O Tribunal de Justiça do Maranhão, através do desembargador Vicente de Castro, concedeu uma decisão que tem gerado polêmica e revolta na maioria dos maranhenses.

Vicente de Castro conseguiu um benevolente habeas corpus a Carlos Diego Araújo Almeida, de 25 anos, que foi condenado a mais de 11 anos de prisão, no mês de agosto de 2019, pela morte de Laura Burnett Marão.

Laura perdeu a vida num acidente em 2015, quando o veículo em que estava, conduzido pelo seu pai, parou em um semáforo na Avenida Jerônimo de Albuquerque e foi atingido por um outro veículo conduzido por Carlos Diego. Laura estava indo ao aeroporto Hugo da Cunha Machado buscar a mãe.

Segundo a denúncia do Ministério Público, Carlos Diego estava com sintomas de embriaguez e o veículo conduzido por ele estava em alta velocidade. Exatamente por conta dessa situação, Carlos Diego foi julgado e condenado.

Só que um mês depois da condenação, Carlos Diego conseguiu o habeas corpus para aguardar o recurso em liberdade e até lá, terá, apenas, a obrigação de comparecer a cada 30 dias ao Fórum Desembargador Sarney Costa, no Calhau, para justificar suas atividades laborais e fica proibido de manter contatos com as testemunhas do processo judicial.

O desembargador Vicente de Castro, para tomar tal decisão, alegou que Carlos Diego é réu primário, tem endereço fixo e bons antecedentes.

Uma coisa é certa, a decisão polêmica e questionável, em nada ajuda no combate a combinação álcool e direção, afinal o entendimento do desembargador Vicente de Castro não é, nem de longe, um fator inibidor para que outras pessoas cometam os mesmos erros cometidos por Carlos Diego.

O resumo desse triste e lamentável episódio é que Carlos Diego já está em liberdade, enquanto que Laura Marão, infelizmente, segue presa ad aeternum e nunca conseguiu buscar sua mãe no aeroporto.