José Reinaldo conversa com Geraldo Alckmin e fica mais próximo do PSDB

por Jorge Aragão

Diante da tendência do DEM ficar mesmo no palanque do governador Flávio Dino (PCdoB), faltando apenas o comunista assegurar uma vaga para a legenda na chapa majoritária para sacramentar a aliança, o deputado federal e pré-candidato ao Senado, José Reinaldo Tavares, já começa a viabilizar outras alternativas.

A Coluna Expresso da Revista Época, destacou um encontro entre José Reinaldo e o governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin.

Segundo a Nota do jornalista Murilo Ramos, o encontro serviria para selar a ida de José Reinaldo para o partido. Além do ex-governador quem estaria também próximo do ninho Tucano seria o deputado estadual Eduardo Braide (PMN), que é pré-candidato ao Governo do Maranhão. O jornalista paulista destaca que, em tese, o candidato do PSDB seria o senador Roberto Rocha, mas como sua candidatura não decola, é insinuada uma possibilidade de mudança de candidatura. Veja abaixo.

Resta saber se José Reinaldo, Eduardo Braide e Roberto Rocha, conseguirão chegar a um entendimento e efetivamente criar uma terceira via consistente e com chances reais de disputar o pleito.

Se tiverem essa grandeza política, deixarem a vaidade pessoal de lado e principalmente entenderem que o inimigo é outro e o mesmo dos três, podem efetivamente viabilizar uma terceira via muito forte para a disputa eleitoral.

É aguardar e conferir.

De novo: “O governador calou mais um conselho no Maranhão”, diz Braide

por Jorge Aragão

O deputado Eduardo Braide criticou da tribuna, nesta terça-feira (27), a Medida Provisória (MP) 270/2018 que alterou o Fundo Estadual de Habitação e Desenvolvimento Urbano. Com a MP, foram retirados do Conselho do Fundo Estadual de Habitação: os três representantes de organizações populares de pró-moradia de regiões distintas do Maranhão; o representante de uma faculdade ligada a área habitacional, além de um representante do Poder Legislativo.

“A maldade não parou por aí. Não satisfeito em mexer na composição do Conselho, o governador retirou como intervenientes, os responsáveis por acompanhar a aplicação dos recursos do Fundo Estadual de Habitação: municípios do Estado do Maranhão; Fundos Habitacionais municipais; as cooperativas habitacionais; as associações comunitárias; as fundações; os sindicatos. Retirou também instituições de previdência privada, empresas da construção civil e incorporadoras de empreendimentos imobiliários que trabalham na área para discutir a aplicação dos recursos. Mais do que isso: ele retirou a necessidade de prestar informações ao conselho gestor do Fundo e a obrigatoriedade de prestação de contas daquilo que se faz com recursos do fundo para o conselho gestor”, denunciou.

Mais cedo, durante a reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), o deputado Eduardo Braide apresentou uma emenda à MP 270/2018.

“A emenda que apresentei é justamente para que a Assembleia corrija as injustiças que o governador Flávio Dino cometeu ao editar mais uma de suas muitas medidas provisórias. Medidas que excluem dos centros de discussões, atores fundamentais. Neste caso, representantes importantes do Conselho do Fundo Estadual de Habitação, que precisam participar dessas discussões. Já algum tempo vemos o desmonte dos conselhos de controle social por parte do governador. Onde já viu se retirar organizações populares de pró-moradia, sindicatos e até associações comunitárias que estavam no Conselho desde 2003? A emenda que apresentamos é clara: só queremos a sociedade civil de volta ao conselho”, afirmou o parlamentar.

Ao fim do discurso, o deputado disse esperar que a Assembleia Legislativa corrija essa arbitrariedade do Governo do Estado.

“As medidas provisórias do governador só têm servido para retirar direitos e desta vez ele calou mais um Conselho. Mas ainda tenho a esperança de que a Assembleia Legislativa fará jus ao seu papel de evitar abusos por parte do Poder Executivo, aperfeiçoar e melhorar as medidas enviadas para esta Casa. Tenho certeza que é isso que acontecerá com a aprovação da emenda que apresentei hoje na CCJ. A sociedade civil tem o direito de participar de qualquer área, sobretudo da habitação”, finalizou Eduardo Braide.

Conselho Polícia Civil: deputados lamentam decisão do Governo Dino

por Jorge Aragão

Ainda repercute a vergonhosa decisão autoritária do Governo Flávio Dino sobre o Conselho da Polícia Civil do Maranhão. A Assembleia Legislativa aprovou na integra o Projeto de Lei 365/2017.

O projeto simplesmente retirou do conselho todos os representantes de entidades ligadas aos policiais civis do Maranhão, como: ADEPOL, ASPCEMA, APOTEC e SINPOL. Com isso, o conselho ficou reduzido e passará a vigorar praticamente com todos os seus membros indicados pelo governador, ou seja, acabando de uma vez com qualquer independência do Conselho da Polícia Civil.

Para o deputado estadual Edilázio Júnior (PV), a decisão além de vergonhosa foi autoritária e antidemocrática.

“Quando a gente pensa que já viu de tudo desse governo ele sempre surpreende, pelo lado negativo. Estamos falando de quem? De um governador da esquerda, comunista, de um governador que era advogado de sindicatos, militava na Justiça do Trabalho defendendo sindicatos, associações. E o que nós vemos hoje é o que o Maranhão inteiro fala por onde andamos: um governo perseguidor, um governo autoritário, um governo antidemocrático”, disse.

Já Eduardo Braide (PMN) disse que o governador Flávio Dino quer amordaçar a Polícia Civil do Maranhão.

“O governador do Estado deveria investir na Polícia Civil, por melhores condições de trabalho aos nossos policiais. Mas ao contrário, enviou para cá um Projeto de Lei que retira da classe o direito de participação nas decisões do Conselho da Polícia Civil. Isso é amordaçar os policiais, cerceando o direito que esses tinham garantido há muito tempo pelo Estatuto da Polícia Civil”, disse o parlamentar.

O deputado estadual Wellington do Curso (PP) também entende que a tentativa do governador comunista foi no sentido de ‘calar’ os policiais civis.

“Eles encaminharam esse Projeto e, agora, com ele, retirarão da classe o direito de participação nas decisões do Conselho da Polícia Civil. Passa-se a ter um Conselho em que os membros serão indicados pelo Governo do Estado. Um Conselho que antes discutia e aperfeiçoava as ações, agora, sendo indicado pelo Governador, terá apenas que concordar. Flávio Dino tenta calar os policiais civis porque tem medo de que desmascarem a falsa propaganda. Se pensa que pode contar com meio apoio para isso, está muito enganado”, afirmou Wellington

O deputado estadual Sousa Neto, que tem arduamente defendido os policiais civis e militares na Assembleia, foi outro parlamentar que repudiou a decisão.

“A Polícia Civil se encontra com acefalia organizacional, com sintomas de profunda entropia, uma morte dos sub órgãos que compõe as organizações da Polícia Civil do Maranhão. Agora mais do que nunca, quando trataram do conselho de polícia que são os órgãos de representação de classe”, disse Sousa Neto.

O Projeto de Lei foi aprovado contra os votos dos Deputados Raimundo Cutrim, César Pires, Graça Paz, Andréa Murad, Adriano Sarney, Nina Melo, Wellington do Curso, Edilázio Júnior, Max Barros, Eduardo Braide e Sousa Neto.

A coerência política de José Reinaldo Tavares

por Jorge Aragão

Desde que anunciou rompimento com o Grupo Sarney, quando já era governador do Maranhão, José Reinaldo Tavares jamais retornou ao seu grupo político de origem, mesmo já passados mais de dez anos do fato.

É claro que o tempo se encarregou de enterrar algumas mágoas e curar algumas cicatrizes, os sentimentos não são mais os mesmos do momento do rompimento, até pelo fato de José Reinaldo nutrir muita gratidão e afeto pelo ex-presidente da República, José Sarney, uma espécie de seu padrinho político.

Entretanto, José Reinaldo, até agora e em momento algum, mesmo com o duro e traiçoeiro golpe que recebeu do governador Flávio Dino, cogitou retornar ao seu antigo grupo político, como alguns asseclas do comunista insinuaram.

José Reinaldo deixou claro, mais uma vez, em recente entrevista que seu caminho não seria retornar ao antigo grupo político. “Não voltarei ao Grupo Sarney”, afirmou mantendo seu posicionamento desde à época em que se transformou em governador.

José Reinaldo Tavares também foi coerente ao negar apoio ao senador Roberto Rocha na disputa pelo Governo do Maranhão. Tavares e Rocha acabaram virando desafetos dentro do PSB e muito pelo fato do ex-governador ter ficado ao lado de Flávio Dino, mesmo depois que o comunista traiu e não cumpriu com o combinado com o senador.

O curioso é que Tavares e Rocha disputaram o PSB e findou que ninguém ficou no partido. Entretanto, com a negativa injusta de Flávio Dino em lhe dar uma vaga na sua chapa majoritária para a disputa ao Senado, José Reinaldo poderia ter tentado uma reaproximação, até natural, com Roberto Rocha e compor uma chapa, afinal ambos sentiram o dissabor da traição do comunista.

Só que, novamente, José Reinaldo, mesmo diante de um momento complicado e às vésperas de sacramentar um sonho antigo, a disputa pelo Senado, o ex-governador manteve sua coerência política e sacramentou o nome do seu candidato ao Governo do Maranhão para 2018.

“Nessas eleições vou apoiar Eduardo Braide, para governador. Acredito muito nele, um jovem e promissor talento que desponta na política do Maranhão, com muito futuro”, finalizou.

Certo para alguns, errado para outros, cogitado no DEM, PTB e PSDB, independente do que venha acontecer, uma coisa ninguém pode negar, mesmo com todos os dissabores sofridos e inesperados, o ex-governador, atual deputado federal e pré-candidato ao Senado, José Reinaldo Tavares, tem mantido a sua coerência política.

Mais um duro golpe na democracia e no esporte maranhense

por Jorge Aragão

Apesar de todo o esforço do atual secretário de Esporte do Maranhão, Hewerton Pereira, para, enfim, reabrir o Ginásio Costa Rodrigues – o que deverá acontecer na próxima sexta-feira (23) – o governador Flávio Dino segue maltratando o esporte maranhense.

Depois de mentir descaradamente sobre uma parceria com os clubes de futebol do Maranhão (reveja aqui), o Governo Flávio Dino conseguiu aprovar um Projeto de Lei de Conversão, modificando o Conselho Estadual de Esporte e dando um duro golpe em alguns importantes segmentos do esporte maranhense.

Com as modificações, o Governo Flávio Dino conseguiu a proeza de excluir do Conselho Estadual de Esportes, as mulheres, o representante dos clubes profissionais, o representante do esporte amador, o representante de Educação Física da UFMA e o representante da imprensa esportiva. Além disso, as modificações exterminaram a realização de eleição para o conselho, o presidente será automaticamente o secretário de Esporte, ou seja, será sempre quem o governador escolher. Dando, mais uma vez, um belo exemplo de democracia.

“Todos esses representantes sempre fizeram parte do Conselho de Esporte do Maranhão. O que o governador tem contra a participação das mulheres nessas discussões? Elas foram colocadas no Conselho com objetivo de incentivar o esporte feminino em nosso Estado. E como vão ficar os representantes do esporte amador e dos clubes profissionais do Estado sem assento nesse Conselho que deveria ser plural, democrático? Agora, cabe ao Governo, que ficou com ampla maioria no Conselho, todas as decisões sobre o esporte maranhense por meio dos recursos de projetos custeados pelo Fundo de Esporte”, disse o deputado Eduardo Braide fazendo referência à retirada do termo “maioria da sociedade civil”, da redação do Projeto.

Eduardo Braide também criticou a retirada de autonomia dos municípios para a seleção de projetos esportivos custeados pelo Fundo de Esporte (Lei 8.702/07).

“O governador retirou o poder dos conselhos municipais de esporte para escolher os projetos a serem custeados pelo Fundo Estadual de Esporte. Agora, cabe ao próprio Conselho Estadual, que foi aparelhado pelo Governo, a escolha dos projetos que farão uso dos recursos do Fundo. Percebe-se que o governador vai na contramão do municipalismo, uma vez que, ao ser criado, uma das finalidades do fundo, foi o incentivo ao esporte nos municípios”, afirmou.

O parlamentar disse ainda que os conselhos populares têm sido desmontados pelo Governo do Estado.

“Lamentavelmente o que nós vemos é o Governo Flávio Dino desmontar mais um conselho popular no Maranhão, além de constatar que o modelo adotado por este Governo, em vez de priorizar o diálogo e a democracia, usa a lei para respaldar o seu autoritarismo. E disso, nem o esporte maranhense escapou”, finalizou.

Braide que ainda apresentou uma emenda para corrigir tais distorções, mas a base governista não aprovou e aprovou mais essa indecência do Governo Flávio Dino.

O Projeto de Lei de Conversão 001/2018, que altera a Lei 9.878, que criou o Conselho Estadual de Esporte e Lazer do Maranhão e a Lei 8.702, que criou o Fundo Estadual de Esportes, foi aprovado com votos contrários dos deputados Eduardo Braide, Wellington do Curso, Max Barros, Edilázio Júnior, Sousa Neto, Nina Melo, César Pires, Cabo Campos, Rigo Teles, Andrea Murad e Graça Paz e com abstenções das deputadas Valéria Macedo e Francisca Primo. O texto da Medida Provisória 263/2017 está publicado no Diário da Assembleia Legislativa, edição de 21 de dezembro de 2017.

Candidatura confirmada

por Jorge Aragão

O deputado estadual Eduardo Braide (PMN) confirmou que será candidato a governador nas eleições deste ano. E pelo que afirmou, sua candidatura será ligada ao deputado federal Zé Reinaldo Tavares (sem partido). Com Braide, agora existem seis pré-candidatos ao Palácio dos Leões.

Além do deputado do PMN, se colocam como pretendentes ao governo Roseana Sarney (MDB), Maura Jorge (Pode), Ricardo Murad (PRP), Roberto Rocha (PSDB) e Flávio Dino (PCdoB), que quer a reeleição.

A chegada de Braide na disputa reforça a ideia de que o pleito no Maranhão será decidido em dois turnos, algo que os comunistas querem evitar. O melhor dos mundos para o governador seria uma disputa polarizada. Com mais de cinco candidatos, as chances de uma vitória no primeiro turno são bem pequenas.

A pré-candidatura de Eduardo Braide também reforça outra situação: o rompimento de Zé Reinaldo com Flávio Dino é mesmo irreversível.

Resta saber agora como Braide vai viabilizar essa candidatura costurando alianças e com quais partidos. Pelo que afirmou, uma das possibilidades é o DEM, que já filiou aliados de Flávio Dino, mas onde, mesmo assim, Zé Reinaldo ainda tenta ficar, no Maranhão.

Possibilidade – Outra possibilidade que não deve ser descartada é a união de Eduardo Braide, Zé Reinaldo e o senador Roberto Rocha.

Se essa linha for confirmada, Eduardo Braide conseguirá ter um tempo bom de propaganda eleitoral no rádio e na TV.

Fica somente uma dúvida: será que Tavares e Rocha deixariam as diferenças de lado para se unir neste projeto.

Estado Maior

ADEPOL também repudia o objetivo do PL 365 do Governo Flávio Dino

por Jorge Aragão

Depois do deputado estadual Eduardo Braide (PMN) denunciar publicamente, na terça-feira (13), mais uma maldade do Governo Flávio Dino, agora contra os policiais civis do Maranhão (reveja aqui), a ADEPOL (Associação dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Maranhão) se manifestou através de uma Nota de Repúdio. Veja abaixo.

A Associação dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Maranhão – ADEPOL MA, vem a público manifestar-se sobre atitudes do Secretário de Segurança Pública do Maranhão e do Delegado Geral da Polícia Civil, fazendo-o nos termos abaixo:

1- REPUDIAR o envio do PL nº 365/2017 para a Assembleia Legislativa do Estado, em regime de urgência, com proposta de alteração da Lei nº 8.508/2006 (Estatuto da Polícia Civil) objetivando a EXCLUSÃO da ADEPOL e demais Entidades Representativas de Classes do Conselho de Polícia Civil, todos Membros Efetivos da Instituição Polícia Civil, comportamento considerado reprovável, despropositado, antidemocrático e prejudicial à Instituição;

2- CONDENAR, veementemente, a Supressão de exigência de Experiência mínima de 8 (oito) anos de efetivo exercício no cargo de Delegado de Polícia para nomeação ao cargo de Delegado Geral da Polícia Civil, possibilitando que um neófito recém admitido venha a ocupar o mais alto cargo de Direção da Polícia Civil, quando deveria exigir que a escolha seja dentre os de Classe Especial, a exemplo de quase totalidade dos Estados da Federação;

3- ALERTAR a sociedade maranhense que em aprovando as alterações do Estatuto na forma proposta no substitutivo ao PL nº 367/2017, resultará em quebra da estrutura hierárquica imprescindível nas instituições policiais, retrocesso sem precedente e enfraquecimento da autonomia técnica/funcional do cargo de Delegado de Polícia na direção da Instituição Polícia Civil e também na condução das Investigações, através do agravamento de assédio moral, censura, desestimulando a busca da verdade real em defesa da sociedade, verdadeira destinatária final dos serviços de Polícia Judiciária.

4- ADVERTIR que não restará a menor dúvida de que estamos em processo avançado de apoderamento e desmonte da estrutura hierárquica e organizacional da Polícia Civil/MA, mediante implantação de uma distopia orwelliana, em que todos serão livres para concordar com a visão prevalecente do gestor máximo, nunca para discordar, sob pena de serem declarados inimigos, perseguidos e criminalizados.

5- CONCLAMAR os Deputados e a sociedade em geral para que não permitam o fim da Hierarquia e a expulsão das entidades de classe do Conselho de Polícia Civil, sob pena de transformarem a Polícia Civil em Tribunal de Exceção, deixando de ser Órgão de Estado para passar a ser Órgão de Governo, que se nutre de “rótulos”, “generalizações”, “do assassinato moral” e outras tantas barbaridades que envergonham a trajetória da civilização. Assim aconteceu com a Gestapo, na Alemanha nazista, com a Pide, da revolução portuguesa, com os Ton-Ton Macoute, no Haiti, e com o SNI, DOI-CODI e outros serviços de informação, tortura e execução, de tão tristes memórias, aqui no Brasil.

Ao cabo, a Associação dos Delegados de Polícia Civil do Estado, assevera que o PL nº 365/2017 é a “Vanguarda do Atraso” e que a manutenção da hierarquia e das Entidades de Classe no Conselho de Polícia Civil é medida que se impõe para que a gestão dê-se de forma democrática e com estrita obediência aos princípios da Administração Pública, esculpidos no art. 37 da CF/88, quais sejam: Legalidade, Moralidade, Impessoalidade, Publicidade, Eficiência e motivação dos seus atos, os quais são o alicerce dos atos praticados pela administração pública e do Estado Democrático e Direito.

“Retirar todas as entidades do Conselho da PC é ditadura”, diz Braide

por Jorge Aragão

O deputado Eduardo Braide denunciou da tribuna, nesta terça-feira (13), a retirada de todos os representantes de entidades do Conselho de Polícia Civil, conforme o substitutivo ao Projeto de Lei 365/2017 (PL), enviado à Assembleia Legislativa pelo Governo do Estado. De acordo com o PL, o Conselho da Polícia Civil será composto por 10 membros, sendo que todos serão nomeados exclusivamente pelo governador do Estado.

“Após a chegada do PL 365/2017, verificamos uma série de erros e retirada de direitos dos policiais civis por parte do Governo do Estado. Em razão disso, realizamos uma audiência pública que contou com ampla participação de representantes da categoria. Logo depois da audiência pública, o Governo resolveu retirar o PL 365/2017 de pauta para as devidas correções. Só que a emenda veio pior que o soneto: o governador retirou o representante dos delegados (ADEPOL), da associação dos servidores (ASPCEMA), do sindicato dos policiais (SINPOL) e da associação dos peritos criminais (APOTEC) do Conselho da Polícia Civil. Ou seja, retirou todos os representantes dos policiais civis. O que é isso? Ele quer implantar a ditadura no Maranhão por meio de lei?”, questionou Braide.

O deputado também destacou a importância da democracia na composição dos conselhos representativos.

“Antes da eleição, o governador pregava por todo o Estado o diálogo. E agora o que nós vemos, é um modelo perverso de aparelhamento dos conselhos representativos por parte do governador Flávio Dino. Todo o Maranhão sabe que ele não gosta de ser contrariado. Por isso que mandou pra cá um Conselho Universitário sem estudantes e com professores indicados diretamente por ele; é por isso que retirou servidores do Legislativo, Judiciário e Ministério Público do Conselho do FUNBEN; é por isso que retirou artistas locais e produtores culturais do Conselho do Fundo Estadual de Cultura (FUNDECMA); é por isso que retirou do Conselho Estadual de Esporte, o representante da Pessoa com Deficiência, da Imprensa Esportiva, do Esporte Amador, além dos Clubes Profissionais. O Governo Flávio Dino tem desmontado todos os conselhos populares e de controle social. O governador literalmente implantou a ‘lei da mordaça’ no Maranhão”, constatou Eduardo Braide.

Ao fim do pronunciamento, Eduardo Braide fez questão de destacar que todos os conselhos são e devem ser respeitados como ambientes democráticos.

“Um Conselho deve ser plural e servir para a discussão e o aconselhamento. Mas pelo visto, o governador quer um conselho que só diga amém para as suas decisões. Um Governo não pode ser contra argumentos e debates. São eles que ajudam a corrigir erros e aperfeiçoar ações. Mas no Maranhão chegou o comunismo, que é avesso às discussões e não admite ser contrariado. O PL 365/2017 é um verdadeiro retrocesso para a Polícia Civil do Maranhão. Tenho certeza que a Assembleia Legislativa corrigirá mais esse absurdo do Governo do Estado”, concluiu Eduardo Braide.

O Projeto de Lei 365/2017, que altera a organização administrativa da Polícia Civil do Maranhão deverá ser votado na sessão da próxima segunda-feira (19).

Vitória de Braide: MP do Esporte é retirada de pauta na CCJ

por Jorge Aragão

O deputado Eduardo Braide destacou, nesta terça-feira (6), a retirada de pauta da Medida Provisória (MP) 263/2017, do Governo do Estado, que excluiu do Conselho Estadual de Esporte, o representante da pessoa com deficiência, da imprensa esportiva, da federação de esporte amador, dentre outras entidades, além da garantia de participação mínima de 20% de mulheres na composição do Conselho. Hoje, o próprio deputado entregou ao presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), deputado Glalbert Cutrim, a emenda modificativa referendada por entidades e movimentos que participaram da audiência pública que discutiu ontem (5) o tema na Assembleia.

“Entreguei a emenda ao presidente da CCJ e ao relator da Medida Provisória. Temos a confiança em sua aprovação, a fim de que sejam corrigidas as injustiças e erros graves da MP, retornando ao Conselho Estadual de Esporte todos aqueles que foram retirados de forma arbitrária. A retirada de pauta desta MP já demonstra o sentimento da Assembleia em corrigir esse absurdo do Governo do Estado”, acrescentou.

A emenda modificativa, que também contou com as assinaturas dos deputados Roberto Costa e Wellington do Curso, será analisada pelo relator da matéria, deputado Carlinhos Florêncio, e deverá ser votada na próxima reunião da CCJ, que acontecerá na terça-feira (13).

“A retirada da MP de pauta, além do recebimento da emenda na CCJ, é fruto da capacidade de mobilização das entidades atingidas por essa medida autoritária do Governo do Estado, bem como a repercussão do assunto na imprensa. A primeira batalha foi vencida. E tenho certeza que a Assembleia cumprirá com o seu papel ao corrigir esse golpe na democracia do nosso esporte maranhense”, finalizou Eduardo Braide.