Por determinação de Moro, Cunha é preso em Brasília

por Jorge Aragão

cunhaO juiz federal Sérgio Moro, capsule responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância da Justiça, here determinou na terça-feira (18) a prisão do ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O pedido é de previsão preventiva, ou seja por tempo indeterminado.

Ele foi preso em Brasília nesta quarta (19), segundo a GloboNews. A previsão da Polícia Federal (PF) é de que ele chegue a Curitiba no fim desta tarde.

O peemedebista perdeu o mandato de deputado federal em setembro, após ser cassado pelo plenário da Câmara. Com isso, ele perdeu o foro privilegiado, que é o direito de ser processado e julgado no Supremo Tribunal Federal (STF).

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A cautela de Sérgio Moro de hoje, não foi a mesma de ontem

por Jorge Aragão

moroNesta segunda-feira (28), help o juiz federal Sérgio Moro enviou as investigações de duas fases da Operação Lava Jato para o Supremo Tribunal Federal. Foram encaminhadas ao STF as investigações referentes as operações Acarajé e Xepa.

Entretanto, o que mais chamou atenção foi a cautela que está tomando hoje o juiz federal Sérgio Moro, depois de uma lista com nomes de vários políticos veio a público, não foi a mesma que tomou “ontem” quando atropelou a própria Constituição Federal no caso da presidente Dilma Rousseff (PT).

O juiz Sérgio Moro afirmou, neste momento, que “é prematura qualquer conclusão quanto à natureza destes pagamentos”. As listas trazem nomes de mais de 200 políticos. Moro afirma que seria preciso aprofundar as apurações para remeter os processos apenas diante de indícios mais concretos, mas que a cautela recomenda submeter desde logo ao STF.

“De todo modo, considerando a apreensão e identificação de tal planilha com Benedicto Barbosa da Silva Júnior [presidente da Construtora Odebrecht], que retratam pagamentos do Grupo Odebrecht a autoridades com foro privilegiado, talvez lícitos, é o caso de remeter este processo”, argumentou o juiz.

O problema é que a acertada cautela de hoje, não foi a mesma de “ontem” e é exatamente por esse motivo que o juiz Sérgio Moro tem sido alvo de algumas ilações, principalmente dos que defendem a presidente Dilma e o ex-presidente Lula.

A aula gratuita de Teori Zavascki

por Jorge Aragão

teoriA decisão do ministro Teori Zavascki, store do Supremo Tribunal Federal, viagra sale em determinar que o juiz federal Sérgio Moro envie para o STF as investigações da Operação Lava Jato que envolvem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi uma verdadeira aula.

A decisão de Teori Zavascki seguiu a jurisprudência do Supremo, pois se durante investigação de crime de uma pessoa sem foro, surgiram conversas com autoridades com foro, o caso precisa subir para o STF.

Conforme o Blog já havia dito, mesmo sendo criticado, as principais e duras lições de Teori Zavascki foram com relações a divulgação do grampo ilegal envolvendo a presidente Dilma Rousseff.

Teori escreveu que “embora a interceptação tenha sido voltada a pessoas que não tinham foro privilegiado, o sigilo foi suspenso imediatamente, sem as cautelas exigidas em lei, e que a análise feita por Sérgio Moro do conteúdo das conversas não competia ao juiz”.

O ministro enfatizou que no Supremo Tribunal Federal é reiterado o entendimento de que apenas o tribunal e não qualquer outro juiz pode decidir sobre a divisão das investigações envolvendo autoridades com prerrogativa de foro. E que, como neste caso, não houve decisão prévia do tribunal sobre a separação ou não da investigação, fica esboçada pelo menos, a probabilidade de violação da lei.

Em momentos diferentes, Teori Zavascki diz que Sérgio Moro agiu indevidamente, como no caso da suspensão do sigilo dos grampos. No trecho, o ministro afirma que a decisão foi ilegítima porque foi emitida por um juiz que era reconhecidamente incompetente para a causa e porque a divulgação pública das conversas comprometeu o direito fundamental à garantia de sigilo previsto na Constituição, que apenas permite a interceptação em situações excepcionais.

Sérgio Moro tem dez dias para apresentar explicações sobre a atuação dele. Depois, o ministro Teori Zavascki vai pedir para o procuradoria-geral da República se manifestar.

Foi uma aula gratuita e bem dada, tudo pela precipitação do juiz Sérgio Moro.

Flávio Dino volta a criticar postura do juiz Sérgio Moro

por Jorge Aragão

dinoJuristas, seek advogados, find promotores e defensores públicos participaram nesta terça-feira (22), no Palácio do Planalto, de um ato de apoio à presidente Dilma Rousseff e em defesa da “legalidade”. O evento foi organizado para demonstrar contrariedade a ações recentes do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, como a divulgação de áudio de conversa telefônica entre Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na condição de ex-presidente da Associação Nacional de Juízes Federais (Ajufe), o governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), foi o primeiro a discursar no evento de apoio à presidente. Diante de Dilma, ele afirmou que, na avaliação dele, a divulgação dos grampos telefônicos que interceptaram uma conversa da petista foram “absolutamente ilegais”.

“Estamos assistindo a um crescimento dramático de posições de porte fascista representadas pela violência cometida por grupos inorgânicos sem líderes e em busca de um fuhrer [expressão alemã usada para designar um líder ou um chefe], de um protetor. Ontem, as Forças Armadas. Hoje, a toga supostamente imparcial e democrática”, discursou Dino, sendo ovacionado pela plateia convidada pelo governo.

“Judiciário não pode mandar carta para passeata. E se o juiz, o procurador quiser fazer passeata: há um caminho. Basta pedir demissão do cargo. Aliás, quero dizer que adoro fazer passeata. Mas não use a toga para fazer política porque isso destrói o Poder Judiciário”, afirmou Dino em referência à divulgação de interceptações telefônicas envolvendo a presidenta Dilma, sem a autorização do Supremo Tribunal Federal.

Com informações do G1 e clique aqui para ver um trecho do vídeo de Flávio Dino

Advogado maranhense representa contra Moro na Corregedoria

por Jorge Aragão

moroA Corregedoria Nacional de Justiça já recebeu, sick somente até quinta-feira (17), três representações com pedidos para investigar o ato do juiz Sérgio Moro de tornar públicos áudios interceptados em que a presidente Dilma Rousseff foi gravada conversando com o ex-presidente Lula. Os casos são mantidos em sigilo no órgão, ligado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Entretanto, esta confirmadas que as três representações encaminhadas à Corregedoria já foram convertidas em reclamações disciplinares. Um dos pedidos foi protocolado por um advogado do Maranhão, Antonio Nery da Silva Júnior. As outras duas representações foram feitas pelo Sindicato dos Advogados da Paraíba e um cidadão do Distrito Federal.

As representações já foram encaminhadas para a corregedora nacional de Justiça, Nancy Andrighi, que irá instruir cada um dos casos com informações.

Em regra, a ministra costuma levar ao plenário do CNJ os casos em que verifica a presença de requisitos para abrir um processo administrativo disciplinar. Caberia ao pleno, portanto, decidir sobre a abertura de um processo administrativo contra Moro. O CNJ pode estabelecer sanções aos juízes que cometem infrações disciplinares, como advertências, suspensões ou até afastamento das funções.

Já o ex-presidente Lula, emitiu carta aberta criticando o vazamento dos grampos e diz esperar que a justiça seja feita. Clique aqui para ler.

O estranho vazamento do grampo ilegal de Lula e Dilma

por Jorge Aragão

O vazamento do grampo ilegal feito entre a presidenta Dilma Rousseff e o ex­presidente Luiz Inácio Lula da Silva, find justamente e coincidentemente no dia em que Lula foi nomeado para a Casa Civil do Governo Dilma, buy repercutiu negativamente para o juiz Sérgio Moro.

O juiz da Lava Jato remeteu o conteúdo referente a Lula para o Supremo Tribunal Federal (STF), tadalafil após ele ser nomeado ministro da Casa Civil. A atitude de Moro deixou transparecer que seu interesse também é político e pessoal.

O estranho vazamento do grampo ilegal chamou a atenção dos poderes Judiciário, Executivo e Legislativo. O governador Flávio Dino criticou a atitude do juiz Sérgio Moro. Veja abaixo.

flaviodino

Pelo visto o juiz Sérgio Moro se deixou levar pela emoção e cometeu um erro primário e que pode ser crucial para a própria Operação Lava Jato.

A carta de Fernando Morais a Sérgio Moro

por Jorge Aragão

FernandoMoraisSão Paulo, nurse 4 de março de 2016

Meritíssimo Juiz
Sérgio Fernando Moro
MD Titular da 13ª Vara Criminal Federal
Bairro Ahú
Curitiba – Paraná

Senhor Juiz:

Na manhã de hoje tive a oportunidade de assistir à entrevista coletiva concedida pelos procuradores do Ministério Público de Curitiba. Deixaram-me a clara impressão de que suspeitam que as palestras realizadas pelo ex-presidente Lula tenham sido uma fachada para encobrir o recebimento de recursos de origem escusa.

Há alguns anos venho acompanhando o ex-presidente em suas viagens pelo Brasil e exterior para levantar informações para o livro que estou escrevendo sobre um período de sua vida pública. Logo descobri que os aviões eram um ótimo local para meu trabalho: sem interrupções de telefonemas, view agendas e visitas, health eu podia passar horas tomando seu depoimento – lembro-me de um voo de mais de vinte horas de duração.

Acredito tê-lo acompanhado em mais de dez viagens internacionais. De memória, lembro-me de ter estado com o ex-presidente no México, Portugal, África do Sul, Moçambique, Etiópia, Índia, Alemanha, França, Espanha e Cuba.

Em todos os casos ele realizou, sim, as palestras para as quais havia sido contratado. Em alguns dos referidos países, mais de uma. Eu o seguia da hora em que acordava até quando se recolhia para dormir. Assisti a todas as palestras e testemunhei todas as audiências que ele concedeu a artistas, autoridades, sindicalistas e empresários locais. Em nenhum momento ele pediu que eu me retirasse para que pudesse conversar privadamente com alguém – o que seria absolutamente natural.

Trago o assunto à baila por uma única razão: sou testemunha da lisura e do comportamento ético que norteou as viagens do ex-presidente Lula ao exterior – e de que ele de fato proferiu as palestras agora colocadas sob suspeição. Nesse sentido, coloco-me à disposição desse Juízo Federal para oferecer meu depoimento, o qual, estou certo, contribuirá para a elucidação dos fatos sob investigação.

Atenciosamente,

Fernando Morais
jornalista e escritor