A postura coerente e digna de respeito de Wellington do Curso

por Jorge Aragão

wellingtonnovaMesmo estando no seu primeiro mandato como deputado estadual, o jovem parlamentar Wellington do Curso (PPS) está dando um exemplo de que ainda se pode acreditar em coerência na política.

Mesmo pertencendo a base do Governo Flávio Dino, Wellington do Curso tem divergido da maioria dos governistas que, como verdadeiros calangos, concordam com tudo o que tem sido feito no governo, mesmo quando está errado, apenas para não desagradar o ‘chefe’ e sofrer as consequências de assumir um papel coerente e verdadeiro.

Wellington do Curso já havia feitos críticas construtivas ao Governo Flávio Dino na questão da falta de Segurança no Maranhão e até mesmo no cancelamento do programa Viva Luz, que prejudicou milhares de maranhenses.

O parlamentar também votou favorável a indicação do colega Adriano Sarney (PV) pedindo que o governador Flávio Dino solicitasse o envio de tropas da Força Nacional para o Maranhão. Wellington votou coerentemente, pois havia cobrado uma melhor Segurança para o cidadão maranhense.

Nesta quinta-feira (09), após se posicionar favorável ao diálogo entre os índios Guajajara e o Governo Flávio Dino, voltou a Tribuna para deixar claro seu posicionamento.

“Nós temos defendido o diálogo entre as partes, mas deixo claro o meu posicionamento diante de alguns comentários infundados. O nosso posicionamento é um só, a favor do povo do Maranhão, sou da base do Governo Flávio Dino, agora, com uma larga diferença, eu tenho independência no meu mandato. Eu tenho o meu posicionamento diante das minhas convicções, das minhas virtudes e do meu caráter. Eu não ando na casa de deputado, de vereador, juiz, promotor, desembargador. Eu não ando babando ninguém da base do Governo”, afirmou.

Uma pena que Wellington do Curso seja uma das poucas exceções e não a regra na base do Governo. O posicionamento coerente do parlamentar já fez com que asseclas do governador o pressionassem para mudar sua postura e passasse a ser mais um ‘calango’, mas ele mantém a sua coerência e integridade.

Se o Governo Flávio Dino insistir em esticar a corda, perderá indiscutivelmente um bom parlamentar na sua base, apesar de que o governador tem deixado claro que o importante para ele é quantidade, não qualidade.

Deputados querem explicação sobre desaparecimento de índio

por Jorge Aragão

sousanetoOs deputados estaduais Sousa Neto (PTN) e Adriano Sarney (PV) repudiaram a forma arbitrária e principalmente, pilule antidemocrática, com que estão sendo tratados os indígenas que estão em protesto desde a semana passada buscando melhorias para as suas tribos.

O deputado Sousa Neto chegou a afirmar, durante seu discurso, que oi secretário de Articulação Política do Governo Flávio Dino, Márcio Jerry, teria oferecido propina a um dos líderes indígenas para suspender a manifestação.

“Tenho provas. O Márcio Jerry ofereceu propina ao líder indígena, que recusou porque suas reivindicações são de todas as tribos e que ele não poderia receber sozinho, quando isso não seria justo e que precisaria conversar com todos os líderes”, disse Sousa Neto, numa grave acusação.

O parlamentar ainda cobrou explicações do desaparecimento de um índio, Messias Providência Guajajara, que estava no movimento em frente ao Palácio dos Leões, mas desapareceu na semana passada.

O deputado Adriano Sarney sugeriu acionar a Polícia Federal para apurar o desaparecimento do índio e as supostas ameaças feitas por secretários do Governo Flávio Dino.

“Precisamos acionar a polícia estadual e a Polícia Federal, uma vez que o caso indígena é de esfera federal. Vamos entrar com um pedido junto a Polícia Federal para saber o paradeiro deste índio que está sumido. O líder do movimento disse que foi até o Palácio dos Leões e sofreu ameaças do secretário Marcio Jerry e do secretário Jefferson Portela. Vamos pedir para a Polícia Federal também apurar essas ameaças”, disse.

adrianonovaAssembleia – Os dois deputados, ‘cortando a própria carne’, também lamentaram o fato de que a Assembleia teria solicitado o reforço policial e barrado a entrada de novos índios na Casa.

“Aqui sempre liberaram a entrada para outros manifestantes, como professores, policiais (classe que defendo) e bombeiro, agora estão barrando os índios, mesmo os que estão usando calça, seguindo o regimento da Casa. Pelo visto no Maranhão a democracia é ver os índios acorrentados”, disse Sousa Neto.

“Os índios estão pacificamente, não quebraram nada, não são bandidos, eles estão apenas reivindicando seus direitos. Aqui na Assembleia tem várias viaturas policiais, que foram deslocadas de locais onde realmente precisam para cá, acho isso desnecessário, essa é a Casa do povo e precisamos dialogar com todos os segmentos”, afirmou Adriano.

Os índios seguem acorrentados na Assembleia e alguns vigiados pela polícia na porta do Palácio dos Leões, aguardando uma negociação com o Governo Flávio Dino, que informou que só volta a negociar após os índios desocuparem o prédio da Assembleia.

Ou seja, até as desculpas para negociar com os manifestantes são as mesmas utilizadas em governos anteriores, mas ainda querem que se acredite em Governo da Mudança.

Os índios também acreditaram no Governo da Mudança prometido por Flávio Dino

por Jorge Aragão

dinoA foto acima mostra claramente que não foram apenas o “homem branco”, site como os índios gostam de dizer, capsule que acreditaram na falsa promessa do Governo da Mudança feita por Flávio Dino.

Antes era assim como na foto, ou seja, Dino fazia promessas a todos indistintamente, inclusive os índios. Abraçava a todos e se misturava entre eles, mas hoje a realidade é bem diferente.

Os índios Guajajaras estão sofrendo na pele isso. Um grupo segue acorrentado na galeria da Assembleia Legislativa pedindo apoio dos deputados estaduais para que o Governo Flávio Dino possa atender as reivindicações nas áreas de educação, habitação e melhorias na qualidade de vida da população indígena maranhense.

indios

O grupo, com quase 200 indígenas, está em São Luís desde o fim de junho e já realizou manifestações na Secretaria de Estado da Educação e do Palácio dos Leões.

Os indígenas ainda afirmam que um membro da tribo, Messias Providência Guajajara, está desaparecido desde o fim da semana passada e alegam que cobram promessa de campanha do governador Flávio Dino, como a reativação do conselho indígena de educação, cursos de formação continuada para professores indígenas, novos contratos para diretores, zeladores e vigias, além do pagamento do transporte escolar para alunos se deslocarem das aldeias até as escolas.

Pior para os índios é que agora o Governo Flávio Dino, mesmo se dizendo democrático e aberto ao diálogo, ainda chamou a força policial para se posicionar em frente ao Palácio dos Leões. O curioso é que essa prática, condenada por Dino no Governo Roseana, foi repetida por ele no Governo da Mudança como demonstra a foto abaixo.

DEPOIS

Os deputados estaduais Adriano Sarney (PV), Sousa Neto (PTN), Andrea Murad (PMDB) Zé Inácio (PT) e Wellington do Curso (PPS) conversaram com os índios Guajajaras e o assunto deve ser o principal a sessão desta quarta-feira (08), na Assembleia Legislativa.

“Temo pela minha vida. Estamos entrando numa ditadura”, diz índio sobre Governo Flávio Dino

por Jorge Aragão

indiosAcorrentados desde o fim da manhã desta terça-feira (07), sickness na galeria do Plenário da Assembleia Legislativa, prostate Índios Guajajaras seguem reivindicando junto ao Governo Flávio Dino melhorias nas condições da educação indígena.

Os índios já estão reivindicando junto ao Governo desde a semana passada e chegaram a fazer protestos em frente a Secretaria de Educação do Maranhão e até mesmo no Palácio dos Leões.

Pelo insucesso das reivindicações, os índios resolveram se acorrentar na Assembleia Legislativa, pois querem sensibilizar os deputados estaduais para se interessarem pelo seus problemas.

Além das reivindicações pela melhoria da educação indígena, os índios afirmam que um membro da turma, o índio Messias Providência Guajajara, está desaparecido desde a última quinta-feira (02), após protesto no Palácio dos Leões.

Um dos índios Guajajaras, no vídeo abaixo, relata que teme pela vida dele após e que o Maranhão não está mais numa democracia e sim entrando numa ditadura.

Já o Governo Flávio Dino, sem nenhuma ação concreta, segue responsabilizando o Governo anterior para a sua incompetência de resolver os problemas, mesmo com mais de seis meses de gestão.

Greve de fome no INCRA: entidades responsabilizam Dilma e Flávio Dino

por Jorge Aragão

fomeDesde o dia 08 de junho que alguns quilombolas, purchase indígenas e camponeses ocupam a sede da superintendência do INCRA no Maranhão. No entanto, remedy no dia 10 de junho, um grupo de pessoas iniciou uma greve de fome, tentando acelerar uma solução para o impasse.

A manifestação ganhou apoio de 29 organizações sociais, que lançou Nota em solidariedades à greve de fome feita por oito pessoas que estão acampadas na sede do INCRA, no Maranhão. As entidades responsabilizaram o governador do Maranhão, Flávio Dino e a presidenta do Brasil, Dilma Rousseff por “qualquer dano à saúde e a vida dos grevistas”, já que os dois “têm se mostrado indiferentes e insensíveis diante deste ato” dos oito maranhenses, entre camponeses, indígenas e quilombolas. Veja abaixo a Nota.

Nota em solidariedade ao  EM SOLIDARIEDADE AO ACAMPAMENTO BEM VIVER

Diante da indiferença das autoridades constituídas (federais e estaduais), oito pessoas permanecem, há seis dias, em greve de fome, na sede do INCRA, em São Luís do Maranhão. São elas: Valdenilde Gamela (indígena, 25 anos), Maria Doracy Ferreira (quilombola, 36 anos), Maria da Conceição (Concinha, quilombola, 46 anos), Antônio Pereira (camponês, 52 anos) Naildo Braga (quilombola, 33 anos), Deusdeth Martins (quilombola, 53 anos), Lurdilene de Jesus (quilombola, 25 anos) e Ivonete Galvão (quilombola, 44 anos).

Acampados no INCRA desde à tarde da segunda-feira passada (08/06), quilombolas, indígenas e camponeses do Maranhão reivindicam ações efetivas para a titulação dos seus territórios.

A greve de fome coletiva foi definida após uma assembleia geral. Esse ato extremo representa a urgência do cumprimento das pautas apresentadas pelo movimento. A origem do problema está no caráter genocida e racista do estado brasileiro, com o qual o governo Dilma esta comprometido. As ações deste governo privilegiam seus compromissos com o modelo de desenvolvimento voltado para os grandes projetos, agronegócio e latifúndio. Isso resulta no total sucateamento dos órgãos que deveriam executar a política fundiária em favor dos povos e comunidades tradicionais.

De maneira vergonhosa, o INCRA, na única audiência que teve com o movimento, ocorrida na sexta-feira (12/06), deixou claro seu descaso em atender às reivindicações, ao enviar um funcionário sem qualquer poder de decisão.

Além disso, o governador Flávio Dino, com sua submissão ao modelo de desenvolvimento hegemônico e seu discurso de “mudança”, está omisso frente ao sacrifício e mobilização das comunidades quilombolas, indígenas e camponesas, com uma atuação que revela sua relação com a estrutura oligárquica do Maranhão.

Assim, qualquer dano à saúde e a vida dos grevistas é de inteira responsabilidade da presidenta Dilma Rousseff, do governador Flávio Dino e do ministro Patrus Ananias, que até aqui têm se mostrado indiferentes e insensíveis diante deste ato.

Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Cáritas Brasileira Regional Maranhão, Associação dos Professores da UFMA (APRUMA), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), Jornal Vias de Fato, Sociedade Maranhense dos Direitos Humanos, Irmãs de NotreDame de Namur, CSP-CONLUTAS, Teia de Povos e Comunidades Tradicionais,Grupo de Estudos Desenvolvimento, Meio Ambiente e Modernidade (GEDMA), Articulação Nacional Quilombola, Movimento Quilombo Raça e Classe, Quilombo Urbano, Movimento Quilombo Brasil, Movimento Luta Popular, Coletivo Mandacaru, SINTRAJUF GESERMES/UFMA, GEPOILIS/UFMA, NERA/UFMA, LIDA/UEMA, LEPEC/UFPE, Movimento Mulheres em Luta, PSTU, Movimento Eu Quero uma Casa no Campus, ANEL, Centro Acadêmico de Direito (UFMA) – Gestão Fagulhas e CAGEQ/UFMA, Núcleo de Extensão e Pesquisa com populações e comunidades Rurais, Negras, Quilombolas e Indígenas (NuRuNI) da UFMA e Associação Nacional de Ação Indigenista (ANAI).

Em tempo: o INCRA emitiu Nota se posicionando sobre o caso. Clique aqui e leia na íntegra a Nota.

Comissão Interamericana de Direitos Humanos quer apuração de morte indígena

por Jorge Aragão

corte-interamericanaA Comissão Interamericana de Direitos Humanos condenou oficialmente o assassinato de três líderes indígenas defensores dos direitos humanos nos Estados do Maranhão e da Bahia. A informação é da organização Pan-Americana em comunicado.

A Comissão relatou que Eusebio Ka’apor foi assassinado na terra indígena do Alto Turiaçu, no Maranhão, após se atingido por “disparos nas costas por parte de pessoas encapuzadas” e assegurou ainda, conforme o Blog informou à época (reveja), que “a informação disponível” indica que o nome do índio estava em uma lista de pessoas que seriam assassinadas pelos madeireiros.

Agora a Comissão pediu ao Estado brasileiro que investigue “com devida diligência” esses assassinatos, julgue e puna os responsáveis.

Vale lembrar que Eusebio Ka’apor já havia informado ao Governo do Maranhão que estava sendo ameaçado de morte e a ameaça se transformou, infelizmente, em algo real.