Braide começou citando uma matéria da TV Globo, que mostrou que “o único equipamento de radioterapia do Hospital Universitário Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro, vive quebrando”. De acordo com o deputado, em São Luís, no Hospital Aldenora Belo, os problemas são semelhantes.
“No Aldenora Belo, existem um acelerador linear e uma bomba de cobalto, dois equipamentos utilizados para tratamento da radioterapia. A bomba de cobalto remonta ao início das atividades do hospital e há vários anos que vem sendo utilizada e constantemente precisa ser substituída a sua pastilha, que é o equipamento necessário para poder fazer o tratamento, mas que não tem a mesma eficácia do acelerador linear que também já está lá”, relatou.
O deputado disse que cerca de 120 pessoas fazem o tratamento de radioterapia no Hospital Aldenora Belo, só que existe uma fila de 200 pacientes e a espera para fazer o tratamento chega a ser mais ou menos de 100 dias, contrariando a Lei Federal que aprovada pelo Congresso que estabelece que, após o diagnóstico do câncer, o Sistema Único de Saúde tem o prazo de 60 dias para iniciar o tratamento.
Eduardo Braide lembrou que a Assembleia já deu a sua parcela de contribuição quando aprovou o Fundo Estadual de Combate ao Câncer, em 2011, mas que falta ser regulamentado para que os recursos possam ser utilizados na luta contra a doença. São recursos que esse ano, conforme previsão da Lei Orçamentária Anual, giram em torno de R$ 9 milhões e que existe um dispositivo que consta da Lei de Diretrizes Orçamentárias que o Poder Executivo é obrigado a regulamentar esse Fundo ainda este ano. O dinheiro corresponde a cinco por cento do ICMS da bebida e do fumo, dois dos principais produtos cancerígenos.
“Eu quero contar com a sensibilidade da governadora para que, o mais rápido possível, o Poder Executivo possa encaminhar a Mensagem para esta Casa para que esse Fundo seja regulamentado e a gente ver com esses recursos ser adquirido um acelerador linear, que é um equipamento tão necessário e que deverá dispor o Hospital Aldenora Belo, assim como outros hospitais, como é o caso da Região Tocantina, para o tratamento do câncer”, apelou. O aparelho custa R$ 1,5 milhão e poderia acabar com a fila de pacientes.
Apartes em apoio – Diversos deputados fizeram apartes em apoio ao discurso de Eduardo Braide: Valéria Mecedo (PDT), Rubens Pereira Jr. (PCdoB), Gardênia Castelo (PSDB), Othelino Neto (PCdoB), Francisca Primo (PT) e Graça Paz (PDT). Eduardo Braide lembrou que a primeira emenda que destinou recursos ao Hospital Aldenora Bello foi para adquirir um mamógrafo com estereotaxia e no ano passado fez outra emenda de R$ 200 mil, com os quais o Aldenora Bello, nos próximos dias, estará comprando um microscópio para realização de cirurgias de tumores cerebrais.
Braide lembrou ainda que no Maranhão, o dia 23 de maio será o Dia Estadual de Combate ao Câncer. “Esse dia foi escolhido exatamente porque ele celebrava, quando da aprovação daquela lei, o Centenário de Antônio Jorge Dino, que, na verdade, é o médico que começou com essa luta aqui no Maranhão e que hoje, de forma honrosa, é levado à frente pela sua viúva, por toda sua família e por aqueles que fazem o Aldenora Belo”, afirmou.
Em tempo: seria bom que o Governo do Maranhão, através da governadora Roseana, acelerasse de fato a regulamentação do Fundo de Combate ao Câncer e que o deputado federal Simplício Araújo (SDD), possa agora ter compreendido a tremenda bobagem que fez ao destinar parte de sua emenda para uma universidade paulista, ao invés de destinar para o Aldenora Belo (reveja), e não repita mais o erro.