Índice Gini: desigualdade aumentou no Maranhão em 2015

por Jorge Aragão

flavio-dino-nos-leoesO Índice Gini, criado pelo matemático italiano Conrado Gini, e que mede o grau de concentração de renda em determinado grupo social, apontou na média uma alta desigualdade – expressa pelo aumento da concentração de renda -, no Maranhão em 2015, primeiro ano da gestão de Flávio Dino (PCdoB).

Os dados do levantamento, feito pelo Bradesco, foram abordados pelo jornalista Gilberto Léda.

Os cálculos, que compõem  “índice Gini”, haviam sido divulgados no primeiro semestre de 2016, mas ganharam pouca repercussão no estado.

De acordo com o relatório, o rendimento do trabalho maranhense passou de 0,49 no quarto trimestre de 2014 para 0,51 no quarto trimestre de 2015.

Quanto mais próximo de zero o índice, mais igualitária é a distribuição da renda.

Segundo a instituição financeira que realizou o levantamento, mesmo com o início da acentuação da crise naquele ano, a desigualdade só cresceu em 12 das 27 unidades da Federação no mesmo período.

Entre os estados onde a desigualdade caiu, apesar da crise, estão alguns do Norte e Nordeste, como Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Bahia, Tocantins, Rondônia e Roraima.

No Maranhão, contudo, a situação foi inversa…

Base de Flávio Dino cada vez menor na Assembleia

por Jorge Aragão

FlavioALA base do governador Flávio Dino (PCdoB) diminuiu, na Assembleia Legislativa, após as eleições do mês de outubro.

Além de não contar mais com o deputado Eduardo Braide (PMN), Dino perdeu Alexandre Almeida (PSD) e Wellington do Curso (PP).

Alexandre foi candidato a prefeito do município de Timon, contra Luciano Leitoa (PSB), aliado do comunista. Ele sustenta ter sido atropelado pela máquina do Estado, que segundo ele, agiu com obras eleitoreiras para influenciar o eleitorado de Timon.

Wellington do Curso, assim como Braide, foi candidato a prefeito de São Luís contra Edivaldo Holanda Júnior (PDT), reeleito com o apoio do comunista.

Tanto Wellington quanto Braide reclamam da atuação política do Dino no pleito.

Além destes, Flávio Dino assiste César Pires (PEN) e Max Barros (PRP) iniciarem posicionamento mais firme no Legislativo contra o comunismo.

E a base de Dino vai murchando…

Reforma tributária vai ocorrendo de forma “fatiada” e em regime de urgência na AL

por Jorge Aragão

assembleiaA base governista na Assembleia Legislativa tem aprovado as propostas do Governo, de reforma do Sistema Tributário do Maranhão de forma “fatiada” e em regime de urgência, ou seja, sem a discussão e análise nas comissões técnicas da Casa.

Ontem, por exemplo, o plenário – contra os votos apenas dos deputados de oposição – um requerimento de autoria do deputado Levi Pontes (SD) para que tramitem em regime de urgência dois projetos oriundos do Poder Executivo que tratam de aumento de impostos no Maranhão.

As matérias somente não foram apreciadas ontem mesmo, em sessão extraordinária, por falta de quórum regimental.

Encaminhadas ao Poder Legislativo por meio de mensagem do governador Flávio Dino (PCdoB), as projetos de lei 202/2016 e 204/2016 instituem, na verdade, uma reforma tributária no estado, mas geraram polêmica depois que o deputado estadual Eduardo Braide (PMN) apontou ilegalidades no texto original.

As propostas previam incialmente criação de multa de mora, aumento de juros e cumulação com a taxa Selic, além do aumento na antecipação do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 30% para 50% em todo o estado.

Quando os textos eram discutidos ainda Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Casa, na semana passada, Braide chamou a atenção para o risco de penalização do contribuinte, agravamento da recessão e aumento do desemprego no Maranhão.

Após essa manifestação, o presidente da CCJ, deputado Rafael Leitoa (PDT), retirou as proposições de pauta e pediu audiência com o secretário de Estado da Fazenda, Marcellus Ribeiro Alves, depois da qual o texto voltou à pauta da Comissão, com nova redação.

O pedetista negou a existência de ilegalidade, mas apontou “equívocos” da primeira proposta. “Não existe ilegalidade, o que existem são equívocos corrigidos por meio de emendas”, disse, na ocasião.

Na semana passada, Rafael Leitoa também havia assegurado a tramitação regular das propostas. Ontem, contudo, o regime de urgência foi aprovado.

E assim será feito já na próxima segunda-feira…

Avanços no governo, virtual…

por Jorge Aragão

interrogacaoLogo depois de eleito em 2014, quando iniciou a divulgação dos nomes do seu secretariado por meio das redes sociais, o governador Flávio Dino (PCdoB) começou a deixar evidente de que forma se consolidaria a gestão comunista.

No campo virtual.

De lá para cá foram inúmeras as divulgações de ações do Governo, análises das mais diversas sobre o cenário político nacional e discussões até com aliados, a exemplo do senador Roberto Rocha (PSB).

Tudo no twitter, onde ele adora estar.

Foi por meio das redes sociais que Flávio Dino assegurou ter revolucionado a Saúde Pública, melhorado a Educação, valorizado o servidor público, investido em Cultura e na Segurança Pública do estado.

Só “gogó”, como diria o hoje alinhado Luis Fernando Silva (PSDB).

Na Saúde, o governador deixou de repassar ajuda de custo aos hospitais de 20 leitos construídos no interior do estado por meio do Programa Saúde é Vida, o que resultou no fechamento de algumas unidades e crise nos municípios.

Mantém também cerca de 8 mil funcionários de UPAs e dos hospitais da rede estadual sem carteira assinada, usurpando direitos trabalhistas como férias, 13º salário e recolhimento do FGTS.

Ele também pouco ajudou municípios até aqui. Escolheu a dedo aqueles administrados por aliados, e já adiantou que em 2017 as “parcerias” serão reduzidas em detrimento de outras prioridades.

Na Educação, não pagou o reajuste salarial aos professores instituído pelo MEC, sob a alegação de falta de recursos, mas ao mesmo tempo autorizou gastos milionários em contratos para a divulgação da sua imagem na mídia nacional.

Em relação à Cultura, deixou miúdas as festas de Carnaval e São João, que outrora eram destaques nacionais, e como resultado, assistiu à queda brusca do turismo na capital durante os períodos.

  Já na área da Segurança Pública a situação é caótica. Domínio de facções criminosas nos presídios, atuação desaforada de quadrilhas de assaltos e arrombamentos a bancos, números alarmantes de homicídios, roubos de veículos e assaltos a ônibus e o sentimento de medo que domina a população.

Mas no governo virtual, tudo vai bem, obrigado…

Da coluna Estado Maior

Flávio Dino e a mania de só olhar para trás…

por Jorge Aragão

flavio-dino-olha-para-trasO governador Flávio Dino (PCdoB) jamais desceu do palanque.

Não para de olhar para trás, mesmo em momentos em que a sua própria gestão tente apontar para o lado oposto. E com esse tipo de postura, diminui a si mesmo.

Dino faz questão de, a todo momento, menosprezar as ações do governo que o antecedeu e tenta comparar a sua gestão a uma que já acabou há 2 anos. Apesar disso, segue exatamente os programas do governo da peemedebnista.

Vejamos dois recentes, dos inúmeros exemplos.

Em seu perfil em rede social, ele anunciou a inauguração de um Restaurante Popular no município de Açailândia, mas na publicação, fez questão de afirmar que a ação era “restrita a capital”.

Restaurante Popular foi uma iniciativa da ex-governadora Roseana Sarney, que deixou projeto e recursos destinados para a construção de 20 unidades no interior do estado.

Em outra publicação, além de citar este mesmo programa social, um dos mais importantes criados pelo governo que o antecedeu, Dino fala de uma suposta “mudança no Maranhão”.

Ele afirma que antes os recursos públicos eram apropriados para riqueza de uma minoria e hoje o Governo “luta por igualdade de oportunidades”.

flavio-dino-olha-para-tras-2“Não mudamos apenas nomes e sobrenomes no Maranhão. Mudamos modelo, método, objetivos. Por isso estamos melhorando serviços públicos”, diz em outro trecho e completa: “Estamos despoluindo as praias. Ampliamos rede VIVA de atendimento ao cidadão. Temos PROCON atuante. E investimos em centenas de obras”.

Ora. Todas as ações “ampliadas” por Flávio Dino, foram articuladas, criadas e executadas com excelência pela gestão que o antecedeu.

E de tão boas, são mantidas por ele.

A tentativa de diminuir a gestão da ex-governadora Roseana Sarney é, portanto, vazia de argumentos, e comprometida por fatos.

Seja qual for o ângulo observado por Flávio Dino…

Gastão volta a criticar investida de senadores no FNDE

por Jorge Aragão

gastaoO ex-ministro do Turismo, Gastão Vieira (PROS), presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) no Governo Federal, criticou as investidas dos senadores Roberto Rocha (PSB), João Alberto (PMDB) e Edison Lobão (PMDB) pelo comando da autarquia.

Em pronunciamento no fim de semana no povoado Belo Monte, no município de Colinas, ele afirmou que a bancada maranhense no Senado não vai conseguir o derrubar.

Durante o discurso, ele criticou a postura de Roberto Rocha, eleitor na chapa de Flávio Dino (PCdoB) em 2014, e assegurou que é ele, e não o socialista, quem ajuda o governador do Maranhão.

“O que eu lamento é que, depois de uma eleição para o Senado, em que eu não ataquei ninguém, perdi a eleição por menos de 150 mil votos, porque o Flávio [Dino] vendeu a ideia de que ele precisava de um senador de oposição e que ajudasse ele. O senador dele, de oposição, hoje vota com o governo [Michel Temer] e quem ajuda ele [Flávio Dino] sou eu, que trouxe 64 ônibus para o Governo do Estado”, alfinetou.

De acordo com Gastão, os representantes do Maranhão no Senado queriam que se “escondesse os ônibus e não distribuísse, porque o governador era Flávio Dino”.

“E é por isso que, lamentavelmente, os três senadores do Maranhão, seu Roberto Rocha, seu João Alberto e seu Edison Lobão vão para o gabinete do presidente: ‘Olha aqui, presidente, o Gastão com Flávio. O senhor tem que demitir ele daí’”, alegou.

Leia mais sobre o tema aqui

PCdoB temeroso em relação ao futuro de Dino

por Jorge Aragão

Flavio-Dino-com-DilmaA informação de que o governador Flávio Dino aparece como um dos nomes cotados pelo PCdoB para a disputa da Presidência da República em 2018 tem dividido o próprio partido.

Ontem, a coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, colocou Dino como um dos quatro nomes da sigla sugeridos em plenária para a disputa eleitoral.

Na manhã de hoje, o diretório municipal do PCdoB em São Luís tratou de divulgar o teor de uma resolução política da legenda, que tem como prioridade, a reeleição de Dino no Governo do Maranhão.

Na resolução há destaque para o fato de Flávio ter se tornado o primeiro governador eleito pelo partido.

É a reação daqueles que temem, na verdade, o esvaziamento de Dino e o risco de um desempenho pífio em 2018.

Flávio Dino ficou com a imagem desgastada no cenário nacional ao atuar conjuntamente com o deputado federal Waldir Maranhão (PP) em defesa da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Ele também demonstrou falta de força e articulação política junto à bancada maranhense na Câmara Federal durante a votação de admissibilidade do processo de impeachment.

E para piorar, tem os três senadores da bancada maranhense no campo de oposição, apesar de ter sido eleito na mesma chapa de um destes em 2014.

Sem conseguir espaços no cenário político nacional, a eventual candidatura do comunista à Presidência em 2018 é vista com desconfiança pela sigla, que agora tenta abafar o tema.resolucao-pcdob

Braide cada vez mais próximo de Roberto Rocha e longe de Dino

por Jorge Aragão

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O deputado estadual Eduardo Braide (PMN), que foi a grande surpresa nas eleições de 2016 para a Prefeitura de São Luís, segue demonstrando que está cada vez mais distante do governador Flávio Dino (PCdoB) e mais próximo do senador maranhense Roberto Rocha (PSB).

Braide iniciou a semana fazendo uma visita de cortesia a Roberto Rocha (veja) e a visita se deu no momento em que o senador aumenta o tom das críticas ao ex-aliado Flávio Dino, conforme o Blog já demonstrou (reveja aqui e aqui).

A atitude de Braide é mais uma demonstração que o político quer mesmo viabilizar uma terceira via para a disputa em 2018. Braide deve somar ao projeto que já tem Roberto Rocha, o prefeito eleito de Santa Rita, Hilton Gonçalo e o deputado estadual Wellington do Curso (PP), outros dois nomes que conseguiram se destacar nas últimas eleições.

Braide já até integrou a base do Governo Flávio Dino na Assembleia, mas após o embate contra Edivaldo Júnior (PDT), apoiado pelo governador, o deputado estadual percebeu que não tinha, e não terá jamais, espaço no grupo do comunista.

Além da visita, Eduardo Braide, como um dos melhores parlamentares da Assembleia e um dos que mais conhecem o Regimento Interno da Casa, tem dificultado alguns atropelos que o Governo Flávio Dino realiza, quase que diariamente, na Assembleia Legislativa do Maranhão.

Já Roberto Rocha sai fortalecido com a visita e fica nítido que a cada mês que diminui a distância para a eleição de 2018, as críticas de Rocha ao governo estadual se intensificam. E Flávio Dino e seus asseclas começam a acusar o golpe e demonstrar preocupação com o cenário nada favorável para 2018.

Roberto Rocha tem rebatido a altura as críticas e já sobrou até para o fiel escudeiro de Flávio Dino, o secretário de Comunicação, Márcio Jerry (veja aqui).

E olha que 2017 ainda nem chegou…

Guerra aberta

por Jorge Aragão

dinoerobertorochaO governador Flávio Dino (PCdoB) e o senador Roberto Rocha (PSB) nunca se toleraram; e disputaram juntos as eleições de 2014 por “uma aliança pontual”, como já definiu o próprio senador. Com a aproximação das eleições de 2018, o clima entre os dois começa a ficar cada vez mais tenso. As críticas do socialista ao governo do comunista têm sido cada vez mais freqüentes e mais ácidas. E as respostas de Dino também começaram na mesma medida, classificando de traidor o ex-companheiro de chapa.

A antipatia entre Roberto e Dino começou ainda em 2009, após a derrota do comunista em São Luís para o então candidato do PSDB, João Castelo. Na época, Rocha era uma das lideranças tucanas. Logo após a eleição, Dino insinuou-se para a disputa estadual e ouviu de Rocha a afirmação de que “política tem fila”, numa frase que entrou para o anedotário político maranhense.

Flávio Dino “furou a fila”, concorreu ao Governo em 2010 e ficou em segundo lugar, quase levando a disputa para um segundo turno contra a candidata do PMDB, Roseana Sarney, que venceu a eleição em 1º turno. Em 2012, os dois já estavam juntos novamente, desta vez com Dino liderando uma espécie de consórcio de candidatos, que acabou tendo a chapa formada por Edivaldo Júnior (PDT) e o próprio Rocha como vice.

Mesmo na vice, o socialista continuou independente, e conseguiu, desta forma, que Flávio Dino o incluísse como candidato a senador em sua chapa, mesmo sabendo que teria um adversário em potencial em 2018.

Dito e feito. A cada mês que diminui a distância para a eleição de 2018, as críticas de Rocha ao governo estadual se intensificam. E Dino, até então calado, começa a acusar o golpe das provocações.

Da coluna Estado Maior, de O Estado do Maranhão

Balneabilidade: a resposta de Flávio Dino

por Jorge Aragão

flavio-dino-balneabilidadeO governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), mandou um recado, por meio de seu perfil no twitter, ao senador Roberto Rocha (PSB), que no fim de semana havia classificado de criminoso o anúncio do governo a respeito da liberação das praias da capital (reveja aqui).

Dino não citou o nome do socialista, é verdade, mas não deixou dúvidas quanto ao alvo de sua publicação.

“Dedico essa recente imagem do nosso mar aos que achavam que ele tinha dono e aos seus aliados (antigos e “novos”)”, disse, em tom de ironia.

A imagem mostra praticantes de kitesurf na praia de São Marcos, num recente evento de grande porte realizado em São Luís.

A “batalha” virtual entre Flávio Dino e Roberto Rocha só tem aumentado nos últimos meses.

Esse foi apenas mais um capítulo…