Caso Levi Pontes: Andrea Murad deverá recorrer ao Plenário

por Jorge Aragão

Na semana passada, de maneira absurda, a Comissão de Ética da Assembleia Legislativa simplesmente resolveu arquivar o pedido da deputada Andrea Murad (PMDB) contra o deputado Levi Pontes (PCdoB) por quebra de decoro parlamentar.

O arquivamento aconteceu pelo fato de que a Comissão de Ética entendeu existir “ausência de justa causa (inexistência de provas robustas nos autos)”. Entretanto, é bom destacar que a deputada Andrea Murad disponibilizou a gravação que comprova a quebra de decoro por parte de Levi Pontes. Conforme foi divulgado na TV Mirante (reveja).

Nesta segunda-feira (12), Andrea Murad demonstrou, nas redes sociais, sua revolta com a decisão tomada pela Comissão de Ética e assegurou que irá recorrer ao Plenário da Assembleia Legislativa.

Impressionante esta Comissão de Ética da Assembleia. Mais impressionante ainda sua submissão a este governador. Mesmo com a incontestável prova dada pelo próprio deputado Levi Pontes ao combinar com um “parceiro” o roubo de peixes, tirando dos mais carentes para dar aos seus eleitores em troca de voto, e ainda mentir na tribuna da Assembleia ao dizer que os peixes eram comprados com recursos próprios, sendo que minutos depois em entrevista veiculada na TV declara que os peixes foram licitados pela prefeitura de Chapadinha, a Comissão de Ética da Assembleia se curva aos mandos do governador e tem a audácia de relatar que não existem provas robustas contra o deputado. Prova tem, não querem é investigar. E ao mentir na tribuna, Levi Pontes cometeu outro ilícito, que já é motivo para outra representação. Tenho a alternativa de recorrer ao Plenário e estou avaliando essa possibilidade”, destacou.

Pelo visto, o assunto ainda dever render na Assembleia.

Temer e o Maranhão

por Jorge Aragão

A decisão da maioria do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem influência direta nos caminhos a serem seguidos para a disputa eleitoral de 2018 no Maranhão. Com a absolvição do presidente da República, Michel Temer, o PMDB maranhense ganha força e se prepara para tentar voltar ao Palácio dos Leões.

Do outro lado está o governador Flávio Dino (PCdoB), que vê o seu campo político (o de esquerda, pelo menos no discurso) se enfraquecendo nacionalmente com a vitória do peemedebista.

Dino, que já entrou no clima de pré­campanha eleitoral fazendo encontro com prefeitos e vereadores, vai intensificar sua agenda política e suas obras pequenas pelo interior do estado. O comunista tentará passar a ideia de que seu governo trouxe a prometida mudança para o Maranhão. E sabe que terá que fazer isso, provavelmente, sem um apoio forte na política nacional.

Já o grupo maranhense do PMDB vai se fortalecendo. Sem o perigo real de perder os valorosos espaços nos comandos dos órgãos federais no Maranhão, os peemedebistas se animam ainda mais com uma possível candidatura ao Governo do Estado.

E para isso, o partido vem tentando convencer a ex­governadora Roseana Sarney a entrar na disputa do próximo ano. Ela, que admitiu somente que não disputará o Senado como vinha sendo colocado nos bastidores, nunca disse abertamente que será candidata novamente ao governo do Maranhão. Roseana vem dizendo que existe a possibilidade, mas que depende de muitos fatores.

E, talvez, um dos fatores seja a permanência do comando do país com a seu partido. E isso aí, pelo menos no que diz respeito ao julgamento no TSE, já passou.

Fortalecido – E também sai fortalecido desse cenário todo favorável a Michel Temer o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho (PV).

Ele, que é pré­candidato ao Senado em 2018, foi um dos defensores de Temer no momento em que a crise política foi mais grave para o peemedebista.

E se Temer venceu, Sarney Filho também. Ele sai mais forte para a disputa que promete ser uma das mais acirradas da história.

Coluna Estado Maior

Caso IDAC vai parar no Fantástico

por Jorge Aragão

Infelizmente, mais uma vez, o Maranhão foi alvo de matéria negativa no programa Fantástico da TV Globo, do domingo (11).

No principal quadro do programa “Cadê o dinheiro que tava aqui?”, o assunto foi o caso IDAC no Maranhão, ou seja, os desvios de verbas públicas para a Saúde maranhense.

Vale lembrar que no início do mês, a Polícia Federal deflagrou a Operação Rêmora, que apurava exatamente o desvio de verbas da Saúde pública aqui no Maranhão. Na ocasião algumas pessoas foram presas, entre elas o presidente do IDAC, que também é presidente do PSDC no Maranhão, Antônio Aragão.

“O Repórter Secreto desta vez esteve em São Luís para investigar o desvio de R$ 1 bilhão da Saúde Pública. O mais impressionante que ele descobriu foi como o grupo sacava o dinheiro da corrupção: na boca do caixa, no banco! Só um operador do esquema sacou R$ 18 milhões. Então, a gente tem que perguntar: Cadê o Dinheiro Que Tava Aqui?” foi a chamada de abertura da reportagem. Clique aqui e assista na integra.

O IDAC já trabalha com o Governo do Maranhão desde o Governo Jackson Lago, passando pelo Governo Roseana e atingindo seu ápice no Governo Flávio Dino. O Blog inclusive fez uma postagem recente para mostrar o crescimento nos governos estaduais do IDAC (reveja), apesar da tentativa de mentira propagada pelo Governo Dino (reveja), foi justamente no governo comunista que o IDAC ganhou papel de destaque, conforme a própria Polícia Federal (reveja).

Pelo visto essa é mais uma das inúmeras promessas não cumpridas pelo governador comunista, que afirmou que tiraria o Maranhão das reportagens negativas nacionalmente, mas se parar para fazer um levantamento, Dino não só não tirou, como o número de reportagens negativas sobre o Estado aumentou.

Qual a Constituição de Flávio Dino???

por Jorge Aragão

Que a coerência nunca foi uma característica do governador Flávio Dino, isso nem mesmo seus asseclas tem mais dúvidas, mas a cada dia o comunista segue surpreendendo, principalmente nas redes sociais.

Neste final de semana, Flávio Dino voltou a questionar o impeachment de Dilma Rousseff, alegando que o ato feriu a Constituição Brasileira. Logo em seguida, Dino afirma que uma parte da classe dominante no Brasil tem alergia as urnas, insinuando que alguns não querem eleições diretas numa saída de Michel Temer. Pior é que Dino afirma que esses, preferem retalhos inconstitucionais. Veja abaixo.

Inicialmente, como ex-juiz federal e deputado federal, Flávio Dino sabe que o impeachment da presidente Dilma Rousseff, assim como o do ex-presidente Collor de Melo, foi uma decisão política, mas com total respaldo da Constituição Federal, que prevê essa possibilidade.

Para completar, Flávio Dino, que diz defender a Constituição Federal, quer rasgar ou pelo menos alterar a Carta Magna para realizar uma eventual eleição direta, já que o que assegura a Constituição é justamente uma eleição indireta, numa saída agora de Michel Temer. Ou seja, quem atualmente defende a eleição indireta, defende exatamente o que prevê a Constituição Federal.

É preciso entender qual a Constituição Federal que o governador Flávio Dino está se referindo, pois se for a do Brasil, o comunista definitivamente está perdido e confuso.

Mais um presente para São José de Ribamar

por Jorge Aragão

Na manhã do sábado (10) a população ribamarense presenciou uma intensa agenda de inaugurações, anúncios de obras e ordens de serviços em prol dos bairros Araçagy, Parque Vitória e adjacências, em São José de Ribamar.

O prefeito Luis Fernando Silva e o governador Flávio Dino entregaram a primeira etapa da urbanização e revitalização da orla da Praia do Araçagy e assinaram ordem de serviço para a sua segunda etapa; inauguraram a urbanização da Avenida Nossa Senhora da Vitória; assinaram ordem serviço também para o início da obra de reconstrução da Praça da Juventude e anunciaram mais dezenas de outras ações nas áreas da educação, saúde e infraestrutura da região.

Atendendo ao apelo do prefeito Luis Fernando e dos vereadores ribamarenses, o governador Flávio Dino garantiu mais obras de infraestrutura para a região, por meio do programa “Mais Asfalto”; anunciou a construção de uma escola de ensino médio no Parque Vitória, em terreno que está sendo doado pela prefeitura; determinou a implantação de uma escola militar também no bairro e ainda um destacamento da Polícia Militar para reforçar a segurança na região.

Para o governador, as demandas serão atendidas com toda alegria porque não é de hoje que ele trabalha pela região do Parque Vitória. Ele comentou a lembrança feita pelo prefeito sobre uma emenda destinada por ele para o município, quando era deputado federal: “Eu fui lá para a prefeitura de Ribamar para oferecer, na época, dois milhões em meio e alguma coisa para ser construída esta Praça da Juventude da Juventude e nós viemos juntos, eu e o Luis Fernando, para olhar aqui com a planta onde seria a Praça da Juventude. Ela foi feita, mas não foi terminada. Mas agora eu estou feliz porque a prefeitura de Ribamar vai terminar e nós vamos inaugurá-la, bonita como deve pra ser e com um espaço de lazer para a juventude e para o povo em geral”.

Também muito contente com as obras que foram inauguradas e com o anúncio das demais que serão feitas, o prefeito Luis Fernando voltou a enaltecer a parceria do governo do estado com o município. “É com esse espírito de parceria que vamos reconstruir o município de São José de Ribamar. Estamos trabalhando em todas as regiões da cidade para fazer os serviços públicos funcionarem e é, sem dúvida nenhuma, de extrema importância a contribuição do governo nesse nosso esforço de colocar novamente São José de Ribamar no rumo do desenvolvimento”, afirmou.

Além de secretários estaduais e municípios e do vice-prefeito Eudes Sampaio, as solenidades de inaugurações das duas obras, tanto no Araçagy como do Parque Vitória, contaram com a presença forte das lideranças comunitárias das duas regiões.

Sobre as obras – Na região do Parque Vitória, o governador Flávio Dino entregou a urbanização da Avenida Nossa Senhora da Vitória e anunciou a 2ª etapa do programa Mais Asfalto. As intervenções incluem serviços de terraplanagem, pavimentação asfáltica, tapa-buraco, drenagem superficial e profunda, além de sarjetas e meio-fio nas ruas A, H, 7 e rua Maria de Fátima Figueiredo e nas avenidas 2 e principal. Foram mais de oito mil metros de extensão de obra. Já a Avenida Nossa Senhora da Vitória, principal rota do bairro, também ganhou uma academia da saúde ao ar livre.

Já a Praia do Araçagi, finalizou no sábado a primeira de quatro etapas de serviços que estão sendo realizados pelo Governo em parceria com a Prefeitura, como a construção do calçamento de 300 metros, estacionamento, via de trânsito com sentido duplo, contenção da maré e iluminação.

Nas demais etapas serão feitos 1.500 metros de calçadão, pista de cooper, área para ciclismo e novos espaços de convivência com a construção de praças, ampliando os ambientes de lazer.

O crescimento do IDAC nos governos maranhenses

por Jorge Aragão

Desde que a Polícia Federal deflagrou a Operação Rêmora, no início do mês, com o objetivo apurar indícios de desvios de recursos públicos federais destinados ao sistema de saúde do Estado do Maranhão, que culminou com a prisão do presidente do IDAC, Antônio Aragão, também presidente do PSDC, algumas dúvidas ainda permanecem. Entretanto, algumas observações abaixo vão demonstrar o crescimento do IDAC nos governos maranhenses, chegando ao ápice no Governo Flávio Dino.

Imprescindível fazer algumas considerações importantes sobre a atuação do IDAC, que vem desde 2008 gerindo 1 unidade de saúde no Maranhão. O instituto entrou na gestão de Edmundo Gomes, do Governo Jackson Lago, e tomou proporções gigantescas na atual gestão comunista, onde faz o gerenciamento de 6 unidades de saúde e com previsão de novos contratos.

Durante o Governo Roseana, o IDAC geriu apenas 2 unidades em Carutapera, já oriunda da gestão anterior, e Monção. De acordo com o Diário Oficial do Estado e os pagamentos publicados no Portal da Transparência do Maranhão, confirma-se que na gestão de Ricardo Murad, apenas em 2014, os contratos com o Instituto totalizaram R$ 39.169.295,16, valor referente ao gerenciamento de 2 (duas) unidades de saúde, a Unidade Mista de Carutapera e Hospital Geral de Monção, onde a parcela final desse contrato pago foi de R$ 3.653.215,86 ao mês, que houve um incremento de 110% na gestão de Flávio Dino em apenas 2 anos.

Percebam como esse valor mensal, a partir de 2015, vai subindo gradativamente no governo comunista, quando o IDAC passou a gerenciar não apenas 2 unidades, mas 6 unidades de saúde, faturando dois contratos, inicialmente por 3 meses cada, em 2015, no total de R$ 6.314.642,29 por mês e mais um contrato (12 meses) no valor de R$ 8.524.767,09 por mês, valor que foi aditivado mais 1 ano em 2016. Nos últimos, contrato que chegam a R$ 102.297.205,08.

E mais, segundo dados do próprio Portal da Transparência, este ano, o IDAC já recebeu R$ 34.099.068,32, referentes aos meses de janeiro a abril, quase o que foi pago em todo o ano de 2014 pelo ex-secretário Ricardo Murad (R$ 35.306.284,13).

Portanto, enquanto os cinco anos de Governo Roseana (2009-2014) a soma dos contratos com o IDAC para gestão hospitalar é de R$ 88.669.295,16, em dois anos apenas do governo Flávio Dino essa soma é de R$ 242.482.263,90.

Em tempo: Além dos acordos em anexo, o IDAC ainda foi recentemente contratado para administrar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município de Chapadinha. O valor desse novo lote e quanto já foi repassado por ele ainda não é publicamente conhecido e nem teve o extrato do contrato divulgado no Diário Oficial do Estado (DOE) do Maranhão.

Prefeitura de São Luís remaneja famílias do “balança, mas não cai”

por Jorge Aragão

A Prefeitura de São Luís realizou, no sábado (10), o remanejamento das famílias ocupantes do prédio Santa Luzia, conhecido como “balança, mas não cai”, no bairro São Francisco. A ação atende à decisão judicial determinada pela Vara de Interesses Difusos e Coletivos, em ação impetrada pelo Ministério Público do Maranhão, embasada no fato de que o local representa risco iminente de desabamento e de condições precárias de moradia. O ato antecede à demolição do prédio, que será realizada pela Prefeitura.

Segundo o titular da Secretaria Municipal de Urbanismo e Habitação (Semurh), Mádison Leonardo Andrade, todos os moradores retirados do prédio foram remanejados a instituições acolhedoras, como a Casa da Acolhida Temporária, no Vinhais; incluídas no programa de Aluguel Social ou contempladas com unidades do programa ‘Minha Casa, Minha Vida”.

“A ocupação irregular desse edifício mais uma demanda que a gestão municipal está solucionando, porque representa um perigo iminente tanto para os ocupantes como para a população dos arredores. Já estamos há cerca de dois meses realizando um grande trabalho de convencimento, dialogando com os moradores sobre os riscos de continuarem no local e repassando-lhes informações sobre seus direitos e deveres com relação ao seu remanejamento, para que tenham todo o amparo socioassistencial que precisam ter na sua locomoção”, afirmou o secretário Mádison Leonardo Andrade.

A retirada dos habitantes do “balança, mas não cai” foi coordenada pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Habitação (Semurh), por meio da Blitz Urbana, em ação articulada com as secretarias municipais de Segurança com Cidadania (Semusc), por meio da Defesa Civil; Criança e Assistência Social (Semcas), Obras e Serviços Públicos (Semosp), Trânsito e Transporte (SMTT); Corpo de Bombeiro, entre outros órgãos.

O prédio possuía 40 famílias e cerca de 60 pessoas vivendo no local. Todas foram previamente referenciadas pelo Centro de Referência da Assistência Social (Cras) do São Francisco e cadastradas no Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif) e no Cadastro Único, para inserção nos programas governamentais de transferência de renda e habitação.

Segundo a coordenadora de Abordagem Social da Semcas, Marta Andrade, antes de executar o remanejamento das famílias do local, a Prefeitura realizou um criterioso trabalho de convencimento sobre a necessidade de evacuação do local. Reuniões e visita técnicas foram realizadas frequentemente ao local, nos últimos dois meses, com essa finalidade.

A ação de remanejamento viabilizou ainda toda a logística para o transporte dos móveis e utensílios dos moradores do edifício, disponibilizando diversos caminhões-baús e carregadores para fazer o trabalho de remoção do material dos ocupantes do prédio.

Ainda a chegada do UBER ao Maranhão…

por Jorge Aragão

Na guerra pela legalização do aplicativo Uber, os mais diferentes atores têm se manifestado. Desta vez, foi o Núcleo de Defesa do Consumidor da Defensoria Pública do Estado.

Em ação impetrada na Vara de Interesses Difusos, pede que o serviço seja liberado em São Luís alegando ser direito do cidadão a escolha do meio de transporte a ser usado.

Essa é a segunda ação que chega a Vara de Interesses Difusos. O advogado Thiago Brahner entrou com ação popular alegando inconstitucionalidade na lei vigente. Pedido foi indeferido pelo juiz responsável.

Ringue político – O debate sobre a legalização do aplicativo chegou até à Assembleia Legislativa. No entanto, por lá, o direito do cidadão não foi o mais importante para os deputados.

A discussão sobre o Uber entre os deputados acabou virando mais um ringue político. Oposição e governistas pareciam debater proposta polêmica de interesse do Executivo.

Por ter sido um deputado da oposição a propor lei que regulamenta o serviço, os governistas recusaram a proposta. E pior, a mando do Palácio dos Leões.

Coluna Estado Maior

Projeto Feirinha São Luís começa neste domingo

por Jorge Aragão

Uma nova opção de lazer para a família ludovicense e para turistas chega ao Centro Histórico a partir do próximo domingo (11), na Praça Benedito Leite. O projeto Feirinha São Luís será realizado aos domingos de 8h às 15h e vai reunir produtos agroecológicos, exposição e comercialização de artesanato, artes plásticas e literárias, gastronomia e apresentações culturais locais. O projeto é idealizado pela Prefeitura de São Luís por meio da Secretaria de Agricultura, Pesca e Abastecimento (Semapa) em parceria com o Banco do Nordeste e Governo do Estado.

Os principais objetivos são a divulgação e comercialização do que é produzido pela agricultura familiar de São Luís e a difusão da gastronomia da zona rural. Serão expostos e comercializados produtos e subprodutos da agricultura familiar, tais como: frutas, verduras, doces, compotas e comidas produzidas na zona rural da capital.

“Com esta ação vamos ocupar o espaço da Praça Benedito Leite nas manhãs de domingo. Além disso, vamos beneficiar nossos agricultores, aumentando o escoamento da produção, assim como os artesãos e artistas locais que terão também a oportunidade de apresentar o melhor da cultura e da gastronomia maranhenses. A feirinha será mais um ponto de encontro da família e dos turistas em São Luís aos fins de semana”, disse o secretário da Semapa, Ivaldo Rodrigues.

O novo ponto de encontro dominical, além de expor a diversidade cultural da Ilha, fomenta a economia criativa aos produtores da grande Ilha de mais de 11 polos que oferecem seus produtos por preços justos. Serão 61 barracas, 25 para produtores rurais, 25 para artesanato e 11 para gastronomia.

São parceiros da Feirinha São Luís o Banco do Nordeste, Sebrae-MA, Senac, Academia Maranhense de Letras, Associação Comercial do Maranhão, Sub-Prefeitura do Centro-Histórico, Associação dos Moradores do Centro, Secretaria de Estado da Cultura e Turismo, Arquidiocese de São Luís, Sindicado dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de São Luís, Semmam, Secom, Iphan, Comitê Gestor de Limpeza Urbana, Setur, Semosp, SMTT, Secult, Semusc / Guarda Municipal, Semurh/Blitz Urbana.

Opção pelo atraso

por Jorge Aragão

Por Edilázio Júnior

A semana que passou deixou como marca mais uma lamentável página de atraso político e subdesenvolvimento econômico no Maranhão, com a decisão que levou a base governista na Assembleia Legislativa a rejeitar o Projeto de Lei 127/2017, de minha autoria, que instituía a regulamentação do transporte remunerado individual de passageiros, o Uber, no estado.

O projeto ­ que apresentava regras claras e objetivas para a exploração do serviço em todo o território estadual, garantia a livre concorrência de mercado e promovia a geração de emprego no Maranhão ­, foi taxado de inconstitucional e barrado no âmbito da CCJ, numa votação tomada por vícios e que pode ser tornada nula.

E qual foi a alegação da base governista para rejeitar a matéria?: suposta incompetência da Assembleia para legislar sobre o tema. O argumento era de que este tipo de serviço somente poderia ser regulamento pelo Legislativo Municipal.

A única inconstitucionalidade, contudo, se tratava do autor da peça, deputado de oposição ao governo comunista.

Na semana passada, o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, regulamentou a exploração do serviço no DF. Mostrou desprendimento, sensibilidade e coragem para tomar tal decisão, mesmo diante da pressão da categoria dos taxistas ­ que, lógico, presta importante serviço em todo país ­, mas não pode arrogar para si a exclusividade de mercado.

A livre concorrência, aliás, é um princípio constitucional.

Ora, se o governador Rollemberg regulamentou o serviço no DF, é obvio que o Legislativo Estadual também pode fazer o seu papel, que é legislar.

Vale ressaltar que também na semana passada o Ministério Público Estadual ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) no Tribunal de Justiça (TJ), assinada pela promotora Litia Cavalcanti, contra lei aprovada na Câmara Municipal de São Luís que barra o Uber na capital.

O serviço, portanto, precisa sim ser regulamentado pelo Estado, daí a importância do projeto de lei de minha autoria que foi rejeitado.

Ao ignorar a complexidade e importância da matéria, a Assembleia Legislativa fugiu de suas responsabilidades, colocou uma pedra na trilha do desenvolvimento econômico e produziu uma espécie de involução no estado. Mas, vale ressaltar, o Legislativo Estadual não optou por si só em barrar o Uber.

A orientação partiu do Palácio dos Leões, sabe­se lá por qual motivo. Foi uma decisão política do governador Flávio Dino. E tanto é verdade, que a “campanha” pelo veto à regulamentação do Uber, foi comandada pelas principais lideranças governistas da Casa.

O governo cedeu à pressão dos taxistas, a Assembleia deixou de cumprir o seu papel e o saldo disso tudo foi o prejuízo causado ao consumidor.

Senão vejamos. Não há, em qualquer parte do mundo onde o Uber já funciona, e no território nacional, manifestação contrária da população ao serviço prestado por este segmento. Pelo contrário, a constatação é de satisfação do consumidor pela excelência do serviço.

O usuário de transporte urbano, carente de mobilidade em São Luís, e que não conta com metrô, VLT ou BRT, perde com a não regulamentação do Uber, que poderia se tornar uma opção a mais na capital.

Se a base governista queria mesmo ajudar os taxistas, poderia ter votado contra o projeto de lei de autoria do Executivo que aumentou o ICMS do combustível no estado.

Além disso, vale ressaltar, se já tivesse com atuação regulamentada, o Uber sairia da clandestinidade, e Estado e municípios já poderiam estar recolhendo seus devidos impostos, previstos no projeto.

A opção por barrar o projeto do Uber é, por isso tudo, opção pelo atraso.

Edilázio Júnior – Deputado estadual pelo Partido Verde