Explosão e insegurança

por Jorge Aragão

Pelo menos dez homens fortemente armados assaltaram na madrugada do último domingo uma agência do Bradesco na cidade de Buriti, na região Leste do Maranhão. Os bandidos comandaram a ação por volta das 2h30. Eles explodiram o único caixa eletrônico da agência e levaram a caixa-cofre com todo o dinheiro que estava ali armazenado.

Câmeras de segurança mostram os homens armados com espingardas calibre 12, pistolas .40 e fuzil calibre 56. Foram utilizados três carros para a fuga pela rodovia MA-034. Um dos veículos foi incendiado no meio da rodovia. Esse tipo de manobra é usada para dificultar a perseguição policial.

É um tipo de crime que tem se tornado rotineiro no Maranhão. Somente no ano passado, 29 ocorrências como assaltos, arrombamentos e saidinhas, foram registradas no Maranhão. Deste total, 23 estão classificados como arrombamentos e explosões de agências. Em 2018 haviam sido registrados 20 casos de ataques a bancos.

É uma modalidade criminosa que, infelizmente, tem prosperado no estado. Já houve ocasião em que os assaltos ocorreram à luz do dia. Cidadãos geralmente são usados como reféns.

Policiais, seguidas vezes, foram acoados em delegacias. E a sociedade, em todos os casos, em meio a todo o pavor.

O comando da Segurança Pública segue sem conseguir desarticular as quadrilhas. E os bandidos agem com ousadia que assusta.

É necessário que algo mude nessa realidade.

Estado Maior

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Maranhão (2)

por Jorge Aragão

Por José Sarney

Dou prosseguimento ao meu testemunho sobre o que era o Maranhão quando assumi o governo em 1966. Afirmei então que vivíamos no século 19, pois não havia Estado (no seu conceito moderno) funcionando.

Era a estagnação e a ausência de serviços públicos: nem médicos, nem equipamentos de saúde, nem saneamento, nem leis que representassem a busca do bem público. O que existia era o poder do mando, era uma classe que, se apoderando das funções do Estado, em seu nome explorava o povo, condenado à pobreza absoluta. Vinham da Colônia a escravidão, nas grandes plantações e nos latifúndios, e o enfrentamento com os pobres e sofridos índios.

José Bonifácio dizia que a obra da Independência — 1822 — não se completara porque deixou de adotar soluções sobre a emancipação dos negros e a liberdade dos índios, condenados, em sua cultura milenar, a viver em lutas que resultavam na sua dizimação, morte em guerras de extermínio ou escravidão.

Vieram leis de proteção aos índios e a abolição, mas elas não deram a uns e outros condições de participar da construção do país, problema até hoje existente, com a marginalização dos negros e o abandono dos índios. Os pretos continuam sem direito à ascensão social e os índios, sem uma política de garantias.

No Maranhão tínhamos 82% de nossa população na área rural, com taxa de analfabetismo estratosférica de 72%. Ainda convivíamos com a pobreza extrema, sem indústria, saneamento, água, energia, saúde, educação, e não tinha perspectiva nem recursos humanos na política que vissem a dimensão e a solução do problema.

Em vez de criticar ou abrir comissões de inquérito, antes mesmo de assumir o Governo, em 14 de março de 66, criei o GTAP (Grupo de Trabalho, Assessoria e Planejamento), para organizar a administração pública e um programa de Governo. A grande dificuldade era a falta de recursos humanos. Fiz uma convocação nacional para que os maranhenses que estivessem fora, e quisessem trabalhar nesse novo tempo, voltassem. Fui à Sudene e, junto ao Celso Furtado, seu idealizador, consegui a cessão de jovens técnicos para me ajudar: Mário Pires Leal, Joaquim Itapary, brilhante e ocupando posto de grande destaque naquele órgão, Darson Duarte, Mariano Matos, Manuel Lopes, Celson Mendes, José de Jesus Morais Rego; do CEM (Centro de Estudantes Maranhenses) do Rio, vieram João Alberto, Loester Mendes e outros. Depois vieram juntar-se Carlos Madeira, Eliezer Moreira, Murilo, Chico Batista, Amauri Ritter, Benedito Buzar, Bandeira Tribuzzi, Nivaldo Macieira, Emiliano Macieira, Vicente Fialho, José Reinaldo, Haroldo Tavares, Antônio Luís Oliveira, José Lins, Cesar Cals. Muitos se tornaram nomes nacionais.

Não conhecia quase nenhum deles nem recebi pedidos. Foram o idealismo e o desejo de renovar a política e a administração maranhense que me levaram a isso.

Quando me acusam de não querer renovar, meus atos mostram o contrário. Foi assim que sempre agi a vida inteira, sem passar em cima de ninguém e dando oportunidades para todos.

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“Freio na língua ou desonestidade???”, questiona Rocha sobre Flávio Dino

por Jorge Aragão

O senador Roberto Rocha (PSDB), utilizando as redes sociais, tenta restabelecer a verdade sobre as cirurgias eletivas que serão realizadas e o Governo Flávio Dino tenta se apoderar.

Rocha inicia o texto afirmando que o governador Flávio Dino deveria se submeter a uma cirurgia eletiva para destravar a língua, quando tem que reconhecer as ações do Governo Bolsonaro.

É que o governador comunista afirmou que seria uma “enorme e ousada tarefa”, ao anunciar o programa de cirurgias eletivas.

No entanto, Roberto Rocha repudiou o fato de Flávio Dino não ter citado que o Governo Bolsonaro destinou mais de 8 milhões para as cirurgias e Governo do Maranhão não terá que desembolsar nada (veja aqui).

O senador finalizou a dura crítica ao comunista reafirmando que Flávio Dino precisa se submeter a uma cirurgia eletiva, mas não sabia qual. “Das duas uma: ou uma cirurgia para cortar o freio lingual ou uma psicoterapia para atacar o problema da desonestidade intelectual”, concluiu Roberto Rocha.

Crítica certeira e precisa. Flávio Dino, até o momento, silenciou.

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Edivaldo vistoria obras da Escola Municipal de Música

por Jorge Aragão

O prefeito Edivaldo Holanda Junior fechou a semana de trabalho vistoriando, na manhã deste sábado (25), as obras de recuperação do casarão nº 53, localizado na Rua do Giz, Praia Grande, onde funcionará a Escola Municipal de Música (Emmus). As obras já estão em fase de acabamento e estão sendo executadas pela Prefeitura de São Luís, por meio da Fundação Municipal do Patrimônio Histórico (Fumph).

A Escola Municipal de Música será ligada à Secretaria Municipal de Educação (Semed) e quando estiver funcionando irá ampliar o atendimento para o público em geral. No local também funcionará o programa Dançando e Educando, que oferece aulas de ballet a crianças e adolescentes da rede municipal de ensino.

Durante a vistoria, o prefeito Edivaldo destacou a importância de mais esta obra que está sendo executada no Centro Histórico de São Luís.

“A Prefeitura de São Luís, na minha gestão, tem feito importantes investimentos no Centro Histórico. Esta é mais uma obra importante que irá contribuir para a revitalização e reocupação do Centro por meio de atividades artísticas e culturais. Neste prédio, além da Escola Municipal de Música, que irá oferecer aulas gratuitas de canto e de instrumentos para as crianças de São Luís, funcionará o programa Dançando e Educando, por meio do qual crianças e adolescentes da nossa rede de ensino têm a oportunidade de aprender ballet. Então, será mais um importante equipamento que integrará nossas políticas de educação”, disse Edivaldo.

REFORMA DO CASARÃO – As obras da Escola Municipal de Música estão em fase de acabamento. O casarão onde funcionará a Escola Municipal de Música passa por uma reforma ampla, desde o reforço das estruturas de sustentação, sistemas elétricos e hidráulicos, telhado, reboco novo nas paredes internas, piso e forro. Nas últimas semanas foram realizados serviços de pintura nas paredes internas e pequenos reparos no sistema de escoamento pluvial. Falta instalar esquadrias nos portais e janelas, sistema de ar-condicionado e partes do sistema elétrico. Algumas salas terão revestimento acústico. A fachada do prédio, feita de azulejos antigos, será revitalizada.

O presidente da Fumph, Aquiles Andrade, afirmou que com mais esta obra a Prefeitura de São Luís amplia suas ações de revitalização no Centro Histórico de São Luís. “O Centro de São Luís passa por um amplo processo de requalificação dos seus espaços na gestão do prefeito Edivaldo, que além de recuperar os logradouros e imóveis tem garantindo diversas atividades para manter esses locais ocupados com atividades educativas, culturais, de lazer. O Centro voltou a ser uma área de convivência e isso era algo que estava se perdendo”, informou.

ESCOLA MUNICIPAL DE MÚSICA – No casarão vão funcionar seis salas de aula, um auditório e salas administrativas. Com a obra, a Escola Municipal de Música passa a ter sede e estrutura própria. Atualmente as aulas acontecem no Núcleo de Enriquecimento para Estudantes com Características de Altas Habilidades/Superdotação (NEECAHS) e no Casarão Azul, no Centro Histórico de São Luís. A mudança para o Centro Histórico vai facilitar também a mobilidade por causa da proximidade do Terminal de Integração Praia Grande.

As aulas atendem crianças do ensino fundamental. Quando estiver funcionando no novo endereço, a Escola Municipal de Música irá ampliar o atendimento para o público em geral, aplicando aulas práticas e teóricas em disciplinas como história da música e percepção musical. Entre os projetos da Emmus que devem funcionar no Centro, há o canto coral, o ensino de instrumentos e aulas de ballet, por meio do programa Dançando e educando.

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Goebbels, Bohr e Pirandello

por Jorge Aragão

Por Joaquim Haickel

Credita-se a Joseph Goebbels, ministro da propaganda da Alemanha nazista de Adolf Hitler, a frase “uma mentira repetida mil vezes torna-se uma verdade”. Tem gente por aí que faz muito isso, mesmo que jure que não.

Abraham Lincoln, presidente dos Estados Unidos da América, disse que: “Pode-se enganar todos durante algum tempo, pode-se enganar alguns durante todo tempo, mas não se pode enganar a todos por todo o tempo”.

Em sua genialidade, o autor de 1984 e Revolução dos Bichos, o inglês George Orwell, disse que: “Em tempos de fraude universal, dizer a verdade se torna um ato revolucionário”.

Certa vez Jesus tentou mostrar a seus discípulos o que era realmente verdade: “Digo-lhes a verdade: não foi Moisés quem lhes deu o pão do céu, mas é meu Pai quem lhes dá o verdadeiro pão do céu”.

O parabólico e metafórico nazareno queria simplesmente dizer que o adorado deve ser o detentor do poder e da glória, não seu agente, não seu obreiro.

Quando esse mesmo Jesus disse que ele era o “caminho, a verdade e a vida”, quis dizer mais do que entendemos em suas palavras traduzidas do hebraico ou do aramaico. Ele, em verdade, nos dizia que só se terá redenção, só se chegará na glória divina sendo como ele, sendo minimamente bom em tudo em nossas vidas, tendo em nós mais as boas qualidades do que as más. Mas afinal de contas o que é mesmo verdade?

O pouco lembrado Niels Bohr, um dois gênios da humanidade, explica filosoficamente não apenas a mecânica dos elementos, e por analogia, a mecânica da vida. Disse ele que existem verdades triviais e grandes verdades. Disse também que o contrário das verdades triviais é claramente falso, mas que no caso de uma grande verdade, seu contrário é também verdadeiro. Essa afirmação bagunçou minha cabeça. Passei muito tempo digerindo o que disse Bohr, que antes só conhecia das aulas de física e de química.

Havia então duas constatações a levar em conta. A primeira é que, obrigatoriamente, um cientista, antes de tudo, teria que ser um humanista, um filósofo. A segunda, se for realmente verdade o que disse Bohr, teria que reformular minha opinião sobre o demônio, o satanás. Para mim ele não existe. É tão insignificante perto de Deus, onipotente, onipresente e onisciente, que nem cogito sua existência. Em minha concepção, o que há é o livre arbítrio humano, que na maioria das vezes, quando posto em prática, assemelha-se muito ao trabalho do coisa ruim.

Pois bem, sendo Deus uma grande verdade, satanás, segundo Bohr, também o é. Confesso que não gosto dessa ideia, ela dá margem para muita especulação.

Em meu socorro aparece Nietzsche, mas acaba por bagunçar ainda mais minhas ideias, afirmando que toda verdade é simples.

Meu pai, que não era nem cientista nem poeta, dizia que algumas verdades eram tão preciosas que precisavam ser garantidas por uma série de mentirinhas. Ele dizia umas coisas bem interessantes para um homem de pouco estudo. Uma vez, falamos sobre isso em uma de nossas viagens pelo interior desse Maranhão. Foi no intervalo do ensaio do discurso que iria proferir naquele dia e a eterna transmissão de um jogo de futebol entre Arsenal e Manchester, que ele ouvira pelo rádio, quando eu ainda nem era nascido.

Falou sobre como agir na política, como deveríamos nos portar enquanto políticos, fez uma comparação entre o mundo do comércio e o da política, mundos onde ele habitava. Disse ele que “a verdade é uma mercadoria complicada de se transportar e mais ainda de se negociar”. Disse que ela “tem que ser dita de tal maneira “acreditável”, se assim não for, parecerá simplesmente mais uma mentira”.

Foi com ele que aprendi que é infinitamente melhor se dizer a verdade, pois dá menos trabalho, é menos cansativo e mais prazeroso. Que só se deve lançar mão da mentira quando for impossível usar a verdade. E ele mesmo completou: “O difícil é sabermos quando”.

Comecei a escrever esse texto porque estava me indagando sobre minhas verdades, fato que me trouxe até aqui, a esse beco sem saída. Só me resta lançar mão de um grande amigo meu, um mágico das palavras, grande conhecedor do pensamento e da alma humana, Luigi Pirandello, que parece ter solucionado esse dilema com uma frase: “Assim é, se lhe parece”.

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Pedro Lucas defende volta do Ministério da Segurança Pública

por Jorge Aragão

Apesar da pressão que recebeu de boa parte dos secretários de Segurança do Brasil, querendo dividir a pasta do ministro Sérgio Moro e voltar com o Ministério da Segurança, o presidente da República, Jair Bolsonaro, assegurou que, no momento, essa hipótese está descartada.

No entanto, a tendência é que a pressão continue pela volta do Ministério da Segurança, só que a pressão deve vir do Congresso Nacional.

O líder do PTB na Câmara Federal, o deputado maranhense Pedro Lucas, confirmou ao site O Antagonista que defenderá a volta do Ministério da Segurança. O parlamentar considerou “mais do que necessário” a recriação do ministério.

“A união deve ajudar os estados a combater a criminalidade do dia a dia, além das fronteiras. O problema da segurança é social. Precisamos levar a União também à raiz do problema, precisamos de um Ministério de Politicas Sociais e Segurança.”

Pedro Lucas também deixou claro que seu posicionamento independe de nomes, mas sim de uma convicção sobre a política pública de Segurança.

“A política de segurança e social é maior do que nomes. Precisamos de ações concretas todos os dias do ano.”

É aguardar e conferir.

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Machismo

por Jorge Aragão

Por Adriano Sarney

Assim como outros temas abordados nesta série de artigos relacionados ao preconceito, a problemática da desigualdade de gêneros é ligada à uma forte crença, difícil de combater. Na raiz do preconceito contra as mulheres está a cultura machista impregnada na sociedade brasileira, tanto nos homens quanto em algumas mulheres. Pode ser consciente, mas também inconsciente. É algo que as pessoas “aprendem” em casa, na escola e com os amigos, muitas vezes com a colaboração da grande mídia e da internet.

Segundo uma pesquisa do IBOPE de 2017, o machismo é o preconceito mais praticado no Brasil, seguido pelo racial, LGBT e gordofobia. Constatou-se que 61% dos entrevistados já pronunciaram algum comentário machista, mesmo que alguns não reconheçam o preconceito.

A pesquisa também constatou que embora 45% dos brasileiros consigam perceber o preconceito em frases ditas ou ouvidas em seu convívio, metade destas pessoas diz não reagir ao ouvir um comentário machista. Esta última constatação nos remete à duas questões: 55% das pessoas não consideram as frases preconceituosas e dos que consideram, apenas metade, 22,5%, chamam a atenção do interlocutor. Isto reafirma o quanto o preconceito machista está enraizado em nossa cultura e que precisa ser debatido nas escolas. Apresentei na Assembleia Legislativa o projeto de lei 156/2016 que institui noções básicas da Lei Maria da Penha nas escolas no intuito de forçar o debate nos círculos mais jovens. Infelizmente, o projeto foi rejeitado na Comissão de Constituição e Justiça com o argumento de que ele geraria despesas ao governo estadual.

No exemplo de hoje relato uma denúncia que recebi no meu gabinete de uma mulher que sofria quase que diariamente de assédio sexual no ônibus. Com medo de reagir e sem saber como proceder ou a quem recorrer, ela era forçada a conviver com a situação. Constatei que muitas mulheres que utilizam o transporte coletivo em São Luís são vítimas dessas agressões, principalmente quando o ônibus está lotado. Os agressores, canalhas decadentes, frutos da cultura machista misógina, se aproveitam do pouco espaço para cometer o crime.

Por isso apresentei e aprovamos a Lei 10.953/2018 que institui o “Programa de Combate ao Assédio Sexual Contra Mulheres Dentro do Transporte Coletivo”. Esse programa, dentre outras coisas, instrui a vítima a recorrer ao motorista ou a outro funcionário da empresa de ônibus e os orienta a agir. O motorista deve comunicar a polícia imediatamente e fornecer dados da localização do ônibus via GPS para auxiliar os policiais na captura do agressor imediatamente policiais na captura do agressor imediatamente.

A legislação avançou no sentido de punir quem comete o ato de discriminar mulheres – xingar, assediar ou agredir por exemplo. Mas, como tenho explicado em textos anteriores, o preconceituoso, neste caso o machista, não obrigatoriamente cometerá uma ação contra alguém. Mudar ou “re-ensinar” uma pessoa sobre algo que vai contra o que ela acha o certo é uma tarefa árdua, mas não impossível. Isso me remete mais uma vez para a frase de Nelson Mandela utilizada no artigo sobre o preconceito racial, “ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar.”

Para combater o machismo é preciso mais do que leis, é necessária educação para o reconhecimento das diferenças e conscientização sobre a igualdade de gênero. Somos todos iguais.

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É bom lembrar que os votos são de Wellington, meu caro Roberto Rocha

por Jorge Aragão

Inicialmente é preciso fazer duas observações. A primeira é que o titular do Blog, não só entendeu o raciocínio do senador e presidente do PSDB, Roberto Rocha, sobre as eleições deste ano na capital maranhense, como concorda com ele.

Roberto Rocha, apesar da pré-candidatura do deputado estadual Wellington do Curso, defendeu uma aliança, no 1º ou 2º Turno, com o Podemos do deputado federal e líder disparado nas pesquisas eleitorais, Eduardo Braide. O senador entende que, independente de quem vença as eleições, o importante é derrotar o grupo político comandado por Flávio Dino, que comanda atualmente o Governo do Maranhão e a Prefeitura de São Luís.

Além disso, é preciso destacar que o PSDB no palanque de Eduardo Braide, pela força do partido, poderia agregar bastante, principalmente no horário eleitoral gratuito.

No entanto, dito isso, é preciso não esquecer jamais que os votos não são do PSDB, mas sim do deputado estadual Wellignton do Curso, frutos da sua luta diária, incansável e digna de reconhecimento, principalmente pela perseguição sofrida do governo comunista.

Wellington foi um dos três pré-candidatos, entre os inúmeros existentes, que conseguiu alcançar dois dígitos nas pesquisas e esse resultado independe da legenda em que ele esteja, pois seriam votos pessoais dados ao deputado e pré-candidato à Prefeitura de São Luís.

A estratégia de Roberto Rocha, antes do 1º Turno, durante o 1º Turno ou no 2º Turno, é interessante, mas nela precisa estar contido os votos, ou seja, o pré-candidato Wellington do Curso precisa compreender e aceitar, para assim funcionar.

Do contrário, Wellington poderia se transferir para outra legenda ou simplesmente cruzar os braços, desta forma não transferindo o seu espólio eleitoral a Eduardo Braide, e a tal aliança não teria o efeito desejado, que seria uma vitória da Oposição, o quanto antes, diante do grupo de Flávio Dino.

É aguardar e conferir.

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Crime e inoperância

por Jorge Aragão

O estado do Maranhão, sobretudo a Região Metropolitana de São Luís, assiste a um dos períodos mais tenebrosos já registrados na história e que dão contornos de pavor, sentimento de impotência e insegurança a cada um dos mais de 7 milhões de maranhenses.

O domínio das facções em bairros, vilas e comunidades carentes, as barbáries registradas em confrontos entre rivais e a falta de capacidade das forças de segurança pública reagir, deixam o cidadão atemorizado.

No atual contexto, pelo menos uma facção das existentes, comemora com foguetório, em toda a Ilha, o aniversário de fundação.

É surreal.

Depois da explosão de fogos, vídeos e fotos circulam nas redes sociais e em aplicativos de troca de mensagens dos maranhenses, como que uma afronta ao sistema de segurança pública.

Um deboche.

Na última quinta-feira, outro episódio que mostra não só a ousadia, mas também a impotência da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Maranhão. Criminosos se deixaram ser filmados numa ação de invasão e controle de setores do bairro Camboa.

Um deles mostrou até a fachada e o interior, com detalhes, da própria residência, armas de fogo e munição em caixas ainda embaladas.

Ao cidadão, resta gritar por socorro.

Estado Maior

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Enem: Justiça suspende resultado do Sisu

por Jorge Aragão

Definitivamente o Enem 2019 virou uma bagunça. Depois do pedido do Ministério Público Federal, a Justiça determinou que o processo do Sisu (Sistema de Seleção Unificada) seja suspenso, logo após o encerramento das inscrições.

Com isso, o resultado com o nome dos aprovados no Enem 2019, que deveria acontecer na terça-feira (28), não poderá ser divulgado.

A decisão, em caráter liminar, determina ainda que o Governo Federal comprove que o erro na correção das provas do Enem 2019, foi totalmente corrigido

A Justiça também questiona o tal TRI (Teoria da Resposta ao Item) que acaba não permitindo que o aluno que fez a prova, saiba efetivamente quantos pontos fez.

A cada nova polêmica parece inevitável, e urgente, se reavaliar o ingresso na maioria das universidades públicas do Brasil.

É aguardar e conferir.

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