É preciso agir como governador, meu caro Flávio Dino

por Jorge Aragão

O governador do Maranhão, Flávio Dino, tem acompanhado praticamente inerte a crise decorrente da greve dos caminhoneiros, que chega neste sábado (26), ao sexto dia.

Enquanto a população sofre com desabastecimento de combustível e alimentos, visivelmente sentidos, o governador tem se preocupado em fazer apenas politicagem.

O Governo do Maranhão chegou a emitir uma Nota descompassada da realidade dos fatos (clique aqui para ler). A Nota emitida parece deixar claro que o governador não está preocupado com o desabastecimento da população, apenas com a questão pública, e apenas com a questão pública na Região Metropolitana.

A Nota assegura que os veículos tanto da Segurança quanto da Saúde terão combustíveis assegurados, pois esse vem do Porto do Itaqui. Entretanto, o Governo Flávio Dino não conseguiu explicar como vai abastecer outras regiões do Maranhão, afinal a preocupação não pode ser apenas com a Região Metropolitana, mas com todo o Estado.

Já chega a informação de vários locais que o combustível em boa parte das cidades maranhenses já acabou ou só dura até o domingo. Como as viaturas da Segurança e da Saúde vão funcionar para atender a população???

A Nota também não demonstra nenhuma preocupação com a população que precisa passar horas em filas para conseguir abastecer seus veículos. A corrida pelo supermercado e mercearias também é algo preocupante, pois não existe a possibilidade de reabastecimento dessas mercadorias.

O governador, depois da fatídica Nota, realizou uma reunião para tratar do assunto, mas ainda não informou oficialmente quais medidas serão tomadas.

Uma coisa é certa, é preciso Flávio Dino agir efetivamente como um “Chefe de Estado”, deixando a politicagem de lado e pensando efetivamente em sua população.

Greve dos Caminhoneiros: as últimas notícias

por Jorge Aragão

BR-135 – A Prefeitura de São Luís conseguiu na Justiça Federal a imediata desobstrução da BR-135, única entrada por via terrestre a capital maranhense. A decisão é do juiz federal Clodomir Reis, da 3ª Vara Federal Cível do Maranhão.

O magistrado autorizou a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o DNIT a adotar medidas para garantir a desobstrução da rodovia. Segundo o despacho, a multa por descumprimento é de R$ 100 mil.

AGU – Seguindo o caminho da Prefeitura de São Luís, a Advocacia Geral da União (AGU) pediu à Justiça Federal a reintegração de posse dos trechos das rodovias federais que estão com caminhões parados no Maranhão.

No pedido feito com urgência nesta sexta-feira (25) a AGU pede que a Justiça autorize o uso da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e da Força Nacional na desobstrução das vias. A Justiça Federal, nesse caso, ainda não se posicionou.

STF – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes concedeu nesta sexta-feira (25) uma liminar em que autorizou o uso das forças de segurança pública para o desbloqueio de rodovias ocupadas por caminhoneiros grevistas. A liminar de Moraes atende a um pedido do Governo Federal.

O ministro Alexandre Moraes ainda determinou uma multa de R$ 100 mil por hora às entidades que atuarem nas interdições de vias, além de multa de R$ 10 mil por dia para motorista que esteja obstruindo a pista.

ICMS – O Maranhão, por determinação do governador Flávio Dino, é um dos seis Estados brasileiros que não aceitam reduzir o Imposto sobre as Operações de Circulação de Mercadorias e Serviços de Transportes e Comunicação (ICMS), no intuito de diminuir o preço do combustível.

Além do Maranhão, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Distrito Federal também recusaram a possibilidade de reduzir ICMS, pois não querem impacto nas suas arrecadações. O deputado estadual Wellington do Curso já havia sugerido a redução para o governador Flávio Dino, que segue como se a população maranhense não estivesse sendo atingida pela greve.

Caminhoneiros: Temer anuncia Forças Federais para liberar estradas

por Jorge Aragão

No início da tarde desta sexta-feira (25), o presidente da República Michel Temer afirmou que acionou forças federais para desbloquear estradas, ocupadas por caminhões e caminhonheiros que seguem em greve, pelo 5º dia consecutivo.

O anúncio de Temer foi em um pronunciamento no Palácio do Planalto. O presidente fez questão de destacar que a medida só está sendo tomada pelo fato de que a categoria não cumpriu o acordo celebrado na noite de quinta-feira (24).

Temer também salientou que está pedindo apoio dos governadores, para que possam também ajudar na desobstrução das estradas estaduais.

“Comunico que acionei as forças federais de segurança para desbloquear as estradas e estou solicitando aos senhores governadores que façam o mesmo. Não vamos permitir que a população fique sem gêneros de primeira necessidade. Não vamos permitir que os hospitais fiquem sem insumos para salvar vidas. Não vamos permitir que crianças sejam prejudicadas pelo fechamento de escolas. Como não vamos permitir que produtores tenham seu trabalho mais afetado”, afirmou Temer.

Segundo assessoria do Ministério da Segurança Pública, as forças federais incluem: Exército, Marinha, Aeronáutica e Polícia Rodoviária Federal (PRF).

O Governo Temer deve publicar um decreto ainda hoje com acionamento das forças federais para a liberação total das rodovias. Com isso, caminhoneiros manifestantes não poderão ficar nem no acostamento.

Agora é aguardar e conferir.

Maranhão – Também no início da tarde desta sexta-feira, motoristas do aplicativo UBER resolveram interditar a saída de São Luís. O bloqueio está acontecendo na BR-135, próximo ao Aeroporto Hugo da Cunha Machado.

Os motoristas do aplicativo com a manifestação querem apoiar a greve dos caminhoneiros e estender a reivindicação, já que por enquanto só se falou na redução do preço do diesel, mas os motoristas querem a redução do preço do combustível de uma maneira geral.

Até Pezão, meu caro Flávio Dino…

por Jorge Aragão

Diante da crise instalada por conta da greve dos caminhoneiros, alguns gestores não estão de “braços cruzados” esperando apenas o Governo Federal resolver o impasse e tentam colaborar para que a vida do seu povo volte a normalidade.

O principal exemplo foi dado pelo governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão. Mesmo diante da crise que vive o Estado, o governador decidiu reduzir de 16% para 12% o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do diesel em troca da suspensão do movimento nas rodovias do Rio de Janeiro.

No Maranhão, o governador Flávio Dino, o mesmo que aumentou os impostos no ano passado, simplesmente preferiu fazer politicagem ao invés de dar exemplo e tentar contribuir para o impasse da greve dos caminhoneiros.

“Só não temos feito mais porque a conjuntura nacional está esse caos que estamos assistindo. Agora com essa greve de caminhoneiros estamos no limiar de uma total desorganização econômica e social. Espero que os responsáveis achem uma solução para o problema”, disse.

O deputado Wellington do Curso, durante a semana, já havia sugerido ao governador a redução da alíquota do ICMS, que incide sobre o valor do combustível. A ideia era fazer com que o Maranhão pudesse dar a sua contribuição diante do caos.

Mas ao que parece é melhor para o governador tentar tirar dividendos políticos da crise, mesmo que o preço seja que seu povo fique sem se locomover e falte alimentação e medicamento para os maranhenses.

Greve dos caminhoneiros: apenas 50% da frota de ônibus irá circular

por Jorge Aragão

E a greve dos caminhoneiros começa a efetivamente atingir a população de São Luís. Se não bastassem as enormes filas na maioria dos postos de combustíveis da capital maranhense, o SET – Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) informou que apenas 50% da frota de ônibus irá circular nesta sexta-feira (25).

De acordo com o SET, a justificativa para a redução da frota é por conta da crise no abastecimento de combustíveis que assola todo o país, devido a greve dos caminhoneiros que entrou no seu quarto dia. Veja abaixo a Nota do SET.

Nota do SET na íntegra – Informamos aos usuários do sistema de transporte público de passageiros que, devido ao desabastecimento de combustível das empresas, será reduzida a frota de coletivos em até 50%, para garantir o atendimento mínimo na capital. Lamentamos os transtornos enfrentados pelos nossos usuários e estamos aguardando a normalização do fornecimento de combustível.

Supermercados e hospitais também já começam a afirmar que estão sofrendo com o desabastecimento por conta da greve.