Na conta comunista

por Jorge Aragão

O governo Flávio Dino (PCdoB) usa do seu expediente mais comum, a truculência, para tentar calar a imprensa que noticia a morte do médico Mariano de Castro e a relação desta morte com a corrupção descoberta pela Polícia Federal na gestão comunista.

Cria cortinas de fumaça, discutindo gerenalidades para encobrir o fato principal. E esquece que não apenas Mariano de Castro, mas diversas mortes, podem ser atribuídas, de uma forma ou de outra, à incompetência ou à corrupção em seu governo.

O jornalista Marco Aurélio D’Eça abordou em seu blog quatro dessas mortes, incluindo a de Mariano. Citou o mecânico Irialdo Batalha, executado em praça pública em Vitória do Mearim, por um vigilante que fazia as vezes de policial, com a conivência dos próprios PMs.

Também citou o empresário Francisco Edinei Lima, morto após ser trancado em uma jaula com sol a pino, na delegacia de Barra do Corda. E o estudante Fagner dos Santos, assassinado durante uma destrambelhada operação policial de desocupação, no Turu.

Mas há um outro caso não citado por D’Eça e que é tão rumoroso quanto todos esses outros: o suicídio do delegado Alex Aragão, que servia em Coroatá, mas foi transferido para São Raimundo das Mangabeiras por retaliação do governo. Curiosamente, assim como Mariano de Castro, Alex Aragão estava em Teresina quando decidiu dar cabo à própria vida; e também coincidentemente, deixou uma carta nunca tornada pública pela Polícia, assim como a de Mariano.

Flávio Dino, seus auxiliares e seus agentes na imprensa podem atacar, xingar e agredir a imprensa livre e a liberdade de expressão que lhes causam asco; só não podem ignorar todas essas mortes ocorridas durante seu mandato.

Mortes que poderiam ser evitadas. Se não houvesse tanta incompetência e corrupção no seio do governo.

Estado Maior

A esclarecer

por Jorge Aragão

O governador Flávio Dino (PCdoB) faz de tudo para dar ares de tranquilidade em meio ao turbilhão de histórias surgidas a partir da morte do médico Mariano de Castro e Silva, acusado de ser o operador de um esquema de R$ 18 milhões desviados da Saúde no governo comunista.

A mídia controlada pelo Palácio dos Leões já construiu diversas versões, apresentou mil ilações e jogou ao vento tantas outras interpretações dos fatos, na tentativa de esconder o óbvio: há um corpo em meio ao discurso comunista de poder.

E à medida que o tempo avança, vão surgindo diversas outras histórias apontando quem era, o que fazia e como agia Mariano de Castro a favor do governo Flávio Dino, pagando desde negócios milionários do próprio governo até meras consultas médicas de seus secretários.

A Polícia Federal está analisando a morte de Mariano de Castro e já pediu à Polícia Civil do Piauí acesso ao computador, celular e à outra carta, encontrada próximo ao corpo, no apartamento de Teresina.

É a partir desses elementos que se construirá as hipóteses da morte; se foi um crime ou se foi suicídio. E se for este último, em que circunstâncias mentais e emocionais passadas pelo médico.

Mariano morreu na quinta-feira, 12. Até hoje, não se tem notícia de seu velório, enterro e situação dos familiares. As notícias versam todas em torno de sua morte e de seus atos no governo comunista.

E a investigação da PF é que vai esclarecer, de fato, o que aconteceu. E por que aconteceu.

Estado Maior

Não basta falar

por Jorge Aragão

O governador Flávio Dino (PCdoB), sua assessoria de comunicação, blogueiros e jornalistas alinhados ao Palácio dos Leões adotaram uma resposta ensaiada para tentar rebater as críticas à viagem do comunista a Curitiba – em visita a Lula –, enquanto o Maranhão sofria com as enchentes em vários municípios.

Para explicar os custos das passagens da viagem particular de Dino, eles adotaram a tática de dizer, apenas, que foram pagos por ele mesmo.

Mas não basta dizer. Dino tem de provar que pagou suas passagens do próprio bolso. E até agora não fez isso.

Teve blog que até publicou imagem – ao que tudo indica distribuída pelo próprio Palácio dos Leões – com Dino em um ônibus de transporte interno do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, quando de sua volta da capital paranaense, provavelmente para provar que ele viajou em avião comercial.

Mas ninguém questionou se sua viagem foi de avião particular. Até porque, se isso tivesse ocorrido, nem era necessário este debate todo, pois provado já estariam os gastos de dinheiro público para o governador fazer política.

O que se pergunta – e agora de forma oficial, com documentos da Assembleia Legislativa – é quanto custou o passeio proselitista do comunista, quem pagou, de que forma, e a quem. E essas respostas precisam ser dadas, porque Dino é simplesmente o governador do Maranhão. E como tal, pode ter cometido um crime com viéis administrativo e eleitoral.

Sem palavra – Flávio Dino diz que sua palavra basta para garantir que seus gastos em Curitiba foram pagos por ele mesmo, mas diante do que ele fez com o menino Davi Luca, de Vargem Grande, sua palavra não está valendo tanto assim.

Depois de posar em foto com a mãe do menino, chorar e dizer que arcaria com as despesas do tratamento, o comunista simplesmente abandonou a criança à própria sorte.

Para garantir o tratamento da criança de Vargem Grande, a própria mãe fez uma campanha de arrecadação para conseguir R$ 65 mil.

Depois da cirurgia, realizada no fim de março, em São Paulo, ela publicou um post no Facebook desabafando contra Flávio Dino.

E revelou que, depois de toda farsa midiática, o governador simplesmente deixou a criança à própria sorte.

Estado Maior

Quem pagou a conta ???

por Jorge Aragão

Desde ontem, uma pergunta foi feita dezenas de vezes aos setores de comunicação e relações com a imprensa do governo Flávio Dino (PCdoB): “Afinal, quem pagou a conta da ação política do governador em Curitiba (PR) em apoio ao ex-presidente Lula, que está preso na capital paranaense?”.

O Estado também fez a pergunta, seguindo os trâmites oficiais. Como é um órgão de imprensa, outras também foram direcionadas pelo jornal ao governo comunista, ontem, sobre os mais diversos assuntos. Na resposta, a Secretaria de Comunicação informou apenas que a viagem “foi paga com recursos próprios” de Flávio Dino, mas não detalhou as despesas. Até para ficar bem claro para a população.

O próprio governador, tão ativo nas redes sociais, foi questionado por jornalistas, políticos e populares sobre o passeio em Curitiba – enquanto o Maranhão sofria com enchentes em vários municípios –, mas nenhuma explicação foi dada sobre o pagamento de sua passagem em apoio a Lula.

Mas não é apenas a viagem a Curitiba, onde estava em plena campanha pessoal, que deve ser questionada quanto aos gastos. A própria viagem de Flávio Dino aos Estados Unidos, a convite de alunos que estudam em universidades de Massachusetts, precisa ser esclarecida pelo comunista.

Foi um evento pessoal, não estatal, uma palestra do Flávio Dino político e ativista do setor judicial, não do Flávio Dino governador de estado. A pergunta que não quer calar, continua, portanto: afinal, quem pagou a conta?!?

Estado Maior

Traidor-mor

por Jorge Aragão

Chegou à mídia nacional a imagem de traidor que o governador Flávio Dino (PCdoB) passou a ter após usar de forma descarada aliados políticos e, depois, jogá-los à própria sorte quando já não servem mais aos seus interesses.

Também, pudera. A lista só cresce: desde Jackson Lago, passando por Edison Vidigal, Roberto Rocha, o ex-prefeito Sebastião Madeira, o deputado Eduardo Braide, a ex-prefeita Maura Jorge, até chegar em José Reinaldo Tavares e, agora, o deputado federal Waldir Maranhão, que deu a dimensão exata do tamanho da traição dinista.

Waldir Maranhão expôs-se ao ridículo na mídia nacional, em 2016, ao tentar, inclusive, anular o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), após pressão de Dino. Em troca, o comunista garantiria ao aliado a candidatura a senador em sua chapa. Waldir acreditou nisso, e passou dois anos com essa esperança, enquanto o próprio Flávio Dino minava suas pretensões, manipulando o PT e fechando as portas do governo.

Foi assim também com José Reinaldo, com Roberto Rocha, com Sebastião Madeira, com Jackson Lago. Todos foram usados, em um momento ou outro, pelas pretensões de poder de Dino. E descartados assim que chegava o momento de o governador retribuir ao favor. E com esse abandono dos aliados, o comunista vai construindo a sua imagem de traidor-mor do Maranhão. Agora, em âmbito nacional.

Estado Maior

Oposição forte

por Jorge Aragão

O saldo da janela partidária mostra, claramente, o fortalecimento dos candidatos de oposição ao governo Flávio Dino (PCdoB). Se não perdeu partidos de sua base – pelo menos não por enquanto –, Dino também não conseguiu impedir a atração de outras legendas pelos adversários. Passado o período da janela partidária, a oposição ao governo Dino acabou fortalecida ao fim do processo.

A ex-governadora Roseana Sarney, por exemplo, garantiu seu MDB, manteve o PV alinhado e a garantia – ou pelo menos a promessa – de ter o PSD também no palanque. Roseana mantém-se como a candidata com maior tempo de TV, polarizando com Flávio Dino.

O senador Roberto Rocha atraiu nomes de peso para o seu PSDB e segue como opção ao governo. O deputado estadual Eduardo Braide (PMN) garantiu, com o aceno do PSC, fôlego para chegar às convenções em condições de negociação partidária.

A candidata que mais ganhou mídia nesta fase da janela partidária, no entanto, foi a ex-prefeita Maura Jorge (PSL). Sua aliança com o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) chamou a atenção, inclusive, de candidatos interessados em sua chapa, como o ex-deputado Wagner Pessoa e o ex-vereador e candidato a prefeito de São Luís, Fábio Câmara.

Talvez até por esse movimento é que Flávio Dino se prepara para ir ao interior, tentando fortalecer sua imagem. Afinal, a oposição vem forte.

Estado Maior

O jogo já foi jogado

por Jorge Aragão

Com o fim do prazo da janela partidária, termina também o momento das conversas de bastidores com negociações encobertas. As promessas, os compromissos e o toma lá, dá cá já aconteceram. Os atores na disputa eleitoral já estão devidamente posicionados nos partidos políticos, ou seja, do ponto de vista partidário o jogo já está jogado.

A partir de agora, uma nova partida se inicia, com as negociações voltadas para as composições das coligações.

Os partidos e os seus políticos se debruçarão na matemática que envolve as figuras que disputarão as eleições proporcionais, seus pesos eleitorais e as vantagens de ter esta ou aquela legenda ao seu lado para somar votos, alcançar o coeficiente eleitoral e, assim, conquistar a sonhada vaga ou na Assembleia Legislativa ou na Câmara dos Deputados.

Já em relação à eleição majoritária, restaram poucas dúvidas. Uma delas – e talvez a mais antiga – é o anúncio do nome do segundo candidato ao Senado do grupo do governador Flávio Dino (PCdoB). Outra dúvida é em relação ao PSDB, Roberto Rocha e Eduardo Braide (PMN). Afinal, quem será o candidato ao governo?

Do grupo da ex-governadora Roseana Sarney (MDB), as dúvidas são menores. Passa somente pelo nome do candidato a vice-governador na chapa da emedebista.

Já em relação aos demais candidatos, como Ricardo Murad (PRP) e Maura Jorge (PSL), por exemplo, as composições devem ser logo definidas. Não há tantas dúvidas sobre como os demais candidatos, como Ricardo Murad (PRP) e Maura Jorge (PSL), por exemplo, as composições devem ser logo definidas. Não há tantas dúvidas sobre como será cada chapa. Falta somente costuras para finalizar essas composições.

Estado Maior

Vergonha nacional

por Jorge Aragão

Já exposto ao ridículo em âmbito nacional com temas como o “aluguel camarada”, o abandono das estradas maranhenses e as condições da saúde pública no estado, o governador comunista Flávio Dino (PCdoB) passou nova vergonha em rede nacional de TV, ontem, no quadro “O Brasil que eu Quero”, da Rede Globo de televisão.

Um morador de Cajari posou para o quadro em frente a um dos hospitais entregues prontos a Flávio Dino pelo governo anterior. E revelou que o hospital nunca funcionou no governo comunista. “Está se acabando”, revelou o corajoso cajariense.

Nessas horas, como sempre faz quando exposto em rede nacional, Flávio Dino se diz vítima da “imprensa golpista”, faz pregações contra a Rede Globo e ataca os adversários sociais.

Mas não é a mesma atitude que toma quando essa mesma “imprensa golpista” exibe seus devaneios políticos sobre o ex-presidente Lula, sobre o Judiciário e sobre declarações de adversários políticos. Nessas horas, Dino sai todo serelepe pelas redes, anunciando aos quatro cantos que foi notícia “no Jornal Nacional, no Jornal Hoje, no Bom Dia Brasil, no Jornal da Globo”.

E em momento algum lembra de dizer que esses são programas daquela que ele chama de “mídia golpista”.

Estado Maior

Maranhão endividado

por Jorge Aragão

Exatos R$ 1,5 bilhão. Este é o tamanho do endividamento que o governador Flávio Dino impôs ao Maranhão em seus pouco mais de três anos de governo. O último deles, da ordem de R$ 500 milhões, está atualmente em análise na Assembleia Legislativa.

Pior é o cinismo comunista. Como sempre, se posicionaram contra os financiamentos externos ao Maranhão, para não parecer que mudaram o discurso, chamam os empréstimos de “parcerias de financiamento”.

Só para efeito de comparação, o grau de endividamento imposto por Flávio Dino ao povo maranhense é praticamente igual à soma de todos os outros governos dos anos 2000, incluindo o último de Roseana Sarney (MDB), que deixou em caixa nada menos que R$ 2 bilhões do BNDES.

O primeiro destes empréstimos comunistas ocorreu em abril de 2016: R$ 55,2 milhões da Caixa Econômica Federal para obras em São Luís. Meses depois, em julho, novo pedido de autorização: R$ 400 milhões da Corporação Andina de Fomento (CAF), o Banco de Desenvolvimento da América Latina.

Em novembro do mesmo ano – curiosamente um ano eleitoral – foi autorizado um empréstimo de R$ 444 milhões à Caixa Econômica Federal (CEF), para “obras importantes de infraestrutura”.

Ainda em dezembro de 2016, Flávio Dino tomou empréstimo de R$ 55 milhões do Banco do Brasil para compra de motoniveladoras.

E assim Flávio Dino vai endividando o Maranhão, ano sim, ano não. Curiosamente, os anos “sim”, são sempre os de eleições.

Estado Maior

Tensão na reta final

por Jorge Aragão

O clima começou a esquentar às vésperas do fechamento da janela de filiação partidária, que termina no próximo sábado, 7. São diversos candidatos – majoritários e proporcionais – em busca de um bom abrigo partidário ou formação de uma aliança de peso para as eleições de outubro. E diante da movimentação, natural que a tensão política seja elevada à enésima potência.

E é claro que esse clima não deixa de gerar todo tipo de especulação, factoides e até fake news.

Nesta semana, por exemplo, já deram à governadora Roseana Sarney, que está consolidada no MDB, partidos tão distintos quanto DEM e PSD. O ministro Sarney Filho, que chegou a anunciar saída do PV, foi apontado no PSD e até no PP, que ora está na coligação do governador Flávio Dino (PCdoB).

O mesmo PSD atribuído a Roseana também foi destinado ao deputado Eduardo Braide, que sequer cogita deixar o PMN.

Nessa confusão de siglas e de nomes indo e voltando a cada hora, é possível tirar um cenário básico do panorama a três dias do fechamento da janela: praticamente todo o quadro partidário está fechado, faltando poucos espaços para mudanças ou reviravoltas. E estas devem ocorrer, basicamente, em legendas como PR, PSD e PSC, que não são controlados por nenhum membro da bancada maranhense e gozam de certo tempo na propaganda eleitoral.

Todo o resto é especulação. Ou, como virou moda no Brasil, fake news.

Controlados – Partidos sob controle de um deputado federal ou senador na bancada maranhense, PSDB, MDB, PT, DEM, PTB, PP, PV, PRB e SD estão consolidados no Maranhão.

A menos que uma hecatombe política os faça mudar de posição, todas essas legendas seguirão o rumo eleitoral já estabelecido no estado.

Mesmo assim, ainda há quem insista na divulgação de possibilidades novas para essas agremiações.

Estado Maior