A enquadrada de André Fufuca em Ricardo Cappelli

por Jorge Aragão

O secretário de Comunicação do Governo Flávio Dino, Ricardo Cappelli, tomou uma enquadrada daquelas, no último domingo (16), nas redes sociais. O autor da proeza foi o deputado federal e presidente do PP no Maranhão, André Fufuca.

Cappelli fez uma crítica ao senador Ciro Nogueira, que é presidente nacional do PP e atualmente responde pela Casa Civil do Governo Jair Bolsonaro. Cappelli se incomodou com o artigo de Ciro Nogueira, publicado em O Globo, afirmando que o Brasil se transformaria em uma Venezuela, caso o ex-presidente Lula (PT) voltasse a comandar o país.

Cappelli lembrou que Ciro Nogueira sempre esteve do lado de quem está no poder e que agirá assim, em janeiro de 2023.

“Ciro Nogueira apoiou Lula, apoiou Dilma, apoiou Temer e agora defende Bolsonaro. No dia 1° de janeiro de 2023 estará novamente na porta de Lula. Sinceramente, nenhuma novidade”, escreveu.

André Fufuca saiu em defesa de Nogueira e enquadrou o secretário de Comunicação do Governo Dino. Fufuca lembrou que o PCdoB, partido que Cappelli esteve durante algum tempo, já integrou, por exemplo, o Governo Roseana no Maranhão.

“Menos secretário, o PC do B fez parte do governo Roseana nos anos 90. Pouco tempo depois dizia ser a pior desgraça do Maranhão. Marcos Kowarick ocupava secretaria, inclusive. Motivação do PP é garantir governabilidade aos eleitos pelo povo”, afirmou o parlamentar.

Fufuca concluiu lamentando a postura de Cappelli, pelo cargo atual que ocupa, e que foi justamente um grupo de partidos, denominado centro democrático, que garantiu a governabilidade ao próprio Flávio Dino.

“Um grupo de partidos que chamamos de centro democrático. O mesmo centro democrático que garantiu ao governador Flávio Dino as condições de seu governo. Causa espanto um homem em sua condição política não saber sobre o próprio governo que participa. Segue o jogo”, finalizou.

Foi uma enquadrada daquelas.

Senador piauiense quer apresentar PEC para adiar eleições

por Jorge Aragão

Definitivamente o adiamento das eleições de 2020, por conta da pandemia do novo coronavírus, vai chegar ao Congresso Nacional.

Pelo menos dois senadores do Piauí – Elmano Férrer (Podemos) e Ciro Nogueira (Progressistas) – já defendem abertamente a prorrogação das eleições de 2020. No entanto, ambos, ao contrário do que estava sendo sugerido, querem adiar o pleito de 2020 para 2022.

Nas redes sociais, Ciro Nogueira defendeu a tese e sugeriu a doação do Fundo Eleitoral, juntamente com os recursos utilizados na eleição pela Justiça Eleitoral para combater o coronavírus no Brasil.

Ciro Nogueira projetou que com o adiamento das eleições para 2022, o Brasil poderia arrecadar algo em torno de R$ 8 bilhões para a Saúde.

“Sou totalmente favorável ao adiamento, por dois anos, das eleições. Acho que o partido deveria propor a doação do fundo eleitoral, que é no valor de 2 bilhões de reais, mais o custo do dia da eleição, que é de mais 2 bilhões, e já que não vai ter demanda na Justiça Eleitoral, nós reduzirmos em 50% o valor dos recursos destinado à Justiça Eleitoral, que anualmente é em torno de 8 bilhões, diminuiria para 4 bilhões. Se somar tudo, teríamos recursos no montante de 8 bilhões de reais para doarmos para saúde do nosso país. Seria muito mais importante do que termos a eleição este ano”, escreveu Ciro Nogueira.

PEC – Já Elmano Férrer promete ir mais além do que defender a tese nas redes sociais. O senador piauiense garante que já está coletando assinaturas de senadores para dar entrada em uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe transferir as eleições municipais de 2020 para 2022.

Para dar entrada na PEC na Mesa Diretora do Senado, o senador piauiense precisaria de pelo menos 27 senadores.

Elmano Ferrer defende a prorrogação dos mandatos dos atuais prefeitos e vereadores. Além disso, o senador piauiense aponta como outra vantagem de sua PEC, a unificação dos pleitos a partir de 2022.

É aguardar e conferir, mas a ideia vai ganhando força e deverá ser debatida no Congresso Nacional.