O deputado César Pires criticou o governo Flávio Dino por aumentar a carga tributária no Maranhão em 37%, com base no projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) que deve ser votado nesta quarta-feira (16) na Assembleia Legislativa. Para o parlamentar, a matéria evidencia que o atual governo apresenta dados mentirosos quanto à realidade social e econômica do estado.

“Como a despesa que o governador ia encontrar era de R$ 24 bilhões, ele coloca na LOA rubrica “outras receitas” no valor de R$ 1,7 bilhão. Que outras receitas são essas? Somando com a alienação de bens, de R$ 823 milhões, dá R$ 2,5 bilhões. Essa conta não vai bater nunca”, declarou.

César Pires também ressaltou que o governo Flávio Dino não faz alarde com a concessão de 9% de reajuste salarial aos servidores estaduais por saber que não atende aos anseios da categoria. “É vergonhoso o que estão fazendo com o funcionalismo público. E mentem quando afirmam que a categoria é bem remunerada. E por outro lado, aumentam em 37% a carga tributária nos últimos cinco anos. Essa é a dura realidade”, enfatizou

O deputado também esclareceu que o auxilio de R$ 400,00 anunciado pelo governo Flávio Dino para os contribuintes do Funben está sendo retirado do próprio fundo assistencial dos servidores, alimentado pela contribuição dos funcionários. “Estão tirando recursos do Fundo para pagar um auxílio aos servidores como se fosse uma concessão do governo. É mais uma enganação do atual governo”, finalizou César Pires.

Outra crítica – A destinação dada pelo governo Flávio Dino a um terreno que deveria servir à expansão do campus da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) em Bacabal foi duramente criticada pelo deputado César Pires. “É um absurdo tomar posse indevidamente do patrimônio universitário para fazer praça pública, destruindo o sonho acalentado por muitos para ampliar o acesso ao ensino superior naquele município.

O deputado viu in loco neste fim de semana a situação do terreno em Bacabal, que foi adquirido com recursos da Fundação de Apoio à Ciência e Tecnologia quando ele era reitor da Uema. “Naquela época havia a necessidade legal de formar os professores em terceiro grau. Por isso o terreno foi adquirido e cedido à Universidade Estadual, para que pudesse construir e ampliar as suas instalações em Bacabal. “É lamentável a ação do governo e o silêncio da própria universidade, dos alunos, dos funcionários, do corpo docente de Bacabal e da própria Reitoria”, enfatizou César Pires.

Para o parlamentar, a alegação do governo de que construir uma praça naquele terreno é um benefício social para a população não é aceitável. “E o benefício intelectual não é importante? Na formação de professores, ele podia ampliar o campus, criar novas salas de aula, novos laboratórios, ampliar biblioteca, ou seja, construir um universo de situações academicistas dentro da universidade”, justificou.

César Pires concluiu alertando ao governador que sua gestão está se apropriando de um terreno que foi comprado com sacrifício da própria comunidade universitária. “O que se espera do governo é que ele amplie, melhore e qualifique, e não destrua o que não é dele para fazer praça, em detrimento da formação de tantos cidadãos bacabalenses”, finalizou.