Valdivino Cabral, ex-prefeito de Santa Inês, volta a ficar inelegível

por Jorge Aragão

O ex-prefeito de Santa Inês, por três mandatos, e ex-deputado estadual, Valdivino Cabral (PL), sempre fez de tudo para se manter no poder, doa a quem doer. A maior prova disso é que nas últimas eleições (2020) precisou de uma liminar federal para poder participar do pleito. Simplesmente porque ele responde processos por improbidade administrativa e chegou a ser condenado por eventuais irregularidades. A situação litigiosa dele é tão expressiva que se você buscar no Google o nome Valdivino Cabral Filho, a primeira página que aparece é relacionada aos vários processos dele na Justiça.

Mas, como se diz no popular: “a Justiça tarda, mas não falha”. Mais uma vez a Justiça se fez e Cabral está de novo inelegível. Por recorrer e buscar brechas na Lei, Cabral móvel o processo Nº 1004301-96.2019.4.01.3700 no Superior Tribunal de Justiça, na tentativa de anular ou reverter sua condenação por prestação de contas indevida. Mas por determinação do juiz federal, Clodomir Sebastião Reais, o processo de Cabral contra a União foi considerado “improcedente”. Com isso, Cabral volta ao estágio antes das eleições e que já é do conhecimento de todos: inelegível.

Aos 75 anos de idade, ao que parece é que Cabral ainda não desistiu de voltar ao poder, motivo pelo qual tem buscado de todas as formas um jeito ficar elegível. A última estratégia foi se tornar cabo eleitoral de outros políticos  como do deputado federal, Josimar de Maranhãozinho (presidente do seu partido, PL). Mas nem com esse apadrinhamento ele tem conseguido se safar perante o Poder Judiciário e muito menos diante da população.

Seria a hora de jogar a toalha e pendurar as chuteiras?

É aguardar e conferir, mas por enquanto voltou a ficar inelegível.

Cabral comete nova irregularidade e é novamente punido em Santa Inês

por Jorge Aragão

Durante o horário eleitoral na tv na noite desta sexta-feira, 6, os eleitores de Santa Inês testemunharam algo que pode ser considerado, no mínimo, inédito. Ou, pelo menos, ninguém lembrava de algo assim. A justiça eleitoral determinou que o candidato Cabral (PL) cedesse direito de resposta a seu oponente, Felipe dos Pneus (Republicanos).

No entanto, se for olhado com um pouco de razão, percebe-se que infringir a Lei deve ser algo simples para um candidato que disputa o pleito através de liminar.

Desta vez, Cabral fez acusações consideradas falsas, ou seja, fake news para tentar denegrir a imagem do deputado e candidato a prefeito, Felipe dos Pneus. Eles pegaram um trecho de um pronunciamento de Felipe e tentaram deturpar ou tentaram fazer as pessoas acreditarem que Felipe teria tido algo, que na verdade, não foi nada disso. De acordo com a lei, este tipo de ação de tentar enganar o telespectador é chamado de trucagem.

O direito de resposta teve duração de 1 minuto e 54 segundos. Esse foi o mesmo tempo que Cabral usou na tentativa de “queimar o filme” de Felipe para a população. Então, de forma muito justa, Felipe pôde fazer valer a verdade como direito de resposta.

Em sua mensagem, dentro do programa do adversário, Felipe disse que “respeita toda a história de doutor Cabral, mas acredita que agora é um novo tempo em Santa Inês e vai seguir esse novo tempo com o povo, um tempo de desenvolvimento”.

Cabral já foi prefeito de Santa Inês por 3 mandatos. Teve 2 mandatos de deputado estadual e com exceção de Ribamar Alves, que governou de de 2013 a 2016, todos os outros prefeitos foram indicação de Cabral.

Atualmente, o filho dele, Marcelo Cabral, é o vice-prefeito de Santa Inês. Isto é, desde 1989 Cabral está no poder. E a única conclusão, no mínimo sensata, é que ele está no poder há 30 anos, direta ou indiretamente. Tem uma crença popular que diz que ‘o poder cega’. Talvez seja isso que tenha ocorrido com o Cabral que tem tentado de todas as formas burlar a lei em 2020.

Somente neste pleito, a Justiça Eleitoral já suspendeu programa eleitoral dele e também apreendeu veículos fazendo propaganda irregular. O mundo mudou, e quem não acreditar nisso corre o risco de ainda se achar que pode tudo e desafiar a lei. Mas, com o avanço tecnológico, a Justiça tem ficado cada vez mais de olho para combater irregularidades de quem duvidar dela. Portanto, o eleitor de Santa Inês tem um grande índice para considerar na hora de votar.

O eleitor pode escolher alguém que queira realmente trabalhar livremente pelo povo ou escolher seguir os mesmos moldes que já vêm sendo praticados há muito tempo.

Dia 15 está bem aí. E será um momento histórico em Santa Inês… O que esse blog pode dizer a você, eleitor, é: analise bem em quem você pretende votar. Seu voto tem o poder de desenvolver ou manter a situação do seu município. E lembre-se que o que é verdadeiro sempre prevalece!

É aguardar e conferir.

Justiça determina apreensão de veículos da campanha de Cabral

por Jorge Aragão

A Justiça Eleitoral de Santa Inês determinou a apreensão de pelo menos 2 veículos de som da coligação do candidato Valdivino Cabral. Os veículos estavam fazendo propaganda de reuniões do candidato nas ruas, o que é proibido. De acordo com a lei, só pode ser utilizado carro de som em carreatas, comícios e visitas do candidato. O que vinha sendo desobedecido na campanha de Cabral.

Caso os veículos não sejam encontrados pela polícia, a Justiça determinou que os representantes da coligação de Cabral entreguem os automóveis até meio dia desta segunda-feira (26). Pelo descumprimento, a pena será de multa no valor de R$10.000,00 (dez mil reais) por dia.

CABRAL E A JUSTIÇA – O histórico de Cabral com a justiça já é de conhecimento da população. Quando se coloca o nome dele no Google, a primeira página que aparece é do JusBrasil listando todos ou pelo menos os principais processos envolvendo Valdivino Cabral Filho. Ele foi condenado pelo TCU – Tribunal de Contas da União – pelo desvio de recursos da área da saúde quando era prefeito de Santa Inês. Cabral está direta e indiretamente na Prefeitura de Santa Inês desde 1989, quando ganhou pela primeira vez como Prefeito.

Cabral lutou muito na Justiça, com a ajuda dos deputados federais, Josimar de Maranhãozinho e Juscelino Filho, para poder conseguir uma liminar para concorrer às eleições. Diante de tantos problemas na justiça, o registro de candidatura de Cabral foi o último a ser deferido. Saiu neste domingo, último dia do prazo. Com tantas irregularidades e lutando na justiça para se manter no poder, pode não ser um bom sinal para o eleitor. Caso fosse eleito, Cabral teria que sustentar essa liminar. Essa incerteza só traz mais atraso.

JUSTIÇA E ESTRATÉGIAS PELO PODER – Vendo toda a luta judicial de Cabral para poder concorrer às eleições, grande parte da população de Santa Inês sabe dos riscos de uma administração aos trancos e barrancos. Um comentário que está se fortalecendo na cidade, é que o candidato a vice-prefeito de Cabral, Cleoner Uchoa, é indicação de Josimar de Maranhãozinho. Como Cabral está cheio de processos na justiça, se fosse eleito, Josimar derrubaria Cabral para seu vice assumir a gestão. Um sonho antigo de Josimar de comandar Santa Inês finalmente seria cumprido.

A única certeza mesmo: o eleitor de Santa Inês deve ser muito cauteloso na hora de votar. Porque se votar errado, o município vai ficar ainda mais no atraso.

A situação delicada e indefinida de Cabral em Santa Inês

por Jorge Aragão

Apontado como a única opção viável de tentar evitar uma renovação necessária em Santa Inês, com uma vitória do deputado estadual Felipe dos Pneus, o ex-prefeito Valdevino Cabral está em uma situação delicada.

Cabral, além de ter a árdua missão de derrotar Felipe dos Pneus na disputa pela Prefeitura de Santa Inês, segue com gravíssimos problemas com a Justiça Eleitoral e que podem fazer que nem dispute as eleições 2020.

A Advocacia-Geral da União entrou, acertadamente, com recurso contra a liminar concedida ao ex-prefeito e que tornou Valdevino Cabral Filho, temporariamente, elegível. Caso o agravo de instrumento da AGU seja acatado pelo desembargador federal Carlos Augusto Pires Brandão, Cabral volta a se tornar inelegível. Veja abaixo um trecho da ação.

Entenda – Primeiro, Valdivino Cabral Filho havia sido condenado pelo Tribunal de Contas da União por desvio de cerca de R$ 20 milhões da saúde quando estava no comando da prefeitura de Santa Inês. A condenação em transitado e julgado o tornava inelegível pela Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar nº. 135 de 2010). Essa condenação é referente ao processo mãe (PROCESSO Nº 1004301-96.2019.4.01.3700). Como não havia possibilidade de recurso, Cabral entra com ação pedindo a suspensão de tal condenação.

Porém, em São Luís, na instância de primeiro grau, a suspensão foi negada. Cabral recorre ao segundo grau da esfera federal em Brasília, onde tem liminar suspendendo a inelegibilidade. No entanto, na tramitação do processo há vários acórdãos e condenações que ainda o deixariam inelegível. Então, pede ao juiz de primeiro grau que a liminar prevaleça sobre todos esses acórdãos, o que de fato ocorreu.

Agora, a Advocacia-Geral da União questiona o porquê dessa decisão do juiz de primeiro grau de incluir na suspensão todos os demais acórdãos igualmente transitados em julgado. Já que a liminar suspendia apenas um acórdão. Caso o recurso da AGU for acatado, Cabral volta a ficar inelegível.

Cabral ainda pode recorrer. No entanto, a população de Santa Inês fica abismada com a postura do candidato de forçar sua participação nas eleições 2020. Pior ainda é imaginar a possibilidade de ele ganhar, já que os exemplos de municípios como Bacabal e Pindaré, que os prefeitos eleitos se seguraram no cargo por meio de liminar, são desastrosos.

É aguardar e conferir, mas a situação do ex-prefeito é delicada, afinal além de um adversário forte que precisa enfrentar e o problema com a Justiça Eleitoral, Cabral ainda terá que convencer o eleitor de Santa Inês que caso deseja votar no ex-prefeito, esse voto terá validade no futuro.

Condenado pelo TCU, Cabral diz que é pré-candidato em Santa Inês

por Jorge Aragão

No último sábado, 11, circulou nas redes sociais um vídeo do ex-prefeito de Santa Inês, Valdivino Cabral Filho. No vídeo, Cabral, que é engenheiro Ccvil, além de fazer promessa da “construção de um mercado do produtor rural […] caso sejamos eleitos a prefeito de Santa Inês”, ele anuncia que é pré-candidato.

O problema é que quando se pesquisa o nome Valdivino Cabral no Google, uma das primeiras páginas que aparecem é do Jusbrasil, em que ele está arrolado em 3 processos., Os processos tramitam nos Tribunais Regionais Federais de primeira e segunda regiões e também no Tribunal de Justiça do Maranhão.

Além disso, em agosto de 2015, Cabral foi condenado pelo Tribunal de Contas da União a devolver mais de 3 milhões de reais aos cofres públicos (veja aqui). Este montante é oriundo da saúde e teria sido desviado quando Cabral era gestor do município. Em 2018, o TRF1 emitiu decisão de bloqueio das movimentações bancárias de Cabral.

De acordo com informações apuradas por este blog, Cabral tenta uma liminar federal autorizando sua participação no pleito deste ano. O pedido já teria sido feito por seus advogados. A esperança de forçar sua candidatura é na prorrogação das eleições que passou de outubro para 15 de novembro.

Cabral foi eleito prefeito em Santa Inês pela primeira vez em 1989, apoiado pelo então prefeito, Franklin Seba. Após brigar com Seba, Cabral apadrinhou Alexandre Dames que ganha as eleições em 1993. Em 1997 Cabral volta à prefeitura ficando até 2004, quando apadrinha Roberth Bringel. Repetindo o histórico de brigas internas, Roberth Bringel se separa de Cabral que monta outro grupo em busca do poder. Em 2012, já com problemas judiciais, apadrinha Sirino da Farmácia que não consegue êxito nas urnas.

Como não conseguiu emplacar o filho e atual vice-prefeito de Santa Inês, Marcelo Cabral e nem indicar outro nome, ele força sua pré-candidatura, supondo que os eleitores não vão considerar suas irregularidades e pendências judiciais.

Só que quem possui condenações de um colegiado, no caso de Cabral foi o TCU, o político passa a ser ficha suja e impedido de disputar eleições.

É aguardar e conferir a movimentação de Cabral.