No fim do mês de março, a deputada estadual Mical Damasceno (PTB) conseguiu aprovar na Assembleia Legislativa o Projeto de Lei 110/2020, que estabelece que as igrejas e templos de qualquer culto sejam incluídos como atividades essenciais.
No entanto, passado cerca de um mês da aprovação, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), não sancionou o Projeto de Lei e isso ocasionou uma crítica pública, em tom de decepção, da autora da iniciativa.
“Eu só quero aqui deixar registrado, assim, eu fiquei, no caso, decepcionada com o silêncio do nosso Governador, eu diria que poderia ser uma forma dele se manifestar, um projeto tão importante para nós, para o povo cristão e assim, para todas as atividades religiosas. Eu fiquei mesmo triste em saber que ele… ainda bem que ele não vetou nada, isso daí foi a única alegria que a gente teve, mas eu fiquei muito triste em saber que o nosso governador ficou em silêncio num projeto tão importante para nós”, afirmou Mical Damasceno.
O presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto (PCdoB), ainda tentou justificar o silêncio do governador Flávio Dino.
“Como tem uma discussão que chegou ao Supremo Tribunal Federal com relação a esse tema, embora eu não tenha conversado com o Governador sobre esse projeto, talvez o silêncio tenha sido uma forma de evitar o veto. Então existe, está na Constituição a previsão da sanção do veto, ou de silenciar, mas, o mais importante é que Vossa Excelência conseguiu convencer os pares e o projeto foi aprovado e, a partir da publicação, amanhã, será lei”, destacou Othelino.
O problema pode ter sido o desgaste gerado ao governador, após as palavras da deputada Mical, mas que, no “frigir dos ovos”, conseguiu transformar igrejas e templos de qualquer culto em atividades essenciais.