Depois de inúmeras polêmicas, brigas, críticas a ANVISA e até mesmo o Maranhão ter acionado o Supremo Tribunal Federal (STF), o Consórcio Nordeste decidiu suspender a compra de doses da vacina Sputnik V.
Pelo acordo seriam compradas 37 milhões de doses da vacina, sendo quase 5 milhões para o Maranhão. Só que o Consórcio Nordeste decidiu suspender a negociação, já que novas limitações foram impostas pela ANVISA, segundo o que afirmou o governador do Piauí, Wellington Dias, presidente do Consórcio Nordeste.
“É lamentável, o Brasil vive uma situação com alta mortalidade, mais de mil óbitos por dia. Temos vacinas disponíveis, mas impedidas de entrar no Brasil devido uma decisão da Anvisa que faz uma alteração no padrão de teste junto com a não inclusão do Ministério da Saúde no plano nacional de vacinação e a falta da licença de importação, tivemos a suspensão da entrega da vacina até que se tenha uma autorização do uso do imunizante no Brasil”, afirmou Wellington Dias.
No entanto, vale destacar que a intenção de compra foi feita antes da avaliação da ANVISA, para liberar ou não o uso da vacina no Brasil.
O pior é que alguns que juravam defender a ciência no enfrentamento da Covid-19,, passaram a criticar a ANVISA, acusando o órgão de estar sendo usado politicamente.
Só que os documentos apresentados pelo Instituto Gamaleya da Rússia, fabricante do imunizante, nunca foram suficientes para um parecer conclusivo da ANVISA, que chegou até a liberar a compra em pequena quantidade, mas ninguém se atreveu a comprar, até pela polêmica criada, seria difícil convencer a população a tomar a vacina da Sputnik V.
Na realidade, a ANVISA, ao que parece, salvou o tal Consórcio Nordeste de mais uma bronca e vergonha na pandemia, uma vez que esse mesmo consórcio comprou respiradores, acima do preço de marcado, e que jamais chegaram para os nordestinos.
Sendo assim, seria melhor agradecer do que criticar a ANVISA, salvo se o objetivo fosse outro, que não imunizar a população do Nordeste na pandemia.