Após o período de férias natalinas em que praticamente isolou-se do debate eleitoral no Maranhão, o senador Roberto Rocha (PSDB) – ou pelo menos os seus aliados mais próximos – voltou à cena com um discurso que em nada lembra um candidato em condições de vencer o pleito no Maranhão: o tucano resolveu ver um suposto complô entre sarneysistas e dinistas para polarizar a eleição entre o governador Flávio Dino (PCdoB) e a ex-governadora Roseana Sarney (MDB).

Para Rocha – ou seus aliados mais próximos -, isso teria o objetivo de isolá-lo na eleição de outubro. O senador tucano só não percebe que seu suposto isolamento ocorre por causa de sua postura, sem vínculo com qualquer grupo político. O resultado é um PSDB sem alianças às vésperas da campanha.

Livres de qualquer complô, são os números que apontam polarização entre Dino e Roseana. O desempenho de Roberto Rocha nesses mesmos levantamentos não justifica os protestos do senador contra a possibilidade de haver uma eleição polarizada. Há muita água para rolar até outubro e insinuar um complô a essa altura é mera especulação.

Cabe a Rocha botar o bloco na rua e tentar se imiscuir no embate entre comunistas e sarneysistas. Mas ele não conseguirá esse feito apostando apenas em intervenções nacionais nos partidos políticos, achando que, a ele, basta o tempo de TV. É preciso convencer o eleitor de sua credibilidade. E antes de chegar ao bloco Dino/Roseana, terá de superar outros nomes, como os de Ricardo Murad (PRP), Maura Jorge (PODE) e Eduardo Braide (PMN).

Estado Maior