Definitivamente a inabilidade política de Flávio Dino (PCdoB) pode ser um diferencial para as eleições 2018. Pior para o comunista é que essa inabilidade tem lhe resultado inúmeros dissabores.

Na composição da chapa majoritária, por exemplo, Flávio Dino conseguiu a proeza de perder o seu padrinho político, o deputado federal e pré-candidato ao Senado, José Reinaldo Tavares, responsável direto pela sua primeira eleição. Também poderá perder o apoio do deputado federal Waldir Maranhão e do seu partido, o Avante.

Além disso, José Reinaldo, que se filiará ao DEM no dia 10 de março, garante que fará de tudo para tirar a legenda do palanque do comunista. O PT também já demonstrou insatisfação com o tratamento dado por Flávio Dino ao partido e já ameaça uma candidatura própria ao Governo do Maranhão em 2018.

Só que o problema da composição da chapa majoritária, não é o único enfrentado pelo inábil comunista. Flávio Dino não tem cumprido, mais uma vez, com sua promessa de tirar os secretários candidatos dos seus respectivos cargos.

A bem da verdade, antes mesmo de assumir o Governo do Maranhão, Flávio Dino chegou a prometer que secretários da sua gestão não disputariam as eleições, mas obviamente não teve forças para manter essa promessa.

Depois chegou a prometer que faria a reforma política logo no fim de 2017 e/ou início de 2018, mas também não cumpriu o prometido.

Antes mesmo de seis deputados estaduais da base governista denunciaram, em plena Tribuna da Assembleia Legislativa, que alguns dos secretários candidatos estaria cometendo crime eleitoral, o comunista já havia feito uma nova promessa, afirmando que a saída seria logo após o Carnaval.

Entretanto, os secretários candidatos demonstraram força diante do embate, pois o Carnaval já foi, nada foi feito e ao que tudo indica as modificações só devem mesmo ocorrer no prazo limite, ou seja, 7 de abril.

Alguns deputados estão extremamente insatisfeitos com essa postura do governador e prometem romper, principalmente se os secretários candidatos conseguirem emplacar, nas respectivas pastas, os seus sucessores.

É aguardar e conferir, pois ao que parece, novamente, a inabilidade política de Flávio Dino vai lhe acarretar novos prejuízos para as eleições 2018.

Useiro e vezeiro em utilizar as redes sociais, principalmente para defender aliados, mesmo que estejam errados, e atacar seus adversários, mesmo com factoides e/ou ilações, o governador Flávio Dino (PCdoB) segue num silêncio sepulcral diante da grave denúncia de crime eleitoral praticada por secretários da sua gestão.

O governador jura de pé de junto, apesar de já ter visto sua gestão envolvida em pelo menos três operações da Polícia Federal, que faz e defende uma administração proba e com zelo pelo gasto do dinheiro público.

Entretanto, diante da denúncia de seis deputados – Vinícius Louro (PR), Raimundo Cutrim (PCdoB), Sérgio Frota (PSDB), Stênio Rezende (DEM), Júnior Verde (PRP) e Josimar de Maranhãozinho (PR) – todos da sua base, ou seja, seis parlamentares governistas, de que secretários candidatos estão usando a máquina pública para tirar dividendos eleitorais, usando o dinheiro do povo de maneira equivocada e assediando gestores maranhenses, o governador segue mudo, cego e surdo.

Flávio Dino jamais se pronunciou sobre o grave episódio, nem ao menos escreveu uma linha no seu twitter, optou e aposta que o tempo se encarregue de acalmar os ânimos entre os aliados.

Só que a questão é que o desentendimento entre governistas é o menor dos problemas, pois o problema maior é uso da máquina pública para as eleições 2018, ou seja, o fato que membros do Governo Flávio Dino estariam cometendo crime eleitoral.

Sendo assim, ficando em silêncio diante da gravidade do fato, o comunista não pode reclamar se for questionada a sua cumplicidade com os secretários candidatos, afinal quem cala, consente.