que não são. Mas a parcela que é, tem comprometido a imagem dos que não são. Quem deu uma aliviada, nos últimos tempos, nesses destemperos, foi o Conselho Nacional de Justiça, vulgo CNJ, que assumiu o papel das Corregedorias. A triste notícia é que, ao que parece, o atual presidente do CNJ tem expressado uma vontade de minguar o órgão.

Aos juízes que efetivamente trabalham (e são muitos), ficam as amarras das leis mal feitas (tema já abordado). Se aplicam a lei, são taxados de condescendentes. Se passam por cima para aplicar a efetiva justiça, fica difícil sustentar a decisão mais a frente.

Aos preguiçosos e duvidosos, aqueles que sentam, deitam, dormem e babam em cima de processos criminais, fica a parcela de culpa por mortes de pais de família.

Sistema prisional

Falar disso é quase uma piada. Daquelas de muito mal gosto.

Simplesmente não existe.

Os presídios, usando o lugar comum, são depósitos de gente. Não tem outra expressão mais apropriada. Criados para punir e para ressocializar (palavra totalmente inapropriada), na verdade amontoam gente, da pior qualidade moral e de sanidade, que se encarregam de doutrinar os mais próximos da normalidade que ali entram. Vou dizer: um ser humano que vai cumprir pena em um presídio no Brasil e sai de lá decidido a trabalhar honestamente, cuidar da família e ser um bom cidadão, esse merece uma medalha.

Não existe a efetiva preocupação em ensinar ofícios aproveitáveis, em fazer gerar a própria manutenção, em pagar (digo pecuniariamente mesmo) o seu sustento e daqueles que ele destruiu a vida do lado de fora.

Sem falar que a grande maioria dos presos (e esmagadora), é de pobres (oh novidade!). No Brasil rico não vai mesmo para a cadeia (oh novidade! X2). E quando vai, não demora. Culpa das leis mal feitas.

Aí vem uns intelectuais dizerem que “devemos tirar mais presos das cadeias”, “tem crime que não deve ter prisão”. Bobagem! Deve sim! Não sou louco de dizer que nas condições que existem hoje. Quem lembra como o uso de cinto de segurança e capacete para motociclistas passou a ser obedecido? Multas altas! Pois bem. Quem duvida que, por exemplo, uma pessoa pega dirigindo embriagada, tiver um processo rápido e for condenada a cumprir 1 dia de prisão que seja, não voltará mais a praticar tal conduta? Um gestor público ladrão, que além de perder seus bens, tiver que “tirar uma cadeia”, duvido que faça de novo.

Se formos para as penas alternativas, regime aberto, a comédia será ainda maior. Se dependesse de tanta cesta básica que é dada como cumprimento de pena, a fome do mundo tinha acabado.

Quanto aos temas uso, liberação e tráfico de drogas, corrupção de agentes públicos, pedirei licença para não tratar aqui. Ia alongar-me mais ainda do que já fui.

Acaso você ache que posso estar exagerando, que tive devaneios ao escrever essas linhas, faça um teste: escolha 3 dias. Passe cada um deles em uma delegacia ou superintendência de polícia, outro em um fórum, e o último em um presídio. Tirará suas próprias conclusões.

Pois bem, meus amigos, os problemas são muitos. As soluções teoricamente fáceis. Praticáveis? Acho pouco provável. Muita gente ia ter que abrir mão de muita coisa, abandonar projetos, desvencilhar-se de desejos. Já seria difícil ver alguém bater no peito e dizer “minha culpa, minha tão grande culpa!”.

Longe de esgotar o assunto, e aproveitando que já fiz menção a um trecho de uma prece, finalizo dando uma sugestão a todos de como se proteger: Oremos!

Hans Nina é policial e professor universitário.