O Blog já destacou que o deputado estadual César Pires (PV) fez, no início do mês, uma indicação ao governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), para a criação do auxilio emergencial estadual durante a pandemia.

No entanto, causou espanto o deputado estadual Zé Inácio criticar a iniciativa do colega de parlamento, afirmando que a obrigação seria exclusiva do Governo Bolsonaro e que para Flávio Dino já faz muito se “continuar com o excelente trabalho que vai fazendo no combate a Covid-19”.

“Não cabe ao governo do Estado do Maranhão, ao Governador Flávio Dino, ainda que tenha a boa vontade, de fazer um auxílio emergencial estadual. Os cofres públicos do Estado não têm condições de arcar com o custo para atender a milhares de famílias, tendo em vista que o Maranhão é um dos estados com maior contingente de famílias necessitando do auxílio emergencial. Não dá para atender alguns e não atender outros, não é correto fazer uma política pública que não seja voltada a todos aqueles que realmente necessitam. Cabe ao governo do estado continuar o excelente trabalho que vem fazendo no combate a Covid-19, e que tem sido reconhecido nacionalmente, entregando hospitais, ampliando o número de leitos clínicos e de UTI, e agora com a vacinação que já está acontecendo em todos os 217 municípios”, declarou Zé Inácio, num discurso bajulador ao comunista.

Só que nesta semana, o Governo do Piauí, comando pelo colega de partido de Zé Inácio, Wellington Dias (PT), anunciou que, a partir de março, os piauienses terão direito a um auxilio emergencial estadual, conforme o Blog já demonstrou aqui.

Outro governador do PT, Rui Costa da Bahia, também já estuda implementar um auxílio emergencial voltado a famílias com alunos matriculados na rede estadual de ensino (veja aqui).

Será que o deputado Zé Inácio manterá o discurso bajulador e criticará os governadores do seu partido que estão assegurando o auxilio emergencial estadual ou mudará de postura e, pensando nas famílias que vivem na extrema pobreza do Maranhão, parabenizará os colegas de partido e começará a defender a indicação de César Pires, cobrando do governador maranhense que siga o mesmo caminho dos governadores petistas ???

É aguardar e conferir, mas se criticou a indicação de César Pires, não deve ser favorável aos auxílios emergenciais estaduais na Bahia e Piauí, o que convenhamos é lamentável.