Mesmo que involuntariamente o escândalo da Polícia Política, que ganhou proporções gigantescas, acabou abafando outros três episódios de extrema gravidade e que ainda carecem de resposta do Governo Flávio Dino

O primeiro foi a morte do médico Mariano de Castro, que foi encontrado morto em seu apartamento em Teresina, onde cumpria prisão domiciliar. O médico foi preso pela Polícia Federal na Operação Pegadores, ele foi acusado de integrar uma quadrilha que desviou R$ 18 milhões da Saúde no Governo Flávio Dino.

A morte de Mariano se deu, curiosamente e coincidentemente, após o vazamento de uma carta, supostamente de sua autoria, fazendo graves acusações sobre a participação de outros membros da gestão comunista no esquema que desviou milhões da Saúde.

Outro episódio grave e que parece ter ficado no esquecimento foi o depoimento de um policial militar, no caso da quadrilha de contrabandista desbarata na área Itaqui Bacanga. O PM Fernando Paiva Moraes Júnior afirmou que o secretário de Segurança, Jefferson Portela, teria lhe coagido para que ele, durante delação premiada, acusasse o deputado estadual Raimundo Cutrim e o delegado Thiago Bardal de envolvimento na quadrilha.

E isso sem falar na falta de comprovação do governador Flávio Dino com relação a sua viagem a Curitiba, onde tentou visitar o ex-presidente Lula, preso na Polícia Federal. O comunista foi acusado de ter tido suas despesas da sua viagem bancada com dinheiro público.

Flávio Dino negou o fato e afirmou que custeou a viagem do próprio bolso, mas quando foi desafiado a provar, optou pelo silêncio sepulcral e covarde.

Pelo menos, nesse aspecto, o escândalo da Polícia Política acabou sendo benéfico para o Governo Flávio Dino.