A maior verdade sobre o governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), diante das eleições de 2022, é que ele está perdido e segue errando na estratégia política, assim como errou em 2020 e perdeu feio a disputa na capital maranhense.

Dino tem conduzido equivocadamente o seu grupo político, permitindo que as pré-candidaturas postas se tornem irreversíveis. Para piorar, o governador não sem sido transparente e convicto nas suas tomadas de decisões.

Sobre uma definição do nome do grupo político para disputar o Palácio dos Leões, Dino tem sido bastante confuso. Inicialmente a definição aconteceria no meio deste ano, depois realizou uma reunião e definiu que seria em novembro. No entanto, mais recentemente, na cidade de Matões, Dino já adiou essa decisão para o ano que vem.

“Nós estamos em 2021, nós só vamos decidir isso em 2022, agora minhas agendas são exclusivamente de trabalho, de obras, de benefícios à população. E em 2022 a gente vai tratar da eleição”, respondeu Flávio Dino ao ser questionado sobre o nome do grupo para a disputa pelo Governo do Maranhão.

Já sobre a sua saída do cargo para disputar as eleições do ano que vem, Dino também não tem sido muito convincente. É bem verdade que jamais disse que ficaria até o fim do mandato, apenas especulou essa possibilidade. Só que isso acabou sendo utilizado por adversários do vice-governador Carlos Brandão, que, obviamente, será o maior beneficiado com a saída do governador para disputar o pleito de 2022.

Para tentar acabar com qualquer especulação sobre o assunto, Flávio Dino, em São Raimundo das Mangabeiras, reafirmou que disputará as eleições do ano que vem.

“Quando eu sair do governo no começo do ano que vem para ser candidato, pois sou obrigado pela lei, eu vou voltar para onde eu vim. De onde eu vim?! Da sala de aula da Universidade Federal do Maranhão. É para lá que eu vou voltar, para ser professor de Direito Constitucional”, afirmou.

A situação é simples: ou Flávio Dino corrige o rumo da sua estratégia, passa a ser mais convicto, transparente e menos covarde, ou sofrerá nova derrota em 2022, assim como aconteceu na capital maranhense em 2020.

Na semana passada, o Blog trouxe a informação de que o Ministério Público Eleitoral, através do Procurador Regional Eleitoral Juraci Guimarães, ingressou com ações no Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE) contra os pré-candidatos ao Governo do Estado, Lahesio Bonfim, Weverton Rocha e Carlos Brandão, por realizarem propaganda eleitoral antes do prazo estabelecido na legislação eleitoral.

Nesta quarta-feira (01), a Justiça Eleitoral começou a agir contra o que entendeu ser propaganda antecipada. O juiz eleitoral Luis Fernando Xavier Guilhon Filho, do TRE, deferiu três liminares pedidas pelo MPE.

Guilhon Filho determinou que o senador Weverton Rocha (PDT), o vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSDB), e o prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Rodrgues (PSL), retirem do ar postagens das redes sociais consideradas propaganda eleitoral antecipada.

“A continuidade das publicações causará sérios prejuízos sócio-eleitorais ao influenciar desigualmente a vontade do eleitorado e a paridade de armas entre os possíveis competidores do pleito que se avizinha. Assim, forçoso concluir que a situação narrada merece a imediata determinação de medida acautelatória apaziguadora que, a partir de sua execução, evitará o dano à isonomia entre os possíveis candidatos e à própria integridade do processo eleitoral de 2022”, destacou Guilhon Filho nas três liminares.

A decisão determina que os pré-candidatos tem o prazo de 24 horas para retirar o material das redes sociais, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.

Vale lembrar que apenas uma parte do pedido do MPE foi atendido, as outras solicitações ainda serão analisadas.

De qualquer forma, a Justiça Eleitoral demonstrou que estará atenta para evitar os abusos nas eleições de 2022, ainda mais eles acontecendo em 2021.