O líder da Oposição na Assembleia, malady deputado Marcelo Tavares (PSB), drugs apresentou na quarta-feira (14), um projeto interessante e que merece uma discussão, mas o parlamentar se perdeu na justificativa e mais uma vez foi atormentado por um passado não muito distante.

Tavares quer através de seu projeto a proibição da compra de bebida alcoólica com dinheiro público. No entanto, quando foi justificar apresentou um edital de compra e gastos do atual governo com bebida alcoólica e transformou um debate que poderia ser interessante, num debate político e visivelmente desvantajoso para o líder da Oposição.

Depois de politizar um assunto importante, Marcelo Tavares foi obrigado a ouvir a dupla governista, plenamente afinada, César Pires (DEM) e Manoel Ribeiro (PTB), a relembrar partes dos gastos e das farras do governo José Reinaldo, tio de Tavares e governo do qual participou ativamente.

“É um projeto moralizador, um projeto importante o qual não vejo e não me sinto nem um pouco constrangido, como líder do governo, em apoiar um projeto dessa natureza. O problema é que a grandeza do projeto se destrói na defesa, na justificativa dos que fazem isso. Citar apenas o exemplo do governo atual é esquecer as festas babilônicas recentes. Não sei, antigamente diz que tinha. Mas eu não me permito essa baixeza de discutir passado, individualidade de pessoas, não quero e não vou. Recuso-me a aceitar esse tipo de comportamento, minha educação não me permite”, alfinetou o líder do Governo, César Pires.

O deputado Manoel Ribeiro foi mais além e trouxe matérias nacionais da Revista Veja na época do governo José Reinaldo.

“Eu estou lendo aqui: Ex-aeromoça, neofita na política e festeira de arromba, a primeira dama. O mês de outubro a janeiro daqueles anos atrás, nebulosos para o Maranhão, gastaram só com comida japonesa R$196 mil. Além disso, no réveillon e no natal gastaram R$ 320 mil. Finalizando tem aqui: o casal governamental (José Reinaldo e Alexandra Tavares), pegou o jatinho pago pelo governo só para assistir o show de um DJ inglês”, relembrou Manoel Ribeiro.

César Pires finalizou resumindo bem a verdadeira intenção de Tavares: “O projeto pode ser bonito, mas a justificativa passa que ele não tem realmente um propósito, ai fica hilário quando se perde uma discussão”.

Na realidade a atitude do líder da Oposição demonstra claramente que ele não está preocupado com a aprovação do projeto, mas queria apenas criar um fato político, mas dessa vez, o tiro saiu pela culatra.

E se analisarmos bem, ficou barato para Tavares, já imaginaram se o deputado Magno Bacelar (PV) estivesse no Plenário.