eduardobraidefevereirojpgO deputado Eduardo Braide (PMN) fez um longo discurso, sovaldi nesta quarta-feira (9), ampoule por conta da passagem do Dia Internacional de Combate ao Câncer, comemorado no dia 8 de abril. O parlamentar aproveitou o discurso para fazer uma avaliação da luta e dificuldades que os pacientes enfrentam em todo país e em especial no Maranhão. Vários deputados participaram com apartes, propondo medidas e soluções para ajudar a enfrentar a doença, além da regulamentação do Fundo Estadual de Combate ao Câncer, para garantir recursos para o Hospital Aldenora Bello.

Braide começou citando uma matéria da TV Globo, que mostrou que “o único equipamento de radioterapia do Hospital Universitário Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro, vive quebrando”. De acordo com o deputado, em São Luís, no Hospital Aldenora Belo, os problemas são semelhantes.

“No Aldenora Belo, existem um acelerador linear e uma bomba de cobalto, dois equipamentos utilizados para tratamento da radioterapia. A bomba de cobalto remonta ao início das atividades do hospital e há vários anos que vem sendo utilizada e constantemente precisa ser substituída a sua pastilha, que é o equipamento necessário para poder fazer o tratamento, mas que não tem a mesma eficácia do acelerador linear que também já está lá”, relatou.

O deputado disse que cerca de 120 pessoas fazem o tratamento de radioterapia no Hospital Aldenora Belo, só que existe uma fila de 200 pacientes e a espera para fazer o tratamento chega a ser mais ou menos de 100 dias, contrariando a Lei Federal que aprovada pelo Congresso que estabelece que, após o diagnóstico do câncer, o Sistema Único de Saúde tem o prazo de 60 dias para iniciar o tratamento.

Eduardo Braide lembrou que a Assembleia já deu a sua parcela de contribuição quando aprovou o Fundo Estadual de Combate ao Câncer, em 2011, mas que falta ser regulamentado para que os recursos possam ser utilizados na luta contra a doença. São recursos que esse ano, conforme previsão da Lei Orçamentária Anual, giram em torno de R$ 9 milhões e que existe um dispositivo que consta da Lei de Diretrizes Orçamentárias que o Poder Executivo é obrigado a regulamentar esse Fundo ainda este ano. O dinheiro corresponde a cinco por cento do ICMS da bebida e do fumo, dois dos principais produtos cancerígenos.

“Eu quero contar com a sensibilidade da governadora para que, o mais rápido possível, o Poder Executivo possa encaminhar a Mensagem para esta Casa para que esse Fundo seja regulamentado e a gente ver com esses recursos ser adquirido um acelerador linear, que é um equipamento tão necessário e que deverá dispor o Hospital Aldenora Belo, assim como outros hospitais, como é o caso da Região Tocantina, para o tratamento do câncer”, apelou. O aparelho custa R$ 1,5 milhão e poderia acabar com a fila de pacientes.

Apartes em apoio – Diversos deputados fizeram apartes em apoio ao discurso de Eduardo Braide: Valéria Mecedo (PDT), Rubens Pereira Jr. (PCdoB), Gardênia Castelo (PSDB), Othelino Neto (PCdoB), Francisca Primo (PT) e Graça Paz (PDT). Eduardo Braide lembrou que a primeira emenda que destinou recursos ao Hospital Aldenora Bello foi para adquirir um mamógrafo com estereotaxia e no ano passado fez outra emenda de R$ 200 mil, com os quais o Aldenora Bello, nos próximos dias, estará comprando um microscópio para realização de cirurgias de tumores cerebrais.

Braide lembrou ainda que no Maranhão, o dia 23 de maio será o Dia Estadual de Combate ao Câncer. “Esse dia foi escolhido exatamente porque ele celebrava, quando da aprovação daquela lei, o Centenário de Antônio Jorge Dino, que, na verdade, é o médico que começou com essa luta aqui no Maranhão e que hoje, de forma honrosa, é levado à frente pela sua viúva, por toda sua família e por aqueles que fazem o Aldenora Belo”, afirmou.

Em tempo: seria bom que o Governo do Maranhão, através da governadora Roseana, acelerasse de fato a regulamentação do Fundo de Combate ao Câncer e que o deputado federal Simplício Araújo (SDD), possa agora ter compreendido a tremenda bobagem que fez ao destinar parte de sua emenda para uma universidade paulista, ao invés de destinar para o Aldenora Belo (reveja), e não repita mais o erro.