O governador do Maranhão, Flávio Dino, e o secretário de Saúde do estado, Carlos Lula, tem diariamente fazendo apelo para que a população fique em casa se possível e se não for, que evite aglomerações e sempre utilizando as máscaras.

No entanto, nos últimos dias temos visto alguns pré-candidatos abusando da sorte e não atendendo as recomendações, tudo em busca dos votos para as eleições deste ano.

O curioso é que um desses pré-candidatos é justamente o deputado federal Rubens Júnior, que é do PCdoB, mesmo partido de Carlos Lula e Flávio Dino.

Neste sábado (11), o pré-candidato comunista realizou uma reunião com membros do Democracia Cristã, partido que vai lhe apoiar nas eleições. Para fazer a foto registrando o encontro, foi uma aglomeração e nada de respeitar o distanciamento (foto no topo do texto).

Só que Rubens Júnior fez ainda pior durante a semana, quando se encontrou com alguns membros do PP – Partido Progressista, que também deve lhe apoiar no pleito eleitoral. No encontro, além da aglomeração, o que se viu de pessoas sem máscara foi surreal. Veja abaixo.

Tudo bem que Rubens Júnior precisa, mais do que ninguém, correr atrás dos votos, uma vez que não consegue, nas pesquisas divulgadas, ultrapassar 1%, mas agir dessa forma é irresponsabilidade.

Infelizmente Rubens Júnior não é o único, mas deveria ser o primeiro a dar exemplo, afinal é do partido tanto de Flávio Dino quanto de Carlos Lula, os dois que mais pedem para evitar aglomerações e respeitar o distanciamento social.

Vale lembrar que tanto Dino quanto Carlos Lula, nas redes sociais, por diversas vezes criticaram o presidente da República, Jair Bolsonaro, justamente por provocar aglomerações e não respeitar o distanciamento, mas no caso de Rubens Júnior ficaram em silêncio.

Apesar de saber que terei o silêncio sepulcral como resposta, não custa nada perguntar: isso pode, meus caros Flávio Dino e Carlos Lula???

Nesta semana, o deputado federal Rubens Júnior (PCdoB) deixou a equipe do Governo Flávio Dino, já que é pré-candidato à Prefeitura de São Luís, mas a escalada já íngreme para o comunista, pode ter um “tiro de misericórdia”.

Rubens, que nunca conseguiu chegar a 5% nas pesquisas eleitorais, não deverá contar com os dois principais cabos eleitorais que desejava – o governador Flávio Dino e o ex-presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva (PT).

Dino dificilmente deverá se posicionar a favor de Rubens, apesar de serem do mesmo partido, até pelo consórcio de candidatos montado para evitar uma eventual vitória do deputado federal Eduardo Braide (Podemos), ainda no 1º Turno das eleições de 2020.

Com isso, a esperança seria uma aliança com o PT e utilizar o “cabo eleitoral” Lula, ainda muito forte no Nordeste, em especial no Maranhão, mesmo após a sua prisão.

No entanto, o deputado estadual Zé Inácio tem trabalhado muito forte nos bastidores, tanto aqui, quanto nacionalmente, para viabilizar seu nome para disputar a eleição majoritária em São Luís. O PT deverá se posicionar dia 20 de junho, mas pela determinação da Direção Nacional, a ideia é ter candidaturas nas capitais, para que o partido saia fortalecido para 2022, quando almeja retornar ao comando da Presidência da República.

Vale lembrar que em 2018, quando se reelegeu deputado federal, Rubens Júnior foi apenas o 12º mais votado na capital, com menos de 2% dos votos válidos, ficando atrás de outros pré-candidatos, como Eduardo Braide (25,83%, sendo o mais votado) e Bira do Pindaré (5,79%). Rubens não foi nem mesmo o mais votado dentro do PCdoB, perdeu para Márcio Jerry (3,39%).

Se levarmos em conta os percentuais de votos, em 2018, dos deputados estaduais, pré-candidatos à Prefeitura de São Luís, todos foram melhores que Rubens. Duarte Júnior (9,04% mais votado), Wellington do Curso (3,35%), Neto Evangelista (2,42%) e Yglesio Moyses (2,33%).

Diante desse cenário e sem os seus dois principais cabos eleitorais, a tendência é que a pré-candidatura de Rubens Júnior naufrague e pode até mesmo atingir gravemente a intenção de Flávio Dino em uma disputa nacional em 2022.

É aguardar e conferir.