Uma bela história e um excelente exemplo a ser seguido

por Jorge Aragão

marivandoDe O Estado – Com oito irmãos e uma mãe que trabalhava como empregada doméstica para sustentar a família, buy Marivando Louzeiro se viu obrigado, patient aos 9 anos de idade, order a ir para a rua ralar muito para ajudar em casa. Morador do Sá Viana, ele se dirigia todos os dias para as dependências da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e ganhava dinheiro lavando os carros de alunos e funcionários.

Conforme conta, tinha semana que ele ganhava 50 cruzeiros. Variava muito. Em tempo chuvoso, ele lavava menos. Ainda tinha que lutar com os meninos maiores – e até adultos -, que às vezes tomavam o dinheiro que ele ganhava. Para tentar esconder o ganho do dia, ele rasgava a manga da camisa e guardava o dinheiro enrolado.

Com tudo isso e ainda analfabeto, Marivando, no entanto, alimentava o sonho de entrar no curso de Direito e se tornar juiz. Sonho esse que deu seu primeiro passo este ano, quando veio a notícia de que, após cinco anos de tentativas, ele conseguiu sua aprovação para o curso desejado em uma faculdade particular da cidade.

O sonho – Criado em um bairro onde a criminalidade assola a comunidade e passando necessidades que lhe forçaram a trabalhar, Marivando poderia muito bem ter desembocado na marginalidade. Mas a vontade de vencer na vida e um senso de justiça e moralidade talhados por sua mãe lhe puseram no caminho certo.

As pessoas que passaram por sua vida também lhe indicaram o caminho correto. Primeiro foi Maria de Fátima Lauande, hoje doutora e professora do departamento de Educação da UFMA. Mas na época em que Marivando era guri, ela era apenas uma estudante de pedagogia. As aulas dela começavam às 14h, ela, no entanto chegava uma hora antes, com dois cadernos na mão e começava a ensinar o pequeno lavador. “Um dia era matemática e no outro o português. As aulas eram justamente na sala em que ela tinha aula”, lembra o calouro.

No mesmo período, vieram as aulas da professora Sônia Almeida, que tinha um projeto de alfabetização na UFMA. Com essa ajuda, ele conseguiu terminar o ensino primário e arrumou um emprego melhor, deixando de lavar carros.

Mas algum tempo depois, perdeu o emprego e ficou cinco anos sem estudar, não tendo, então, condições de concluir o ensino médio. Foi aí que entrou mais uma pessoa em sua vida: Eriko José, seu atual patrão. O advogado, sócio de um escritório de advocacia, deu emprego ao jovem e incentivo para que ele terminasse os estudos, incluindo o pagamento das mensalidades da escola onde finalizou o ensino médio, em 2010.

“Eu chegava da universidade 22h de lavar carro, acordava às 5h30, para 6h pegar o ônibus para ir para a escola”, diz Marivando Louzeiro.

De lá para cá, sempre fazia a prova do Enem, de olho na vaga almejada no curso de Direito.

Filhos – Como Marivando sempre fala, os dois filhos dele não passaram as mesmas necessidades que ele para sobreviver. E ele agradece a Deus por isso. Hoje os meninos têm 16 e 8 anos. O mais velho acabou de ingressar no ensino médio, enquanto o outro está na quarta série do ensino fundamental. “Sempre falo com eles que tudo o que eles têm hoje eu não tive”, diz.

A preocupação é de quem?

por Jorge Aragão

explosoesEstado Maior – No momento em que o governo recebe saraivada de críticas por suposto acordo com facções criminosas de Pedrinhas, medical seu secretário de Segurança vem a público para declarar, case desastradamente, see não estar preocupado com a onda de explosões de caixas eletrônicas

O secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, deu ontem, em entrevista à rádio Mirante AM, uma daquelas declarações que entram para o anedotário político pelo seu inusitado e pela autoria de quem fala.

“Nem me preocupa”, disse o responsável pelo combate à violência no Maranhão, ao ser questionado sobre o aumento no índice de assaltos a bancos e explosões de caixas eletrônicos no estado.

No contexto geral da declaração, Portela justificou seu pouco interesse na questão alegando tratar-se de uma questão nacional. Ou seja, como secretário de Segurança do Maranhão, o delegado parece entender que o problema não é preocupante. E nesse caso, não deve se desassossegar com a questão, mesmo que ela ponha em risco a vida dos moradores das cidades vítimas das quadrilhas.

A desastrada declaração de Portela ganhou imediatamente os blogs e as redes sociais de internet, com fortes críticas ao delegado comunista. Seus aliados, como não poderia deixar de ser, diante da falta de argumentos para defendê-lo, optaram por atacar os que criticaram a entrevista.

A fala de Portela fica ainda mais bizarra ao ser relacionada às acusações da Sociedade Maranhense dos Direitos Humanos, segundo a qual, para manter a paz entre as facções no presídio de Pedrinhas, o governo teria, supostamente, feito um acordo com essas facções, destinando a cada uma um pavilhão próprio. Segundo a SMDH, dessa forma, os grupos criminosos garantiram tranquilidade para planejar suas ações externas. E estas ações incluem exatamente os assaltos a bancos e explosões de caixas eletrônicos.

Mas não há dúvida de que a declaração do chefe da Segurança Pública do Maranhão é uma das mais esdrúxulas já ouvidas de um chefe de polícia. Sobretudo pelo contexto do tempo e do espaço em que foi proferida. Neste início de janeiro já são mais de 12 caixas explodidos no interior maranhense, o que dá quase um por dia.

Se o sistema de Segurança não está preocupado com isso, a população deve se preocupar com a própria vida.

As amargas férias de Flávio Dino…

por Jorge Aragão

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Em tempo: isso sem falar na recente entrevista do ex-governador José Reinaldo Tavares, here então aliado de Flávio Dino, que não poupou críticas ao Governo no quesito articulação política. A declaração já rendeu dissabores no grupo político do governador, mas isso é assunto para uma outra postagem, é claro.