Quando nos deparamos com a grave acusação de assédio sexual, quase sempre, tendemos a condenar, antes mesmo de analisarmos para depois julgarmos os fatos.

Nos últimos dias, o vereador de São Luís, Domingo Paz (Podemos), foi alvo de acusações de assédio sexual. Na semana passada, de maneira corajosa, Domingos Paz esteve na Rádio e TV Mirante falando abertamente do assunto e negando as graves acusações.

O vereador retratou também aniquilação moral que tem sofrido, com o julgamento antecipado de alguns, e o momento de angústia e aflição que sua família tem passado.

Diante do cenário, o Blog procurou ter acesso aos fatos e encontrou algumas contradições que precisam ser expostas e levadas em consideração, antes mesmo de qualquer pré-julgamento equivocado.

O primeiro boletim de ocorrência, registrado por Gleiciane Salazar, no dia 12 de dezembro, não foi por assédio sexual, mas sim por injúria. A denunciante chega a afirmar que o vereador teria pedido fotos íntimas em troca de benefícios a comunidade, mas nas conversas apresentadas na Delegacia da Mulher pela suposta vítima, não existe nenhum pedido de fotos, nem de encontro reservado.

Pior é que Gleiciane afirma em declarações públicas que o vereador pediu foto íntima, mas no depoimento, que o Blog teve acesso, ela diz que o vereador NÃO PEDIU, ela que deduziu que ele queria.

Além disso, existem outras duas contradições. A primeira é que Gleiciane, apesar de ter dito que não voltou a falar com Domingos Paz depois da situação detalhada, voltou a manter contato pedindo apoio para a aquisição de camisas, bem como o convidou para um evento comunitário, como se nada de grave houvesse acontecido. A segunda é que a suposta vítima, ao contrário do que foi dito publicamente, afirmou no seu depoimento que o vereador disse que deveriam remarcar a reunião “pois não poderiam se encontrar em local reservado”, sugerindo a Câmara de São Luís.

Já o segundo caso, onde uma mãe (o Blog vai preservar o nome por conta da adolescente) afirma que o vereador teria assediado sua filha de 14 anos, também foi encontrado algumas contradições.

A primeira é que a mãe afirma que só foi registrar o ocorrido após saber da denúncia de Gleiciane, mas o curioso é que o Boletim de Ocorrência realizado pela mãe é anterior ao primeiro caso, o que nos poderia gerar dúvidas e dar vazão a tese levantada pelo vereador de orquestração dos fatos.

Além disso, a mãe disse que manteve conversas com o vereador, só que não tem como provar e apresentar as conversas, porque o seu celular teria sido roubado, mas afirma ter mostrado uma pessoa, identificada como Caio Fonseca Araújo. Outro detalhe que precisa ser levado em consideração é que a própria denunciante afirma que Domingos Paz nunca sequer falou com sua filha.

Talvez isso explique o fato de que até nesta segunda-feira (19), não exista um único inquérito de assédio sexual aberto em desfavor do vereador Domingos Paz.

O certo é que de maneira correta e prudente é preciso seguir acompanhando o desenrolar dos fatos, mas sem qualquer pré-julgamento nem contra ou favorável a absolutamente ninguém e principalmente nos atermos ao fatos verdadeiros, para depois, só assim, chegarmos a uma conclusão justa e imparcial.

Uma pena que alguns, de maneira equivocada, já tenham sentenciado o vereador Domingos Paz, sem ao menos lhe dar o direito ao contraditório e nem mesmo levar em conta sua vida pregressa, casado há mais de 25 anos com a mesma mulher e sem jamais ter, durante toda sua vida pública, ter recebido nenhuma acusação desta natureza.

É aguardar e conferir.