O deputado estadual Duarte Júnior (Republicanos), nas redes sociais, fez uma observação interessante e pertinente sobre o novo Hospital de Campanha de São Luís.

Duarte lembrou que o novo hospital que está sendo montado pelo Governo do Maranhão, tem o apoio fundamental do CEUMA e do Grupo Mateus, mas lamentavelmente nenhum plano de saúde se disponibilizou para colaborar, mesmo sabendo que na rede privada seus clientes não terão mais leitos para internação.

“Um supermercado e uma universidade particular estão ajudando o Governo do Maranhão a construir e a manter um hospital de campanha para pacientes acometidos pela Covid-19. Mas no Maranhão nenhum plano de saúde colabora ou sequer mantém uma rede credenciada que atenda seus consumidores”, afirmou.

Só que para tirar nota 10 na postagem, número que ostentou na campanha para a Prefeitura de São Luís, Duarte precisava ter a coragem de criticar a diminuição em mais de 50% dos leitos do novo Hospital de Campanha, se comparado com o de 2020.

Enquanto o Hospital de Campanha de 2020 continha 200 leitos, sendo 186 clínicos e 14 UTI, o novo hospital, de acordo com a informação inicial, teria menos da metade, serão 80 leitos, sendo 10 de UTI, 50 de enfermaria e 20 ambulatoriais. O curioso é que Flávio Dino e o PCdoB afirmam que o cenário deste ano é pior que o do ano passado.

Se faltou coragem para Duarte, sobrou para o também deputado Yglesio Moyses (Pros), que fez a crítica em prol da população de São Luís.

“Tive a oportunidade de fazer uma avaliação in loco, nesta semana ainda, do Hospital de Campanha de São Luís. É um hospital muito pequeno, deveria ser maior e já deveria estar pronto. Eu já venho batendo nessa tecla praticamente há um mês. Então, ele ainda tem uma previsão de entrega aí para os próximos 16 ou 17 dias, estamos um pouco atrasados nesse quesito”, afirmou Yglesio.

E é justamente essa independência que tem tornado os posicionamentos de Yglesio diferenciados na Assembleia Legislativa e na política maranhense.

 

Durante a sessão ordinária de quarta-feira (24), por muito pouco os deputados estaduais Yglesio Moyses (Pros) e Duarte Júnior (Republicanos) não chegaram as vias de fato, conforme o Blog já destacou (reveja).

Depois de quase 12 horas do episódio, os dois parlamentares têm evitado o assunto publicamente, mas Yglesio Moyses, nas redes sociais, além de ter publicado o vídeo que teria originado a confusão, ainda afirmou que está sendo alvo de uma milícia virtual, supostamente comandada por Duarte.

“No meu discurso falo a verdade sobre a o aumento dos combustíveis no Maranhão e desmonto a mentira que o deputado estadual, que usa o Procon, tenta criar sobre o assunto. Por conta disso, agora, ele e sua milícia virtual, que todo mundo já conhece, inclusive a Polícia Federal, espalham mentiras ao meu respeito e agridem minha família em grupos de WhatsApp. Compulsivos mentirosos, que querem se fingir de vítimas, não passarão!”, escreveu Yglesio.

É aguardar e conferir, pois ao que parece o embate não irá parar por aqui.

Não é a primeira vez que os deputados estaduais Yglesio Moyses (Pros) e Duarte Júnior (Republicanos) se estranham, mas nesta quarta-feira (24) por muito pouco os dois parlamentares não chegaram as vias de fato.

A confusão foi iniciada pela maneira como os dois deputados tem tratado a polêmica do alto valor do preço do combustível no Maranhão. Enquanto Duarte tenta dizer que a culpa pela situação seria exclusiva da Petrobrás e chegou a afirmar que mesmo que o ICMS fosse zerado pelo governador Flávio Dino (PCdoB), o valor seguiria alto (reveja), Yglesio tem sido mais comedido e distribuído a responsabilidade para praticamente todos os segmentos.

Ao contestar a tese de Duarte, Yglesio voltou a criticar o retorno de Karen Barros, esposa de Duarte, ao Procon do Maranhão. O deputado voltou a dizer que foi um erro do governador.

“Um sujeito aqui que agora tem o controle do Procon, colocou a mulher no Procon. O governador fez essa besteira de colocar esposa de deputado no Procon para fazer campanha para deputado federal. Imoral isso aí, ao meu modo de ver as coisas”, afirmou.

Yglesio seguiu criticando que as iniciativas propostas pelo colega, afirmando que seriam apenas midiáticas e enganariam a população, mas sem nenhum resultado prático.

“Então, a gente tem que ter muito cuidado para não transformar a Assembleia em palanque de palhaçada em cima da população, porque a responsabilidade é múltipla, é da Petrobras, é da política de preços, é da política cambial. O ICMS realmente é alto, precisa ser ajustado, eu não tenho nenhuma dúvida disso, o Bolsonaro reduziu, a gente vai ter que reduzir aqui também. Então, vamos discutir as coisas sérias. Vamos parar de fazer essa Assembleia Legislativa de picadeiro para quem quer fazer lacração em rede social e gravar vídeos depois. Eu me recuso a ficar calado vendo esta Casa aqui desinformar o cidadão. Eu jamais vou permitir isso. Posso ficar aqui só mais dois anos. Mas, enquanto estiver, não vou permitir esta Casa aqui enganar o cidadão”, afirmou.

Só que Duarte pediu a palavra, mas não abordou o assunto, preferindo não esticar o debate publicamente, mas após desligar o microfone, Duarte e Yglesio começaram a troca de agressões verbais e que por muito pouco não terminou nas vias de fato.

A Mesa Diretora precisou intervir e disponibilizar seguranças, inclusive nos dois gabinetes, para que a confusão iniciada no Plenário, não tivesse prosseguimento em outros cômodos do parlamento.

O deputado estadual Yglesio Moyses (Pros), utilizando as redes sociais, questionou publicamente o fato do colega de parlamento, Duarte Júnior (Republicanos), ter se deslocado para Cancún, onde se casou novamente e passou a lua de mel, com um jatinho emprestado pelo proprietário do Grupo Mateus, o empresário Ilson Mateus.

Yglesio disse ainda que um voo para Cancún custaria algo em torno de R$ 500 mil e se disse enojado do que ele chamou de “capitalismo de compadrio”. O deputado tenta fazer uma ilação pelo fato de Ilson Mateus ter alguns privilégios no Maranhão e Duarte já ter sido comandante do principal órgão de defesa do consumidor, o PROCON.

Yglesio finaliza suas observações questionando o motivo que levou Ilson Mateus a emprestar o jatinho para um deputado estadual fazer uma viagem particular para fora do Brasil.

Críticas – Duarte já havia sido alvo de críticas só por ter ido casar e passar a lua de mel no México, pois na campanha eleitoral Duarte se auto intitulava o “filho do povo” e muitos entenderam que um autêntico “filho do povo” não tem essa oportunidade.

Outra crítica, ainda mais grave, é que Duarte viajou em pleno período de funcionamento da Assembleia Legislativa, quando os parlamentares estavam votando o Orçamento para 2021, mas o deputado estadual do Republicanos preferiu se ausentar para seguir viagem a Cancún.

Vale lembrar que durante a disputa, Duarte foi acusado de receber sem trabalhar pelo seu opositor, o prefeito eleito Eduardo Braide (Podemos), tanto que virou meme uma frase de Braide: “Bora devolver?”, dizia o futuro prefeito da capital ao questionar se Duarte devolveria o dinheiro que recebeu sem trabalhar, já que foi acusado de faltar a inúmeras sessões no parlamento maranhense.

Pior para o povo maranhense é que a situação voltou a se repetir, mesmo após a denúncia de Eduardo Braide durante a campanha eleitoral.