“Flávio Dino é o Robin Hood às avessas”, afirma Wellington

por Jorge Aragão

O deputado estadual Wellington do Curso (PSDB), nesta terça-feira (14), foi à Tribuna da Assembleia Legislativa para criticar a política econômica adotada pelo governador Flávio Dino (PCdoB), no Maranhão.

O parlamentar afirmou que as medidas adotadas pelo comunista beneficiaram apenas um empresário, em detrimento de pequenos e médios empresários maranhenses. Wellington afirmou que Flávio Dino é o Robin Hood às avessas.

“No Maranhão nós temos um Robin Hood às avessas, aquele que tira dos pobres e dá para os ricos. O governador Flávio Dino é um Robin Hood às avessas, pois o Programa de Incentivo ao Desenvolvimento dos Centros de Distribuição beneficiou uma única empresa, o Mateus, afinal consegue pagar 2% e os demais pagam 18% de impostos”, afirmou.

Wellington chegou a citar um exemplo que aconteceu na cidade de Pedreiras, mas que já aconteceu em outras cidades.

“O Mateus chega à cidade de Pedreiras, por exemplo, e ele monta uma grande loja, um grande supermercado e o pobre coitado do pequeno comerciante, do pequeno empresário que tem a sua quitanda, que tem o seu comércio, não consegue competir no preço e acaba quebrando, fechando as portas, tudo isso com a benevolência do Governo Flávio Dino. O governador tira dinheiro dos pobres e dá para os ricos”, destacou.

O parlamentar ainda lembrou das ações, no seu entendimento ilegais, que o Governo Flávio Dino fez durante boa parte da sua gestão, tomando as motos da população e as levando para leilões. Wellington disse que a prática só foi suspensa por conta da proximidade do pleito eleitoral e da pressão recebida pelo comunista.

“O governador tem tomado carro e moto dos pobres e transformado o Palácio dos Leões no Palácio dos Leilões. Na VIP Leilões, não tem carros importados, não tem carro de luxo, é carro do trabalhador, é carro do pobre, é carro do mais humilde, é carro do maranhense. A Constituição, no artigo 150, é bem clara: É vedado à União, aos estados e aos municípios tomar, utilizar o tributo para confiscar. E o decreto perdeu a validade quinta-feira. O governador Flávio Dino talvez só não vai ousar continuar fazendo isso porque está perto das eleições. E só parou por conta da pressão e das denúncias do deputado Wellington”, finalizou.

Com certeza Flávio Dino não curtiu a comparação com o Robin Hood às avessas, mas que ficou bem apropriada, isso ficou.

Andrea Murad vai à Justiça contra Projeto “Robin Hood às avessas”

por Jorge Aragão

Em mais uma votação tumultuada na Assembleia Legislativa do Maranhão, o PL 224/2016 que prevê a redução de imposto apenas para 1 empresa no estado do ramo atacadista foi aprovado pela maioria do governo Flávio Dino. Andrea Murad (PMDB), líder do Bloco de Oposição, adiantou que acionará a justiça contra o projeto sob o argumento de que a concorrência se tornará desleal na perspectiva da proposta enviada pelo governo.

“Apesar da tentativa de toda a classe presente aqui na Assembleia, representantes da Associação Comercial, dos Atacadistas, conversando com os deputados para impedir que esse projeto passe, novamente o governo impôs a sua vontade com a aprovação de uma lei que prejudica mais de 1.000 atacadistas no Maranhão que vão continuar pagando os impostos enquanto uma será beneficiada com a redução da alíquota, ou seja, uma empresa com capital social de R$ 100 Milhões e com mais de 500 empregados. Nesse perfil, apenas 1 empresa atua no Maranhão e mesmo que outras se instalem aqui como argumentam governistas a concorrência não pode ser restringida a agentes econômicos com poder de mercado. Por isso votei contra o projeto para registrar a injustiça com os demais atacadistas, nada contra o Mateus, mas a favor da extensão para os demais”, avaliou Andrea Murad ao fim da sessão desta quinta-feira (30).

A parlamentar já havia criticado a falta de diálogo do governo com o setor e a carência de estudo aprofundado sobre a abrangência do projeto para as empresas. Durante encaminhamento da votação do projeto, a deputada anunciou que lutará na justiça em favor do segmento como um todo.

“Já iniciei com minha assessoria jurídica um estudo para a derrubada da lei por vício insanável porque não pode haver privilégio para uma empresa em detrimento de todas as outras. Ou ação para derrubar a lei ou ação para estender às demais o mesmo benefício fiscal como garantia da igualdade de condições para uma livre concorrência”, adiantou a parlamentar.