Se eu fosse Temer

por Jorge Aragão

Por Joaquim Haickel

Desde que ouvi as gravações feitas por Joesley Batista, um dos empresários mais poderosos de nosso país, que no Palácio do Jaburú conversava com o presidente Michel Temer sobre diversos assuntos, venho ruminando um entendimento melhor sobre toda essa situação. É isso que vou comentar com você hoje.

Temer é 19 anos mais velho que eu, mas começamos na política na mesma época. Ele foi nomeado procurador­geral do Estado de São Paulo em 1983 e eu tomei posse como deputado estadual pelo Maranhão naquele ano. Fomos deputados federais constituintes juntos em 1987 e depois disso cada um tomou seu rumo. Como curiosidade, posso dizer que Temer foi meu relator assistente quando da apreciação da emenda de Amaral Neto sobre a pena de morte.

Eu voltei para o Maranhão e Temer continuou em Brasília. Sua carreira deslanchou e o levou à presidência do PMDB, à vice­presidência da República e depois à presidência. Quanto a mim, trouxe minha vidinha até aqui.

Depois de todas essas idas e vindas encontrei­me com Michel umas três ou quatro vezes, ele sempre muito amável e gentil.

Ele nunca foi e pela sua forma de ser, nunca seria um homem duro, de posições mais rudes, sem tanta prosódia, adjetivação, mesóclises, sem tanto refinamento. Ele é o que se pode chamar de cidadão cordial. Essa não é uma característica apropriada para ser a mais marcante em um político na situação em que ele se encontra. O temperamento do qual precisávamos neste momento é um que oscilasse entre três pontos, do violento Antonio Carlos Magalhães, passando pelo enérgico Itamar Franco até chegar ao aparentemente pacato, mas obstinado Tancredo Neves.

Porém, Temer não é nada disso e ainda tem o péssimo hábito de se cercar de amigos ursos, de pessoas da pior qualidade. Aquele velho ditado que ouvi muitas vezes de meus pais, “me diga com quem andas que eu digo quem tu és”, poderia servir muito bem para ele, mas serve também para muita gente, boa e ruim.

Voltando ao problema em questão, como disse no início deste texto, desde que ouvi as gravações feitas por Joesley Batista, venho ruminando um entendimento melhor sobre toda essa situação e acredito ter chegado a uma conclusão. Temer deveria fazer uma análise dura, profunda e isenta, assistir alguns filmes sobre momentos de ruptura pelo qual passaram as sociedades, algo como “Danton”… E aí olhar para sua mulher, seu filho e suas filhas, e renunciar.

Na renúncia ele pode, veja bem, eu disse pode, ter uma saída menos desonrosa e mais altruísta.

O que ouvi nas gravações não é suficiente para condená­lo a nada, mas é muito mais que suficiente para destruir o pouco de apoio que ele ainda contava, tanto na sociedade quanto no próprio Congresso Nacional.

Acredito que o que pode realmente vir a incriminar Temer é a conversa envolvendo a propina entregue a Rodrigo Loures. Isso ficando provado, Temer estará definitivamente acabado! E pode ainda ter outras denuncias!

Apenas o fato dele ter ouvido um bandido como o Joesley Batista dizer o que disse, já configura falta de decoro e moral para exercer o cargo de presidente da República.

Fico imaginando o que passa pela cabeça de Michel e chego a ter pena dele. Imagino que ele não conseguiu acordar hoje com a mesma disposição que eu, não pôde beijar sua mulher com a alma leve como eu fiz com a minha, não se sentou à mesa para tomar café e assistir ao “Bom Dia Brasil” com o mesmo ânimo que eu. Ao pensar nisso tive pena dele. Muitos irão dizer que pena não seria o sentimento que eu deveria ter, mas conhecendo­o como penso conhecer, sei que ele gostaria de ser lembrado como o homem que tirou o Brasil de sua pior crise econômica. Ver isso se esvair deve ser desesperador para ele.

Temer cometeu erros e deve neste momento tomar uma decisão que, se não pode salvar nem ele nem o país, pode impedir que ele e o Brasil sejam completamente destruídos.

No lugar dele eu renunciaria, mas providenciaria para que essa transição fosse feita em paz e irrestritamente sob a luz da Constituição Federal.

Joaquim Haickel – Membro das Academias Maranhense e Imperatrizense de Letras e do IHGM

Farinha do mesmo saco

por Jorge Aragão

Por Joaquim Haickel

O que tem se visto e ouvido desde a divulgação da lista de pessoas arroladas pelo ministro Edson Fachin, do STF, são coisas dignas de constar de um daqueles best sellers de intriga política de Gore Vidal. (Poxa, acho que subi muito o nível desses caras! Gore Vidal!)

Em que pese esse mundo de denúncias que estamos assistindo, ainda assim, todos os acusados alegam inocência! Ainda não apareceu nenhum corajoso para reconhecer que tenha realmente recebido recursos financeiros não contabilizados, “para fins eleitorais”!

Os denunciados adotaram uma cantilena bem parecida, cuja letra conta a história de terem recebido doações oficiais declaradas à justiça eleitoral, submetidas a prestações de contas e aprovadas por ela.

Mas o certo mesmo é que nosso sistema político está falido e isso todos nós já sabemos faz muito tempo! Como parte dele, nosso sistema eleitoral é uma aberração que nunca foi consertada porque os detentores do poder nunca tiveram interesse nisso.

O eleitor brasileiro, ou é viciado em um partidarismo aparelhador que o transforma em engrenagem das maquinas de esquerda, ou é viciado nas benesses monetárias de direitistas que compram votos. No final, grande parte do eleitorado brasileiro, de um lado ou de outro, vende voto.

A falta de coragem e de vontade política dos últimos governos, de enfrentar os graves problemas do país, nos trouxe até onde estamos. Na beira do abismo!

O PT nunca quis fazer as reformas que todos sempre souberam ser indispensáveis: Da previdência, a trabalhista, a tributária e fiscal, a política e eleitoral. Nunca pensaram em reformar o nosso sistema educacional, de saúde ou de segurança. Eles só queriam o poder e para permanecerem donos dele lançaram mão das mais abjetas ações de corrupção.

Em quase todo lugar do mundo existem eleições. Em todos eles os sistemas apresentam problemas. Na maior democracia do planeta ocorreram problemas nas três últimas eleições. Lá acabaram de eleger um presidente que teve menos votos nominais que sua concorrente, porém isso consta da regra, não importando que ele (Trump) seja um grande imbecil! A democracia tem dessas coisas. A soberana escolha popular pode levar a vida desse soberano povo ao caos. Foi o que aconteceu com o Brasil pelo menos nas últimas três eleições.

Acredito que a primeira eleição de Lula foi legítima e até necessária. Votei nele! Naquele mandato penso que ele pôde fazer boas coisas, até porque o que ele mais fez foi colocar cores e nuances petistas nas ações peessedebistas que FHC já realizava.

Na reeleição, Lula não conseguiu mais manter o mesmo tom. As coisas se partidarizaram radicalmente. O PT e seus asseclas passaram a ser mais importantes que o Brasil. Apesar disso Lula era o cara! Votei sem muita fé!

Ao escolher Dilma para substituí-lo, Lula apostou no quanto pior melhor, pois essa seria a maneira perfeita de voltar quatro anos depois do já anunciado desastre, nos braços do povo, como salvador da pátria. Ele só não contava que o “desastre” se apegasse tanto ao poder que o descartasse.

O primeiro mandato de Dilma foi a confirmação do erro de sua escolha e a comprovação das políticas equivocadas, da partidarização e do aparelhamento do estado. Votei nela, torcendo para eu estar errado. A reeleição de Dilma foi a gota d’água. O Brasil se tornou um país totalmente aparelhado e loteado. Votei contra ela.

A corrupção irrigando os apoios ao governo que não tinham como acontecer de forma legítima e a sensação de impunidade e de invulnerabilidade dos poderosos levou à aparição de um personagem do qual espero que eu não seja obrigado, a no futuro, a falar mal dele. O Moro! Que só será lembrado como um personagem do bem se conseguir manter-se minimamente imparcial e jamais cair em tentação, não se deixando seduzir pela política eleitoral e partidária.

O Brasil tem que ser passado a limpo e essas mudanças precisam ser profundas e definitivas. O problema é que parece não ter sobrado ninguém para implementar tais mudanças!

Ocorre que depois da lista do Fachin, parece que não sobrou ninguém vivo no cenário político nacional. Quem não levou um tiro na cabeça ou no coração, apanhou uma surra de pau roxo ou no mínimo foi jogado dentro da fossa séptica mais fétida que possa existir.

O certo é que o mais limpo dessa lista está definitivamente e para todo sempre, sujo, e não adianta dizer que não pediu, não recebeu e que não deu em contrapartida nenhum benefício ao seu doador de campanha, seja ele oficial ou via caixa 2.

A corrupção no Brasil é estrutural e epidêmica, se espalha e contagia quase a totalidade das pessoas envolvidas no sistema político. Não terá o nome incluso em listas como esta apenas quem não tenha nada importante para oferecer de vantagem.

Há uma coisa que deve ser observada atentamente! Em momentos de fragilidade como esse pelo qual passamos é que aparecem os maiores aventureiros. Lembram-se de Collor!?

Uma análise das eleições de 2018

por Jorge Aragão

Por Joaquim Haickel

Tenho recebido de alguns amigos, insistentes pedidos no sentido de que eu faça uma análise sobre os possíveis cenários políticos e eleitorais para 2018. Acho que ainda é muito cedo para isso!

Não sei se esses meus amigos querem é que alguma coisa que eu venha a escrever sirva de motivo para movimentar as rodas de conversas sobre esse assunto, possibilitando darem ao meu texto tons mais adocicados, cítricos ou apimentados, dependendo da coloração dos tais círculos. Mas vamos lá!

Ao cargo de governador existem apenas três candidatos com reais chances de competir. Do lado da situação, Flávio Dino deve concorrer à reeleição, mas vai ter sérios problemas nesse intuito. Do lado da oposição existem dois nomes que podem encarar essa disputa, sendo que a candidatura de um fere de morte a candidatura do outro.

Caso Roseana venha a concorrer ao governo, inviabilizaria a aspiração de Roberto Rocha em disputar o cargo, pois não cabe em nosso tabuleiro de xadrez político mais de dois contendores com reais chances de vitória.

Ninguém desconhece que Roseana é a pessoa mais carismática da política do nosso estado, incluindo o atual governador Flávio Dino, e o ex­presidente José Sarney. Ocorre que só carisma não vence eleição. São necessárias algumas outras coisas! Resta saber se ela terá essas coisas a seu favor.

Ninguém também desconhece que o fato de Roberto Rocha, em 2018, estará no meio de seu mandato de senador, e fará com que ele entre na disputa pelo governo sem muita preocupação com uma possível derrota. Alguém que não tem medo de perder tem uma espetacular vantagem na corrida para a vitória. No entanto, como no caso de Roseana, Roberto tem que agregar alguns fatores que ele também ainda não possui.

Fontes confiáveis comentam que Roseana vendeu sua casa em Brasília, o que nos faz crer que ela não pretenda voltar a residir no Distrito Federal, logo não deve estar em seus planos ser senadora! Pessoas ligadas a ela garantem que ela será candidata a governadora ou quem sabe a deputada estadual, uma vez que não deseja mais sair de perto de sua filha e de seus netos que moram em São Luís.

Esse é o primeiro nó que precisa ser desatado, pois ele interfere diretamente nas escolhas dos candidatos ao Senado.

Pelo grupo entrincheirado no Palácio dos Leões, Weverton Rocha e José Reinaldo Tavares são os dois únicos políticos com reais condições de colocarem seus nomes à disputa do cargo de senador. Outras pessoas que ensaiam candidaturas ao Senado do lado do governo não têm a menor chance de se viabilizarem.

Em minha modesta opinião, que como sempre contraria a de algumas pessoas, acredito que os dois principais grupos da política maranhense só elegerão um senador cada, em 2018.

Do lado da oposição a coisa é mais complicada, pois depende de uma série de “arrumações”.

Se Roseana for candidata a governadora, inviabilizará a candidatura de seu irmão, Sarney Filho, ao Senado. Como já comentei anteriormente, há a possibilidade de Roseana não disputar o governo, mas sim uma das 42 cadeiras do nosso parlamento estadual, o que nesse caso abriria a possibilidade da candidatura de seu irmão.

Além de Sarney Filho, nomes como os de Lobão Filho e o de Gastão Vieira estão colocados para também disputar o Senado, ocorre que essa conta tem que ser feita com muita cautela, pois como já disse cada grupo só deverá eleger um senador em 2018.

Tudo está muito nebuloso! Ainda não é possível se afirmar sem sombra de dúvida quem será candidato a que cargo. Mas uma coisa é certa, apenas os nomes citados aqui neste texto têm reais chances de disputar as vagas de governador e senador pelo Maranhão em 2018, os demais estarão simplesmente cumprindo tabela.

PS: Para falar sobre eleição de presidente em 2018 precisaria de uma bola de cristal! Sobre deputados federais e estaduais vai depender da reforma eleitoral.

A crise institucional entre os Poderes no Brasil

por Jorge Aragão

‘Isso é pq ñ iria escrever hj!…’

Por Joaquim Haickel*

 

joaquimnova2Não era minha intenção escrever, nem publicar nada, aqui, esta semana. É que estou bastante ocupado! Com muitos afazeres e compromissos! Mas os últimos acontecimentos da política nacional exigem que eu os comente com meus amigos e leitores, alguns inclusive, já me ligaram cobrando que fizesse isso!… Pois bem! Vamos lá! Tentarei ser didático, sucinto e leve.

O partido Rede Sustentabilidade, cujo líder no Senado é aquele senador que tem voz de boneco de desenho animado, o pernambucano do Amapá, Randolfe Rodrigues, pediu no Supremo Tribunal Federal o afastamento do presidente da nossa Câmara alta, Renan Calheiros, pelo fato dele ter sido declarado réu em um processo que transcorre naquela corte judicial.

O pedido de liminar caiu no colo do polêmico ministro carioca Marco Aurélio Mello. Este não procedeu da mesma forma que seu colega ítalo-polaco-catarinense, Teori Zavascki, um homem equilibrado, que já havia despachado processo parecido anteriormente. Ao invés de simplesmente despachar a liminar, Teori preferiu submeter sua decisão monocrática ao plenário da suprema corte, coisa que Marco Aurélio também deveria ter feito, até porque o perigo da demora, exigido numa ação liminar, não estava configurado!

Os imbróglios quase sempre começam por um motivo similar à arrogância, à prepotência, à intolerância, à ganância… Engraçado que todas as palavras aqui citadas tenham o mesmo sinal diacrítico, o acento circunflexo. É como se se colocasse um “chapeuzinho” que distinguisse algumas das palavras mais abjetas da língua portuguesa!

O problema começou aí, quando um ministro do STF, em ação singular, achou-se capacitado a tomar uma decisão liminar sem a devida caraterização da urgência que o dispositivo legal exige. Ministro esse que, vaidoso, não buscou o consenso de seus pares para uma decisão que poderia abalar o mundo político e interferir em um outro poder da República.

Não bastasse a asneira do ministro Marco Aurélio, agora a bola estava nos pés do presidente do Senado, Renan, que em matéria daquelas palavrinhas com circunflexo, não perde pra ninguém! Enfiou o pé na pelota!

Tão arrogante e prepotente quanto o juiz que havia precipitadamente mandado lhe destituir do cargo de presidente do Senado, que o fazia eventual substituto do presidente da República, Renan não recebeu a intimação! Em seguida, a Mesa Diretora do Senado desconheceu oficialmente os efeitos da liminar, o que de certa forma desmoralizou, em diferentes proporções, o ministro e o próprio STF.

Um juiz quando aprecia um processo, quando julga uma causa, não pode jamais estar imbuído de qualquer motivação ideológica ou partidária, muito menos pode deixar de ter, sempre, em perspectiva, o contexto e as consequências de sua apreciação, de seu julgamento. A lei e a justiça são os maiores bens do Judiciário, mas eles não podem ser tão maiores que a ponderação, o bom senso e a estabilidade democrática da república.

Foi aí que surgiu um sábio ministro paulista, o decano Celso de Mello, que de maneira salomônica e montesquiana apresentou um entendimento, que foi seguido pela maioria do plenário do STF, estabelecendo que em situações como aquela, o impetrado, no caso Renan, perderia o direito a substituição eventual do presidente da república, mas não deixaria a presidência da casa que representa. Resultado: gol de placa! A tese levantada por Celso venceu a de Marco por um placar de 6 a 3.

O saldo disso!?… O Supremo saiu chamuscado graças ao “excesso de voluntarismo” de um ministro que não tem medo de ser polêmico e assume abertamente esse risco. Renan sai aparentemente vitorioso, mas fica cada vez mais antipatizado pela população. O povo brasileiro, apesar de ser facilmente manipulado pela imprensa, a boa e a não tão boa, fica com a certeza de que as nossas instituições são realmente fortes e tenazes.

Imaginando que fossemos uma embarcação, vemos que nossos marujos, contramestres, comandantes e até nossos almirantes, insistam em singrar mares nunca dantes navegados e submeter-nos a duros testes de flutuabilidade em meio a violentos maremotos.

Penso que não cabe aqui tecer comentários mais aprofundados sobre as duras críticas feitas pelo ministro Gilmar Mendes ao ministro Marco Aurélio, até porque o mato-grossense age da mesma forma personalista que seu desafeto.

PS: O título desse texto é uma singela homenagem à linguagem das redes sociais que a cada dia invadem mais as nossas vidas.

*Membro das Academias Maranhense e Imperatrizense de Letras e do IHGM

Mais quatro pesquisas no “forno”. Será que Haickel vai acertar de novo?

por Jorge Aragão

pesquisas

Até o momento já existem mais quatro pesquisas registradas para serem divulgadas nos próximos dias sobre a disputa eleitoral na capital maranhense, advice neste 2º Turno.

Depois que cinco institutos de pesquisa diferentes, there na semana que está terminando, apontaram números bem distintos, os levantamentos passaram a ficar ainda mais desacreditados e as pesquisas eleitorais em São Luís ficaram banalizadas e sendo levadas na brincadeira, infelizmente. Pior é que tudo isso diante do “olhar atento” da Justiça Eleitoral.

Na semana passada, o ex-deputado Joaquim Haickel acertou antecipadamente o resultado de todas as quatro pesquisas que estavam para ser divulgadas. Haickel disse quais os levantamentos que apontariam vitória de Edivaldo Júnior e quais os levantamentos que apontariam vitória de Eduardo Braide.

Para os próximos dias devem ser divulgadas quatro pesquisas. Na próxima quinta-feira (20), devem ser divulgadas as pesquisas Econométrica, contratada pelo Jornal Pequeno, e a Prever, contratada pela R e J Comunicações. Na sexta-feira (21), os dois levantamentos que devem ser divulgados serão: Data M, contratado pela TV Difusora, e Exata, contratada pela TV Guará.

O Blog ainda teve a informação que nas próximas horas a Escutec, contratada pelo jornal O Estado do Maranhão, deve registrar levantamento e divulgar pesquisa para o próximo sábado (22).

Como, infelizmente, virou piada mesmo, a principal pergunta que fica agora é: será que Joaquim Haickel vai acertar novamente???

É aguardar e conferir.

Pesquisa Prever confirma 100% de acerto de Joaquim Haickel

por Jorge Aragão

Seria cômico, medicine se não fosse trágico. As pesquisas eleitorais no 2º Turno estão sendo tratadas como piadas, cure principalmente depois que cinco institutos apresentaram resultados bem distintos uns dos outros com relação a disputa pela Prefeitura de São Luís.

A última pesquisa a ser divulgada foi no fim da tarde deste sábado (15). O levantamento feito pela Prever, contratado pela TV Guará, assim como foi previsto pelo ex-deputado Joaquim Haickel, apontou vantagem mínima do candidato Eduardo Braide (PMN).

Segundo a pesquisa, Braide teria 46,4% das intenções de voto, contra 44,6% do candidato a reeleição Edivaldo Júnior (PDT). Os votos brancos e nulos marcaram 3,6% e não sabem ou não responderam 5,4%.

A pesquisa encomendada pela TV Guará ao instituto Prever ouviu entre os dias 10 e 14 de outubro 1.100 eleitores de São Luís e foi devidamente registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão sob o número MA-01338/2016. A margem de erro é de 2,95 pontos percentuais para mais ou para menos e o grau de confiabilidade é de 95%.

Entretanto, depois da “brincadeira” que se transformou a divulgação de pesquisas em São Luís, o que mais chamou a atenção nem foram os números dos levantamentos, mas sim as duas postagens de Joaquim Haickel sobre o assunto. O ex-deputado foi preciso e refletiu o que, infelizmente, parece ser o senso comum.

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Detalhe, Joaquim Haickel acertou o resultado de todas as pesquisas.

E tudo isso sob o “olhar atento” da Justiça Eleitoral.

Data M aponta vantagem de Edivaldo e Haickel acerta novamente

por Jorge Aragão

Definitivamente o 2º Turno da disputa eleitoral em São Luís, illness no aspecto pesquisa de intenções de votos, mind tende a ser mesmo o “samba do crioulo doido”.

O Instituto Data M divulgou neste sábado (15), a primeira pesquisa de intenção de votos para prefeito de São Luís entre o candidato do PDT à reeleição, Edivaldo Holanda Junior, e o candidato do PMN, Eduardo Braide. No levantamento, o candidato pedetista, que liderou durante todo o primeiro turno, continua na frente com 11 pontos de vantagem sobre seu adversário.

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Na pesquisa estimulada, onde são apresentados os nomes dos candidatos ao eleitor, Edivaldo está com 53,7% de intenções de voto e Eduardo Braide com 42,7%. Além disso, 2,0% disseram que não votariam em nenhum dos candidatos e 1,6% não sabem ou não responderam.

Considerando apenas os votos válidos – direcionados a um candidato e que não incluem os brancos e nulos – Edivaldo aparece com 55,7% das intenções de voto e Eduardo Braide com 44,3%.

O levantamento foi encomendado pela TV Difusora e Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Estado do Maranhão/ Sinduscon, e registrado na Justiça Eleitoral, no dia 9 de outubro, sob o protocolo MA­02401/2016. O Instituto Data M entrevistou 800 pessoas, entre os dias 10 e 12 de outubro, em vários bairros da capital. A margem de erro da pesquisa é de 3,1% para mais ou para menos, sendo 95% de confiabilidade.

Haickel – O ex-deputado Joaquim Haickel segue com 100% de acerto nas pesquisas eleitorais. Ao se manifestar nas redes sociais sobre o assunto, Haickel antecipou o resultado de todas as pesquisas. Até o momento acertou Econométrica, IBOPE e Data M.

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Só falta agora a pesquisa da Prever para Joaquim Haickel manter os 100%. Definitivamente virou piada a divulgação de pesquisas eleitorais em São Luís e tudo isso nas “barbas” da Justiça Eleitoral que finge não enxergar o que está acontecendo.

Pesquisa Econométrica: satisfação aos leitores

por Jorge Aragão

pesquisa-eleitoralDesde o início da campanha eleitoral, medical o Blog do Jorge Aragão divulgou todas as pesquisas registradas dentro da legislação na disputa eleitoral de São Luís. Entretanto, pills no 1º Turno todos os institutos de pesquisa erraram feio e a disputa é para saber quem errou menos.

Neste 2º Turno, generic as duas pesquisas já realizadas foram parar na Justiça Eleitoral. O primeiro levantamento que ficou sob suspeição foi o da Escutec, a coligação do candidato Edivaldo Júnior pediu a suspensão da divulgação por ter tido acesso aos gráficos e números do levantamento um dia antes da publicação. A decisão, no entanto, proibiu apenas o candidato opositor, Eduardo Braide, de se utilizar dos números da pesquisa no horário eleitoral.

Já a pesquisa Econométrica, contratada pelo Blog do John Cutrim, também foi parar na Justiça Eleitoral. A coligação do candidato Eduardo Braide ingressou com uma ação alegando que também houve vazamento, mas ao contrário do que aconteceu com a pesquisa Escutec, o vazamento teria sido especulado em uma conversa de WhatsApp.

Mesmo assim, de maneira equivocada (na opinião do Blog), o juiz Adinaldo Ataídes Cavalcante, titular da 90ª Zona Eleitoral, deferiu o pedido e proibiu a divulgação da pesquisa que seria oficialmente divulgada nesta sexta-feira (14).

Entretanto, pelo texto da decisão não está claro se a divulgação do resultado do levantamento pelos meios de comunicação em geral está permitida ou também é proibida, pois ficou uma interpretação dúbia. Além disso, o suposto vazamento, de uma conversa WhatsApp, apresentou números diferentes do que foram efetivamente divulgados.

Por não ter sido uma decisão clara e para não correr o risco de desrespeitar uma decisão da Justiça Eleitoral, o Blog do Jorge Aragão não irá divulgar os números da pesquisa, mas não condena quem o faça, como o contratante Blog do John Cutrim, uma vez que, reitero, a decisão é dúbia e gera margem para discussão.

O Blog entende ainda que o Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão deveria se posicionar sobre as pesquisas eleitorais em São Luís. Depois dos erros do 1º Turno, dos supostos vazamentos no 2º Turno e números distintos entre as duas pesquisas “divulgadas” nesse momento da eleição, talvez seja hora de uma ação mais enérgica da Justiça Eleitoral.

Além disso, o ex-deputado Joaquim Haickel escreveu ontem nas redes sociais algo que, infelizmente, parece ser senso comum em São Luís. Veja abaixo.

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Até agora ele não errou, pois os resultados previstos por Joaquim estão acontecendo. Lembrando que ainda deveremos ter a divulgação das pesquisas IBOPE (hoje) e Data M e Prever (amanhã).

É aguardar e conferir.

Joaquim Haickel e as pesquisas eleitorais

por Jorge Aragão

O ex-deputado Joaquim Haickel utilizou as redes sociais para fazer algumas postagens polêmicas sobre as pesquisas eleitorais na capital maranhense para o 2º Turno. Clique aqui para ver as próximas pesquisas que serão divulgadas nas próximas horas.

Joaquim Haickel já inclusive antecipou o resultado das quatro próximas pesquisas eleitorais que irão ser divulgadas nos próximos dias. Veja abaixo.

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Joaquim Haickel também deixou claro que, drug na sua opinião, para saber o resultado das pesquisas basta saber quem contratou os institutos para fazer os levantamentos. Veja abaixo.

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Então tá!

Dilma Rousseff daria um best seller

por Jorge Aragão

dilmaindiasemanapassadaPor Joaquim Haickel

O prelúdio: Lula encarna o personagem que consagra a vitória do retirante, health do operário, doctor do menos favorecido e se elege presidente da República depois de perder uma vez para Fernando Collor e duas vezes para Fernando Henrique Cardoso.

A apoteose: ele se reelege presidente e faz em oito anos de mandato, mudanças importantes na política social brasileira, estabelecendo programas inclusivos e distribuindo benefícios aos menos favorecidos.

A decadência: quando de sua sucessão ele imaginava eleger Zé Dirceu, mas este estava envolvido, no até então, maior escândalo de corrupção do país, o Mensalão. Palocci poderia também ser uma opção, mas assim como alguns outros, estava envolvido naquele escândalo, que acabou levando diversos petistas aos tribunais e à cadeia.

Lula estava sem opção e espertamente imaginou que pudesse enganar, não só seu partido, mas todos os políticos e ainda mais, todo o povo brasileiro. Ele indicou aquela que imaginava seria uma marionete, que pudesse controlar os cordames e fazê-la ocupar o poder por quatro anos até que ele voltasse carregado nos braços do povo.

Lula era tão forte eleitoralmente que seu vice não precisava ter votos, fossem pessoais, de seu partido ou grupo que o apoiasse. José Alencar era um empresário respeitável, mas não tinha nenhum peso político nem votos.

Já no caso da candidatura de Dilma, que não tinha peso político, nem votos pessoais, pois nunca havia se elegido a nada, nunca havia passado pela prova das urnas, carecia de um vice que agregasse forças políticas e eleitorais que garantissem sua vitória. E isso foi feito.

O PMDB que já dera apoio incondicional a Lula durante seus dois mandatos, foi o partido apontado para formar chapa com o PT, e seu presidente, Michel Temer, o escolhido para vice de Dilma.

O caos: em seu primeiro governo, Dilma demonstrou que não estava preparada para tamanha tarefa e tratou de deixar claro para seu padrinho e transferidor de votos, o Lula, que ela não seria uma marionete. Que as bobagens que ela fizesse seriam obras de sua própria falta de capacidade administrativa e política. Por não conhecer apropriadamente a história e a psique das pessoas, Lula demorou a perceber isso.

Daí até o impeachment foi apenas uma questão de tempo.

Por não saber que o Brasil não poderia continuar a funcionar no mesmo ritmo impresso nos dois governos de Lula, Dilma deu com os burros da gestão econômica, financeira e fiscal do país, em águas profundas.

Por não ouvir os reiterados alertas que lhes foram insistentemente dados, ela cada vez mais aprofundava a crise que passou a ser também de confiança internacional em investimentos no Brasil.

Dilma e seus apoiadores, basicamente o PT, o PCdoB, o PDT e alguns políticos de legendas diversas, alguns até do PMDB, se especializaram em dar desculpas esfarrapadas e jamais reconheceram os profundos erros cometidos. Lula teve que aderir a essa estratégia, pois não podia fazer mais nada, até porque era ele quem agora estava envolvido no maior escândalo de corrupção do Brasil, o Petrolão/Lava-Jato.

O começo do fim: juristas descobriram que alguns atos atabalhoados do governo poderiam ser considerados crimes de responsabilidade e processaram a presidente, que desde o começo exigiu ser chamada de “presidenta”, como se isso fosse valorizar mais o gênero feminino. Mais um de seus enganos, este bem pequeno.

Não custa lembrar que impeachment é um processo antes de tudo político, mas que necessita de uma mínima fundamentação jurídica. E assim foi feito!

O fim: depois de nove meses, respeitados todos os trâmites e obedecidas todas as regras legais e constitucionais, dada à ré todas as possibilidades de defesa, Dilma Rousseff foi destituída do cargo de presidente da República Federativa do Brasil.

O dia seguinte: o que resta agora é apenas o jus sperniandi. O direito constitucional de quem não ficou satisfeito com o julgamento do Senado Federal, do povo e da história.
PS: Em nenhum momento, em todo esse processo, a democracia e a república foram, de alguma forma, afetadas, logo não ocorreu nenhum golpe.