A retaliação do Governo ‘democrático’ de Flávio Dino

por Jorge Aragão

flaviodinoDe O Estado – O governador Flávio Dino (PCdoB) reagiu aos deputados que votaram de forma favorável ao requerimento de autoria de Adriano Sarney (PV) que solicitava a presença da Força Nacional no estado – matéria que desgastou a imagem do Governo ­, unhealthy e à bancada de oposição no Legislativo Estadual, and e não pagou as emendas parlamentares já previstas em orçamento.

Ficaram sem as emendas parlamentares, help os deputados Wellington do Curso (PPS), Cabo Campos (PP), Zé Inácio (PT) e Júnior Verde (PRB), todos da base do Governo na Assembleia Legislativa, além dos oposicionistas Andrea Murad (PMDB), Sousa Neto (PTN), Edilázio Júnior (PV) e Adriano. Nina Melo (PMDB), que votou pela vinda da Força Nacional para o Maranhão, também não recebeu as emendas parlamentares.
Para Adriano Sarney, a retaliação do governador Flávio Dino aos parlamentares vai de encontro ao discurso defendido por ele durante a campanha eleitoral de 2014. “Em qualquer democracia do mundo os representantes da população têm autonomia para expressar as suas convicções e defender os interesses de seu público no parlamento. No Maranhão não é assim. O governador usa a tática de cooptação até mesmo na votação de um simples requerimento. Agora, como esses deputados têm ligação direta com a classe da segurança pública, poderiam ser contra o reforço federal? Eles foram apenas coerentes em suas ideias e com as pessoas que os elegeram”, disse.

Governo – O secretário­chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares (PSB) e o líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Rogério Cafeteira (PSC), negaram a existência de retaliação por parte do Governo do Estado aos deputados que não se alinham aos interesses do Poder Executivo.

De acordo com Tavares, não existe qualquer veto do Palácio dos Leões em relação a alguns governistas e à bancada de oposição no Legislativo. “Não tenho conhecimento de nenhum veto. Além disso, muitos deputados de oposição tiveram emendas atendidas, provando que o Estado não diferencia deputados em função de sua cor partidária”, disse. Apesar da afirmação de Tavares, nenhum parlamentar da bancada de oposição recebeu as emendas.

Ele também sugeriu que deputados novatos não teriam direito a emendas. “Gostaria de lembrar que todos os deputados citados [Wellington do Curso, Cabo Campos, Zé Inácio e Júnior Verde] são da nova legislatura, não possuindo emendas aprovadas na LOA [Lei Orçamentária Anual] em dezembro do ano passado”, completou.

Foi o mesmo argumento utilizado pelo líder do Governo na Assembleia, deputado Rogério Cafeteira. “Não há esse tipo de retaliação. Alguns deputados não têm direito a emenda. Não eram deputados [na legislatura passada], não fazem indicações”, disse.

A bancada de oposição, no entanto, rebateu a defesa do Governo. “E como explicar o fato de que alguns deputados novatos receberam e outros não?”, questionou Edlázio Júnior (PV).

“Porque então os deputados Glalbert Cutrim e Fábio Macedo, ambos novatos, receberam emendas e há tantos outros com as emendas já empenhadas?”, indagou Andrea Murad (PMDB).

Pelo visto o governo democrático, prometido por Flávio Dino, é mais outro assunto que não passou da teoria.

Adriano Sarney diz que prioridade do governador é perseguir adversários

por Jorge Aragão

ADRIANOMARÇODe O Estado – O deputado estadual Adriano Sarney (PV) afirmou ontem em seu perfil, rx em rede social, healing que o governador Flávio Dino (PCdoB) tem tratado como prioridade na sua gestão, a perseguição a adversários políticos.

Ele comparou a aprovação de um requerimento de autoria do primeiro vice­presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB) ­ que institui a instalação de uma comissão especial para fazer o levantamento de todos os bens públicos do Estado que possuem nomes de pessoas vivas ­, com a rejeição de um requerimento de sua autoria que solicitava a presença da Força Nacional na Região Metropolitana de São Luís.

De acordo com Adriano, há incoerência e divergência entre o discurso e a prática do governador comunista, que durante a campanha eleitoral de 2014 pregou “mudança”.

Ele afirmou que foi sob a orientação do Palácio dos Leões que deputados da base governista aprovaram o requerimento de Othelino, que criou a comissão especial no legislativo. Uma das sugestões levantadas pelo próprio deputado comunista, foi de seja mudado o nome da Ponte José Sarney, para a Ponte do São Francisco.

“O Governo manda os deputados aprovarem requerimento que cria a comissão para ‘desomenagear’ seus adversários políticos e enquanto isso rejeita o pedido da Força Nacional”, disse.

“Esse é maior exemplo das prioridades do Governo. Perseguir adversários ao invés de combater a violência de forma objetiva”, completou.

Crise ­ No início do mês, após instalada grave crise no Sistema de Segurança Pública do estado, Adriano Sarney protocolou na Mesa Diretora da Assembleia, requerimento solicitando ao governador Flávio Dino, pedido de presença das tropas federais no estado.

Na ocasião, deputados da base governista – orientados pelo Palácio dos Leões ­, tentaram desqualificar a proposição, afirmando que o pedido tinha por objetivo apenas desgastar a imagem do Governo do Estado. A base do governador rejeitou, então, a proposta.

Na semana seguinte, após ampliada a crise no Sistema de Segurança, a Secretaria de Comunicação do Estado divulgou uma nota, informando que a Força Nacional, por meio de uma equipe formada por delegados, investigadores e escrivães, já estava presente no Maranhão desde o mês de abril.

A oposição continuou a solicitar a presença da Força Nacional, mas ostensiva e não da polícia judiciária, mas sem conseguir convencer o Executivo.

Mais – A O Estado, a assessoria de comunicação do Ministério da Justiça informou que a equipe de polícia judiciária, da Força Nacional, ficará no Maranhão somente até a próxima terça­feira, dia 30. O Governo do Estado poderá solicitar, no entanto, que a equipe permaneça no estado.

A equipe da Força Nacional que se encontra no estado, porém, não faz o trabalho ostensivo e preventivo, o de policiamento nas ruas.

Adriano Sarney destaca audiência pública sobre poluição de rios e praias

por Jorge Aragão

adrianoabrilO deputado estadual Adriano Sarney (PV) destacou na sessão de hoje na Assembleia Legislativa, ambulance as discussões levantadas durante uma audiência pública realizada ontem no Legislativo, find sob a sua coordenação, unhealthy que tratou da poluição dos rios e das praias dos municípios que integram a Região Metropolitana de São Luís.

A audiência foi realizada de forma conjunta pelas comissões de Meio Ambiente e de Assuntos Econômicos. Adriano avaliou como positiva a audiência e revelou ter saído do encontro satisfeito com as informações repassadas por pesquisadores e órgãos do Poder Público que têm atuação direcionada ao tema.

Um dos pontos observados nas discussões, segundo Adriano Sarney, diz respeito a explicação dada por pesquisadores da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), de que 50% dos problemas de poluição das praias da Ilha ocorre por falta de saneamento básico.

Outros 50% ocorrem em decorrência do despejo direto do lixo nos rios – que por consequência acabam chegando ao mar -, da ausência de drenagem urbana, falta de conscientização da população e o lançamento também de esgoto não tratado nos rios. O Rio Calhau, segundo estudos, é o mais poluído de São Luís.

“Fiquei feliz em saber que poderemos acabar com 50% do problema até o fim do próximo ano, quando serão concluídas as obras do PAC Saneamento Básico, que é gerenciado pela Caema. O programa contempla uma série de obras de saneamento básico dentro da Ilha e vai tratar cerca de 75% do esgoto”, disse.

Adriano afirmou que a partir de agora vai acompanhar e fiscalizar as obras do PAC Saneamento. “Vamos fiscalizar, acompanhar o andamento destas obras e dentro deste mesmo quesito, saber se estão utilizando a tecnologia correta, ou se é obsoleta. Vamos detalhar esses projetos junto a Universidade Federal do Maranhão até para saber se estamos seguindo um caminho certo”, finalizou.

Participaram da audiência representantes do Governo do Estado, da Prefeitura de São Luís, Ministério Público, Universidade Federal do Maranhão, órgãos de meio ambiente e representantes da sociedade civil.

Adriano Sarney novamente no “X” da questão

por Jorge Aragão

adrianonovaAssim como foi no caso do Conselhão (reveja), medicine também debatido na Assembleia, ampoule o deputado estadual Adriano Sarney foi no “X” da questão sobre a locação de aeronaves – um jatinho e um avião bimotor – pelo Governo Flávio Dino.

Nesta segunda-feira (22), check a deputada Andrea Murad afirmou que o processo de licitação, que estava suspenso, será mesmo retomado e que os eventuais gastos devem superar gastos semelhantes no Governo Roseana.

Os deputados governistas Rogério Cafeteira, Líder do Governo, e Eduardo Braide saíram em defesa do Governo, alegando que a crítica seria prematura, já que o processo de locação ainda não foi concluído.

No entanto, a crítica feita por Adriano Sarney foi precisa e deixou os governistas sem argumento. O parlamentar questionou a coerência do governador Flávio Dino, que anteriormente criticava duramente a locação de aeronaves no Governo Roseana e agora fará o que tanto criticou.

Ele explicou que talvez mais importante do que apontar dados relacionados à economia aos cofres públicos ou superfaturamento, diz respeito à mudança de discurso de Flávio Dino. No início do ano, Dino afirmou que reverteria o dinheiro gasto com o aluguel de aeronaves, para ações nas áreas de Saúde e Educação.

“A grande questão é justamente a incoerência na contratação das aeronaves, quando o governador Flávio Dino disse que não iria contratar aeronaves, mas faz justamente o contrário”, disse.

Adriano lembrou que no início do ano, Dino posou para foto em voo comercial ao lado de um dentista – declaradamente seu eleitor -, indicando que aquele ato passaria a ser rotina no Palácio dos Leões.

“Quero saber o que o governador Flávio Dino vai falar agora para o dentista, o cidadão que estava ao seu lado no voo comercial. Como ele vai explicar para aquele cidadão que agora mudou de ideia? Como ele vai explicar para aquele cidadão maranhense que ele não vai mais andar de avião comercial enquanto for governador? Como ele vai explicar que na verdade o enganou naquele momento, que ele o fez passar por um papel ridículo perante os seus amigos e perante a sociedade maranhense? Aí é que está a incoerência de Flávio Dino”, disse.

Como este Blog sempre disse: coerência não é e nunca foi, nem de longe, uma característica do político Flávio Dino.

Oposição protocola representação contra secretário Jefferson Portela

por Jorge Aragão

sousaeadrianoDeputados estaduais, cialis que integram a Oposição na Assembleia Legislativa, treatment deram entrada na tarde desta sexta-feira (19) com uma representação na Procuradoria Geral de Justiça do Maranhão contra o secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, por comportamento e conduta incompatível com o cargo público que ocupa.

A representação, assinada pelos deputados estaduais Sousa Neto, Adriano Sarney e Andrea Murad, foi motivada principalmente pelas recentes declarações que Jefferson Portela deu em suas redes sociais ao se manifestar contra aqueles que não compartilham das convicções político-partidárias dele e do grupo político que atualmente governa o Maranhão.

Na Representação, os parlamentares destacam que, para o secretário, qualquer um que seja do político adversário são “lacaios da família Sarney” e todos os problemas enfrentados na segurança resultam de “malfeitos dos quatro desgovernos dessa Roseana”, como ele afirmou nas redes sociais. “Quais malfeitos? Estão apurados em processos judiciais? Não Tudo parte da opinião pessoal político-partidária-policial do representado”, ressaltam eles, no documento.

Também foi exposto ao Ministério Público que, nas redes sociais, o secretário também afirmou que “os cofres do Estado foram fechados e o sarneismo esperneia”, definindo que toda e qualquer crítica somente existe porque os críticos, com ou sem mandato, são “lacaios da família Sarney”.

“Fica evidenciado que Jefferson Portela ocupa o cargo de secretário contra os opositores do seu grupo político e todo e qualquer sarneista será alvo do Estado policial. As notícias correntes no Maranhão é que a prioridade do secretário de Segurança é adotar medidas policiais contra os sarneistas, especialmente contra gestores da administração passada”, conclui a representação.

Com a representação, os deputados argumentam que Jefferson Portela fere os princípios da impessoalidade, da moralidade e da eficiência na gestão pública. E propõem ao Ministério Público que ele seja processado por improbidade administrativa.

Segurança Pública volta a ser o assunto do dia na Assembleia

por Jorge Aragão

oposicaotes

A Segurança Pública, order ou melhor, illness a falta dela, foi o assunto principal dos deputados estaduais na última sessão ordinária desta semana na Assembleia Legislativa.

O primeiro a abordar o assunto foi novamente o deputado Sousa Neto. O parlamentar lamentou a ausência de um representante da Secretaria de Segurança na audiência pública que debateu a questão da saída temporária.

Para Sousa Neto, essa foi mais uma atitude desrespeitosa do secretário Jefferson Portela para com a Assembleia. Lembrando que Portela já havia criticado duramente deputados estaduais nas redes sociais. Por conta desse novo posicionamento do secretário, o parlamentar assegurou que ingressará com uma representação na Procuradoria Geral de Justiça do Estado do Maranhão, por comportamento e conduta incompatível com o cargo público que ocupa.

“Política partidária não se faz em secretaria de Estado. Já que esta Casa não tem o seu respeito, o secretário Jefferson Portela vai ter que se manifestar perante o Ministério Público”, afirmou Sousa Neto.

Os deputados Andrea Murad e Adriano Sarney também abordaram a “falência” da Segurança e lamentaram que mais uma vez o Maranhão tenha sido noticiado negativamente na TV Globo, mais uma vez pela falta de segurança no Estado. Os parlamentares comentaram o episódio em que famílias foram expulsas de suas casas por traficantes e que foi alvo de reportagem no Bom Dia Brasil.

“A política de segurança pública do secretário Jefferson Portela não está funcionando, e o governador ainda não se deu conta disso. Eu não estou aqui falando do policial Jefferson Portela, estou falando dele como secretário de Segurança Pública do Estado. A partir do momento em que o Estado se rende dessa forma aos bandidos, que os bandidos humilham o Estado do Maranhão dessa forma, eu acho que está na hora de repensar, de rever”, declarou Andrea Murad.

“Não adianta mais se trancar em casa, porque no Coroadinho, por exemplo, os bandidos estão expulsando as pessoas de casa. Então, não adianta mais nem se trancar em casa, porque a bandidagem, o poder paralelo está expulsando os próprios maranhenses de dentro de suas próprias casas. A única coisa que eu peço ao senhor governador é que tenha responsabilidade com o povo do Maranhão, que tenha responsabilidade e que honre os votos que o senhor recebeu, peça que a Força Nacional venha às ruas do Maranhão”, assegurou Adriano Sarney.

welligntoncursomarcGovernistas – Engana-se quem imagina que as críticas a Segurança do Maranhão ficou restrita aos deputados oposicionistas. O deputado governista Wellington do Curso, mantendo sua coerência, também apelou para que o governador reveja a questão da Segurança dentro do seu Governo.

“Eu mesmo fiz uma visita in loco ao bairro da Vila Luizão, Coroado, Coroadinho, e é estarrecedor olhar as ruas do Coroadinho, na Vila Natal, totalmente despovoadas. E nos faz lembrar o que na atualidade tem acontecido, por exemplo, na Síria onde mais de 11 milhões de refugiados estão deixando a Síria por conta de guerras e por conta da falta de segurança, e todos os organismos mundiais estão com olhares voltados para Síria e outros países que sofrem com esse problema. Os valores estão invertidos. Faço apelo ao governador para rever essa situação, disse Wellington.

O deputado Cabo Campos, outro governista, também lamentou a ausência dos representantes do Governo na audiência pública que debateu as saídas temporárias (veja aqui).

Pelo visto, a Segurança, indiscutivelmente, tem sido o principal “calcanhar de Aquiles” do Governo Flávio Dino.

Oposição lamenta “falência” do Sistema de Segurança do Maranhão

por Jorge Aragão

SOUSANETONOVAA triste realidade, and vivida por cerca de 100 famílias das vilas Colier, viagra área de Pedrinhas, ambulance e Natal, no Coroadinho, que foram obrigadas a se mudarem após serem ameaçadas por facções criminosas (reveja), foi abordada pela Oposição na Assembleia Legislativa.

O deputado estadual Sousa Neto, o primeiro a abordar o assunto, teme pela falência do Sistema de Segurança do Maranhão.

“O Governo Flávio Dino conseguiu decretar a falência da Segurança Pública. Eu não me lembro de ter visto ou ouvido falar da polícia ter ajudado, por mando da Secretaria de Segurança Pública, a pessoas de bem a se mudarem de suas casas por conta do medo do crime organizado”, afirmou.

O deputado Adriano Sarney também lamentou o episódio e cobrou respostas efetivas do Governo no combate ao chamado “poder paralelo” das facções criminosas que atuam em São Luís.

adrianoabril“Pessoas estão sendo expulsas de suas próprias casas, comerciantes estão sendo assassinados por facções criminosas e o governador, que prometeu que iria controlar o sistema de Segurança Pública a partir do dia 1º de janeiro, está perdido em sua própria incompetência”, afirmou.

Adriano lembrou que chegou a sugerir ao governador o pedido da presença da Força Nacional [policiamento ostensivo] para a Região Metropolitana de São Luís, mas a proposição acabou derrubada pela base governista na Assembleia Legislativa.

“A polícia vem fazendo um excelente trabalho, mas como o próprio governador disse, a nossa força policial não é o bastante. Precisamos do apoio da Força Nacional. Mas porque ele não chama: não chama porque é o deputado Adriano que está pedindo. Flávio Dino precisa agir, precisa dar respostas à sociedade que tanto acreditou nesse discurso de mudança”, finalizou.

Menos ou mais empresas?

por Jorge Aragão

adrianosarneyfevPor Adriano Sarney

Quem acompanha meus artigos e minha atuação na Assembleia Legislativa sabe que acredito no fortalecimento da iniciativa privada como o esteio para o progresso social e econômico do Maranhão.

A dependência da maior parte da população da máquina pública, ambulance seja federal, estadual ou municipal, alimenta um ciclo perverso de atrelamento ao status quo. O fomento e o incentivo às empresas, cooperativas, arranjos produtivos ou qualquer forma de produção privada e autônoma é sinônimo de renda, conhecimento e, sobretudo, emancipação.

No governo passado, foi criado o Pro Maranhão, programa de incentivo a iniciativa privada que beneficiou quase 50 empresas em todo o Estado e iria contemplar mais algumas dezenas de firmas se não fosse o atual governo substitui-lo pelo Mais Empresas.

Acontece que a mudança foi para pior, criou-se um programa subjetivo e com menos incentivos com a pouco fundamentada pretensão de favorecer os municípios com menor IDH, porém se utilizando de forte apelo político e técnicas de marketing bastante eficazes para a propaganda governamental.

O Pro Maranhão dava isenção de 75% do ICMS para todas as empresas que participavam do programa. O Mais Empresas aplica até 65% de isenção, exceto para firmas que pretendam se instalar nos 30 municípios que são considerados de menor IDH, nesse caso a taxa é de até 95%.

O problema do Mais Empresas é o uso da palavra “até,” ela pode significar que o beneficio pode ser de 1% a 65% ou a 95%. Sabe-se, principalmente os juristas, que uma pequena palavra muitas vezes muda todo um sentido de uma lei. No caso do Mais Empresas, foi criado um programa subjetivo em que um denominado Conselho Deliberativo escolherá qual será exatamente a porcentagem aplicada para cada empresa. Resta saber quais serão os critérios aplicados para essa escolha.

No que se refere ao prazo dos incentivos, o Mais Empresas retrocede em relação ao que já estava estabelecido pelo Pro Maranhão. Um investimento necessita de tempo para amortizar seu financiamento. O prazo máximo de isenção dado pelo Pro Maranhão era de 20 anos para novos empreendimentos, já o Mais Empresas é de apenas 15 anos. Com o Pro Maranhão, as empresas já em funcionamento no Estado e que tivessem a intenção de investir em processos de modernização podiam contar com uma concessão de 15 anos, o novo programa reduziu esse período para 8 anos.

No mês passado, o governador editou uma Medida Provisória (MP) que revogou o Pro Maranhão e criou o Mais Empresas. Como toda MP, ela passou pela Assembleia para aprovação e conversão em lei pelos deputados. Nessa ocasião dei entrada em 5 emendas. Duas delas eram para igualar os benefícios de isenção do ICMS e prazos com os dos extinto Pro Maranhão. Outra emenda tirava a polemica palavra “até” da nova lei.  Uma quarta exigia o licenciamento ambiental das empresas que fariam parte do programa conforme também exigia o Pro Maranhão. A última, fortalecia a Assembleia e autorizava que a Comissão de Assuntos Econômicos da Casa participasse do Conselho Deliberativo do programa, sem direito a voto.

Todas as minhas emendas, que julgamos necessárias ao ajuste do texto proposto, foram rejeitadas pela Comissão Especial que tratou desta Medida Provisória. A comissão era formada por sete membros, nenhum deputado da oposição, não fui sequer ouvido, como Presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, para enriquecer o debate. As medidas econômicas que pretendam modernizar o Estado e provocar transformações importantes para seu povo devem, obrigatoriamente, ser discutidas com a necessária profundidade e de forma isenta, ou seja, sem restringir a participação daqueles que, independente de sua eventual posição partidária, dispõem de conhecimento e informações relevantes que possam contribuir para o bem estar e progresso do Maranhão.

Eu estou e estarei sempre à disposição daqueles que, de fato, queiram fazer do Maranhão um Estado economicamente forte e com benefícios à sua população. O passado pode ser uma referência, nunca um conceito preconceituoso, limitante ou impeditivo daquilo que acreditamos ser possível fazer. Mudanças em programas devem buscar o aperfeiçoamento não o retrocesso.

Adriano Sarney aprendeu rápido as regras do jogo

por Jorge Aragão

adrianomar1Quando as urnas foram abertas e confirmada a eleição de Adriano Sarney, case muitos imaginaram que, rx por possuir familiares políticos, troche ele seria apenas mais um jabuti (enchente ou mão de gente) a passar pela Assembleia.

No entanto, com aproximadamente 120 dias no parlamento, Adriano Sarney já mostra que tem um futuro promissor na política e a sessão ordinária da quinta-feira (11), foi uma prova inconteste disso.

Depois de cobrar, acertadamente, coerência do governador e do Governo Flávio Dino, no caso da licitação das aeronaves, utilizando as regras do jogo, Adriano astutamente evitou, em duas oportunidades, que o Líder do Governo, deputado Rogério Cafeteira, utilizasse a tribuna.

No Expediente Final da sessão, Rogério Cafeteira pediu para falar pela liderança, pois queria rebater a denuncia feita pela deputada Andrea Murad (reveja). O Líder do Governo já estava se encaminhando a Tribuna, quando Adriano lembrou que no Expediente Final não se pode usar tempo da liderança. O próprio deputado Eduardo Braide, também governista, deu razão ao ‘adversário’, e coube a Cafeteira se inscrever no Expediente Final.

O problema é que Cafeteira foi o último a ser chamado e quando já estava pronto para usar a Tribuna, Adriano Sarney novamente invocou o regimento e evitou a fala do governista.

Percebendo que só cinco deputados estavam em Plenário, e como o número mínimo de parlamentares são seis, Adriano ponderou. “Observação de quórum, por favor, senhor presidente”.

Cafeteira não gostou e retrucou. “Presidente, gostaria aqui só de ressaltar, regimentalmente está correto, só de ressaltar a maneira democrática como a Oposição se comporta aqui, tentando cercear a palavra dos colegas. Essa é a democracia que eles pregam”.

Adriano rebateu. “Estamos aprendendo com o atual Governo”, e a sessão foi encerrada.

O episódio demonstrou duas situações. A primeira é que a defesa do Governo está cada dia mais reduzida, pois tem se limitado a Rogério Cafeteira, que tem feito a sua parte, e mais três ou quatro deputados, os demais não estão nem preocupado em dar quórum para outros colegas defenderem o Governo.

Além disso, ficou claro que, apesar de novato, Adriano Sarney aprendeu rápido as regras do jogo e definitivamente começou a ‘jogar com as armas que tem’.

Oposição cobra coerência de Flávio Dino na locação de aeronaves

por Jorge Aragão

flaviodinoOs deputados oposicionistas na Assembleia Legislativa do Maranhão, physician nesta quinta-feira (11), cobraram coerência do governador Flávio Dino, após a confirmação de que o Governo do Maranhão gastará quase R$ 14 milhões pelo aluguel de um jato e um bimotor.

O primeiro a abordar o assunto foi o deputado Adriano Sarney, que cobrou coerência do governador, lembrando um episódio no início do Governo, onde Flávio Dino, de maneira demagógica, deu a entender que andaria de avião de carreira durante a sua gestão para economizar os cofres públicos.

“Falta muita coerência a esse Governo. É o governo da mudança, mas não é o governo da mudança para melhor. A verdadeira mudança foi a mudança que aconteceu nas ideias do governador que pensava de uma forma nas eleições, mas agora mudou e pensa de outra forma. Antes pegava avião de carreira e para fazer seu marketing tirava uma foto e ainda dizia que era popular e assim estava economizando dinheiro público, mas agora vai gastar mais de R$ 13 milhões com o aluguel de duas aeronaves”, declarou.

Adriano Sarney também afirmou que o custo de um voo de São Luís para São Paulo no jatinho que o Governo Flávio Dino quer locar vai custar algo em torno de R$ 70 mil. O parlamentar do PV diz que nunca foi contra o aluguel, mas cobra coerência do governador.

“Eu nunca fui contra o Governo alugar um jatinho, mas quem dizia que não ia alugar era Flávio Dino, mas agora ele está alugando, demonstrando a falta de coerência latente na sua gestão. Peço ao governador que reencontre a coerência, que revogue essa licitação vergonhosa que ele mesmo tanto acusou no passado”, afirmou.

Andrea Murad também deixou claro que não é contra o aluguel das aeronaves, pois sabe da importância para qualquer Governo, mas questionou a postura dúbia do governador.

“Não sou contra, porque acho que essas coisas são extremamente necessárias, o que não se pode haver é esse tipo de hipocrisia. Fica o tempo todo com hipocrisia, Flávio Dino não voa, aí vai tira uma foto no avião de carreira. Vamos parar de hipocrisia, nós precisamos é fazer o nosso trabalho, tratar o povo com respeito e agir com responsabilidade”, disse.

Souza Neto também seguiu a mesma balada e lembrou que Flávio Dino afirmou que ‘prefiro não gastar esse dinheiro e revê-lo em obras e mais saúde e educação para o nosso povo que foi sofrido esse tempo todo’, quando viajou em avião de carreira.

“Quer dizer que ele condenava, o Governo passado por utilizar aeronaves para fazer um deslocamento daqui para São Paulo, para Brasília e dizia que esse dinheiro desse aluguel era para colocar na área da Saúde e Educação. Dizia que não viajaria numa aeronave alugada pelo Governo, porque o Estado é miserável e precisa mais desse dinheiro. O que foi que mudou agora o discurso, governador? Qual foi o discurso que você foi candidato, e enganou o povo, e agora está usando das mesmas práticas?”, questionou.

Pelo visto, a falta de coerência de Flávio Dino, diversas vezes ditas e demonstradas por esse Blog, está ficando a cada dia mais latente e todos estão visualizando, inclusive quem acreditou no Governo da Mudança.