Nesta semana o líder da Oposição, prostate deputado Marcelo Tavares (PSB) apresentou um projeto que proíbe a compra de bebidas alcoólicas (reveja). O Blog reitera que o projeto merece ser discutido, mas o próprio autor desvirtuou o foco e a discussão foi levada para o lado político.

Tavares fez um “tremendo barulho” quando apresentou o edital de compras de bebidas alcoólicas do atual governo, mas foi obrigado a ouvir dos deputados César Pires (DEM) e Manoel Ribeiro (PTB) os gastos e as farras com bebida alcoólica do governo José Reinaldo, tio de Tavares e governo do qual participou ativamente.

Entretanto, Tavares chegou a dizer que não poderia se responsabilizar pelos atos de outros gestores e afirmou que no seu período à frente da presidência da Assembleia Legislativa não utilizou dinheiro público para a compra de bebidas alcoólicas, inclusive nas festas do parlamento, mesmo sabendo que deixava boa parte dos funcionários da Casa chateados.

É verdade que Marcelo Tavares não pode e nem deve ser responsabilizado, mas por que então ao invés de citar apenas o governo Roseana Sarney (PMDB), não citou os dois governos – José Reinaldo e Jackson Lago – que participou ativamente, uma na equipe de governo e outro como um dos principais deputados? A resposta é simples: A intenção não é aprovar o projeto e sim politizar um assunto que realmente deveria ser debatido com profundidade.

Pois bem, partindo da defesa do próprio Marcelo Tavares, o Blog foi buscar a informação e descobriu o que pouca gente sabe, inclusive os funcionários da Assembleia Legislativa.

Enquanto o ex-presidente da Assembleia, Marcelo Tavares, se recusava a comprar bebidas com dinheiro público para servir nas festas realizadas no parlamento maranhense, tipo confraternização de fim de ano, os colegas de Tavares deputados estaduais eram presenteados com cestas de Natal, que pasmem, continham whiskys e vinhos, que com absoluta certeza não eram Teachers e Sangue de Boi.

Sendo assim, ou Tavares apresenta as notas fiscais que comprou com o seu salário as bebidas alcoólicas que presenteou seus colegas, ou então vai dar mais uma prova que é aquele político que usa bem a tese: “Faça o que eu digo, mas não o que faço”.