Inicialmente, o Blog deixa claro que não compactua com o raciocínio de ligar alguém, que por ventura tenha cometido um crime, a um político pelo fato desse “alguém” ser aliado ou ter apoiado o político em questão. No entanto, é preciso sempre ter coerência nesses embates.

Na sessão da terça-feira (26), o deputado Éder Mauro (PL-PA) apresentou na Tribuna da Câmara Federal uma foto de Domingos Brazão, preso acusado de ser um dos mandantes da morte de Marielle Franco, com um adesivo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) durante campanha eleitoral em 2014.

Éder Mauro, de maneira equivocada, quis fazer uma ilação sobre uma eventual ligação de Brazão com a esquerda. “Quem arquitetou, executou e mandou matar Marielle era ligado, sim, a presidente. Ou isso aqui é fake news? Vocês vão ter que arrumar outro defunto para poder imputar a Bolsonaro, porque esse defunto que está aí é de vocês”, afirmou.

Após a declaração, alguns deputados se incomodaram e uma discussão foi iniciada e a sessão interrompida. O problema é que uma das parlamentares que reclamou da postura de Éder Mauro foi Talíria Petrone (PSOL-RJ). A deputada, durante CPI do MST, chegou a afirmar que Marielle havia sido assinada pela milícia do Rio de Janeiro, que “frequentava a casa do ex-presidente Bolsonaro”.

Ou seja, além de se perceber a completa e total falta de coerência, tem alguns que ferem com ferro, mas com ferro não querem ser feridos.

É simples assim.