MP da Educação também gera polêmica na Assembleia Legislativa

por Jorge Aragão

foto1-eduardo-braide-alerta-para-mp-do-governo-que-retira-direitos-de-professores-da-rede-estadualNão é apenas a votação do ICMS e de mais um empréstimo do Governo Flávio Dino que tem gerado polêmica na Assembleia Legislativa. O deputado estadual Eduardo Braide (PMN) levantou o debate em torno de uma Medida Provisória do Governo do Maranhão na área da Educação.

O parlamentar alega que a MP 226/16 traz prejuízos aos professores da rede pública estadual, ao alterar o Estatuto do Magistério.

“O Estatuto, aprovado por esta Casa, foi uma conquista da categoria depois de uma luta árdua dos professores ao longo de vários anos. As alterações propostas pelo Governo do Estado, prejudicam esses direitos assegurados, uma vez que – em sua redação – impactam diretamente nas gratificações de professores da rede pública estadual e na possibilidade de suas remoções”, disse Braide em seu pronunciamento.

Braide destacou que em dois pontos a MP precisa ser melhor analisada. De acordo com o parágrafo 1° do Art. 36, os professores da Educação Básica, possuidores de duas matrículas, quando têm a dedicação exclusiva e lecionam numa Unidade de Ensino de Tempo Integral, têm direito a gratificação de 25%, contida no Estatuto. Na redação da MP, a referida gratificação será calculada somente com o vencimento de uma única matrícula.

Já em relação ao Art. 45, o Estatuto dispõe que não haverá remoção dos servidores que estejam em estágio probatório. Por sua vez, a MP altera a redação do referido artigo, possibilitando a remoção de ofício (sem o consentimento) de professores que estejam em estágio probatório.

“Aprovar essa Medida Provisória na forma proposta é um retrocesso, uma vez que retirará a possibilidade de gratificação, por exemplo, para os professores com duas matrículas, que tenham atividade de docência nas Unidades de Ensino de Tempo Integral. Tal alteração, além de desvalorizar o professor, é completamente inoportuna em um momento de crise. Além disso, permitir a remoção de ofício de professores, sem consentimento, em estágio probatório, é dar brechas a possíveis perseguições por parte do Poder Executivo”, finalizou o deputado.

felipeO secretário de Educação do Maranhão, Felipe Camarão, fez questão de explicar e assegurar que a MP não acarretará em nenhum prejuízo para a categoria, ao contrário, afirmou que a medida ampliará o direito dos professores da rede estadual.

“A Medida apresenta dois pontos altamente benéficos para os professores, como a possibilidade de remoção ainda no estágio probatório, que passa a ser possível por concurso interno de remoção ou de ofício, considerando-se sempre a necessidade da Rede Pública de Ensino. Isso nos possibilitará atuar melhor frente à ausência de profissionais nas escolas, por exemplo”, destacou.

Outra alteração é sobre a concessão de Gratificação por Exercício em Unidade de Ensino de Tempo Integral, atualmente chamada de Gratificação de Dedicação Exclusiva. Com a alteração, a possibilidade de concessão da gratificação que é calculada sobre o vencimento de cada matrícula, é estendida a professores que possuem uma matrícula de 20 horas, ampliando a possibilidade de ingresso nas escolas de tempo integral.

“A realidade que temos hoje na rede é que somente professores que têm uma matrícula de 40 horas ou duas matrículas de 20 horas podem ser beneficiados com esta gratificação, caso ingressem em escolas de tempo integral. A alteração beneficiará milhares de professores de nossa rede, que possuem apenas uma matrícula de 20 horas e encontram-se impedidos de participar, por exemplo, do seletivo que estamos realizando para as escolas de tempo integral, que entrarão em funcionamento no início do próximo ano”, explicou Camarão.

A MP deve ser votada nesta quarta-feira (21). É aguardar e conferir.

Deputados estaduais do Maranhão podem ter cortes salariais. Será???

por Jorge Aragão

bira1É bem verdade que a notícia parece ser surreal, mas foi a proposta apresentada pelo deputado estadual Bira do Pindaré (PSB) ao tentar defender o indefensável, o Projeto de Lei do Governo Flávio Dino que prevê o aumento do ICMS.

Depois de ficar sem argumentos plausíveis para debater com o deputado estadual Eduardo Braide, contrário ao aumento do ICMS que prejudicará o povo do Maranhão, Bira tentou “blefar” com uma proposta que não agradará seus colegas de parlamento e nem resolverá a celeuma. Entretanto, o que Bira não esperava era a resposta direta e coerente de Eduardo Braide que havia sugerido outros cortes no Governo Flávio Dino, como com a publicidade, para evitar o aumento do ICMS.

“Se querem cortar então por que a gente não começa aqui na Assembleia Legislativa do Maranhão? Podia começar aqui com os salários dos deputados, por exemplo, por que a gente não faz isso? Por que não propõem isso? Eu topo a parada, eu subscrevo. Aí estaremos dando exemplo para a sociedade e para o Governo. Queremos cortar despesas! E vamos começar pelo nosso, façamos isso. É tão simples. Aí a gente dá exemplo”, disse Bira.

Só que a resposta não tardou e veio num tom ainda mais forte. “Apresente o projeto que eu assino”, desafiou e sentenciou Eduardo Braide.

Bira seguiu afirmando que apresentará o projeto. “Então vou apresentar, deputado”. Braide seguiu confirmando que assinará. “Apresente que assino com Vossa excelência”.

Como de costume, querendo ser o arauto da moralidade, Bira do Pindaré apenas se posiciona pessimamente entre os colegas e irá levar um desgaste desnecessário a seus pares e a própria Assembleia Legislativa, afinal agora ele será cobrado para apresentar o projeto. Se não apresentar irão dizer que ele afrouxou, mas se apresentar irá deixar os demais deputados numa situação delicada, afinal ninguém quer perder dinheiro em meio a uma crise interminável.

Menos Bira do Pindaré, bem menos. Entretanto, já que deu à luz a boba ideia, balance, afinal como já dizia a minha avó: quem pariu Mateus, que balance.

Vamos aguardar e conferir se Bira irá mesmo propor cortes nos salários dos deputados estaduais e se os parlamentares irão aprovar tal iniciativa.

Deputados discursam contra aumento do ICMS proposto por Flávio Dino

por Jorge Aragão

eduardobraideOs deputados estaduais Eduardo Braide (PMN) e Alexandre Almeida (PSD) não pouparam críticas ao Projeto de Lei n° 223/16, do Governo Flávio Dino, que quer aumentar o ICMS no Maranhão. A mensagem com o Projeto de Lei foi publicada hoje no Diário Oficial da Assembleia Legislativa.

O primeiro parlamentar que puxou o debate foi o deputado Eduardo Braide que criticou duramente o “golpe” que o Governo Flávio Dino quer aplicar no povo do Maranhão e mais uma vez a incoerência do governador comunista, que em entrevista à Revista IstoÉ, no último fim de semana, falou exatamente o contrário do que está querendo fazer.

“Esse Projeto de Lei é um verdadeiro tapa na cara dos maranhenses. O presente de Natal do Governo Flávio Dino é o aumento do ICMS do Maranhão. O aumento, em sendo aprovado, vai incidir na energia elétrica e também no combustível. O lamentável é que o discurso do governador Flávio Dino para o Brasil é um, mas a ação na prática para o Maranhão é bem diferente. O que ele criticou na entrevista recente a uma revista de circulação nacional, é exatamente o que ele quer fazer com o povo do Maranhão”, afirmou Eduardo Braide.

Ainda em seu discurso, Eduardo Braide assegurou que um outro aumento de imposto só agrava, ainda mais, a crise na economia. “Nós vamos aumentar a recessão, aumentar o desemprego e penalizar os que mais sofrem nos momentos de crise, que são os mais pobres. Os contribuintes não merecem um presente como esse no fim do ano”, ressaltou.

alexandreO deputado Alexandre Almeida também não se furtou de criticar duramente o governador Flávio Dino pela intenção de sobrecarregar o “bolso” dos maranhenses com um aumento do ICMS.

Almeida iniciou a sua fala se referido a sua surpresa ao constatar que muitas ações que antes eram condenadas pelo atual governo, agora vêm sendo praticadas pelo mesmo. “Exatamente quem defendia economia com gasto de publicidade é quem está praticando gastos com publicidade, diga-se de passagem, nas redes nacionais. Exatamente quem dizia que não iria voar em aviões particulares, que não iria voar em jatinhos, que inclusive fez questão de tirar uma foto no seu primeiro dia de governo dentro de um avião de carreira é quem está voando de jato. Quem condenava a realização de empréstimo, é quem hoje pede inúmeros empréstimos. Quem antes condenava o aumento da alíquota do ICMS, agora diz que é preciso aumentar o imposto no combustível e na energia elétrica, exatamente em produtos que mais atingem todos os maranhenses, porque o Estado precisa pagar a folha de pessoal em dia, porque o Estado precisa continuar ajustado”, pontuou Alexandre Almeida.

O parlamentar chegou até a sugerir outras alternativas, que não penalizariam o povo maranhense.

“Por que não reduzir o gasto com publicidade? Por que não enxugar a administração, uma vez que o Maranhão é destaque no País como o Estado com a maior quantidade de secretarias?”, sugeriu Alexandre Almeida.

Ao finalizar seu pronunciamento, Alexandre Almeida lembrou que na proposta orçamentária, encaminhada pelo governo para votação na Assembleia Legislativa, ele identificou um aumento nos gastos de pessoal de 12%. “Ora, o Brasil todo fala em cortar as suas despesas e o Maranhão se dá ao luxo de aumentar os seus gastos. É contraditório, e dessa forma, infelizmente, não iremos melhorar os indicadores, mas apenas castigar ainda mais o povo maranhense”, concluiu.

O Projeto de Lei que aumenta o ICMS do Maranhão, prejudicando o povo maranhense como deseja o governador Flávio Dino, deve ser votado nos próximos dias. Apesar das críticas justas e coerentes, a tendência é que o povo maranhense sofra mais uma derrota, afinal Flávio Dino possui a maioria absoluta no parlamento maranhense.

O certo é que o assunto ainda deverá gerar novos e intensos debates na Assembleia Legislativa e fora do parlamento maranhense, afinal em tempo de crise ainda se falar em aumento de impostos é um duro golpe na população do Maranhão.

Base de Flávio Dino cada vez menor na Assembleia

por Jorge Aragão

FlavioALA base do governador Flávio Dino (PCdoB) diminuiu, na Assembleia Legislativa, após as eleições do mês de outubro.

Além de não contar mais com o deputado Eduardo Braide (PMN), Dino perdeu Alexandre Almeida (PSD) e Wellington do Curso (PP).

Alexandre foi candidato a prefeito do município de Timon, contra Luciano Leitoa (PSB), aliado do comunista. Ele sustenta ter sido atropelado pela máquina do Estado, que segundo ele, agiu com obras eleitoreiras para influenciar o eleitorado de Timon.

Wellington do Curso, assim como Braide, foi candidato a prefeito de São Luís contra Edivaldo Holanda Júnior (PDT), reeleito com o apoio do comunista.

Tanto Wellington quanto Braide reclamam da atuação política do Dino no pleito.

Além destes, Flávio Dino assiste César Pires (PEN) e Max Barros (PRP) iniciarem posicionamento mais firme no Legislativo contra o comunismo.

E a base de Dino vai murchando…

Braide cada vez mais próximo de Roberto Rocha e longe de Dino

por Jorge Aragão

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O deputado estadual Eduardo Braide (PMN), que foi a grande surpresa nas eleições de 2016 para a Prefeitura de São Luís, segue demonstrando que está cada vez mais distante do governador Flávio Dino (PCdoB) e mais próximo do senador maranhense Roberto Rocha (PSB).

Braide iniciou a semana fazendo uma visita de cortesia a Roberto Rocha (veja) e a visita se deu no momento em que o senador aumenta o tom das críticas ao ex-aliado Flávio Dino, conforme o Blog já demonstrou (reveja aqui e aqui).

A atitude de Braide é mais uma demonstração que o político quer mesmo viabilizar uma terceira via para a disputa em 2018. Braide deve somar ao projeto que já tem Roberto Rocha, o prefeito eleito de Santa Rita, Hilton Gonçalo e o deputado estadual Wellington do Curso (PP), outros dois nomes que conseguiram se destacar nas últimas eleições.

Braide já até integrou a base do Governo Flávio Dino na Assembleia, mas após o embate contra Edivaldo Júnior (PDT), apoiado pelo governador, o deputado estadual percebeu que não tinha, e não terá jamais, espaço no grupo do comunista.

Além da visita, Eduardo Braide, como um dos melhores parlamentares da Assembleia e um dos que mais conhecem o Regimento Interno da Casa, tem dificultado alguns atropelos que o Governo Flávio Dino realiza, quase que diariamente, na Assembleia Legislativa do Maranhão.

Já Roberto Rocha sai fortalecido com a visita e fica nítido que a cada mês que diminui a distância para a eleição de 2018, as críticas de Rocha ao governo estadual se intensificam. E Flávio Dino e seus asseclas começam a acusar o golpe e demonstrar preocupação com o cenário nada favorável para 2018.

Roberto Rocha tem rebatido a altura as críticas e já sobrou até para o fiel escudeiro de Flávio Dino, o secretário de Comunicação, Márcio Jerry (veja aqui).

E olha que 2017 ainda nem chegou…

Governo recua e admite alteração em texto de projeto de lei que aumenta imposto

por Jorge Aragão
Rafael Leitoa apresentará emendas aos projetos

Rafael Leitoa apresentará emendas para alterar textos de projetos de lei

O Governo do Estado recuou e admitiu alteração na redação do texto dos dois projetos de lei que tramitam na Comissão de Constituição, search Justiça e Cidadania (CCJ) da Assembleia Legislativa, check e que instituem aumento de imposto no Maranhão. A manobra, here que na prática representa uma reforma do Sistema Tributário do estado, foi revelada ontem com exclusividade por O Estado.

Ao veículo, o deputado estadual Rafael Leitoa (PDT), presidente da CCJ, afirmou que em audiência, o secretário de Estado da Fazenda (Sefaz), Marcellus Ribeiro Alves, apontou “equívocos” na redação.

“Não existe ilegalidade, o que existem são equívocos que serão corrigidos por meio de emendas que eu vou apresentar na CCJ na próxima terça-feira, data em que apresentarei meu voto enquanto relator”, disse.

Leitoa explicou que não haverá cumulação de multa de mora e aumento de juros, em 1% com a taxa Selic – como destaca o texto original do projeto de lei 202/2016, e já considerado ilegal pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

“Neste trecho que diz respeito à taxa Selic, faltou na verdade uma palavra que diz trata do período. Não haverá aquela cumulação de taxa de 1%, como está descrito. Esse foi um dos equívocos apontados pelo secretário durante a audiência que realizamos ontem [terça-feira] e o texto será alterado”, explicou.

Leitoa também rebateu o posicionamento do colega Eduardo Braide (PMN), a respeito da “penalização ao contribuinte” no estado. Ele disse que, ao contrário do exposto por Braide, haverá redução, e não aumento de imposto.

“O Projeto de Lei n.º 202 traz aqui nos seus artigos a situação de multa de mora, que fala com relação ao limite de 20%. Esse limite na lei estadual aprovada por esta Casa em 2002, era de 30%, ou seja, o projeto de lei vem a reduzir esse valor da multa e criar o mecanismo de 0,33% ao dia e aí limitando o contribuinte a ter 60 dias para pagamento dessa multa”, disse.

Confisco

O pedetista afirmou que, diferentemente do que apontou Eduardo Braide, o projeto de lei 204/2016, não tem caráter de confisco.

“O projeto nº 204, ele traz exatamente a isonomia entre quem é legal e quem não está legal, pois este regramento já existe na nossa legislação estadual, que é o regulamento do ICMS no seu Artigo 17, inciso 4, que prevê adição de 50% para venda a contribuinte inscrito. A agregação já é de 50%, o que ocorre é que Estado agora coloca e equilibra quem não é inscrito, mas que pratica atividade, que é a necessidade de estar inscrito no cadastro do ICMS. Ou seja, aquele comerciante que a gente não pode deduzir se é legal ou não, por ser pequeno, ou não, é que vai valer também para 50% e vai dar uma justiça e isonomia a quem está legal”, completou.

Apesar de defender a antecipação de 50% do ICMS, Leitoa admitiu que outro trecho do projeto de lei será alterado.

No texto original, o governador Flávio Dino (PCdoB) havia revogado dispositivos do Regulamento do ICMS, que previa o recolhimento do imposto até o dia 20 do mês subsequente ao da operação. Leitoa apresentará emenda para alterar a redação.

“Vamos apresentar as emendas na terça-feira”, resumiu, sem dar mais detalhes.

Informações de O Estado

Braide alerta para projetos de Dino que desejam aumentar impostos

por Jorge Aragão

braideO deputado estadual Eduardo Braide (PMN) utilizou a Tribuna da Assembleia Legislativa para alertar os colegas parlamentares sobre dois projetos encaminhados pelo Governo Flávio Dino, unhealthy que instituem o aumento de impostos no Maranhão.

Além de alertar, de maneira coerente, Eduardo Braide manifestou votos contrários aos projetos que preveem criação de multa de mora, aumento de juros e cumulação com a taxa Selic, além do aumento na antecipação do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 30% para 50% em todo o Estado.

Os projetos, que na prática representam uma reforma do Sistema Tributário do estado, segundo Braide, apresentam ilegalidades e ferem a Constituição. O de número 202/2016, por exemplo, que trata da multa e dos juros de mora, bem como do parcelamento de créditos de natureza não tributária [aluguel ou valor devido ao estado que não tenha relação com imposto], cria a figura da multa de mora, que até então não existe. Cria também a figura da multa de mora diária de 0,33% ao dia e que pode chegar a 20%.

O parágrafo segundo do texto, destaca que os juros de mora serão a taxa Selic. Mas no parágrafo quinto, amplia: “os juros de mora incidirão a partir do primeiro dia após a data do vencimento, no percentual de 1%”. Ou seja, na prática, haverá soma da multa de mora no débito, com os juros de mora –ligada à taxa Selic -, e mais 1% instituído.

“O Superior Tribunal de Justiça [STJ] já decidiu que a taxa Selic não pode ser cumulada com juros moratórios, conforme previsto no projeto encaminhado pelo Governo do Estado”, disse.

O projeto do governador Flávio Dino também fere o princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional, ao propor que – em caso de dívida por parte do contribuinte -, “o pedido de parcelamento importa em confissão irretratável da dívida e renúncia da impugnação ou recurso administrativo ou judicial, bem como desistência dos já interpostos”.

“O projeto fere a Constituição no seu artigo 5º, inciso XXXV. Quero acreditar que o governador assinou essa mensagem sem ler”, completou o parlamentar.

ICMS – Além de criar multa de mora, aumento de juros e de estabelecer a cumulação com a taxa Selic no projeto de lei 202/2016, o governador Flávio Dino (PCdoB) propôs o aumento de ICMS de 30% para 50%. A proposta é objeto do projeto de lei 204/2016.

Para o deputado Eduardo Braide, a proposta tem natureza confiscatória. “O percentual de antecipação do ICMS (50%) tem verdadeira natureza confiscatória, tendo em vista que o projeto permitiria por meio de ato administrativo, uma apreensão antecipada e em patamar elevado e sem apresentar nenhuma compensação ao contribuinte. Além disso, o referido projeto revoga dispositivos do Regulamento do ICMS, que previa o recolhimento do imposto até o dia 20 do mês subsequente à operação. Uma proposta como essa prejudica, especialmente, os comerciantes mais vulneráveis”, afirmou.

Braide explicou que além de agravar a recessão, a medida deve aumentar o desemprego no estado, uma vez que retira do comerciante o potencial de capital de giro.

“Quem conversar com qualquer comerciante do Maranhão, especialmente os pequenos, saberá a dificuldade que esses têm encontrado de se manter em atividade e gerando empregos. E, agora, o Governo ainda vem penalizar ainda mais esses contribuintes? É inadmissível sobrecarregar ainda mais os comerciantes”, completou.

Graças ao alerta de Braide, a base governista na Assembleia se comprometeu a consultar o Governo Flávio Dino, em especial o secretário Marcellus Ribeiro Alves (Fazenda), antes de levar os projetos para votação no Plenário.

As observações na aprovação de outro empréstimo no Governo Dino

por Jorge Aragão

assembleia

Como era esperado, pharmacy o Governo Flávio Dino conseguiu aprovar, nesta quinta-feira (17), mais um empréstimo na Assembleia Legislativa do Maranhão, esse no valor de R$ 444.750.000,00. Foi o terceiro empréstimo aprovado em apenas 40 dias, dois juntos a Caixa Econômica Federal e um diante do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA).

Entretanto, o que mais chamou atenção na votação, de mais esse empréstimo para o Governo Flávio Dino, foram as observações pertinentes feitas por alguns parlamentares.

O primeiro a questionar foi justamente quem havia pedido vista ao projeto, o deputado Eduardo Braide, que demonstrou preocupação com a carência de informações do referido projeto.

“O problema é que o projeto só tem uma página, isso não nos permite apreciar a sua legalidade ou não. Nessa única folha, não faz referência a taxa de juros desse empréstimo, não faz referência a carência e nem ao prazo de pagamento. Informações que são fundamentais para que nós possamos apreciar tal projeto”, questionou Braide ainda na Comissão de Orçamento da Assembleia.

Já a deputada estadual Andrea Murad afirmou que o empréstimo está sendo feito para um programa que sequer foi criado pelo Governo Flávio Dino.

“É um absurdo que iremos aprovar um empréstimo que tem como suposto destino o Programa Maranhão Mais Justo, um programa que não existe, nunca foi criado. Infelizmente é mais uma imoralidade que esse governo está cometendo e com a nossa aquiescência”, declarou.

O deputado estadual Max Barros também fez uma lembrança de suma importância, mesmo que incomode os membros do Governo Flávio Dino.

“O Estado do Maranhão tem capacidade para pedir empréstimo? Tem. Tem por quê? Porque o atual governo encontrou as finanças do Estado totalmente saneadas. Talvez não tem nenhum estado na federação que tinha as finanças tão saneadas como tem o Maranhão. O saneamento das finanças do Estado não se faz em um ano, ou seja, o governo anterior deixou as finanças equilibradas e o governo atual vem mantendo isso”, disse Barros.

Por fim, foi a vez do deputado estadual Alexandre Almeida, em tom irônico, após a fala do deputado estadual Bira do Pindaré, destacar como alguns parlamentares agora defendem algo que eram terminantemente contrários.

“Hoje é um dia muito feliz, pois o destino está reservando a esta Casa e a muitos deputados a oportunidade de se manter coerente e a outros a oportunidade de evoluírem. O deputado Bira do Pindaré, que outrora gritava contra empréstimos é hoje um advogado de empréstimo. Muito obrigado destino, por nos dar essa oportunidade”, finalizou.

E assim segue a mudança no Maranhão, curiosamente, com as mesmas práticas…

Eduardo Braide já de volta a Tribuna da Assembleia Legislativa

por Jorge Aragão

foto-1-os-votos-que-recebi-serao-devolvidos-em-mais-trabalho-por-sao-luis-diz-eduardo-braide-em-retorno-a-assembleiaO deputado Eduardo Braide (PMN), rx que retornou nesta segunda-feira (31) à Assembleia Legislativa, usou a tribuna para agradecer a votação que recebeu no segundo turno da eleição municipal de São Luís.

“Os 243.591 votos que recebi, votos de confiança e esperança, serão todos devolvidos em trabalho, como sempre fiz aqui nesta Casa. Volto à Assembleia Legislativa para continuar defendendo a população de nossa cidade e, sobretudo, fiscalizando os próximos quatro anos. Que as máquinas que trabalharam nas madrugadas às vésperas da eleição não sejam retiradas das ruas”, alertou Braide.

Sobre os ataques que sofreu durante toda a campanha do segundo turno, Eduardo Braide lamentou que em São Luís ainda haja a prática da velha política.

“Tão logo fui anunciado para o segundo turno, virei alvo de ataques, ofensas, calúnias e nem minha família foi respeitada. Virei pauta da Rádio e TV Difusora pela manhã, tarde e noite. Nunca fui procurado para falar sobre qualquer assunto veiculado. Só quero lembrar que esta é uma concessão pública e que assim como há direitos também têm deveres a serem cumpridos. Só quero relembrar que o caso foi denunciado ao SBT Nacional e que irei onde precisar ir para que este caso não se repita mais aqui em São Luís”, destacou o deputado sendo aplaudido pela galeria.

Ao final do discurso, Braide agradeceu mais uma vez os votos que recebeu. “Sou extremamente e serei sempre grato aos mais de 240 mil ludovicenses que fizeram um novo dia nascer em São Luís. A ilha rebelde acordou e mostrou que pode mudar o rumo das eleições, como mudou. Sei que eles estarão juntos comigo fiscalizando para que as máquinas do Estado e da Prefeitura continuem trabalhando. Que Deus abençoe a todos os moradores da nossa querida São Luís”, finalizou o deputado.

Eduardo Braide terminará 2016 favorito para 2020, mas…

por Jorge Aragão

eduardobraide

É inegável que deputado estadual Eduardo Braide (PMN) foi a grande surpresa destas eleições em São Luís. Braide só decidiu disputar a Prefeitura de São Luís em junho deste ano, pilule ou seja, faltando quatro meses para o pleito eleitoral.

Pela decisão, digamos tardia, Braide não conseguiu viabilizar muitos apoios e alianças para a disputa. Saiu sozinho, com a cara e a coragem. Teve sua campanha prejudicada, não só pela falta de um planejamento maior, mas principalmente pelo pouquíssimo tempo que teve no horário eleitoral, aproximadamente 10 segundos.

Com todos esses fatores adversos, absolutamente ninguém imaginava que Braide poderia ter o desempenho que teve nestas eleições. Tanto que na semana das eleições do 1º Turno, Braide oscilava entre a 4ª e 5ª colocação, mas após o seu sensacional desempenho no debate, conseguiu surpreender e chegar ao 2º Turno.

Na nova eleição travou um duelo mais igualitário com Edivaldo Júnior (PDT), para muitos, e para alguns institutos de pesquisa, chegou a liderar a corrida eleitoral, mas perdeu fôlego na reta final.

Só que o fato de não ter vencido e não ter se tornado o prefeito eleito de São Luís, jamais pode ser encarado como uma derrota para Braide. Muito ao contrário disso, por tudo já relatado, Braide por muito pouco não contrariou a lógica das eleições.

Com esse cenário amplamente favorável, é incontestável que Eduardo Braide terminará o ano de 2016 como o favorito para disputar a Prefeitura de São Luís nas eleições de 2020.

Entretanto, ele precisa ter a convicção de que boa parte desses votos também não são seus, ou seja, não pode ser contabilizado como seu eleitorado, mas sim de eleitores insatisfeitos com a primeira gestão de Edivaldo, e que votariam em qualquer outro candidato. Só que ele pode conquistar novamente esses votos, como conquistou agora.

Braide também precisa urgentemente definir sua relação com a classe política, algo que lhe atrapalhou bastante neste 2º Turno das eleições, pois dentro da sua “casa”, na Assembleia Legislativa, sua imagem ficou arranhada.

Conseguindo fazer isso e se planejando melhor, Eduardo Braide tem todas as chances e condições favoráveis de se tornar prefeito de São Luís em 2020, pois do contrário pode correr o risco de ser o “fenômeno” às avessas, como foi Eliziane Gama nestas eleições.