Flávio Dino e o desgaste crescente junto a Assembleia Legislativa

por Jorge Aragão

Não é segredo para ninguém que o governador Flávio Dino não “morre de amores” pela classe política, mas o seu relacionamento com a Assembleia Legislativa do Maranhão segue instável e, ao que parece, o desgaste da relação segue crescente, apesar das tentativas, quase que diárias, do presidente da Casa, Humberto Coutinho, de tentar amenizar o problema.

Depois das eleições municipais, onde o desgaste aumentou pela falta de habilidade política do comunista, e o descumprimento de promessas por parte de Flávio Dino, como o não pagamento das emendas parlamentares, a paciência dos deputados estaduais parece ter diminuído.

Uma racha na base governista tem sido cogitado desde o ano passado e nesse início de ano o assunto tem sido recorrente entre os deputados, tanto que o maior bloco parlamentar da Assembleia, o Blocão (23 deputados) que dá sustentação ao governo comunista, deve ser dividido.

Para tentar amenizara a crise, o governador deve até participar da solenidade oficial de reabertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa, com a posse da nova Mesa Diretora da Casa. Além disso, o comunista aposta na intervenção do secretário-chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares (PSB), para amenizar o desgaste.

O problema é que justamente Marcelo Tavares, que pretende retornar a Assembleia Legislativa em 2018, tem sido acusado por boa parte dos deputados de ajudar no desgaste desse relacionamento com algumas interferências diretas em alguns municípios que ele pretende ter como base eleitoral nas próximas eleições.

A tentativa de entrar em algumas bases eleitorais de deputados estaduais tem, por incrível que possa parecer, feito alguns parlamentares sentir a falta de Márcio Jerry, que no início do governo também fracassou ao intermediar a relação entre deputados e o governador.

Pelo fato de Marcelo Tavares ter muita força também na Secretaria de Planejamento e Orçamento, ele tem sido acusado de criar dificuldade para os deputados e vendido facilidade aos prefeitos, tudo isso por conta de 2018.

Vale lembrar que essa inclusive é mais uma, entre tantas, promessa não cumprida pelo governador. Dino afirmava que ninguém que disputaria a eleição de 2018 ocuparia cargos de primeiro escalão no seu governo.

Entretanto, a relação de secretários candidatos segue aumentando, proporcionalmente ao desgaste do governador com os deputados estaduais.

É aguardar e conferir.

Tavares garante que Governo não interferirá na eleição da AL

por Jorge Aragão

MARCELOO novo interlocutor do Executivo com o Legislativo e o Judiciário, store o secretário-chefa da Casa Civil, viagra sale Marcelo Tavares, stuff participou, na manhã desta terça-feira (02), da Sessão Solene de abertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa.

Em entrevista ao Blog, Marcelo Tavares, que já foi presidente da Assembleia Legislativa, garantiu que o Governo Flávio Dino não terá nenhuma ingerência na eleição da Mesa Diretora do parlamento estadual para o biênio 2017/2018.

“Essa é uma matéria exclusivamente do Poder Legislativo, não terá nenhuma interferência nossa. Evidentemente que partidariamente nós acompanhamos de fora, mas esse é um assunto que cabe a Assembleia decidir, quando e como fazer a eleição da Mesa Diretora. O Governo não vai interferir de forma alguma nesse processo”, afirmou.

Marcelo Tavares também fez questão de ressaltar que a função que estará desempenhando será feita em equipe e sempre sob o comando do governador.

“É uma função que nós não tínhamos na Casa Civil no primeiro ano, mas passamos a ter, mas continuaremos a trabalhar em equipe, sempre sob o comando do governador Flávio Dino”, afirmou.

Apesar de achar que com a sua chegada na interlocução entre o Legislativo e o Executivo pouco coisa muda, Marcelo Tavares admitiu que a boa relação com a classe política será um facilitador.

“Eu acho que não muda muita coisa, talvez aproxime mais um pouco, pois tenho a visão do parlamento dos dois lados. Tenho de fato essa boa relação com a classe política do Maranhão, não só na Assembleia Legislativa, mas na Câmara Federal e nos municípios”, finalizou.

Esse é o estilo Marcelo Tavares de ser, estilo mineirinho.

Humberto Coutinho confirma antecipação da eleição da Assembleia

por Jorge Aragão

HUMBERTODurante a Sessão Solene desta terça-feira (02), patient que marcou a abertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa, rx o presidente da Casa, Humberto Coutinho confirmou que a eleição para a Mesa Diretora deverá ser mesmo antecipada.

Humberto Coutinho, além de confirmar a eventual modificação no Regimento Interno, ficou feliz em saber que a maioria absoluta dos colegas deputados estaduais querem a sua recondução a presidência da Mesa Diretora para o biênio 2017/2018.

“Não posso negar, a informação já é praticamente pública. Estava de recesso quando fui procurado por praticamente todos os deputados estaduais que querem a antecipação da reeleição e a minha reeleição. Fiquei feliz, pois demonstra que nosso trabalho está no caminho certo. Os deputados irão apresentar ainda esta semana um Projeto de Lei para antecipar a eleição para a partir do mês de março”, afirmou ao Blog.

Comemoração – Humberto Coutinho também fez questão de deixar claro que os deputados estaduais gostaram da troca de interlocutor entre o Executivo e o Legislativo, anunciado pelo próprio governador Flávio Dino (reveja).

O governador retirou o secretário de Assuntos Políticos, Márcio Jerry, da função e determinou que o secretário-chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares, passa-se a comandar a interlocução entre o Executivo e o Legislativo, bem como o Executivo e o Judiciário.

“Marcelo é um Legislativo, com serviços prestados a essa Casa, chegou inclusive a ser presidente. É amigo de todos deputados, nós vibramos muito. Não que o outro [Márcio Jerry] fosse ruim, mas Marcelo é mais ligado a essa Casa e o governador sabendo disso foi sensível, colocando ele para ser o interlocutor entre o Executivo e o Legislativo”, declarou Humberto Coutinho ao Blog.

A decisão do governador, indiscutivelmente, aproxima mais a Assembleia do Governo Flávio Dino, afinal o nome de Marcelo Tavares é muito bem visto, principalmente se comparado ao de Márcio Jerry, que nunca foi bem visto pela maioria dos parlamentares estaduais.

A missão de Marcelo Tavares na “Articulação Política”

por Jorge Aragão

marcelotavaressetembroÉ inegável o descontentamento da maioria quase absoluta dos deputados estaduais do Maranhão com a articulação política no Governo Flávio Dino, case que no ano passado teve à frente o secretário Márcio Jerry.

Tentando minimizar o desgaste, o governador já em 2016 fez dois gestos importantes aos deputados estaduais. Além de ter retirado Márcio Jerry da função e determinar que o Chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares, passe a ser o interlocutor entre os parlamentares, Dino assegurou emendas parlamentares de R$ 200 mil para cada um dos deputados no período do Carnaval.

Apesar disso, a missão de Tavares não deverá ser das mais fáceis, pois além de tudo estaremos num ano eleitoral e todos os deputados precisam renovar e/ou ampliar suas bases eleitorais já de olho em 2018, mas muitos tem encontrado resistência de alas governistas em alguns municípios que inclusive estão tenho apoios de segmentos do Governo Flávio Dino.

Claro que a mudança atenuará o clima de descontentamento dos parlamentares, afinal Marcelo Tavares já foi inclusive presidente da Assembleia Legislativa e fala a ‘mesma língua’ dos deputados, mas precisa saber se Tavares terá força/autonomia para resolver os problemas já existentes.

Os deputados da base governista já até ensaiam uma postura mais independente do Palácio dos Leões, afinal muitos deputados entendem que a Assembleia perdeu espaço em virtude da exacerbada atrelada ao Palácio dos Leões.

A sessão legislativa de 2016 está marcada para ser aberta na próxima terça-feira (02).

Marcelo Tavares e Felipe Camarão mais fortalecidos

por Jorge Aragão

marcelotavares1Se pairam dúvidas sobre um novo fortalecimento de Márcio Jerry no Governo Flávio Dino após as modificações feitas, capsule ninguém questiona que Marcelo Tavares e, cheap principalmente, prescription Felipe Camarão saíram fortalecidos.

O ex-deputado e ex-presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Tavares, que de maneira equivocada estava subaproveitado no Governo Flávio Dino, passou a definitivamente ter uma função na gestão do comunista.

Tavares conhece como poucos a política e os políticos no Maranhão, nasceu e cresceu na política e deveria desde o início ter sido o articulador político do Governo Flávio Dino. Se assim tivesse sido, as críticas as articulações políticas seriam bem menor e o desgaste do governo junto a classe política também.

Partiu da própria Assembleia Legislativa pedir que o interlocutor entre o Legislativo e o Executivo passasse a ser Tavares, em substituição a Márcio Jerry. Flávio Dino também aproveitou e determinou que o ex-deputado também passasse a ser o interlocutor com o Judiciário.

O único erro do governador foi não ter deixado toda a articulação política com Tavares, mas talvez por conta do processo eleitoral deste ano, Dino preferiu confiar, literalmente, no amigo Márcio Jerry, mas continuará correndo o risco enorme de desgaste do seu governo com lideranças e a classe política no interior maranhense.

FelipeCamaraoQuem já era grande e ficou maior foi Felipe Camarão. Tido como um dos melhores quadros do Governo Flávio Dino, Camarão respondeu à altura aos dois desafios a que foi submetido na gestão do comunista – Gestão e Previdência e depois Cultura.

O desempenho de Felipe Camarão foi tão eficiente que Dino o promoveu, trouxe o gestor para mais perto dele e deu a missão de supervisionar e cobrar os demais secretários da gestão comunista.

Sendo assim, indiscutivelmente foram Marcelo Tavares e Felipe Camarão que saíram fortalecidos nas alterações feitas pelo governador, que agora priorizou, competência, qualidade e capacidade, deixando o fator/critério amizade para um segundo plano.

E exatamente por esses motivos que o Blog afirmou e reafirma que as decisões de Flávio Dino, nesses casos, foram acertadas (reveja aqui). Simples assim.

As medidas acertadas do governador Flávio Dino

por Jorge Aragão

Depois de desapontar na coletiva pela manhã no Palácio dos Leões, clinic quando anunciou poucas mudanças, order o governador Flávio Dino utilizou, mais uma vez, as redes sociais, para confirmar outras importantes mudanças na sua equipe de governo.

Além de ter fundido as pastas de Cultura e Turismo, anunciada pela manhã, cujo titular será Diego Galdino, o governador confirmou a fusão das pastas de Agricultura com a Pesca, cujo titular será Márcio Honaiser e juntou Comunicação com Assuntos Políticos, deixando a frente o jornalista Márcio Jerry.

Flávio Dino também confirmou a criação de uma nova pasta, que será a Secretaria de Governo e que terá como titular Felipe Camarão, que depois de passar com destaques pelas secretarias de Gestão e Previdência e mais recentemente pela Cultura, terá mais esse desafio.

Acertou – De acordo com o que explicou o próprio Flávio Dino nas redes sociais, veja abaixo, o Blog entende que o governador acertou e começou a colocar ‘cada macaco no seu galho’.

FlavioDino

Indiscutivelmente Felipe Camarão é um dos melhores nomes da equipe de Flávio Dino e por esse motivo será uma espécie de ‘supervisor’ dos demais secretários. Caberá ao jovem, mas competente gestor, monitorar as metas governamentais e cobrar dos colegas secretários o cumprimento dessas metas. Pelo que já apresentou na sua vida pública, Dino não teria nome melhor.

Já Marcelo Tavares, que permanece na Casa Civil, também passará a fazer uma função que tem extrema capacidade e habilidade política para tal, desde que permitam que ele a faça. Segundo o próprio governador, caberá a Tavares a articulação com o Poder Legislativo e o Judiciário. O Blog até entende que também deveria ficar sob a tutela de Tavares toda a articulação política do Governo Flávio Dino, alvo de inúmeras reclamações de aliados antigos e novos.

Já Márcio Jerry, bastante criticado pelo papel de ‘articulador político’, ainda seguirá com essa missão, só que com menos força, mas assume também a Comunicação do Governo Flávio Dino, algo que também indiscutivelmente não funcionou no primeiro ano de gestão, mas principalmente por problemas e demora nas licitações.

O Blog acredita que as mudanças podem de fato fazer com que o Governo Flávio Dino comece a decolar e principalmente mostrar algo diferente, pois até o momento o que se viu foi mais do mesmo em alguns casos, já em outros as coisas até pioraram e muito.

Resta aguardar e conferir.

Flávio Dino deve anunciar mudanças

por Jorge Aragão

flaviodino1Nesta segunda-feira (18), buy às 10h, diagnosis em coletiva, unhealthy o governador Flávio Dino (PCdoB) reunirá a imprensa no Palácio dos Leões, para fazer um balanço do seu primeiro ano de governo. Além disso, existe a expectativa que ele anuncie mudanças na sua equipe.

Flávio Dino além de modificar nomes, deve também fundir algumas pastas e diminuir a quantidade de secretarias existentes no Governo do Maranhão.

A mudança mais aguardada e de maior impacto deve ser a confirmação da saída de Felipe Camarão da secretaria de Cultura. Camarão deve ser anunciado como o novo chefe da Casa Civil.

Com a ida de Camarão para a Casa Civil, o atual titular da pasta, o ex-deputado Marcelo Tavares, seria deslocado para a EMAP, hoje comandada por Ted Lago.

Mas essas não serão as únicas mudanças, basta aguardar e conferir.

Nada de crise no Maranhão

por Jorge Aragão

alDe O Estado – Representantes do Poder Executivo, store Cynthia Mota (Planejamento) e Marcelo Tavares (Casa Civil) ficaram sem argumentos convincentes para defender a suposta crise nas finanças do governo, durante audiência pública realizada na quarta­feira (11), pela Comissão de Orçamento, Finanças, Fiscalização e Controle da Assembleia Legislativa, que discutiu os resultados da execução orçamentária, apresentada pela Secretaria de Planejamento (Seplan).

“Existe uma crise econômica no Maranhão e no Brasil, mas as finanças do governo mostram um quadro diferente. O governo passado deixou uma boa política orçamentária e ela permanece neste governo”, afirmou Adriano Sarney, ressaltando que o Executivo dispõe em caixa mais de R$ 1,6 bilhão.

O relatório da Seplan traz dados comparativos do ano passado com o atual. Neste sentido, foram analisados alguns pontos importantes como receitas tributárias, transferências correntes, endividamento, custos com pessoal e o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

A respeito do aumento de receitas tributárias, o demonstrativo da Seplan revelou que houve alta de 8,45% da arrecadação, com destaque para a elevação de 9,3% no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que em termos de recursos representa uma alta de R$ 236 milhões no comparativo do exercício de janeiro a agosto de 2014 com o mesmo período deste ano. Houve também aumento de R$ 35 milhões na arrecadação do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). “Em resumo, somados a outros impostos, o crescimento das receitas tributárias foi da ordem de R$ 266 milhões”, revelou o deputado.

Transferências ­ De acordo com o deputado Adriano Sarney, o relatório sobre a execução orçamentária do Executivo contraria o que a base governista insiste em afirmar a respeito da suposta diminuição das transferências federais. Ao contrário, constatou­se um aumento geral da ordem de 3,11%, com destaque para o Fundo de Participação dos Estados (FPE), que teve um crescimento de 6,53%.

Segundo o parlamentar, pelos números apresentados pelo Governo, a meta para transferências correntes, estimada em R$ 5,57 bilhões para este ano, já foi superada, chegando a R$ 5,96 bilhões. “Com base nisso, conclui­se que a crise econômica está acontecendo no Brasil, mas não no Maranhão. No Governo do Maranhão as finanças estão equilibradas e as receitas estão aumentando”, ressaltou Adriano Sarney.

Limites ­- No que diz respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), destacou o deputado, os números do Executivo contrariam a defesa governista de que o Maranhão é um estado endividado e que foi entregue assim pela gestão anterior.

“Existe uma margem de endividamento, definida por resolução do Senado Federal, a qual diz que um estado pode se endividar até 200% da sua receita corrente líquida. E quanto está o endividamento do estado? Está em apenas 46%. Então, diante dessa situação, verificamos que a situação do Maranhão está “no azul” (em ordem)”, frisou Adriano Sarney.

A respeito dos gastos com pessoal, ressaltou o deputado, a LRF prevê como limite o comprometimento de até 49% das receitas, com margem de alerta na faixa de 44%, mas o Maranhão está na faixa de 42%.

“No ano passado a fatia dos gastos com pessoal era 39,57%. Neste ano, houve aumento, mas não é alarmante, porque ainda estar­se­á a dois pontos percentuais do limite de alerta. Esse custo está aumentando com o passar dos anos. No governo atual isso aumentou muito e precisamos estar conscientes disso, porque o Governo pode ter problemas de aprovação de suas contas no Tribunal de Contas do Estado (TCE)”, ponderou o deputado.

edilazioEmendas – O pagamento de emendas parlamentares e convênios atrasados com as prefeituras foi cobrado por deputados, nesta quarta­feira (11), no plenário da Assembleia Legislativa, após apresentação dos dados do orçamento estadual feita pela Secretaria de Planejamento (Seplan) para a Comissão de Orçamento da Assembleia.

Além do deputado Adriano Sarney (PV), os deputados Edilázio Júnior (PV) e Josimar de Maranhãozinho(PR), cobraram do governo o pagamento das emendas parlamentares, após audiência na Sala das Comissões da Assembleia, e que, segundo Edilázio, chegam a R$ 80 milhões.

“O governo tem em caixa R$ 1,6 bilhão. Então eu pergunto: com R$ 1,663 bilhão, por que o governo não paga as emendas dos parlamenteares? Por que o Governo não paga os convênios com as prefeituras? Os R$ 1,6 bilhão não são números inventados por mim. São números apresentados hoje pela Seplan”, indagou Adriano Sarney.

“Não existe nada de sombrio com relação às contas do Estado, que até aumentou a arrecadação, melhorou o Fundo de Participação Estadual. Então, onde estão as emendas de parlamentares que não estão sendo pagas? São quase R$ 80 milhões dos ex­deputados que não foram candidatos ou que não foram reeleitos, que foi publicado na Lei Orçamentária, aprovada por esta Casa”, discursou Edilázio Júnior.

Josimar de Maranhãozinho (PR) reforçou a cobrança de Edilázio Júnior: “Sobre a reunião que tivemos na Comissão de Orçamento e fiquei muito feliz em saber que, apesar de toda crise econômica que o país vive, o FPE do Maranhão tem um crescimento de 6,53%. Feliz por isso e um pouco decepcionado, pois nas visitas que fiz ao Executivo, todos os secretários falam com convicção que o Governo não tem dinheiro para empenhar e pagar as nossas emendas, que vão beneficiar os municípios. Não tem dinheiro para pagar os convênios que os prefeitos executaram e hoje são vítimas de cobrança das empresas por as obras estarem finalizadas e o recurso do Estado não ter sido repassado”, declarou o deputado do PR.

Quem pode, pode. Quem não pode…

por Jorge Aragão

Márcio-Jerry-e-Flávio-DinoDe O Estado – O governador Flávio Dino (PCdoB) pretende dobrar o orçamento do seu braço direito no Governo do Estado, treat o secretário de Estado de Assuntos Políticos e Federativos, Márcio Jerry (PCdoB), no exercício financeiro de 2016.

Dados do projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) 2016, a que O Estado teve acesso na semana passada, apontam que a proposta é garantir à Seap, de Jerry, receitas da ordem de R$ 6,7 milhões no ano que vem. O número é um pouco mais de duas vezes maior que o de 2015: de R$ 2,9 milhões.

Homem de confiança do chefe do Executivo, Jerry assumiu a Secretaria de Assuntos Políticos em 2015 com orçamento já aprovado pela Assembleia Legislativa, no ano passado.

As receitas, no entanto, eram modestas. Segundo o que fora votado pelos deputados estaduais, o comunista administraria uma pasta modesta, com orçamento anual de R$ 2.963.204,00. Mas já neste ano Flávio Dino encontrou uma forma de garantir ao aliado melhores condições de trabalho na sua administração.

Em abril, o comunista autorizou à Seap crédito suplementar de R$ 2 milhões? três meses depois, em julho, mais R$ 1,2 milhão, o que acabou elevando o orçamento da pasta, já em 2015, a mais de R$ 6 milhões, praticamente o mesmo valor que será destinado a pasta em 2016, se a Assembleia aprovar o orçamento.

Pessoal – Sem projetos definidos a desenvolver, a Seap usa o orçamento de que dispõe basicamente para pagamento de pessoal.

No início do ano, assim como o orçamento, a estrutura funcional da pasta era modesta. Mas houve um inchaço, a partir do remanejamento de cargos da Casa Civil para a secretaria comandada por Márcio Jerry.

De acordo com o decreto nº 30.644, do mesmo dia 11, a pasta ganhou nada menos que 131 novos cargos, todos oriundos da Casa Civil.

Casa Civil – Enquanto promove o inchaço da Secretaria de Estado de Assuntos Políticos e Federativos (Seap), o governador Flávio Dino (PCdoB) reforça a tese de que pretende deixar cada vez menor a Casa Civil.

De acordo com o projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) enviado à Assembleia Legislativa há duas semanas, a pasta comandada pelo ex­deputado Marcelo Tavares (PSB) terá R$ 19 milhões a menos em receitas para o exercício financeiro de 2016, na comparação com o ano de 2015.

A proposta orçamentária para o ano que vem é de R$ 33,8 milhões, contra R$ 53,5 aprovados para este ano.

Ouvido por O Estado sobre o tema, em entrevista recente, Tavares negou esvaziamento no governo. “Não há crise, não há esvaziamento, nem enfraquecimento. É tudo combinado”, garantiu.

O problema não é dinheiro no Governo Flávio Dino…

por Jorge Aragão

Secretário-Marcelo-TavaresDe O Estado – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberou no final do mês de maio recursos da ordem de R$ 180 milhões ao Governo do Maranhão. A verba faz parte do total de R$ 3, search 8 bilhões tomados de empréstimo ainda na gestão passada e dos quais R$ 1 bilhão está disponível para investimentos ainda em 2015.

O comunicado sobre a liberação do valor, decease assinado por Carlos Delgado, gerente da conta da qual foi feito o empréstimo, foi encaminhado à Assembleia Legislativa no dia 20 de maio, mas apenas ontem publicado no Diário da Casa.

Em contato com O Estado, o secretário­chefe da Casa Civil do governo, Marcelo Tavares (PSB), explicou que o dinheiro deve ser aplicado em obras de estradas, hospitais e escolas. Ele não detalhou nenhuma delas.

“O dinheiro será usado para pagar as obras aprovadas pelo banco: estradas, hospitais, escolas. Regularizamos a situação do Estado perante o banco”, declarou.

Problemas – Apesar de ter cada vez mais dinheiro em caixa, o Governo do Estado segue com vários problemas para investir os recursos.

No início do ano, O Estado revelou, com base no relatório resumido da execução orçamentária do Estado, produzido pela Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento (Seplan) e publicado no Diário Oficial do Estado do dia 30 de março, que, embora tenha conseguido aumentar as receitas, o Governo Flávio Dino (PCdoB) já não estava conseguindo investir adequadamente os recursos.

Nos dois primeiros meses de 2015, de acordo com o documento, o Governo do Estado arrecadou R$ 2.271.231.841,50, mas executou efetivamente, em obras e serviços públicos, apenas R$ 1.489.384.371,50.

Nos dois meses seguintes, a tendência se manteve: o volume de investimentos do Governo do Maranhão, de janeiro a abril deste ano, foi 77% menor na comparação com o mesmo período de 2014. Em valores reais, a redução foi de R$ 62,3 milhões.

Em nota, a Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento (Seplan) alegou que a dificuldade decorre de glosas feitas pelo BNDES.

“Ao assumir a gestão em 2015, a atual gestão (sic) recebeu o total de R$ 243.287.969,78 em glosas (pagamentos não aceitos) feitas pelo BNDES”, disse.

Segundo semestre – Na mesma nota em que tentou culpar a gestão passada pelos problemas de investimento do governo Flávio Dino (PCdoB), a Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento (Seplan) admitiu, na semana passada, que só conseguirá começar a investir no segundo semestre os recursos provenientes do empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“O redesenho do programa vai garantir, já a partir do segundo semestre, o investimento do quase R$ 1 bilhão ainda disponível para novas obras, bem como dar celeridade às obras que já haviam sido contratadas”, diz o comunicado.

Ainda de acordo com a Seplan, o governo ainda trabalha para conseguir aprovar, até o mês que vem, outros R$ 840 milhões, que estão à disposição, mas não podem ser utilizados para pagamento de obras enquanto o banco não autorizar.

“O Governo Flávio Dino também trabalha para aprovar, ainda neste mês de junho, os demais R$ 840 milhões de obras que foram contratadas com recursos do BNDES, mas sem autorização do banco, o que impede o pagamento desses contratos até a sua regularização”, completa a nota.