Sabotagem da inteligência

por Jorge Aragão

Dois meses depois do circo armado pelo governador Flávio Dino (PCdoB) para tirar o foco da incompetência do governo no caso do rompimento de uma peça da nova adutora do Italuís – a tal conexão em “Y” –, o assunto foi encerrado sem muito alarde pelos comunistas.

Em entrevista à Rádio Timbira, veículo oficial do Palácio dos Leões, o atual presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), Carlos Rogério, garantiu que o novo sistema será religado no início de março.

E revelou mais: o rompimento da peça não foi obra de qualquer sabotagem – como alguns membros do Executivo chegaram a sustentar -, mas de erro em sua confecção mesmo.

Segundo Rogério, isso já está comprovado. O que joga por terra a tese que o próprio Flávio Dino reforçou, ao envolver até a Polícia Civil na “investigação” do caso.

Como já se sabia, o comunista tentou, mais uma vez, apenas sabotar a inteligência dos maranhenses.

Estado Maior

Roberto Rocha volta à cena

por Jorge Aragão

Após o período de férias natalinas em que praticamente isolou-se do debate eleitoral no Maranhão, o senador Roberto Rocha (PSDB) – ou pelo menos os seus aliados mais próximos – voltou à cena com um discurso que em nada lembra um candidato em condições de vencer o pleito no Maranhão: o tucano resolveu ver um suposto complô entre sarneysistas e dinistas para polarizar a eleição entre o governador Flávio Dino (PCdoB) e a ex-governadora Roseana Sarney (MDB).

Para Rocha – ou seus aliados mais próximos -, isso teria o objetivo de isolá-lo na eleição de outubro. O senador tucano só não percebe que seu suposto isolamento ocorre por causa de sua postura, sem vínculo com qualquer grupo político. O resultado é um PSDB sem alianças às vésperas da campanha.

Livres de qualquer complô, são os números que apontam polarização entre Dino e Roseana. O desempenho de Roberto Rocha nesses mesmos levantamentos não justifica os protestos do senador contra a possibilidade de haver uma eleição polarizada. Há muita água para rolar até outubro e insinuar um complô a essa altura é mera especulação.

Cabe a Rocha botar o bloco na rua e tentar se imiscuir no embate entre comunistas e sarneysistas. Mas ele não conseguirá esse feito apostando apenas em intervenções nacionais nos partidos políticos, achando que, a ele, basta o tempo de TV. É preciso convencer o eleitor de sua credibilidade. E antes de chegar ao bloco Dino/Roseana, terá de superar outros nomes, como os de Ricardo Murad (PRP), Maura Jorge (PODE) e Eduardo Braide (PMN).

Estado Maior

Cenário consolidado

por Jorge Aragão

Quem ainda aguarda situações extras para a tomada de decisão em relação às eleições de outubro pode perder o trem da história no Maranhão. Mesmo com a conjuntura nacional no debate mais intenso, a situação política no estado caminha para uma medição de forças entre dois grupos distintos, com pouca margem para quem ainda espera por palanque.

Independentemente da conjuntura nacional, o maior grupo de oposição ao governo Flávio Dino (PCdoB), liderado pela ex-governadora Roseana Sarney, deve contar em seu palanque, além do seu MDB, também com forças partidárias do porte de um PV, PSD e de outras legendas de porte médio.

Da mesma forma, o Palácio dos Leões pode contar na mesma chapa com representantes do PT, do DEM, do PPS e do PSB, independentemente da conjuntura nacional a ser desenhada.

Sobra pouca margem, portanto, para que outras forças – a exemplo do senador Roberto Rocha (PSDB), da ex-prefeita Maura Jorge, do ex-secretário Ricardo Murad ou do deputado Eduardo Braide (PMN) – consigam formar palanque consistentes, com candidatos a senador de peso e candidatos a vice que somem.

Apostar na indefinição do cenário nacional para esperar consolidação de sua campanha, a estas alturas da disputa, pode significar a definição da vitória ou da derrota.

Isso porque, tendo ou não o ex-presidente Lula na disputa presidencial, a eleição será polarizada entre as mesmas forças que já se digladiam no cenário. E cada um buscando seus interesses regionais. Sem a interferência esperada por alguns candidatos locais.

Estado Maior

Sacrifícios

por Jorge Aragão

O deputado federal José Reinaldo Tavares, ainda no PSB, parece totalmente disposto a não abrir mão de seu projeto para ser candidato a senador do Maranhão. Mesmo sem um destino partidário certo, as últimas declarações dele demonstram que, mesmo que não seja pelo grupo do governador Flávio Dino (PCdoB), ele será candidato em outubro.

Segundo Tavares, por duas ocasiões ele fez sacrifícios em nome do grupo ao qual ele passou a fazer parte. O primeiro sacrifício foi em 2006 quando decidiu não deixar o governo estadual para disputar a vaga na Câmara Alta e garantir que o então candidato Jackson Lago saísse eleito ao governo. Foi nessa época que o então governador do Maranhão cometeu uma série de irregularidades que levou, em outro momento, à cassação do diploma de Lago.

Outro sacrifício citado por Tavares foi em 2014, quando ele foi convencido pelo próprio Flávio Dino a não lançar sua candidatura a senador para deixar somente Roberto Rocha como candidato do então “grupo da mudança”.

Na época, o agora deputado federal chegou a lançar sua pré-candidatura, mas abriu mão depois que teve a garantia de Dino de que seria o próximo candidato ao Senado quatro anos mais tarde e também teria bases eleitorais que garantiriam sua eleição para Câmara dos Deputados.

O fato é que quatro anos depois Tavares vê novamente seu projeto de candidato ao Senado indo embora por falta de apoio do grupo que ele diz ter feito sacrifícios.

Estado Maior

Quem é o Pai…???

por Jorge Aragão

Desde que assumiu o governo do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) decidiu adotar as ações e projetos de seus adversários políticos. O comunista passou a entregar obras e usar feitos de deputados e senadores como se fossem cria e graça de seu governo.

E Dino não esperou muito para começar a adotar a prática de chamar de seu o filho alheio. O primeiro foi o Plano de Cargos, Carreiras e Salários dos servidores públicos, que foi discutido e programado pelo governo anterior e, quando aplicado, Dino vendeu a ideia de que ele chegou dando aumento para diferentes categorias de funcionários públicos.

E assim ele vem fazendo com a gestão fiscal do Estado, com os hospitais que estavam prontos ou com projeto adiantado e ele só inaugura, e tantas outras obras, que incluem também a duplicação da BR-135, cuja entrega foi transformada pelo comunista num circo.

O exemplo mais recente de tomar para si o que não é trabalho seu foi a entrega de máquinas para prefeituras do interior. Graças a emenda da bancada maranhense na Câmara Federal, foram adquiridos e entregues tratores, carretas agrícolas, grades aradoras, plantadeiras de mandioca e roçadeiras hidráulicas para oito municípios.

O que fez Dino? Fez a entrega como se fosse a gestão dele e mais uma vez ignorou o trabalho feito pelos seus adversários.

Assim caminha o governador do Maranhão.

Sendo justo – Somente o deputado estadual Rogério Cafeteira, que é líder de Dino, usou as redes sociais e falou de onde saiu a verba para a compra das máquinas.

Cafeteira agradeceu o empenho do deputado Hildo Rocha (MDB) e demais membros da bancada maranhense na Câmara. Os demais governistas, incluindo os que compõem a bancada do estado em Brasília, se calaram e não fizeram qualquer referência aos colegas.

Estado Maior

Precisa dar exemplo

por Jorge Aragão

A polêmica instrução normativa do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que considera ilegal o custeio de festas, como o Carnaval, por municípios que estiverem em atraso com o pagamento da folha salarial do funcionalismo chegou a um patamar mais alto.

A decisão do TCE, que atende Representação conjunta do Ministério Público do Maranhão e do Ministério Público de Contas (MPC), pode ser estendida, também ao Estado. A ideia é do deputado Wellington do Curso. E faz todo o sentido.

Ora, se um prefeito não pode sequer pagar a contrapartida de convênios para a realização das festividades, caso esteja com salários – mesmo que de terceirizados – em atraso, por que um governador poderia?

Assim, necessário se faz que se estenda ao Poder Executivo estadual – e não apenas aos municipais – a recomendação da Corte de Contas. E, no caso do Governo do Maranhão, o que não faltam são categorias com salários em atraso.

Que o digam médicos, enfermeiros e demais servidores da Saúde.

Falando nisso – O Sindicato dos Médicos do Estado do Maranhão (Sindmed-MA) desnudou, em ofício enviado à Emserh, a situação de penúria dos profissionais que prestam serviços ao Estado.

Segundo o presidente da entidade, Adolfo Paraíso, há “reiterados atrasos no recebimento” dos salários por parte dos médicos. Os casos citados no documento referem-se aos profissionais das UPAs e do Hospital Geral da Vila Luizão.

Estado Maior

As promessas não cumpridas

por Jorge Aragão

Nos bastidores políticos, são comuns os comentários de que o governador Flávio Dino (PCdoB) costuma descumprir promessas feitas a aliados. Isso tem ocorrido com prefeitos, deputados e lideranças políticas pelo Maranhão afora.

O que ainda segura os “aliados” do comunista ao seu lado é o poder de convencimento de Dino de renovar constantes promessas. E quando não cabe mais somente a teoria sem prática, o governador usa da política de alimentação de bichanos: joga umas migalhas para abrandar a fome.

E nisso os “aliados” se conformam momentaneamente, até que a fome aperta outra vez e com ela venham mais pressões e também mais promessas.

No entanto, o jogo comunista já anda enfadando muitos prefeitos e deputados, que, apesar de não anunciar rompimento, estão em busca de outros apoios de adversários do governador.

Resta saber se esses “aliados” que querem se rebelar não se acalmarão após mais algumas migalhas.

Estado Maior

Filiação simbólica

por Jorge Aragão

Aliados do governador Flávio Dino (PCdoB) partiram para o ataque, ontem, ao saber da filiação do ex-prefeito e ex-deputado Isaac Dias ao MDB. Membro da ala do PDT ligada ao ex-governador Jackson Lago, ele atendeu a um convite do senador João Alberto e voltou ao partido no qual esteve filiado até o início dos anos 90.

Forte liderança na Baixada Maranhense, com base em São Bento, Isaac levou consigo para a nova sigla a esposa, ex-prefeita Bitinha Dias, o filho, Isaac Dias, vários eleitores da cidade e deve confirmar, até março, a filiação de pelo menos três vereadores.

Além dos expressivos números da nova adesão ao projeto emedebista, a filiação de Isaac Dias e dos seus aliados é carregada de simbologia.

Primeiro porque se trata de um ex-membro do PDT, partido da base de Dino, que entra formalmente no grupo da ex-governadora Roseana Sarney (MDB), pré-candidata ao governo em outubro deste ano.

Além disso, o ex-prefeito e ex-deputado é liderança reconhecida e respeitada não apenas em São Bento, mas em toda a Baixada. O movimento dele, portanto, tende a influenciar outras lideranças da região.

E é por isso que, tão logo tomaram conhecimento da adesão, os comunistas tentaram desqualificar o novo emedebista.

Estado Maior

Disputa municipal

por Jorge Aragão

Em abril deverá ocorrer a eleição para a mesa diretora da Câmara Municipal de São Luís. Existem pelo menos quatro nomes que são considerados potenciais candidatos para presidir a Casa.

O presidente Astro de Ogum é um desses nomes. Ogum costuma dizer que já fez sua parte como presidente da Casa saneando contas e resolvendo problemas históricos como a questão da aposentadoria de servidores.

Outro nome é do vereador e atual vice-presidente, Osmar Filho (PDT), que é considerado o nome que agrada o prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PDT). O problema é que o pedetista tem quase nenhuma simpatia da maioria dos colegas de parlamento.

Além de Osmar e Ogum, são citados como candidatos potenciais os vereadores Chico Carvalho (PSL) e Honorato Fernandes (PT). O primeiro já foi presidente do legislativo municipal e vem dizendo que uma nova candidatura dele é possível.

Já Honorato Fernandes seria um nome que receberia o apoio de Astro de Ogum, caso este realmente desista de disputar a reeleição. Por enquanto, o jogo ainda está na fase das conversas entre os vereadores. Todas as semanas, os parlamentares – individualmente – tem recebido convites para reuniões e na pauta sempre a disputa pela mesa diretora da Casa.

Estado Maior

MP agachado

por Jorge Aragão

Uma cena curiosa chamou a atenção de observadores da cena política maranhense há alguns dias: o governador Flávio Dino (PCdoB) cercado por procuradores de Justiça, que o haviam acabado de homenagear com a maior honraria que pode ser concedida pelo Ministério Público do Maranhão.

O comunista recebeu na quinta-feira, 25, a Medalha do Mérito Celso Magalhães, maior comenda do Parquet, e virou alvo de tietagem dos membros do MP em evento para a entrega da homenagem.

Segundo o MP, “a honraria é conferida pelo Colégio de Procuradores do Ministério Público do Maranhão a autoridades que, de alguma forma, contribuem para que a instituição exerça o seu papel plenamente”.

Além de curioso, o caso é revelador do atual relacionamento entre o MP e o Governo do Estado. Um governo que tem sido abalado por denúncias de corrupção desde o seu início, em 2015, mas que recebe de quem lhe deveria fiscalizar uma espécie de “salvo-conduto”.

O MP acaba, assim, atuando como uma espécie de subordinado ao Executivo, quase como uma secretaria de Estado. Está, de fato, agachado.

Sem ações – Não cabe a procuradores de Justiça premiar gestores – quaisquer que sejam eles – por supostas benfeitorias. Ser bom gestor, probo, zeloso pelo município, estado ou nação é obrigação de quem se lança ao desafio de administrar a coisa pública.

Por melhor que seja uma gestão, o prêmio máximo para um prefeito, governador ou presidente, por exemplo, deve ser terminar seu mandato, sem ser alvo de ações do MP.

Camarada – Entre os procuradores que aproveitaram a entrega da Medalha do Mérito Celso Magalhães para tietar o governador estava Eduardo Jorge Heluy Nicolau. Ele é corregedor-geral do MP e foi flagrado no ano passado em militância política nas redes sociais, atacando a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) e elogiando Flávio Dino.

Além disso, Nicolau recebeu da gestão comunista R$ 390 mil, entre 2015 e 2016, pelo aluguel de um imóvel à Secretaria de Estado da Educação.

Estado Maior