Delegado Pedro Adão é removido da Delegacia de Vargem Grande

por Jorge Aragão

Como o Blog do Jorge Aragão previu na postagem “Complicou para o delegado Pedro Adão“, no início deste mês, a Delegacia de Vargem Grande terá um novo comandante.

O delegado-geral Leonardo Diniz determinou que o delegado Bruno França Sobreira, atualmente na Delegacia de Carutapera, passará a ser o delegado da cidade de Vargem Grande.

A decisão da Secretaria de Segurança do Maranhão, tomada na semana passada, após o delegado Pedro Adão não comparecer a uma convocação na Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa.

Pedro Adão foi acusado de abuso de autoridade ao prender um locutor da cidade, pelo não pagamento de pensão alimentícia. No entanto, em vídeos que circularam nas redes sociais, o delegado foi acusado de ter abusado da sua autoridade e por esse motivo foi convocado a explicar a situação na Assembleia Legislativa, mas não compareceu.

O não comparecimento de Pedro Adão, fez com que alguns deputados cogitassem a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o caso.

Só que agora, a Secretaria de Segurança decidiu mudar o comando da Delegacia de Vargem Grande, que ficará a cargo do delegado Bruno Sobreira.

A Secretaria de Segurança não confirmou para onde será deslocado o delegado Pedro Adão.

É aguardar e conferir.

Complicou para o delegado Pedro Adão

por Jorge Aragão

O presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão (Alema), deputado Othelino Neto (PCdoB), fez questão de participar, nesta quarta-feira (09), da reunião da Comissão de Segurança Pública da Casa, programada para que os parlamentares pudessem ouvir o delegado Pedro Adão, envolvido em um suposto caso de abuso de autoridade após conduzir a prisão do ex-vereador e comunicador Toninho Abreu, na cidade de Vargem Grande.

No entanto, o delegado simplesmente não compareceu à oitiva, convocada pelo deputado Yglésio Moyses (PDT), membro da comissão que, diante da falta do convocado, anunciou que vai propor a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as possíveis arbitrariedades cometidas pelo delegado.

O caso foi registrado por populares e repercutiu na internet. Toninho Abreu foi preso no dia 19 de setembro deste ano por não pagar pensão alimentícia. A apuração da Assembleia Legislativa está relacionada às denúncias de abuso de autoridade durante a operação de prisão do comunicador.

“Nós viemos acompanhar a exposição daquilo que consideramos atos abusivos do delegado Pedro Adão. Lamentamos o fato de ele não ter comparecido na oportunidade para se explicar aos deputados e ao povo do Maranhão”, afirmou Othelino Neto, que considerou a ausência do delegado uma falta de respeito com o Poder Legislativo.

“A partir, principalmente, da ausência sem explicação e sem justificativa legal do delegado, vamos apreciar quais serão as novas providências que tomaremos, para garantir que atos arbitrários não continuem acontecendo, porque isso não é bom para o Maranhão e para o Estado Democrático de Direito”, acrescentou o presidente da Alema.

As imagens, que os deputados da Comissão de Segurança tiveram acesso, mostram que, ao tentar recuperar seu telefone, Toninho foi imobilizado e levado à força pelos policiais até a viatura. Antes disso, teria pedido ao delegado que fosse conduzido no seu próprio carro, acompanhado de um policial, alegando que iria de forma espontânea à delegacia e que não era bandido. O pedido foi negado pelo delegado responsável, Pedro Adão, que optou pelo uso da força.

A defesa do comunicador alega perseguição pessoal e aponta alguns indícios que caracterizam o abuso de autoridade durante a operação. “O crime de abuso de autoridade não tem só como vítima aquela que foi passível do ato. Tem, também, como vítima o próprio Estado, porque este não paga um agente público para ser arbitrário, nem para infringir as leis. Ele tem que exercer suas funções em conformidade com as normais legais”, declarou o advogado Ângelo Calmon.

O presidente Othelino enfatizou o ato de desrespeito do delegado com a Assembleia e com o povo do Maranhão ao não atender à convocação. “Nós lamentamos muito, ao enfatizarmos o profundo respeito que temos pela Polícia Civil, que um delegado de polícia do quadro cometa as arbitrariedades que essa pessoa está cometendo e que desrespeite este Poder Legislativo não comparecendo a uma convocação. Nós daremos os desdobramentos necessários para fazer valer as prerrogativas constitucionais desta”, concluiu.