Faz quase 15 dias que foi a público o memorando da Polícia Militar (PM) com orientações para fichar políticos de oposição ao governo Flávio Dino (PCdoB). De lá para cá, novos fatos com documentos oficiais apareceram e depoimentos comprovaram que a espionagem a adversários do comunista não foi uma invenção malsucedida de um oficial de 5º escalão como disse Dino.

Durante esse tempo, também mudaram as versões do governador e de seus aliados sobre o fato. E de lá para cá, dos órgãos de controle, somente a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) comunicou que estava instalando procedimento para apurar o fato.

Para isso, foram dados 10 dias para o comandante geral da corporação, coronel Jorge Luongo, esclarecer o fato. As informações já foram passadas. E como fica agora?

Por enquanto, não há posição oficial do procurador eleitoral Pedro Henrique Castelo Branco sobre o Procedimento Preparatório Eleitoral que foi instaurado após manifestação do comandante geral.

Mas a PRE não deveria tardar em respostas sobre um caso tão grave, principalmente, após depoimento que mostra que o coronel Heron Santos – que tem laços estreitos com o PCdoB – era quem pressionava para que o levantamento dos adversários de Dino fossem logo entregue por policiais militares.

Aditamento – Hoje os 10 partidos que pediram junto à Procuradoria Geral da República intervenção federal no Maranhão devem apresentar a petição aditando informações para o caso.

O depoimento do tenente Juarez Martins Coelho e ainda as questões dos capelães nomeados pelo governador passarão a fazer parte do pedido de intervenção.

No documento, os partidos dizem ainda que há inércia de órgãos de fiscalização e a Assembleia Legislativa barra os pedidos de informações sobre o caso de espionagem.

Estado Maior