Não é só no Maranhão que existiram denúncias de grampos ilegais contras autoridades constituídas, situação também foi denunciada no Mato Grosso. No Estado da Região Centro Oeste do Brasil, um coronel foi condenado a 8 anos de prisão nesta semana.

O julgamento contra cinco militares acusados do esquema de grampos ilegais em Mato Grosso entrou em sua fase definitiva. Os quatro coronéis que formam o Conselho de Sentença e o juiz Marcos Faleiros, após dois dias, se manifestaram na última quinta-feira (07).

São réus no caso os coronéis Zaqueu Barbosa, Evandro Lesco e Ronelson Barros, além do tenente-coronel Januário Batista e o cabo Gerson Luiz Correa Junior.

Eles são acusados de operarem um esquema clandestino de grampos ilegais no Estado. Foram alvos advogados, jornalistas e políticos. Três dos cinco réus admitiram a existência do esquema e apontaram o ex-governador Pedro Taques (PSDB) como o mandante dos grampos.

Neste primeiro momento, apenas o coronel Zaqueu Barbosa foi condenado a 8 anos de prisão em regime semiaberto. Ele aguardará o julgamento do recurso em liberdade. À Gerson Correa, apesar de considerado culpado, foi concedido o “perdão judicial”. Foi considerado quem mais colaborou com as investigações e ajudou a desvendar o casoOs demais militares acabaram absolvido, pois no julgamento foi entendido que eles apenas cumpriram ordens superiores.

Maranhão – Três deputados que integram a Comissão de Segurança da Câmara Federal estão, desde ontem, em São Luís. Os parlamentares Aluisio Mendes (PSC-MA), Paulo Ganime Alves (NOVO-RJ) e Ubiratan Sanderson (PSL-RS) estão na capital maranhense após denúncias de grampos ilegais e investigações sem autorização contra membros do Judiciário e políticos.

O delegado licenciado Ney Anderson e o ex-delegado Tiago Bardal acusam, sistematicamente, o atual secretário de Segurança do Maranhão, Jefferson Portela, de ordenar tais grampos e operações. Portela tem negado as acusações.

A Comissão de Segurança esteve na Procuradoria Geral de Justiça para tentar acompanhar as investigações, que estão em segredo de justiça. Os deputados sugeriram ao procurador-geral de Justiça do Maranhão, Luiz Gonzaga Martins Coelho, uma auditoria no Guardião – sistema de escutas telefônicas da Secretaria de Estado da Segurança Pública do Maranhão – como forma de acelerar o processo de investigação.

Nesta sexta-feira (08), Tiago Bardal e Ney Anderson foram ouvidos na sede da Polícia Federal.

É aguardar e conferir.