Depois de aguardarem oito anos sem nenhum reajuste, sendo um ano no Governo Roseana Sarney e sete no Governo Flávio Dino, os servidores públicos estaduais têm demonstrado que esperavam um reajuste bem maior do que o oferecido.
Após o anúncio de uma Medida Provisória que estabelece, em média, um reajuste de 9% aos servidores públicos estaduais, alguns servidores demonstraram total insatisfação com o valor anunciado.
O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado do Maranhão (SINTSEP) deixou claro que o percentual não repõe nem 15% das perdas inflacionárias que os servidores tiveram ao longo dos sete anos de gestão do governador Flávio Dino.
“Não é que não queremos que seja dado o reajuste de 9%, mas deve ser levado em consideração que estamos desde 2015, após a implantação da última tabela de vencimento do Plano de Cargos, Carreiras e Salários, com o salário congelado. De lá para cá, o nosso poder de compra caiu muito. Nós não estamos pedindo aumento, mas a recomposição da inflação no período de 2015 até novembro de 2021”, assinalou Cleinaldo Bil Lopes, presidente do SINTSEP.
Já as Associações Unidas de Policiais e Bombeiros Militares se manifestaram através de Nota, onde destacaram que o reajuste salarial de apenas 7%, e o pequeno abono sobre o vale alimentação, está muito aquém dos 43% perdidos para a inflação nestes sete anos do Governo Flávio Dino. A categoria esperava um reajuste na casa de 30%. Veja abaixo o trecho final da Nota.
Não se pode falar em processo democrático, quando se decide arbitrariamente sobre um assunto que começou a ser discutido em conjunto e terminou, melancolicamente, em um ato unilateral e insensível. Insensível, pois os militares da polícia e dos Bombeiros, sempre se sacrificaram em prol da sociedade maranhense, sobretudo neste terrível momento pandêmico em que o país se encontra ao custo da própria vida. Muitas vezes sem os mínimos equipamentos de segurança contra este vírus nefasto, que levou muitos de nossos colegas.
Finalizamos esta nota afirmando que o percentual de 7%, mais o pequeno abono sobre o vale alimentação (que não alcançará os policiais reformados, que tanto contribuíram para o Estado quando na ativa) dado aos policiais e bombeiros militares está muito aquém dos 43% perdidos para a inflação nestes sete longos anos de sacrifícios.
Polícia Civil – Já o SINPOL, Sindicato dos Policiais Civis do Maranhão decidiu convocar uma Assembleia Geral Extraordinária para a próxima sexta-feira (17), às 15h30, na Praça Deodoro.
A pauta da reunião é sobre a “desvalorização e abandono da Polícia Civil”.
Repúdio – O Sindicato dos Servidores da Fiscalização Agropecuária do Maranhão (SINFA-MA), após o anúncio do reajuste emitiu uma Nota de Repúdio à “proposta do governador Flávio Dino, propondo míseros 9% de reparação salarial aos servidores, quando a implacável inflação, ao longo dos sete anos de congelamento no seu mandato, eleva-se a draconianos 56,11% de perda de poder aquisitivo”.
A Nota ainda classificou como falácia, a afirmação de que a MP demonstra o compromisso do Poder Executivo com a valorização dos servidores públicos.
É aguardar e conferir, mas pelo visto boa parte dos servidores públicos estaduais do Maranhão esperavam um reajuste bem maior que os 9% assegurados pelo Governo Flávio Dino.