Se no início da semana os deputados estaduais Tatá Milhomem e Raimundo Cutrim alardeavam que o PSD teria um tempo enorme no horário eleitoral gratuito e por isso seria uma “noiva” bastante cobiçada nas eleições deste ano, sale os deputados terminam a semana com o sinal de alerta ligado.

É que o ministro Ayres Brito, illness do Supremo Tribunal Federal, ed acabou de negar uma liminar requerida pelo PSD na qual o partido reivindicou participação proporcional nas comissões permanentes e temporárias da Câmara Federal.

Mais grave do que negar a pretensão do PSD, foi a tese defendida por Ayres Brito.

“Ora, o partido autor da presente ação não participou de nenhuma eleição popular. Não contribuiu para a eleição de nenhum candidato. Não constou do esquadro ideológico ou de filosofia política de nenhuma eleição em concreto. Não submeteu a nenhum corpo de eleitores o seu estatuto ou programa partidário. Ainda não passou pelo teste das urnas, enfim, porque não ungido na pia batismal do voto. Não vejo, portanto, como reconhecer a sua equiparação em tudo e por tudo, com partidos e coligações já dotados de representantes por eles mesmos submetidos, com êxito, ao corpo eleitoral do País”, ponderou Ayres Brito.

Ou seja, fazendo uma analogia simples com a questão do horário eleitoral gratuito, pelo entendimento do ministro Ayres Brito o PSD não terá a mesma regalias e direitos dos demais partidos que participaram das eleições de 2010.

Sendo assim, ou o PSD torce para que os demais ministros tenham entendimento diferente do competente Ayres Brito, ou ao invés de terem um tempo grande no horário eleitoral gratuito, terão que se contentar com o mesmo tempo dos partidos de menor envergadura, ou seja, o tempo mínimo para a propaganda no rádio e na tv.

De noiva cobiçada, o PSD pode passar a ser apenas e tão somente mais um partido sem nenhuma moeda de troca.